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Organelas e estruturas celulares

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Composição da membrana plasmática 
A membrana plasmática é composta de lipídeos (fosfolipídios), mas em pequena proporção está o colesterol e glicolipídios. Os glicolipídios são moléculas de carboidratos ligados aos lipídios da membrana, sendo comum a presença de glicoproteínas que são moléculas de carboidratos associados as proteínas da membrana.
Modelo do mosaico fluido 
Em 1972, os pesquisadores norte-americanos S. Jonathan Singer e Garth Nicolson sugeriram um modelo de membrana, aceito até hoje, onde é capaz de explicar a maior parte das propriedades da membrana plasmática. 
Segundo esse modelo, a membrana é formada por duas camadas de fosfolipídios. A maneira pelais quais essas moléculas se configuram, é uma porção polar (hidrofílica) e uma cauda polar (hidrofóbica), favorece sua organização na constituição da membrana.
As caudas apolares ficam voltadas para o interior da membrana, em contato uma com as outras e as caudas polares ficam voltadas ao exterior da célula; em contato com o citoplasma e o meio extracelular. 
As moléculas de fosfolipídios movimentam-se livremente, porém sem perder o contato uma com as outras, dando a característica para a membrana plasmática de regeneração, flexibilidade e elasticidade.
Existem proteínas que estão inseridas na camada glicoproteica, que podem se deslocar horizontalmente ao longo da superfície, ou até na interna para externa e vice-versa.
Proteínas transmembranas: atravessam a camada glicoproteica de lado a lado
Proteínas periféricas: não atravessam a camada glicoproteica; despontam apenas de um dos lados internos ou externos
Os carboidratos associados aos lipídios (glicolipídios) e as proteínas (glicoproteínas) da membrana plasmática são essenciais no reconhecimento célula-célula.
Transporte por meio de vesículas 
Endocitose: É o processo de macromoléculas para o interior da célula, sendo dividido em pinocitose e fagocitose
Fagocitose: É a ingestão de partículas solidas
Pinocitose: É a ingestão de partículas liquidas 
Exocitose: Vesículas citoplasmáticas que contem macromoléculas que são transportadas até a superfície da célula, fundem-se a membrana e são eliminadas para o meio extracelular. 
Envoltórios externos: As células apresentam envoltórios que são geralmente associados a proteção e reconhecimento celular e a troca de substâncias entre a célula e o ambiente. 
Glicocálix: Presentes em células de alguns animais e protozoários é formado por glicolipídios e glicoproteínas.
Funções: 
Envolve a célula, desempenhando um papel de proteção mecânica 
Constitui um microambiente para a célula, pois retém substâncias que confere acidez e salinidade
Alto reconhecimento celular, seja entre células do mesmo organismo ou células invasoras:
Parede celular: Presentes em bactérias, plantas e fungos.
Parede celulósica: Contém celulose que é um tipo de carboidrato
Estrutura: Nas células vegetais jovens, a parede celular é constituída por duas camadas: parede primária e lamela média. Quando a célula se torna adulta forma-se a parede secundária entre a membrana plasmática e a parede primária.
Parede primária: é flexível e não impede o crescimento da célula, é constituída principalmente de celulose e outras substâncias.
Lamela média: fica entre as paredes primarias de células vizinhas, sendo composta de pectina e pode apresentar lignina lhe conferindo mais rigidez aos tecidos. E são atravessados pelos plasmodesmos – verdadeiros canais de comunicações entre o citoplasma de células vizinhas.
Parede secundária: mais rígida que a parede primária 
Funções:
Protege a célula e manter seu formato
Contribui para a adesão e a comunicação entre células vizinhas
Impede a entrada excessiva de água que pode romper a célula. 
Organelas citoplasmáticas 
1 - Reticulo endoplasmático: Conjunto de tubos, canais e bolsas interconectadas que se estende por todo o citoplasma. Sua estrutura é semelhante à da estrutura citoplasmática.
Granuloso: apresentam ribossomos aderidos à sua superfície. Células onde o REG é bem desenvolvido apresenta uma maior atividade de produção de proteínas, muitas das quais saem da célula e desempenham um papel fisiológico fora delas
Liso: regiões onde os ribossomos estão ausentes são denominados reticulo endoplasmático liso. Enquanto o REG é formado por bolsas achatadas, no REL predomina tubos e vesículas. A maioria das células possuem o REL pouco desenvolvido, mas possuem algumas exceções com as células dos músculos estriados esqueléticos.
Funções: 
Síntese de lipídios: fosfolipídios, esteroides, colesterol e outros lipídeos membranosos
Contração muscular
Liberação de glicose: o glicogênio armazenado nas células do fígado apresenta na fórmula de grânulos aderidos a face externa do REL. Quando o organismo necessita de energia, ocorre a conversão de glicogênio em glicose no citoplasma
Desintoxicação
2 – Peroxissomos: Presentes em todas as células eucarióticas, nessa organela existem enzimas chamadas oxidases que decompõem moléculas orgânicas, como aminoácidos e lipídios dando origem ao peróxido de hidrogênio, que é usado na neutralização de substâncias tóxicas que penetram o organismo como o álcool. O próprio peróxido de hidrogênio é tóxico para a célula sendo convertida rapidamente em água e gás oxigênio pela enzima catalase. Também são responsáveis pela oxidação de aminoácidos e ácidos graxos em outros compostos orgânicos, utilizados na reação de síntese, com a consequente liberação de energia 
3 – Complexo golgiense: Conjunto de bolsas levemente achatadas e levemente curvadas sempre associados a um conjunto de vesículas secretoras, está presente em quase todas as células eucarióticas, menos nas hemácias dos mamíferos. 
