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MATÉRIA COMPLETA processo civl 2

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PROCESSO CIVIL II
PROCESSO CIVIL II – 2017.2
PROFESSOR ROBERTO ARAGÃO
SUMÁRIO
TEORIA GERAL DOS RECURSOS	2
APELAÇÃO	7
AGRAVO	13
HONORÁRIOS RECURSAIS	17
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO	18
RECURSO ORDINÁRIO	22
RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIOS	23
AGRAVO EM RECURSOS ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO	28
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR	29
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INSCONSTITUCIONALIDADE - IAC	32
RECLAMAÇÃO	33
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
terça-feira, 21 de novembro de 2017
15:01
Conceito de Recurso:
É o instrumento destinado ao reexame da decisão judicial, no mesmo processo em que foi proferida. 
 
 
Pra que servem os recursos, quais são suas FINALIDADES:
Reformar decisões judiciais que tenham defeito;
Invalidar decisões judiciais que possuam nulidade;
Esclarecer determinados pontos, como a obscuridade;
Integrar uma decisão.
 
 
Meios de impugnação das decisões judiciais:
Recursos
Ações autônomas de impugnação: Dá origem a um novo processo.
Sucedâneos recursais: Categoria residual, como pedidos de reconsideração.
Os recursos são INTERPOSTOS!
São DOIS juízos do mérito para analisar os recursos:
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Consiste na aferição da presença dos requisitos formais do recurso:
1º: Se o recurso é cabível, se há previsão legal.
2º: Se há interesse e legitimidade para recorrer (deve ter sido sucumbente)
3º: Tempestividade, se foi interposto no prazo legal. 
4º: Deve se observar se há algum direito impeditivo para a interposição do recurso. 
5º: Pagamento das custas processuais. 
 
O juízo de admissibilidade diz se ele é RECEBIDO ou NÃO RECEBIDO, que é o juízo prévio. Após isso, ele passará ao juízo de mérito, onde será julgado. 
 
JUÍZO DO MÉRITO
Consiste na análise do próprio conteúdo do recurso. Tem por objeto a impugnação à decisão atacada. 
1º: ERROR IN JUDICANDO - Quando se diz que houve o erro do julgamento do mérito, quando há um erro material. A forma da decisão está perfeita, foi analisada mal. Leva a reformulação da decisão. 
 
2º: ERROR IN PROCEDENDO - Quando há um erro formal da decisão. O juiz não cumpriu os requisitos formais para a sua decisão. Leva a invalidação da decisão judicial.
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
Quando a MATÉRIA impugnada (art. 1.002, NCPC), podendo ser:
PARCIAL
Não compreende a totalidade do conteúdo impugnável da decisão. O recorrente decida impugnar apenas uma parcela ou capítulo da decisão. Esses capítulos podem ser sobre mérito, matéria, ambos e ainda sobre aspectos periféricos, como juros, correção monetárias e honorários. 
 
TOTAL
É quando abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida. Caso o recorrente não especifique a parte impugnada, o recurso será interpretado como total. 
 
Quando à FUNDAMENTAÇÃO:
LIVRE 
É aquele em que o recorrente pode deduzir qualquer tipo de crítica em relação a decisaõ, sem que isso interfira na sua admissibilidade. 
 
VINCULADA
É aquele no qual existe limitação legal quanto a espécie de impugnação.
 
 
Somente as decisões judiciais podem ser atacadas por recursos. Os DESPACHOS, uma vez que não possuem conteúdo decisório, são irrecorríveis (art. 1.001, NCPC).
 
Pelo juiz de primeira instância são proferidas decisões interlocutórias e sentenças. 
 
Em tribunais as decisões podem ser unipessoais (monocráticas) ou acórdãos (colegiadas).
 
De todas elas cabem embargos de declaração.
 
Os PRÍNCIPIOS que regem a teoria geral dos recursos:
PRINCÍPIO DA CORRESPONDENCIA
Deve haver uma correspondência entre a decisão e os recursos a serem interpostos.
 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE
Diz que os recursos são taxados pela legislação federal - Art. 994
 
PRINCÍPIO DA UNICIDADE
(REGRA GERAL) Vai caber um recurso de cada vez para cada decisão judicial. 
(EXCEÇÃO) Quando é vista a competência de recursos são diferentes (STF E STJ, uma vez que as matérias são diferentes).
 
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Noção de erro escusável. Aplicação dos princípios da instrumentalidade e da economia processual. A possibilidade do recursos ser admitido como um recurso de outra forma. 
Não pode haver má fé, errou sem má fé;
Não pode haver um erro grosseiro, tem que haver a possibilidade da dúvida do recurso. 
 
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS
Não pode reformar uma determinada decisão em desfavor daquele que recorreu. Não pode haver a reformulação da decisão prejudicando quem recorreu sobre a decisão. Apenas pode haver a modificação em desfavor de um quando tiver o recurso de ambas as partes para a modificação da decisão. 
 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
Os tribunais, na maioria dos casos, reexaminam as decisões proferidas pelos juízes. Oportuniza as partes a possibilidade de buscar uma nova opinião, um outro tribunal, quanto a decisão. 
 
O grau único de jurisdição é quando se atribui a tribunais superiores o exercício do primeiro grau de jurisdição, sem haver a possibilidade de um segundo grau (vide art. 105, I STJ).
 
