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Revisão AV3 Sociologia Jurídica e Judiciária Prof° Arlindo Picoli 1 2 Sistema de escolha dos magistrados primeira instância: • Concurso público de provas e títulos, preenchendo-se as vagas existentes com aqueles que melhor forem classificados. • Atestado de autoridades judiciárias e não judiciárias da idoneidade do futuro magistrado Costumes Constata-se a existência de um costume jurídico no meio social quando um determinado indivíduo adota, ainda que isoladamente, uma conduta constante e uniforme. 4 A formação do jurista brasileiro • Sociologia Jurídica o Direito é fato social. • A aplicação da norma, observando somente a determinação legal, mostra que o juiz não está concatenado com a realidade social. 5 Sanção e pena • Pena é o castigo imposto para o transgressor da norma, exerce a prevenção especial, isto é, o remédio extremo usado contra a minoria que não observa as normas, no empenho de levá-la a respeitar o Direito. • Sanção é a possibilidade de coação da qual a norma é acompanhada, é também chamada de prevenção geral, através da qual o Direito consegue evitar a ocorrência de inumeráveis conflitos 6 Acesso ao Judiciário Dá-se quando é necessário ajuizar um a ação judicial em razão do descumprimento de determinada norma. Pode ser um pleito injusto ou até mesmo uma decisão injusta em um pleito justo. Pode, por exemplo, negar o direito por falta de provas ou por um a questão meramente processual. 7 • Esse acesso Judiciário tem sido exagerado no Brasil, pois deveria ser a última opção, mas tem sido usado de forma desnecessária. Na verdade, cada ação judicial custa ao povo em torno de R$ 4 mil e esse valor acaba sendo dividido em setores jurídicos. Som os um dos países que mais tem ação judicial no mundo, logo o nosso problema não é de acesso ao Judiciário, mas de saída. • O problema é que quem perde um a ação judicial não tem prejuízo algum, até os juros fixados judicialmente são menores que os do mercado. Em geral, o autor da ação vence em 80% dos casos, excluindo-se os pedidos de dano moral. • Se alguém faz um pedido extrajudicial indevido, paga o dobro, mas judicialmente não tem sanção alguma na prática. O acesso ao judiciário (meio) tornou-se m ais importante que o direito (fim). 8 Acesso à Justiça Acesso à Justiça seria um acesso a um a prestação jurisdicional justa e efetiva promovida pelo Estado, um acompanhamento e um a saída efetiva do Judiciário. 9 • Justiça é a palavra mais dita no meio jurídico, mas pouco estudada, porém este texto não visa esgotar o tema. Pode dizer que se dá, por exemplo, quando se tem boa educação, boa atenção à saúde, vida digna, paz social, igualdade e isso não consiste necessariamente em um direito concreto. • Apesar de nossa cultura individualista, é bom relembrar Jó, na Bíblia, que teve benção quando começou a orar para o próximo. Justiça é muito mais perdão e doação do que vingança e cobrança, com o se acredita atualmente. • Normalmente citam os o conceito de justiça com o dar a cada um o que é seu (conceito de Ulpiano). Mas, politicamente podemos dizer que "dê a cada um segundo suas necessidades" (Marxismo), ou "dê a cada um segundo sua capacidade" (capitalismo). Logo, Justiça é um conceito ideológico, cultural, econômico e político. • Justiça pode até ser confundida com vingança. Já para Kelsen é a felicidade individual (e subjetiva) para transfigurar-se em satisfação das necessidades sociais. Outros dizem que justiça é a paz social, mas nos processos judiciais observamos verdadeiras guerras, em geral, por dinheiro. • A Justiça com regras (leis) pode ser ruim , mas a justiça subjetiva e sem regras pode ser perversa, principalmente com uso da força, ainda que estatal. 