5 Propriedade Industrial

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Propriedade Industrial
Natália Marra
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Roteiro	
Propriedade industrial: o que é
Histórico
Bens patenteáveis
INPI
Das formas de proteção da atividade industrial
Quem pode pedir uma patente 
O que não é patenteável
Pedido de patente
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Propriedade Industrial
Propriedade Intelectual = propriedade industrial + direito autoral
Finalidade: garantir a exclusividade da exploração da propriedade industrial, possibilitando ao inventor produzir a invenção sozinho, garantindo alta produtividade, ou licenciar o uso, permitindo que outras empresas o produzam. 
Através da licença de uso o inventor garante o recebimento de uma remuneração, chamada de royalties.
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Propriedade Industrial
1883, alguns países sentiam a necessidade de produzir leis uniformes sobre a Propriedade industrial. 
Convenção de Paris (Brasil): desenvolveu as primeiras regras e diretrizes para a uniformização internacional do tema. 
Muitas normas definidas naquela época continuam em vigor, mas hoje o Brasil possui uma legislação especifica na Lei nº 9.279/1996 – Lei de Propriedade Industrial – LPI.  
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Propriedade Industrial: lei 9279/96
A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: 
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal
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Bens protegidos:
invenção, 
modelo de utilidade, 
desenho industrial 
marca.
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Invenção:
Tudo aquilo que se inventa, que se cria, que pode ser explorado economicamente.
4 requisitos previstos na lei: a novidade, a atividade inventiva, a aplicação industrial e o não impedimento.
Novidade “é aquilo que não está compreendido no estado da técnica.” O invento é algo desconhecido até mesmo da comunidade cientifica.
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Atividade inventiva, “para um técnico no assunto a atividade não decorre de maneira óbvia ou evidente do estágio atual da técnica”. O inventor deve provar que chegou àquele resultado novo em decorrência de um ato de criação seu, o que diferencia a invenção de uma descoberta. 
Por exemplo, um descobridor descobre uma jazida de metal precioso, já um inventor cria um mecanismo de aproveitamento desse metal. 
Uma coisa é descobrir a eletricidade, outra coisa diferente é inventar a lâmpada.
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 Aplicação industrial: aquilo que tem aplicação industrial.
O projeto pode ser utilizado, produzido em indústria. 
Há utilidade. 
Exemplo: A doutrina cita como exemplo interessante o caso de alguém inventar um motor considerado o mais rápido do mundo, mas que só funcionaria com um combustível que não existe na face da terra. 
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Modelo de Utilidade
Objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Pequena invenção, algo que foi criado para trazer uma utilidade maior para um invento já existente. 
Exemplo: um cabo anatômico de uma vassoura para amenizar dores na coluna; churrasqueira sem fumaça.
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Desenho Industrial
Forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
É o elemento fútil porque não traz nenhum tipo de melhoria, de utilidade.
Exemplo: a garrafa de cerveja que tem um design proporcionando melhor adaptação das mãos.
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Marca
Sinal distintivo, visualmente perceptível, não compreendido nas proibições legais.
Visa identificar um produto ou serviço, elemento de identificação, de distinção.
No Brasil, não é possível registrar sinal sonoro, sendo permitido apenas aquilo que é visualmente perceptível. 
Exemplo: O sinal auditivo ‘plim-plim’ da Globo, por exemplo, não pode ser registrado como marca.
Convenção da União de Paris: protege marca notória.
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INPI
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI – é a autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável pela concessão de privilégios e garantias aos inventores e criadores em âmbito nacional.
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DAS FORMAS DE PROTEÇAO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL: Patente
Garante a exclusividade da exploração de uma invenção ou de um modelo de utilidade àquele que obtiver a concessão de uma patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Protege o desenvolvimento tecnológico e funciona como incentivo à pesquisa
Garante ao inventor e ao criador a exploração exclusiva e o usufruto dos lucros decorrentes da novidade.
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PATENTE
Prazo de validade:
Exclusividade limitada a 20 (vinte) anos no caso de Invenção e a 15 (quinze) anos no caso de modelo de utilidade. 
O prazo é contado da data do depósito do pedido de patente junto ao INPI. 
É improrrogável. Após o prazo de 20 (vinte) ou 15 (quinze) anos, conforme o caso, a patente cai em domínio público e a invenção pode ser explorada por terceiros.
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PATENTE
Os direitos de propriedade industrial são considerados bens móveis 
O titular exerce um direito patrimonial disponível e pode ceder a patente ou mesmo o seu pedido de concessão.
O inventor pode licenciar a exploração da patente mediante contrato de licença a ser averbado junto ao INPI. Essa licença pode ser voluntária (royalties) ou compulsória (sanção ou ordem pública) (remédio da AIDS).
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DAS FORMAS DE PROTEÇAO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL: Registro
Garante exclusividade no uso da marca e do desenho industrial.
Registro no INPI. 
Prazo: 10 (dez) anos, sendo que o marco inicial é a concessão pelo INPI.
O registro é passível de prorrogação. 
Prorrogação do desenho industrial por até 03 (três) vezes, garantidos 05 (cinco) anos de prorrogação a cada vez. O bem cai em domínio público.
Prorrogação de uso da marca é ilimitado.
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Propriedade Industrial: lei 9279/96
Quem pode pedir uma patente?
O inventor ou seus herdeiros, o cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade.
Se obra conjunta por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais.
Se dois inventores fizerem uma mesma invenção de forma independente, vale o registro mais antigo. 
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Pode ser um pedido internacional, caso haja acordo entre o país e o Brasil.
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Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
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VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
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Não são patenteáveis: 
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantesde transformação do núcleo atômico; e
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.
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O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: 
I - requerimento;
II - relatório descritivo; 
III - reivindicações; 
IV - desenhos, se for o caso;
V - resumo; e 
VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito.
http://www.inpi.gov.br/