DUPLO GRAU VERTICAL E HORIZONTAL 
 Geralmente o reexame é requerido a um órgão de hierarquia superior, como um tribunal, sendo o duplo grau vertical. No duplo grau horizontal, o ato é revisto por órgão da mesma hierarquia, mas de composição diversa. Como, por exemplo, em juizados especiais. 
Os EFEITOS dos recursos:
 
1º: OBSTATIVO - Obstar a preclusão e a formação da coisa julgada
Enquanto o recurso não for julgado, não vai acontecer a coisa julgada. 
 
2º: DEVOLUTIVO - 
 
3º: TRANSLATIVO - Semelhante ao devolutivo, mas diferente dele não está relacionado à manifestação expressa da parte recorrente. 
Suspende a execução da decisão enquanto se espera o julgamento do recurso.
 
4º: SUSPENSIVO - Nos recursos dotados de efeito suspensivo, a decisão recorrida não produzirá efeitos antes do julgamento pelo órgão ad quem. Suspende-se a eficácia da decisão proferida pelo órgão a quo. Não poderá haver execução provisória dessa decisão.
 
5º: SUBSTITUTIVO - O julgamento proferido pelo órgão ad quem substitui a decisão do juízo a quo, ainda que este venha a ser mantida (art. 1.008). Não ocorre nos casos em que determina a realização de novo julgamento pelo órgão a quo. 
 
Pelo novo código de processo civil, o efeito geral é que os recursos produzem efeito devolutivo. Porém, este não impede o requerimento do efeito suspensivo ao recurso.
 
ARTIGO 995 - Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
 
DESISTÊNCIA RECURSAL
ARTIGO 998, NCPC - O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
 
É possível a parte que recorreu desistir a qualquer momento do recurso, diferente da primeira instância. Não há a necessidade de concordância do recurso. Essa desistência pode ser total ou parcial, podendo ocorrer até o início do julgamento. 
 
Em regra, a desistência extingue o procedimento recursal, porém não ocorrerá houver outro recursos pendente de análise. Tampouco extinguirá o procedimento recursal caso a desistência seja parcial. 
RENÚNICIA
ARTIGO 999, NCPC - A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
 
A renuncia é quando a parte se manifesta dizendo que não há a pretensão de recorrer. É um ato anterior a renuncia. O transcurso in albis do prazo para recorrer produz o mesmo efeito.
ACEITAÇÃO DA DECISÃO
ARTIGO 1.000, NCPC - A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática,sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
 
Diante de uma determinada sentença, ou você fala que aceita, ou cumpre a decisão, de uma forma de aceitação tácita. 
PROCESSO NOS TRIBUNAIS
Ordem dos processos - Voto, julgamento, acórdão e ementa. Generalidades.
 
DISTRIBUIÇÃO
ARTIGO 929, NCPC - Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição. 
Parágrafo único. A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau. 
 
ARTIGO 930, NCPC - Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. 
Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo. 
 
ARTIGO 931, NCPC - Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.
 
Os julgamentos nos tribunais devem, em princípio, ser realizados de forma colegiada. 
 
VOTO
Consiste na manifestação dada por cada julgador do órgão colegiado. 
 
ACÓRDÃO
É a conclusão, a materialização do julgamento realizado pelo órgão julgador colegiado. Consiste na redução a escrito da solução dada pelos integrante do colegiado. 
 
CONTRARRAZÕES OU CONTRAMINUTA A RECURSO
Consiste na resposta escrita apresentada pela parte recorrida, que pode refutar, total ou parcialmente, os fundamentos expostos no recurso.
 
Funções do DESEMBARGADOR RELATOR 
ARTIGO 932, NCPC - Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. (regra análoga à do art. 321)
 
ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL
ART. 929 a 946.
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
O termo inicial, ou dies a quo, para interposição do recurso é o da intimação da decisão. Na contagem exclui-se o dia da intimação e inclui-se o dia do vencimento (art. 224, caput);
 
O prazo é contado em dias uteis (art. 212 e 219, caput e paragrafo único);
 
Suspende-se o curso do prazo processual entre os dias 20/12 e 20/1, de acordo com o art. 220. Sendo assim, os prazos passam a ser contados novamente a partir do dia 21/1.
 
O MP, a FAZENDA e a DEFENSORIA PÚBLICA dispõe do prazo em dobro (Art. 186, cpc).
 
O fato de haver litisconsortes não amplia o prazo para o recurso, salvo se os mesmos tiverem procuradores distintos, de escritórios distintos (art. 229, cpc)
EXPIRAÇÃO DO PRAZO RECURSAL
Caso transcorra in albis o prazo processual para a interposição do recursos ocorrerá a preclusão da decisão interlocutória ou o trânsito em julgado da sentença/acórdão. 
 
Diz-se tempestivo o recurso interposto dentro do prazo fixado pelo CPC ou legislação especial. 
MODALIDADE ADESIVA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS 
Tem como pressuposto a ocorrência de sucumbência recíproca. O autor do recurso na forma adesiva inicialmente não impugnaria a decisão, só o faz em razão do recurso do ex adverso.
 
ARTIGO 997 - Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. 
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
APELAÇÃO
terça-feira, 21 de novembro de 2017
15:02
É um recurso ordinário, de fundamentação livre e que pode ser ofertado de forma independente ou adesiva*. É paradigmático, pois prevê regras gerais aplicáveis subsidiariamente a outros recursos.
 
É o recurso cabível em face das SENTENÇAS.
 
ARTIGO 1.009, NCPC - Da sentença cabe apelação. 
§1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
§2º Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
§3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. 
 
SENTENÇA - Ato decisório que põem fim ao procedimento em primeira instância, enquanto as decisões interlocutórias não dão fim ao processo. 
 
 
EXCEÇÕES da interposição de apelação:
Não são cabíveis de apelação as sentenças descritas nos art. 109, II c/c art. 105, II, C da CRFB. Nessas, é necessária a interposição de um recurso ordinário para o STJ. 
 
