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MCM 3 – Matéria da 2ª Prova 1. O que são materiais não ferrosos? R: São materiais que ou não possuem %p de ferro em sua composição ou a possuem em quantidades baixas, não sendo suficiente para caracterizar como material ferroso. 2. Quais as características principais do Cobre? R: O cobre é extremamente dúctil e macio. Tem efeito bactericida e possui ótima condutividade térmica e elétrica. Sua usinagem é complicada por que o Cobre “encrusta” nas ferramentas. Apresenta boa resistência à corrosão e elevada densidade. Tem baixa resistência mecânica e baixo ponto de fusão. Quando o cobre é puro, é utilizado em trocadores de calor e componentes eletrônicos, sendo que para obtê-lo puro, faz-se um processo de eletrólise, caro. Não se usa o cobre como componente estrutural. 3. Cite as principais ligas a base de Cobre. R: Latão e o Bronze 4. O que é o Latão? Quais suas características? R: Latão é uma liga a base de cobre e zinco, amplamente usada em bijuterias e moedas, devido a sua elevada ductilidade. Essa ductilidade está relacionada a %p de Zinco na liga. Quando essa porcentagem está abaixo dos 30%, o latão é muito dúctil e de fácil conformação a frio, de modo que haja um sistema monofásico, onde o zinco está totalmente misturado ao latão. Quando essa porcentagem está acima de 30 %, forma- se um sistema bifásico, com uma fase mais resistente e outra menos. A conformação a frio é mais difícil e essa liga é utilizada na fabricação de válvulas. Vale lembrar que uma liga de latão dificilmente chega aos 50%p de Zinco, pois perderia as características do Cobre. As ligas forjadas são obtidas a partir de deformação plástica (alta %p Zn). As ligas fundidas são obtidas por fundição (baixa %p Zn). 5. O que é o Bronze? Quais suas características? R: Bronze é uma liga formada, principalmente, por Cobre e Estanho. Mas pode haver ligas de Cobre e Ferro, Cobre e Alumínio e Cobre e Berílio. A resistência mecânica do Bronze é um pouco superior a do Latão. As ligas de Cobre e Berílio são as mais resistentes do Bronze, por serem ligas forjadas e obtidas por endurecimento por precipitação. Possuem elevado limite por tração e alta resistência mecânica. São usadas em molas e válvulas. 6. O que é endurecimento por precipitação? Como se obtém? R: Endurecimento por precipitação é o principal meio de se ganhar resistência mecânica em metais não ferrosos. Seu procedimento é parecido com o da tempera, com a diferença que aqui não se formará martensita. Podemos fazer dois tratamentos para se conseguir o endurecimento por precipitação: 1. Solubilização: Após a peça pronta faz-se um tratamento térmico para solubilizar a fase gama. Depois se faz um resfriamento rápido de modo a “congelar” a fase cobre, obtendo uma fase rica em berílio não estável. Essa solução supersaturada oferece maior resistência mecânica uma vez que os átomos estarão distorcendo a estrutura. Então, qualquer energia mecânica ou térmica aplicada ao material fará essa solução precipitar. 2. Precipitação: Semelhante ao revenimento é feita na temperatura do campo bifásico. Os átomos de berílio começam a se movimentar e promovem uma distorção na rede, aumentando a resistência mecânica e a dureza. Quanto mais átomos de berílio se juntam, maior a distorção e maior a resistência mecânica. Mas tem um limite: não pode formar uma 2ª fase que, caso formado, afetará a resistência mecânica, diminuindo-a. 7. Quais as características principais do Alumínio? R: Possui baixa densidade e é facilmente encontrado no mercado. Apresenta ótima reciclabilidade e boas condutividades térmica e elétrica. Tem excelente ductilidade e boa resistência a corrosão. Contudo, seu baixo ponto de fusão é seu fator limitante. 8. Porque usamos o “Alumínio Aeronáutico”? R: O alumínio aeronáutico é uma superliga obtida através de precipitação. A vantagem é se obter um material extremamente leve e com resistência à nível de aços. Contudo, cobra-se um alto preço por isso. Geralmente empregada em aeronaves, onde fatores de segurança são elevadíssimos e não podem ocorrer falhas em hipótese alguma. 9. Como se dá a proteção contra corrosão do Alumínio e dos Aços Inox? R: Quando se faz um arranhão ou um leve desbaste, a camada oxidada impede que o oxigênio penetre nesses materiais, não os deixando oxidar. Vale lembrar que desbastes agressivos podem não permitir que se crie uma camada protetora. 