Estrutura: Se consiste em uma ou mais unidades, geralmente entre três a cinco bolsas achatadas, e as vesículas de formato esférico. É localizada entre o retículo endoplasmático e as vesículas secretoras do outro lado, em uma região próxima a membrana plasmática. 
As proteínas sintetizadas no REG são “guardadas” no interior das vesículas transportadoras, onde estão unidas com o CG e são transferidas de uma bolsa até a outra até atingirem a que está mais próxima da região membranosa plasmática. Nessa região formam-se novas vesículas secretoras, que depois se desprendem dele e podem chegar a superfície da célula, onde seu conteúdo é eliminado.
Função: 
Transporte de proteínas no interior da célula 
Finalização da síntese de algumas proteínas 
Síntese de alguns polissacarídeos 
Substâncias eliminadas pelo CG, podem ter diferentes funções?
Participar dos processos de transporte ao associar-se a membrana plasmática 
Formar grânulos de secreção ou lisossomos 
Retornar ao RE e participar no processo de síntese 
4 – Lisossomos: são vesículas que se desprendem do CG, tem a forma esférica e estão presentes em células eucarióticas. Possui diversas enzimas digestivas capazes de degradar diversas substâncias. As enzimas lisossomais caracterizam-se por atuar melhor em ambiente ácido, sendo chamadas de hidrolases acidas.
Função: 
Promovem a digestão intracelular (heterofagia)
Renovação celular, quando a celular digere seus próprios componentes (autofagia)
5 – Mitocôndrias: são organelas esféricas, ovaladas ou alongadas. Em geral, as mitocôndrias são mais numerosas nas células com atividade mais intensa, como as células hepáticas, musculares e nervosas.
Estrutura: Possui duas membranas plasmáticas:
A membrana mitocondrial externa tem estrutura e composição semelhantes da membrana de outras organelas, permitindo a passagem de inúmeras substâncias de grande peso molecular. 
A membrana interna apresenta dobras que se projetam para o interior da organela, chamada crista mitocondrial. 
O interior da mitocôndria é preenchido por uma substância chamada matriz mitocondrial, que é semelhante ao citosol, onde se encontra o DNA e RNA, ribossomos e enzimas e íons de cálcio e proteínas. 
Funções: respiração celular, como consequência produz ATP
Elas podem se duplicar por divisão binária, especialmente antes dadivisão celular de modo que as células filhas recebam um número de mitocôndrias que lhe permitem fazer suas atividades. 
Em reprodução sexuada originam-se sempre a partir daquelas que existem no gameta feminino, aos presentes no gameta masculino degeneram após a fecundação.
6 – Plastos: exclusivas de células vegetais, se originam de pequenas vesículas esféricas dotadas de membranas duplas que se desenvolvem e se especializam e diferentes funções.
Leucoplastos: desprovidos de pigmentação, sintetizam e acumulam substâncias reservas como proteínas, lipídios e amido.
Cloroplastos: plastos que acumulam pigmentos
Os cloroplastos podem ser esféricos ou ovalados com longos filamentos espiralados, e em sua estrutura apresenta membrana dupla: a externa é altamente permeável e a interna menos permeável, apresentando proteínas transportadoras especificas. O espaço interno é preenchido peço estroma, matriz onde se encontra várias enzimas, DNA, ribossomos e grãos de amidos 
Estruturas celulares sem membrana 
1 – Ribossomos: corpúsculos aproximadamente esféricos, ou apresentam aspecto granuloso.
Estrutura: constituídos por duas unidades uma menor e outra maior, cada subunidade é formada por RNAr e proteínas ribossômicas.
O ribossomo é originado a partir de várias regiões envolvidas na produção dessa estrutura:
O RNAr é produzido no núcleo 
As proteínas ribossômicas são produzidas no citoplasma e importadas para o interior do núcleo, unindo-se ao RNAr na região do nucléolo. As duas subunidades ribossomais migram para o citosol através dos poros da carioteca e lá se unem, formando os ribossomos.
Função: Síntese de proteínas
2 – Centríolos: Ocorrem aos pares, dispostos de modo perpendicular “T”, cada centríolo é uma estrutura cilíndrica formada por nove conjuntos de três microtúbulos, ou tricas, delimita um interior oco.
Os centríolos sofrem duplicação nos momentos iniciais da divisão celular, de modo que a célula-filha receber um par deles.
Função: Os centríolos são estruturas celulares que auxiliam na divisão celular (mitose e meiose).
3 – Citoesqueleto: O citosol, seja em fase sol ou gel, é uma substância sem forma. Mas as proteínas dispersas no citosol agrupadas formam tubos e filamentos que, quando são entrelaçados formam uma rede que permeia todo o citoplasma.
Dependendo do tipo de proteína e a maneira como se agrupam podem ser reconhecidos:
Microfilamentos: os microfilamentos e outras proteínas que se associam a actina são responsáveis pelos movimentos celulares.
É o resultado do encadeamento da proteína actina formando fios de aproximadamente 7 nm de espessura 
Filamentos intermediários: São formados por mais de um tipo de proteína e uma célula pode contar mais de um filamento intermediário. Desempenham função estrutural, evitando o rompimento das membranas das células que suportam tensões, em células epiteliais e musculares e ajudar mantar a forma das celular
Microtubulos: São formados pela polimerização da proteína tubulina que se formam em espiral formando a parede de um cilindro oco, cada espiral correspondendo a treze moléculas de tubulinas.
Os microtúbulos estão relacionados aos movimentos intracelulares, como transporte de vesículas e o deslocamento dos cromossomos durante as divisões celulares. Participam também das estruturas de apoio de cílios e flagelos, prolongamentos citoplasmáticos relacionados ao movimento da célula.

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