Bem como as sentenças de Juizado Especiais, como descrito no artigo abaixo, onde será interposto recurso inominado:
ARTIGO. 41, LEI 9.099/96 - Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. 
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.
 
As decisões interlocutórias não contempladas no rol taxativo do art. 1.015 deverão ser impugnadas por apelação ou em contrarrazões de apelação (art. 1.009, ss1º).
 
Não se pode mais agravar toda e qualquer decisão interlocutória, mas apenas aquelas previstas nos incisos do art. 1.015.
 
 
FINALIDADE da apelação:
É impugnar todas as questões que foram decididas ao longo do procedimento que não comportem recurso de agravo de instrumento. Reforma ou anulação da sentença de primeira instância que tem como conteúdo que não são objeto do agravo de instrumento. 
 
ESTUDO DO ARTIGO 1.009, NCPC:
§1º: Tudo que não for impugnado por agravo de instrumento,não precisa ser impugnado por agravo retido, que deixa de existir no novo cpc, e passa a ser objeto de impugnação por apelação seja nas razões de apelação pelo recorrente ou nas contrarrazões de apelação pelo recorrido.
 
§2º: Se além das questões da SENTENÇA existirem outras, que não cabiam agravo de instrumento, ele poderá manifestar nas apelações, em suas razões. Assim como o recorrido pode manifestar em contrarrazões, pedindo uma reanalise pelo tribunal. Porém, de todo modo, será respeitado o princípio do contraditório, que dará o direito de resposta ao recorrido.
LEGITIMIDADE do recurso:
A legitimidade é uma das condições do juízo de admissibilidade dos recursos, logo, é parte fundamental de sua interposição.
 
ARTIGO 996, NCPC - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
 
ESTUDO DO ARTIGO
A legitimidade e interesse recursal parte daquele que sucumbiu em determinada medida, aquele que foi vencido. Podendo ser: 
PARTE VENCIDA (OU AMBAS AS PARTES); 
MINISTÉRIO PÚBLICO
TERCEIRO PREJUDICADO/INTERESSADO 
 
Parágrafo único: o terceiro interessado deve provar sua sucumbência, que foi prejudicado. 
CONTEUDO que pode ser recorrido é quanto ao:
 
ERROR IN PROCEDENDO:
Quando ocorre um erro na forma da sentença. 
 
E/OU
 
ERROR IN JUDICANDO
Quando se tem uma analise equivocada no âmbito do direito material, seria um erro na analise do mérito da sentença. 
APELAÇÃO ADESIVA/RECURSO ADESIVO
A modalidade adesiva é quando ofertado pelo recorrido no prazo de que dispõe para contrarrazões ao recurso de outro sujeito do processo. Seus requisitos e cabimento estão previstos nos incisos do parágrafo 2º do art. 997. 
 
Ocorre quanto a parte se encontra parcialmente sucumbente e também parcialmente satisfeita. Opta-se por deixar a decisão precluir, mas, em função do recurso do adversário, que pode prejudica-lo ainda mais, recorre em modalidade adesiva.
 
ARTIGO 997, NCPC - Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
 
 
ESTUDANDO O ARTIGO:
O artigo autoriza que a parte que resolveu não apelar, ao tomar conhecimento da apelação da parte que recorreu, possa apresentar uma apelação adesiva (além de suas contrarrazões). Ela não tinha a intenção de recorrer da sentença, mas ao tomar conhecimento de que a outra parte resolveu apelar, ela faz a apelação adesiva.
 
Quando se tem uma apelação adesiva, por ser adesiva, fica subordinada a apelação principal. Ou seja, caso, por algum motivo ela não seja recebida e admitida, a adesiva também não será. Elas são subordinadas, uma acompanha a outra. 
 
 
O prazo para a interposição do recurso adesivo é o de contrarrazões. 
INTERPOSIÇÃO da apelação:
 
O prazo da apelação é de 15 dias (uteis), contado da data da ciência (geralmente publicação no DO) das partes. No juízo a quo de primeira instância (art. 1.010, ss3º).
 
Geralmente a interposição se dá por duas petições. Uma com a apresentação e outra com as razões. Isso ocorre pela interposição não ser feita diretamente no tribunal, mas sim no juízo a quo, o juízo onde foi proferida a sentença que será recorrida. 
 
Primeiro ele é protocolado em primeira instância, para depois ser distribuído ao tribunal.
 
Uma vez que o recurso é interposto, determinará a intimação do recorrido (apelado), para que apresente suas contrarrazões. O prazo para a defesa é de 15 dias, o mesmo que o de apresentação das razões. Caso ele traga novas questões, não citadas pelo apelante, o recorrente terá o prazo de 15 dias quanto essas questões, respeitando o contraditório. Também é possível que no mesmo prazo de contrarrazões, o recorrido apresente a apelação adesiva, abrindo novamente o prazo para resposta do recorrente. 
 
Encerradas intimações, o juízo a quo envia as apelações para o tribunal, que fará o juízo de admissibilidade.
 
Com a distribuição, será escolhido um desembargador relator, que poderá fazer uma decisão monocrática, sem submeter ao plenário, de acordo com o art. 932, III ao V:
ARTIGO 932, NCPC - Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar auto composição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
 
Existe a possibilidade da retratação da sentença, como disposto no art. 332, NCPC, para que haja a economia processual. 
 
 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
É o juízo de admissibilidade da apelação que é competente exclusivamente ao tribunal, órgão ad quem, vide artigo 1.010, ss3º.
 