10. Qual a importância de se conhecer o Histórico do Processo? R: Podemos saber como as propriedades dos materiais foram alteradas por meio de tratamentos térmicos e ou conformação. Dessa forma, é possível estipular aplicação com base na resistência mecânica e ductilidade com mais facilidade. 11. Quais as características principais do Magnésio? R: Seu ponto principal é a sua baixíssima densidade. Geralmente aplicado em rodas e volantes, tem a contrapartida de ter baixa resistência a impactos. Outro ponto negativo é ser altamente reativo, sendo obtido por meio da fundição. Ele é chamado de plástico de engenharia. 12. Quais as características principais do Titânio? R: É um material biocompatível, ou seja, pode ser usado em próteses. Possui elevada densidade e excelente resistência mecânica. Possui alto ponto de fusão e usado como elemento de liga de aços. Utilizado em aplicações que se precisa alta resistência mecânica e a temperatura. Usado em aeronaves. Em contrapartida, ele é bastante reativo quando se tenta obtê-lo na forma pura. 13. Quais as características principais dos Metais Refratários? R: Possuem elevado ponto de fusão. São obtidos através da metalurgia do pó. Exemplos mais comuns são o Ouro, a Prata e Platina. Sua fusão é feita por feixe de elétrons. Seu uso envolve aplicações com elevadas temperaturas, como eletrodos de solda e filamentos de lâmpada. Além disso, pode ser usado como elemento de liga. 14. Quais as características principais das Superligas? R: São ligas que trabalham próximas ao seu ponto de fusão. Usadas em condições extremas. Não são metais específicos, mas precisam ter como elemento primário: o Cobalto, o Ferro ou o Níquel. São ligas desenvolvidas para serem usadas em turbinas de aeronaves. Possuem como elementos de liga o titânio, Nióbio e Tungstênio. São extremamente caras. 15. Quais as características principais dos Metais Nobres? R: Estão na forma de metais puros, sem formar ligas. São excelentes condutores elétricos. A platina, por exemplo, é usada em termopares e em processos químicos de purificação. 16. Qual a influência da microestrutura e suas propriedades nos materiais não ferrosos? R: Influenciam nas propriedades dos materiais, como ductilidade e resistência mecânica. 17. O que é corrosão? R: Corrosão é a deterioração das propriedades físico-químicas de um material 18. Como ela ocorre nos metais, cerâmicas e polímeros? R: Nos metais ela é eletroquímica, onde um material reduz e outro oxida. Há uma perda significativa de material por dissolução, formação de incrustação ou oxidação. Nas cerâmicas ela ocorre em temperaturas mais elevadas ou em meios extremamente agressivos, de modo a deteriorar o material, quebrando ligações e perdendo suas características e composição natural. Nos polímeros usamos o termo degradação, uma vez que podem sofrer alterações em suas estruturas moleculares por meio de exposição a solventes e radiação eletromagnética. 19. Qual a diferença entre oxidação e redução? R: Oxidação é a reação não qual o matéria cede elétrons para o meio, sendo consumido. Já a redução ocorre quando um material recebe elétrons de outro, tornando-se parte integrante desse. 20. O que é potencial? R: É a medida da energia química de um eletrodo reversível em equilíbrio, no estado padrão. 21. O que é passivação? Como ela ocorre? R: É a perda da reatividade química de alguns metais e ligas normalmente ativos, sob certas condições ambientaisespecíficas, tornando-se extremamente inertes. Uma camada que se oxidou e formará uma “película” de proteção na superfície do material. 22. Como a taxa de corrosão pode ser medida? R: Por meio de equações matemáticas e através da polarização. As esquações são a taxa de penetração da corrosão em mm/ano e a taxa de corrosão em função da corrente em mol/m²s. 23. O que é Polarização? Quais seus tipos? R: É o deslocamento de cada potencial de eletrodo do seu valor em condições de equilíbrio, podendo influenciar na velocidade com que a corrosão ocorre. Há dois tipos, a polarização por ativação e por concentração. A primeira mexe na energia de ativação da reação, que está associada a uma barreira que limita a taxa da reação, retardando o processo da corrosão. Já a segunda está relacionada a taxa de difusão no interior da solução, podendo-se alterar a quantidade dos elementos do meio ou a composição do meio, influenciando na velocidade da reação. 