10 Robert Merton: anomia • Merton afirma que em todo contexto socio- cultural desenvolvem-se metas culturais, estas expressam os valores que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. • A sociedade estabelece determinados meios para que o indivíduo possa atingir essas metas. Trata- se de recursos institucionalizados ou legítimos que são socialmente prescritos, existindo, porém outros meios que permitem atingir as mesmas metas, mas que violam as regras sociais vigentes e que são rejeitados socialmente. 11 Anomia em Merton modos de adaptação exprime o posicionamento de cada individuo em face das regras sociais. 1. Conformidade meios estabelecidos 2. Inovação ruptura com os meios 3. Ritualismo desinteresse pelos meios 4. Evasão abandono das metas 5. Rebelião contra as metas e os meios m e ta s c u ltu ra is Comportamentos na visão de Merton • Conformidade: o indivíduo busca atingir as metas culturais através de meios estabelecidos na sociedade. Não existe, aqui, desvio de comportamento, o indivíduo está adaptado às regras estabelecidas na sociedade. É o que se denomina comportamento modal. 13 Comportamentos na visão de Merton • Inovação: a conduta do indivíduo está de acordo com as metas culturais, mas, percebendo que os meios legítimos não estão ao seu alcance ou são insuficientes e não estão ao seu alcance, inova, objetivando realizar as metas por outros meios, mesmo que reprováveis. O indivíduo adota o princípio de que "os fins justificam os meios". Ex: A criação dos primeiros grupos de rock. Nesta modalidade de comportamento também estão incluídas as condutas desviantes, com o a criminalidade. • Ritualismo: o indivíduo demonstra um desinteresse em atingir as metas, porém continua respeitando as regras sociais, apegando-se às mesmas como em uma espécie de ritual. O receio do insucesso, do fracasso produz desencanto e desestímulo. O indivíduo limita-se ao cumprimento das normas e regulamentos, sem sequer indagar acerca da conveniência e da finalidade das mesmas. Ex. É o caso de certas pessoas que se acomodam ou se contentam com o pouco conquistado, e se apegam à ritualidade diária e o pleno respeito da legalidade. 14 • Evasão: e caracteriza pelo abandono das metas e dos meios de institucionalizados, indicando uma falta de identificação com os valores e regras sociais, ou seja, o indivíduo apesar de viver em determinado meio social não se adapta ao mesmo. O s adeptos desse comportamento, segundo Merton, estão na sociedade mas não são dela. A conduta mais extrema de evasão é o suicídio. • Rebelião: é caracterizada pelo inconformismo e pela revolta. O indivíduo é negativo em relação aos meios e as metas. A grande diferença entre esta conduta e a evasão consiste no fato de que o grupo ou o indivíduo rebelde propõe o estabelecimento de novas metas e a institucionalização de meios para atingi-las, ou seja, rejeita as metas e meios dominantes, por julgá-los insuficientes ou inadequados. A conduta de rebelião busca a configuração de nova ordem social. Merton entende que esta conduta não pode ser considerada como negativa. Exemplo: movimentos de revolução social. 15 Comportamentos na visão de Merton Elson Efeitos negativos da Lei No Brasil foi editada a lei 7.210/1984 que regula as execuções penais, um dos objetivos encontrados no artigo 1º desta lei é a ressocialização do indivíduo, mas o que verificam os no atual sistema carcerário é um pouco diferente. No caso do borracheiro Elson de Jesus Pereira, podemos encontrar os seguintes efeitos negativos da Lei de Execuções Penais: – Falta de estrutura adequada à aplicação da lei e – omissão da autoridade em aplicar a lei 16 Elson Efeitos da norma: o cinto • A norma quando eficaz atingeo objetivo de sua elaboração gera efeitos positivos, neste sentido destacam os efeitos: educativo da norma, transformador e de controle social. • O cinto de segurança tornou-se um hábito dos indivíduos, muito embora ainda encontre resistência dos ocupantes da parte de trás dos veículos. Essa norma é um a vitória da função educativa, pois levou a população a se conscientizar da utilização do cinto de segurança com o redução do índice de acidentes no trânsito. 17
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