O tribunal declarará, ainda, os efeitos em que a apelação será recebida.
 
 
PROCEDIMENTO E POSSIBILIDADE DE DECISÃO MONOCRÁTICA
ARTIGO 1.011, NCPC - Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
 
ESTUDO DO ARTIGO
O inciso I traz as hipóteses nas quais o relator deverá decidir monocraticamente a apelação. Cotejo entre a sentença impugnada e a jurisprudência acerca do tema, consubstanciada em súmula, acórdão proferido pelo STF ou STJ em sede de julgamento de recursos repetitivos, ou ainda entendimento firmado em IRDR ou IAC. 
 
EFEITOS da apelação em relação ao processo em que ele é interposto. 
 
O de praxe é que se obtenha a preclusão e o transito em julgado do processo, logo, EFEITO SUSPENSIVO, dispostono art. 1.012, NCPC.
 
A Sentença não tem eficácia plena desde sua origem. Somente produzirá todos os efeitos se não houver recurso no prazo legal. O efeito suspensivo incide em razão do mero cabimento do recurso de apelação.
 
ARTIGO 1.012 - A apelação terá efeito suspensivo (ope legis). 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4º Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
 
Nesses casos, além dos previstos em lei especial, não haverá efeito suspensivo da sentença. A regra geral é que tenha efeito suspensivo. 
 
§ 2º Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4º Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
 
Nesse caso, vão tratar a respeito de especificidades do artigo.
EFEITO DEVOLUTIVO
ARTIGO 1.013, NCPC - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. (...)
 
Ao tribunal será devolvida a apreciação da matéria e capitulo apelada. Os limites de revisão são postos pelo apelante, que em sua apelação mostrará o que está sendo recorrido. 
 
A previsão do artigo serve como regra geral e subsidiária para todos os demais recursos. O efeito devolutivo demarca a diferença entre o objeto do processo e o objeto da apelação. O recorrente é quem definirá a extensão do efeito devolutivo da apelação.
 
HORIZONTAL 
Corresponde as parcelas ou capítulos impugnados e que serão submetidos a reexame pelo tribunal. A sentença ou qualquer outra decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. No caso do recurso parcial, os capítulos da decisão não impugnados restarão preclusos. 
 
VERTICAL
Diz respeito à cognição do órgão ad quem, às matérias sobre as quais poderá se debruçar dentro dos capítulos impugnados. Diferente da dimensão da extensão delimitada pelo recorrente, a dimensão da profundidade é definida por lei, art. 1013, ss 1º e 2º. 
 
Ela possibilita que o tribunal conheça de determinadas matérias suscitadas e discutidas mas que não tenham sido julgadas (art. 1.013, 1º) e viabiliza a análise, pelo tribunal, de todos os fundamentos trazidos pelo autor em sua inicial e pelo réu em contestação (art. 1.013, 2º).
 
EFEITO TRANSLATIVO
ARTIGO 1.013, NCPC - (...)
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
 
O tribunal poderá analisar qualquer questão do capitulo selecionado pelo apelante, mesmo que o recorrente não tenha falado sobre ela. Porém, deve-se estar dentro do capitulo mencionado. 
No paragrafo segundo, fala sobre os fundamentos explorados pelo recorrente. Não necessariamente todos podem/vão ser acolhidos. 
 
Ainda que a questão afete todos os capítulos da sentença, na hipótese de apenas alguns deles terem sido impugnados, o efeito translativo somente irá operar nos limites da extensão do efeito devolutivo. 
Tal ocorre porque, a despeito da natureza de ordem pública, os capítulos não impugnados restam preclusos. Em síntese, o efeito translativo do recurso é limitado pela extensão do efeito devolutivo.
 
 
JULGAMENTO IMEDIATO DO MÉRITO
ARTIGO 1.013, NCPC - (....)
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
 
Traz a possibilidade do tribunal imediatamente julgar a questão quando constatada o erro da sentença. Isso se dá por economia processual. 
 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
 
Quando o tribunal entender que não há a prescrição ou decadência, há a possibilidade da reforma da decisão, sendo ele próprio o responsável pela analise e julgamento do caso. Se a causar estiver em condições de ser analisada. 
 
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
 
Essa matéria é, a principio, alvo de agravo de instrumento. Mas estando presente em sentença, cabe a apelação. 
FATOS NOVOS
ARTIGO 1.014, NCPC - As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
 
Por via de regra, em recurso não podem ser apresentados em recurso. Porém, o art. 1.014 visa sobre os fatos que ocorreram, se houver justificativa para que esses fatos não tenham sido trazidos, ou que tenham ocorrido após sentença. Sempre dando a outra parte a oportunidade de se manifestar também sobre esses fatos. 
AGRAVO
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
18:33
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
AGRAVO INTERNO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
É o recurso cabível contra decisões interlocutórias. Todo pronunciamento judicial com conteúdo decisório e que não se enquadre na definição do §1º do art. 203 será uma decisão interlocutória, que está definida no §2º do art. 203, NCPC. 
 
As decisões que não podem ser impugnadas pelo agravo de instrumento, será impugnada pela apelação. O agravo de instrumento serve para impugnar as decisões interlocutórias no decorrer do processo. 
 
O CABIMENTO está previsto no artigo 1.015, NCPC:
ARTIGO 1.015, NCPC - Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII - (VETADO); 
XIII- outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
 
Com o agravo de instrumento, visa o conhecimento imediato das questão que precisão ou demandam uma avaliação e apreciação de urgência. 
 