24. Quais as duas classificações primárias dos processos de Corrosão? R: Localizada e Generalizada. 25. Explique o que é, como ocorre e como se evita: a. Corrosão Generalizada ou Uniforme R: É um tipo de corrosão que ocorre mais superficialmente e abrange grandes áreas, não sendo crítica e de fácil percepção e manutenção. Ela se dá pelo contato da área do material com o ambiente. A velocidade do processo é afetada caso o material tenha sofrido algum processo anteriormente, como encruamento ou soldagem, por exemplo. A taxa de corrosão pode ser calculada pela perda de massa. Pode ser evitada utilizando-se uma camada de tinta. b. Corrosão por Placas R: É um tipo de corrosão superficial. Formam-se placas duras e frágeis que vão se soltando. É de fácil percepção. É o resultado do contato do material com o oxigênio+umidade. c. Corrosão Galvânica R: Forma-se uma pilha. Quando dois metais de composições diferentes são ligados eletricamente ao mesmo tempo em que estão em contato com um eletrólito. Nesse caso, um material irá reduzir e o outro oxidar, devido a diferença de potencial entre eles. É localizada e de fácil visualização. Podemos amenizar o problema isolando os materiais ou utilizando matérias com potenciais próximos. d. Corrosão em Frestas R: Há uma pequena fresta entre dois materiais e nesse espaço há uma concentração diferente entre o ar interno e externo, o que favorece a corrosão, por mais que os materiais tenham a mesma composição. Então, um lado fica exposto ao eletrólito com maior concentração e o outro com menor concentração, causando uma diferença que leva a corrosão. Pode-se usar algum lubrificante, como graxa ou óleo. e. Corrosão Puntiforme ou Pite R: A corrosão se dá na superfície na forma de um ponto. É bastante crítica, pois não há perda de material significativa e ocorre perpendicular a superfície e vai se aprofundando. É um processo mais comum em materiais que sofrem passivação, pois ao se remover a camada passiva, que protege da corrosão, haverá oxidação naquele ponto até que a camada seja refeita. Na ponta do pite concentram-se tensões que podem nuclear trincas. f. Corrosão Alveolar R: Ocorre na superfície, atingindo maiores diâmetros do que profundidade. Lembra um pouco a corrosão por pite. Não é tão comum em aços inoxidáveis. g. Corrosão Intergranular e Sensitização R: Está relacionada a perda de resistência a corrosão nos contornos de grão, de modo que ocorre entre os contorno de grão e é comum nos aços inoxidáveis. O meio do grão ainda está resistente. Está relacionado ao processo de sensitização, que nada mais é que a associação do Cromo com o Carbono, devido a alta afinidade entre eles, formando o carboneto de cromo, de tal modo que 6 átomos de carbono consomem 23 átomos de Cromo. Dessa forma, nas regiões próxima onde houve formação de carboneto de cromo, a %p de Cromo pode ficar inferior a 11%p, não sendo suficiente para proteger o aço inoxidável. Então a região estará propensa a formar precipitados de carboneto de cromo nos contornos de grão, sendo local preferencial para a corrosão se propagar. É um processo extremamente crítico em soldas e o resultado é a nucleação de uma trinca que percorrerá toda a peça, consumindo o contorno de grão. Pode-se evitar reduzindo-se p teor de carbono, adicionar elementos de liga de forma controlada (maior afinidade com o Carbono=ganho de resistência) e fazer tratamento térmico, de modo que o carbono volte para os interstícios e o cromo para junto do ferro. Requer revenimento posteriormente. h. Corrosão Intragranular R: Ocorre no interior dos grãos. Pode ser resultado de outro tipo de corrosão, como a corrosão sobtensão. Não necessariamente seguem o contorno de grão. i. Lixivia Seletiva R: Como o próprio nome diz, ocorre uma “lavagem” do material, de modo que o meio, que é agressivo a um dos materiais e não é a outro, acaba consumindo esse elemento da peça. Ocorre em ligas cujo potencial dos materiais são bem diferentes, como no Bronze e no latão. No latão, o Zinco é consumido e o Cobre restante muda de cor, ficando