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cp descriminantes putativas

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Descriminantes putativas:
- Podem excluir tipicidade ou culpabilidade, mas estão ligadas às causas de justificação (exclusão da antijuridicidade).
- Descriminantes = causas de justificação (exclusão de antijuridicidade) + putativas = imaginárias (não reais).
- As causas de justificação REAIS excluem a antijuridicidade. Todavia, as PUTATIVAS NÃO! Podem excluir a tipicidade ou a culpabilidade.
* Legítima defesa e outras causas de justificação PUTATIVA não excluem a antijuridicidade!
- As causas de justificação PUTATIVAS estão ligadas ao estudo do ERRO:
1. Erro de tipo: "não sabe o que faz" (fático); se o erro for vencível/evitável/inescusável = exclui o dolo, mas não a culpa (se houver modalidade culposa); se o erro for invencível/inevitável/escusável = exclui o dolo e a culpa (ausência de conduta);
a) erro de tipo incriminador: falsa percepção da realidade relacionada à definição do crime (elementar ou circunstância);
b) erro de tipo permissivo/indireto (DESCRIMINANTES PUTATIVAS): erro incide sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação;
2. Erro de proibição: "sabe o que faz, mas não sabe que é ilícito" (jurídico); se o erro for vencível/evitável/inescusável = diminui a pena (1/6 a 2/3); se o erro for invencível/inevitável/escusável = afasta a culpabilidade (ausência de potencial consciência da ilicitude);
c) erro de proibição direto: engano em relação à ilicitude do fato;
d) erro de proibição indireto (DESCRIMINANTES PUTATIVAS): o erro incide sobre a existência ou os limites da causa justificante. Não há percepção equivocada do fato ou diferença entre a realidade e o que o agente nota.
- CP, art. 20, § 1º - descriminantes putativas: é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
- Pela localização do dispositivo (art. 20 trata de erro de tipo) e pelo fato de o dispositivo mencionar "isento de pena" (exclusão da culpabilidade - efeito do erro de proibição), a doutrina diverge a respeito das descriminantes putativas: se excluem a tipicidade ou a culpabilidade (tudo dentro da teoria normativa pura da culpabilidade - finalismo):
* Teoria extremada: todas descriminantes putativas excluem a culpabilidade, ou seja, são erros de proibição;
* Teoria limitada: quando o erro incidir sobre os pressupostos fáticos = erro de tipo permissivo (exclui fato típico); quando o erro incidir sobre a existência ou os limites da causa justificante = erro de proibição indireto (exclui culpabilidade).

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