É possível que algumas decisões interlocutórias precisem analisar parte do mérito do processo, sendo passível de julgamento imediato (Art. 356, NPCP). Então, quando a decisão interlocutória tem conteúdo de mérito, mas não forma de sentença, a parte pode impugnar por meio do agravo de instrumento. 
 
O rol de decisões previsto no art. 1.015 é fechado, taxativo. A necessidade de excepcionar a regra prevista no §1º do art. 1.009 decorre da própria natureza de algumas decisões interlocutórias.
 
A doutrina majoritária entende que a taxatividade não se revela incompatível com a possibilidade de interpretação extensiva dentro de cada hipótese prevista no rol do art. 1.015. 
 
O PRAZO para a interposição do Agravo de Instrumento é de 15 dias uteis, contados a partir da publicação da decisão. 
FORMALIDADE
ARTIGO 1.016, NCPC - O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: 
I - os nomes das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; 
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
 
No agravo, o recurso será dirigido diretamente ao tribunal de segundo grau. Além disso, será necessário que as partes obedeçam as formalidades previstas no art. 1.016.
FORMAÇÃO DO AGRAVO
É necessário que a parte retire dos autos cópias das partes mais importantes para a analise do tribunal, como visto no art. 1.017, ncpc. Isso porque será gerado um novo processo, enquanto o inicial será mantido em primeira instância. 
 
ARTIGO 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; 
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; 
V - outra forma prevista em lei. 
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único. 
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original. 
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
 
 
PROCEDIMENTO do agravo de instrumento
 
ARTIGO 1.018, NCPC - O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. 
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. 
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
 
ESTUDO DO ARTIGO
§ 1º Existe a possibilidade de reforma da decisão quando o juiz que proveu a decisão modifica-la por inteiro. 
§ 2º O agravante tem o prazo de 3 dias para protocolar uma petição nos autos do processo em primeira instância para informar quanto a interposição do agravo. 
§ 3º Sem o que foi estabelecido no § 2º, o agravo será inadmitido. Fica a cargo do agravado a transmissão da informação do não cumprimento deste paragrafo. 
EM SEGUNDA INSTÂNCIA
ARTIGO 1.019, NCPC - Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
 
ESTUDO DO ARTIGO
I - Trata de duas possibilidades. A primeira é quanto a possibilidade do efeito suspensivo do agravo de instrumento. Isso porque, em regra, ele não tem efeito suspensivo, em regra. É possível pedir e que o relator atribua ao mesmo. Também é possível ao relator fazer a antecipação de tutela, a partir da analise do pedido. Seguindo, obviamente, os requisitos da antecipação da tutela. 
II - Caso a parte não tiver advogado constituído nos autos, a intimação será de modo pessoal. Caso tenha, será na pessoa do seu advogado. 
III - A intimação do MP só ocorre nos casos em que houver previsão legal do MP como fiscal da lei. A manifestação será depois das contrarrazões. 
 
 
A atribuição do efeito suspensivo ao agravo de instrumento requer a constatação cumulativa dos dois requisitos previstos no art. 995, paragrafo único. Sendo assim, deve haver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e a probabilidade de provimento do recurso. Bem como trata-se de medida de urgência.
PODERES DO RELATOR
ARTIGO. 932, NCPC - Incumbe ao relator: (...)
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
(...)
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
 
ESTUDO DO ARTIGO
É ônus da parte agravante ou recorrente impugnar os fundamentos da parte recorrida. A decisão que não for especifica na parte impugnada, não será vista, uma vez que não cumpriu os requisitos do agravo.
III, IV e V: Ocorrerá nos casos em que a decisão recorrida for contrária a pronunciamento judiciais dotados de eficácia vinculante.
 
Não configurada nenhuma das hipótesesde decisão unipessoal, deverá o desembargador relator levar o agravo de instrumento a julgamento pelo órgão colegiado do tribunal. 
 
ARTIGO 1.020, NCPC - O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.
 
Trata-se de prazo impróprio.
AGRAVO INTERNO
É o recurso cabível contra a decisão unipessoal (monocrática) proferida pelo Desembargador Relator do recurso de apelação. 
 
ARTIGO 1.021 - Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
§1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 
§2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
§3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. 
§4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
O cabimento está descrito no caput do artigo. O agravo interno é interposto contra o relator de um recurso e quem julgará esse agravo interno é o colegiado que este relator compõe. 
§ 1º: A parte também tem o ônus de fazer o debate de forma analítica, deve impugnar a decisão de forma especificada. Os fundamentos devem ser expostos no agravo interno.
§2º: Com a interposição, o relator intimará a parte para oposta para que se manifeste no prazo de 15 dias, após o prazo submete-se ao colegiado. O prazo para interposição também é de 15 dias uteis. 
§3º: O relator ao analisar o agravo interno não pode usar dos mesmo fundamentos da decisão para inadmitir ou julgar improcedente o agravo interno.
§4º: Para evitar recursos intimidatórios.
§5º: Se a multa for imposta a parte, ela só poderá interpor qualquer outro recurso após o pagamento da multa. Isso só não se aplica a justiça gratuita e a Fazenda Pública. 
 
 O principio da fungibilidade recursal é compatível com o CPC e alcança todos os recursos, sendo aplicável de ofício.
HONORÁRIOS RECURSAIS
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
18:20
ARTIGO 85, NCPC: A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. 
§ 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
(...)
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo. (...)
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.
 
De modo análogo, os honorários recursais serão devidos por aquele que indevidamente deu causa ao recurso julgado improcedente.
 
OBJETIVO:
Remunerar o advogado pelo trabalho extra
Inibir recursos temerários
 
A majoração consiste não em faculdade, mas em obrigação imposta aos tribunais. Se a sentença já tiver fixado honorários sucumbenciais no patamar máximo, de 20%, não será possível a majoração. 
 