poroso. j. Erosão-Corrosão R: Ocorre geralmente em tubulações principalmente pelo direcionamento do fluxo do fluido. Ele bate na peça e vai removendo material, devido ao escoamento turbulento. É muito comum em estações de bombeamento e tratamento de efluentes. Para se amenizar o problema, pode-se suavizar as curvas das tubulações, reduzir a quantidade de particulados e/ou reduzir a velocidade do fluido. k. Corrosão sob Tensão R: Esse tipo de corrosão ocorre quando há uma tensão aplicada que acelera o processo corrosivo, geralmente associado quando o material está submetido a esforços de tração. O meio a qual o material está é que deve leva-lo a sofrer esse tipo de corrosão, sendo que qualquer tensão residual pode levar o material a sofrer esse tipo de corrosão. Geralmente ocorrem microtrincas perpendiculares que adentram o material, como a intergranular. É um processo bastante comum em ambientes agressivos, principalmente em aços inox quando soldados. Uma forma de se amenizar esse problema é fazer um tratamento térmico e depois um alívio de tensões nos materiais que estarão nesse ambiente agressivo. l. Fragilização por Hidrogênio R: A fragilização por hidrogênio não é considerada um tipo de corrosão, mas é uma forma pela qual as trinca acontecem, principalmente intragranulares. O átomo de hidrogênio, que é bem pequeno, se difunde para os interstícios do material, de modo a interagir e travar as discordâncias. Quando ele sai, rompe ligações, criando trincas que percorrem o material internamente. 26. Quais são as principais formas de proteção contra a corrosão? Explique cada um. R: Pintura com tinta polimérica, não sendo a base de água; Uso de um inibidor, como óleo ou graxa; Mudar o meio onde a peça se encontra; Mudar o material; Utilizar um anodo de sacrifício; Criar uma corrente aplicada ou imposta; Galvanização; A própria oxidação dos materiais. 27. O que é o Anodo ou Metal de Sacrifício? R: O anodo de sacrifício é um processo pelo qual ligamos o material a ser protegido a outro com potencial de oxidação maior. Dessa forma, quando ocorrer a corrosão, ele será oxidado e o material a ser protegido ficará carregado de elétrons, intacto. Como ocorre o consumo desse anodo de sacrifício, ele deve ser previamente calculado e substituído de tempos em tempos. Os locais mais comuns são cascos de navios e tubulações de ferro enterradas. 28. O que é a Galvanização? R: Tem o mesmo conceito de uma pilha, ou seja, uma matéria irá oxidar e outra irá reduzir. Um exemplo claro é quando o aço é mergulhado no zinco fundido. Caso haja um desbaste e o aço fique exposto, o zinco se torna um metal de sacrifício, sendo consumido no lugar do aço, de modo que o aço fica eletricamente carregado e protegido. Contudo, caso o desbaste sejamuito agressivo, o consumo do zinco poderá se dar de forma tão rápida a ponto de não ser capaz de proteger o aço de forma eficiente. 29. Porque podemos dizer que a “Oxidação protege contra a Oxidação”? R: No caso do ferro, uma leve camada denominada de ferrugem fará uma leve proteção, uma vez que ela evita o contato do material com o oxigênio. No caso dos aços inox e do alumínio, esse efeito é muito mais eficiente do que no ferro, evitando que a corrosão continue. Contudo, pode acontecer de se formar um pite nesse intervalo de tempo até a cama se organizar, o que pode fragilizar o material com o tempo. 30. Porque devemos estudar fraturas? R: Para podermos determinar qual tipo de fratura o material sofreu e fazer uma análise minuciosa das causas dessa fratura, como cargas excessivas ou material inadequado, por exemplo. 31. Como ocorre a fratura dúctil e a fratura frágil? R: A fratura dúctil acontece pela formação de dimples, ou seja, microvazios no interior do material, de modo que eles aumentam, se aproximam e coalescem formando uma trinca elíptica. Nota-se também o chamado empescoçamento, resultante de uma deformação cisalhante com ângulo de aprox. 45º, que é aquele na qual a tensão cisalhante é máxima. A Fratura frágil ocorre sem deformação apreciável e pela rápida propagação da trinca. Nos materiais cristalinos, a fratura se da pelas sucessivas rupturas das ligações atômicas dos planos cristalográficos específicos, chamado de clivagem, podendo levar a uma fratura intragranular. 