O advogado do recorrido fará jus à percepção de honorários majorados ainda que não tenha apresentado contrarrazões ao recurso. 
 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
18:56
Recurso que busca o esclarecimento ou integração da decisão. Pode ser manejado contra qualquer espécie de decisão. O julgamento será feito pelo próprio órgão prolator da decisão. 
 
É uma exceção ao princípio da unirrecorribilidade. 
 
ARTIGO 1.022, NCPC - Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.*
 
* "Não se considera fundamenta qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão (...)"
 
ESTUDO DO ARTIGO:
Caberá Embargos de Declaração contra qualquer ato que tenha função decisória. Há uma parcela da doutrina que diz caber embargos de declaração até para despachos, quando não houver a clareza no mesmo. 
I - Uma decisão obscura quando não se compreende o que foi decidido. A possibilidade de dupla interpretação da decisão enquadra-se na obscuridade. Tanto faz onde encontra-se a obscuridade. Havendo a dificuldade de entendimento, cabe embargos de declaração. A contradição se dá quando tiver proposições inconciliáveis dentro da própria decisão. É a coexistência de fatos que não se conectam e não podem estar juntos. 
II - As partes quando formulam os seus pedidos, esperam a apreciação destes pedidos. Sempre que isso não ocorrer, haverá a omissão. Bem como seus fundamentos. O paragrafo único complementa este inciso, especificando o conceito de omissão nas decisões. 
III - O erro material é quando há um erro perceptível por qualquer pessoa ou que não tenha correspondido a intenção do juiz. O erro material, basicamente é, quando existe a confusão ou erro de dilação, mas que não interfira a decisão. 
 
Logo, o intuito dos embargos é a revelação do verdadeiro sentido da decisão. E não necessariamente a correção da decisão, uma vez que existem outros recursos para isso.
 
Apesar disso, o CPC não condiciona a alegação de erro material aos embargos de declaração, sendo que tal alegação continua a ser admitida por meio de merda petição, a qualquer momento, inclusive após o trânsito em julgado da decisão. 
 
 
EFEITO INFRINGENTE/MODIFICATIVO
Quando há nos embargos a omissão da analise de um dos pedidos. Quando verificado, há a modificação da decisão. A regra é que não tenha o efeito de modificação, mas é possível que isso aconteça. 
 
O juiz ao suprir uma omissão que foi constatada em sua decisão, irá modificar a matéria da decisão e será usado o efeito infringente. 
PRAZOS E FORMA DE INTERPOSIÇÃO
 
Seu prazo de interposição é de 5 dias úteis. Diferente da apelação e do agravo de instrumento, que dispõe de 15 dias pra interposição.
 
ARTIGO 1.023, NCPC - Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229. 
§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
§ 2º: A função do julgador ao receber os embargos é a analise da possibilidade de efeito modificativo, abrindo prazo de 5 dias para que ela se manifeste quanto a modificação. Isso respeita o princípio do contraditório. Havendo a possibilidade de modificação, a outra parte deve ser ouvida antes, para contribuir com o julgamento e apreciação do pedido de modificação.
 
 
(JULGAMENTO)
O prazo de analisedo juiz é impróprio. Diferente do prazo das partes, que é próprio, caso não seja cumprido acontece a preclusão temporal, perdendo o direito do recurso. Sendo assim, não há perda do prazo por parte do juiz. 
 
ARTIGO 1.024, NCPC - O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. 
§ 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. 
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o. 
§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. 
§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
 
ESTUDO DO ARTIGO: 
§ 1º: Uma vez que o recurso é interposto, o juiz deve incluir o recurso em pauta, para analise. 
§ 2º: Faz referencia as decisões proferidas monocraticamente. O embargos são endereçados ao órgão julgador.
§ 3º: É possível que a parte imponha embargos e o órgão entenda que não é o caso. Para aproveitamento do caso, converte-se o embargos em agravo interno. Abrindo prazo de 5 dias para que a parte complemente o recursos, tramitando o recurso de forma regular. 
§ 4º: Quando houver o efeito modificativo dos embargos, abre-se prazo para a outra parte para uma possível modificação do seu recurso especial. 
§ 5º: Se os embargos forem rejeitados ou não modificados, não haverá necessidade da modificação de outro recurso. (Supera o entendimento sumulado do STJ)
PRE QUESTIONAMENTO FICTO
Cria a ficção jurídica ao possibilitar que um tribunal superior venha a reconhecer a existência do erro, omissão, contradição ou obscuridade alegada, mas que não fora reconhecida pelo tribunal a quo, para fins de atendimento do requisito do prequestionamento. 
 
ARTIGO. 1.025, NCPC - Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
 
ESTUDO DO ARTIGO
Basta que a parte oponha embargos de declaração para que ele seja considerado pré questionado, sendo objeto de analise em terceira instância. 
O STJ tinha um determinado posicionamento e o STF tinha um outro posicionamento, contrario ao primeiro. Sendo assim, o legislador ao escrever o texto do art. 1.025 acolhe o entendimento do STF, deixando claro qual posicionamento deve ser seguido. Definindo então, que para fins de pré questionamento na segunda instância basta que a parte oponha embargos de declaração. Não há necessidade que ele seja acolhido. 
 
Para a primeira corrente, consistiria na necessidade prévia decisão da questão por parte dos tribunais de segunda instância. Para a corrente majoritária, basta que aquele não interpõe REsp e RE tenha ventilado a questão as instâncias ordinárias. 
 