32. O que é o ensaio de impacto e como ele é realizado? R: É um ensaio com o objetivo de se medir a capacidade do material de absorver energia imposta a ele em alta velocidade. Seu principal uso é determinar a transição dúctil-frágil do material, uma vez que alguns materiais serão dúcteis a temperatura ambiente e depois passam a ser frágeis quando se reduz a temperatura, como o aço CCC. Faz-se um entalhe na peça, que será um ponto amplificador de tensões de modo que quando um martelo bater nesse entalhe a peça deverá fraturar. Caso negativo, usa-se outro corpo de prova e eleva-se a altura do martelo. Essa altura será medida e será o parâmetro indicado da tenacidade do material. 33. Qual o objetivo e importância da mecânica da fratura? R: Alguns anos atrás pesquisadores descobriram que aconteciam fraturas do tipo frágil em materiais que deveriam, em teoria, apresentar fratura dúctil. Com isso conclui-se que os recursos e estudos até o momento eram insuficientes para responder essa pergunta. Então, criou-se a Mecânica da Fratura, uma área que permite quantificar as relações entre as propriedades dos materiais, o nível de tensão, a presença de defeitos gerados pelas trincas e os mecanismos propagadores de trincas. Assim, pode-se prever e antecipar uma falha estrutural. 34. O que é a transição dúctil-frágil? R: Podemos dizer que é um fenômeno que acontece quando um material tem comportamento dúctil sob certa temperatura, enquanto tem comportamento frágil sob outra. Um exemplo prático é o aço doce, que é dúctil a temperatura ambiente. Porém, conforme a temperatura vai diminuindo acontece essa transição, onde ele passa a ter um comportamento frágil. Esse fenômeno deve ser muito bem estudo na construção de embarcações que entrarão em contato com diferentes temperaturas, podendo fragilizar e nuclear trincas caso o material se choque com algum objeto. O ensaio de impacto é um dos utilizados para se estudar esse comportamento nos materiais. 35. O que é fadiga? Como é realizado esse ensaio? R: Fadiga é um tipo de falha que ocorre normalmente após um longo período de tensões repetidas ou ciclos de deformação, geralmente em estruturas como pontes, aeronaves e componentes de máquinas. Faz-se uma série de ensaios submetendo-se o corpo de prova ao ciclo de tensões, podendo-se aplicar praticamente todo tipo de esforço, sob uma amplitude máxima abaixo do limite de resistência a tração. Pode-se usar a) Ciclo de tensões alternadas, entre uma tração máxima (+) e compressão máxima (-), de igual magnitude; b) Ciclo de tensões repetidas, no qual a tensão máxima e mínima são assimétricas em relação ao nível zero de tensão; c) Ciclo de tensões aleatórias. 36. O que é resistência à fadiga, vida em fadiga e limite de resistência à fadiga? R: É o nível de tensão no qual a falha irá ocorrer para algum número de ciclos específicos. Já a vida em fadiga, é definido com o número de ciclos necessários para causar uma falha sob nível de tensão específico. O limite de resistência à fadiga pode ser entendido como o limite de durabilidade à fadiga, ou seja, é o nível de tensão limite abaixo do qual a falha por fadiga não irá acontecer. 37. Quais fatores afetam a vida em fadiga? a. Tensão média, que leva a uma diminuição na vida em fadiga; b. Efeitos da superfície, como pontos concentradores de tensão = cantos vivos; c. Efeitos do ambiente, como temperaturas elevadas e corrosão. 38. O que é fluência? Como é realizado esse ensaio? R: É a deformação permanente e dependente do tempo dos materiais quando eles são submetidos a uma carga ou tensão constante, geralmente exposto a temperaturas elevadas. O ensaio é lento e demorado, podendo levar meses. O ensaio de fluência depende muito da temperatura e da tensão aplicada. Em um ensaio de fluência sob tração, o corpo de prova deve ser tracionado dentro de um forno, a fim de se ver como o material se comportará. Ocorrerá um alivio de tensões até o ponto em que o material irá saturar, de modo a haver difusão e a formação de lacunas, o que fragilizará o material nos contornos de grão, com o passar do tempo do ensaio. Palheta da turbina: monogrão! Quanto maior o tamanho do grão haverá menos regiões para fragilizar o material por fluência. 39. Estudar os cálculos
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