Passará a admitir o entendimento do STF, reconhecendo como atendido o requisito prequestionamento nas hipóteses em que houver a oposição de embargos de declaração contra decisão omissa, obscura, contraditória ou que contenha erro material, ainda que tais embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere tais vícios. 
EFEITOS DOS EMBARGOS
 
ARTIGO. 1.026, NCPC. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 
(...)
 
ESTUDO DO ARTIGO:
Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo, apenas em caráter especial. 
Ele diz também que cabendo embargos de declaração e apelação, sendo interposto embargos o prazo para a interposição da apelação é interrompido. Após o julgamento dos embargos, volta a contar do zero o prazo para interposição de outros recursos. Quando se fala de interrupção, o prazo volta a estaca zero, passando a ser contado novamente. Diferente da SUSPENÇÃO do prazo, que deste modo sim seria contado já com os dias corridos. 
§ 1º: A regra do caput é que não há efeito suspensivo, a exceção é quando cumprida as regras deste inciso.
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS: 
ARTIGO. 1.026, NCPC - (...)
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. 
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. 
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
§ 2º: Há a previsão de multa quando se estiver diante de um recurso de embargos de declaração, de forma fundamentada, considerada meramente protelatório. O embargante terá que pagar uma multa que será revertida em favor da parte embargada. 
§ 3º: Se foi considerado um determinado recurso de embargos de declaração foi considerado protelatório e a parte repete a ação, o juiz pode aumentar a multa e a parte então, caso queira interpor algum outro recurso terá que recolher esta multa. 
§ 4º: Esse terceiro recurso, caso os dois primeiros tenham sido considerados protelatórios, não serão recebidos pelo juízo competente. 
 RECURSO ORDINÁRIO
sábado, 25 de novembro de 2017
17:32
É uma modalidade de recurso que permite ao STF e ao STJ analisar direitos subjetivos das partes. Tem uma característica fundamental que o diferencia dos outros, uma vez que é muito específico. 
 
Se diz que é um recurso constitucional porque a previsão deste está na Constituição. 
 
COMPETENCIA na Constituição Federal:
ART. 102, CF/88 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político; (...)
 
ART. 105, CF/88 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(...) 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;(...)
 
COMPETENCIA no Código de Processo Civil:
ARTIGO 1.027 - Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015. 
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º, e 1.029, § 5º.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
§ 1º: Se acontecer alguma das hipóteses prevista no art. 1015 tendo de lado um organismo estrangeiro e de outro a parte domiciliada no brasil, deverá ser interposto um recurso diretamente no STJ. 
§ 2º: Se tiver um recurso ordinário que tenha chegado ao STF ou STJ e que verifique que a avaliação e analise está incorreta, ao invés da devolução ao tribunal, o órgão julgará o recurso ordinário no modo em que ele estiver. Passa a contemplar expressamente a possibilidade de julgamento imediato do mérito, acolhendo, portanto, a teoria da causa madura. Também passa a trata a possiblidade de atribuição do efeito suspensivo ao recurso ordinário.
 
 
ARTIGO 1.028, NCPC - Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1o, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. 
§ 3º Findo o prazo referido no § 2o, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.
RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIOS 
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
15:10
Para a interposição destes recursos, não deve haver mais a possibilidade de interposição de nenhum outro recurso. Só podem ser manejados quando não couber mais a interposição de nenhum recurso ordinário. 
 
Não revisam matéria de fato, o que os tribunais superiores fazem é analise dos casos e interpretação do juízo que já definiu o recurso anteriormente. Não há uma reanalise. 
 
Os fundamentos dos recursos estão dispostos na constituição federal, eles só serão cabíveis nas hipóteses previstas na constituição. 
 
Estes recursos não possuem efeito suspensivo, mas há a possibilidade de realizar o pedido. 
CABIMENTO:
 
RECURSO ESPECIAL
ARTIGO 105, CF/88 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
Cabível sempre que se tiver contrariedade a lei federal infraconstitucional, a uma lei ou tratado federal ou a uma decisão que se considere equivocada ao conteúdo federal. Tudo isso para que o STJ possa exercer sua função de controle infraconstitucional. 
 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
ARTIGO 102, CF/88 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 
ESTUDO DO ARTIGO:
Cabível sempre que se tiver contrariedade a lei federal, declarar inconstitucionalidade, julgar atos governamentais e lei que bate com lei federal. Atos realizados pelo STF. 
PROCEDIMENTO ÚNICO
 
INTERPOSIÇÃO
ARTIGO 1.029, NCPC - O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
Deve-se verificar dentro do regimento interno do tribunal qual será o órgão responsável pelo recebimento do recurso. No caso de recurso extraordinário, a petição deve constar um tópico falando sobre o interesse geral do mesmo. 
§ 1º: Não basta apenas mostrar apenas que as conclusões dos tribunais são diferentes, deve-se a parte mostrar uma comparação e analise dos fatos. Não basta haver divergência de entendimento, deve haver uma convergência entre os fatos das causas. 
 
RECEBIMENTO
ARTIGO 1.030, NCPC - Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento (...)
II - encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno,nos termos do art. 1.021.
 
RECURSO EPECIAL REPETITIVO
ARTIGO 1.036, NCPC - Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
§ 2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. 
§ 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 
§ 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. 
§ 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
 
ESTUDO DO ARTIGO: 
Quando houver multiplicidade do recursos, escolhe-se dois ou mais recursos idênticos para o julgamento a solução da controvérsia. 
É uma técnica de seleção por amostragem, para fins de representação da controvérsia objeto de todos os outros recursos interpostos. Sua finalidade é impedir que subam ao STJ e ao STF muitos recursos versando sobre idêntica controvérsia. 
Deverão ser selecionados recursos admissíveis e com fundamentação que abarque toda a controvérsia. Caso tramitem ações coletivas sobre a questão, estas terão prioridade na afetação como recurso paradigma, uma vez que tendem a possuir instrução probatória mais robusta. 
 
 
ARTIGO 1.037, NCPC - Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual: 
I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; 
II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1o.
§ 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput. 
§ 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
§ 6º Ocorrendo a hipótese do § 5o, é permitido a outro relator do respectivo tribunal superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do art. 1.036. 
§ 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. 
§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput.
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo. 
§ 10. O requerimento a que se refere o § 9o será dirigido: 
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; 
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; 
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem; 
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado. 
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9o, no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 12. Reconhecida a distinção no caso: 
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo;
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.030, parágrafo único.
§ 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9o caberá:
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; 
II - agravo interno, se a decisão for de relator.
 
 
A parte que tiver o seu processo suspenso, poderá solicitar a continuação do seu processo caso entenda que a matéria é diferente dos casos que estão sendo julgado. Com este pedido, abre-se a oportunidade de resposta da outra parte, em respeito ao contraditório. 
 
PODERES DO RELATOR
ARTIGO 1.038, NCPC - O relator poderá: 
I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;
II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento; 
III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se. 
§ 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, sempre que possível, por meio eletrônico. 
§ 2º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
§ 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida. 
 
ARTIGO 1.039, NCPC - Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão prejudicados os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada. 
Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo processamento tenha sido sobrestado.
 
ARTIGO 1.040, NCPC - Publicado o acórdão paradigma:
I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior; 
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariara orientação do tribunal superior; 
III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior; 
IV - se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. 
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. 
§ 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários de sucumbência. 
§ 3º A desistência apresentada nos termos do § 1o independe de consentimento do réu, ainda que apresentada contestação.
 
ARTIGO 1.041, NCPC - Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1o. 
§ 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração. 
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões. 
 
Pelo NCPC, mesmo na hipótese de manutenção do acórdão divergente pelo tribunal de origem, haverá a remessa do recurso especial ou extraordinário ao respectivo tribunal superior e a suspensão do processamento de todos os processos pendente, nos termos do art. 1.036, § 1º.
 
AGRAVO EM RECURSOS ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
16:48
O agravo em REsp e RE consiste no recurso cabível contra decisão do Presidente ou Vice-presidente do TJ ou TRF que inadmite REsp ou RE, por ocasião da realização do primeiro juízo de admissibilidade. É usada quando os recursos não forem admitidos, salvo quando a decisão for baseada em um precedente firmada pelo STJ ou STF não caberá o agravo em REsp ou em RE. 
 
Não há necessidade de pagamento das custas desse recurso, A ideia deste agravo, é que os autos subam ao tribunal superior, para que seja analisada a admissibilidade. Será interposto nos próprios autos. 
 
O agravo em REsp ou em RE pode ficar suspenso aguardando o julgamento de recursos repetitivos. E existe a possibilidade de retratação antes do julgamento do Agravo. 
 
 
ARTIGO 1.042, NCPC - Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente. 
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado.
 
Nas hipóteses de negativa de seguimento, (art. 1.030, I) fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos, caberá tão somente agravo interno (art. 1.021), nos termos do disposto no art. 1.030, ss2.
 
A negativa de seguimento versa sobre o mérito, cotejo com as decisões do STF ou STJ, não sobre admissibilidade. 
 
 
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR
terça-feira, 28 de novembro de 2017
00:01
É uma novidade do novo CPC. É um incidente processual destinado há, através do julgamento de um caso piloto, estabelecer um procedente vinculante, para que se de soluções idênticas a todos os outros processos similares a este, evitando que se esbarre os entraves do processo coletivo. 
 
Incidente processual: não é uma nova ação, ocorre dentro de uma ação já existente. 
 
Havendo uma questão comum de direito material ou processual que gere efetiva repetição de processo, poderá ser suscitado e instaurado o incidente, que será apreciado, quanto à admissibilidade e mérito, por tribunal de segundo grau, com a consequente suspensão de todos os processos que tramitem sob a área de jurisdição do tribunal e versem sobre aquela mesma questão jurídica. 
 
Julgando o incidente, os órgãos judiciais vinculados ao tribunal que proferiu o acórdão aplicarão essa teses jurídica aos processos suspensos e também às futuras ações. Em caso de inobservância da tese fixada, caberá reclamação. 
 
Esse é mais um mecanismo para a tutela coletivizada de direitos individuais homogêneos. 
 
Esta nova forma de julgamento coletivizado, que pode ser enquadrada na categoria das ações de grupo, se dá em paralelo às ações coletivas, mas sem a exigência de um legitimado extraordinário, que sempre se faz presente nestas. 
 
 
ARTIGO 976, NCPC - É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente: 
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; 
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
§ 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente. 
§ 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono. 
§ 3º A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado. 
§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
§ 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas.
 
ESTUDO DO ARTIGO:
REQUISITOS previstos no I e II, ser sobre entendimentos de um mesmo tribunal de uma questão unicamente de direito e com risco de ofensa, a partir da repetição de processos e várias decisões conflitantes. O IRDR não tem caráter preventivo, então o requisito do i deve ser existente. A causa piloto deve estar no tribunal. 
Se caso já exista um caso pendente de julgamento, não há porque instaurar outro IRDR quanto a essa questão. 
 
 
 
LEGITIMIDADE
ARTIGO 977, NCPC

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