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1 Integração metabólica sob o ponto de vista hormonal Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Os hormônios possuem uma importância fundamental no controle no nosso metabolismo energético. Os principais são a adrenalina, o glucagon, a insulina e ainda os glicocorticoides. Adrenalina Esse hormônio, também conhecido como epinefrina, é originado da norepinefrina. Esses compostos são produzidos nas células adrenérgicas a partir do aminoácido tirosina. Em especial, a epinefrina ou a adrenalina, é sintetizada nas glândulas suprarrenais. Elas são representantes das catecolaminas e, no nosso sistema nervoso, podem atuar como neurotransmissor no sistema nervoso autônomo. A adrenalina é secretada em situações especificas, como: • luta e fuga; • exercício físico; • hipoglicemia; • situações de exposição a baixas temperaturas. Os principais efeitos da liberação da adrenalina no nosso organismo são: relaxamento da musculatura lisa, broncodilatação, aumento da frequência cardíaca, ativação da glicogenólise muscular e hepática, lipólise no tecido adiposo e ativação da gliconeogênese hepática. No geral, esse hormônio atua como coadjuvante do glucagon e se opõe aos efeitos da insulina. Glucagon Ele é um peptídeo formado por 29 aminoácidos e é sintetizado nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A liberação desse hormônio vai ocorrer quando a concentração de glicose no sangue estiver baixa. Dessa maneira, seu papel fisiológico principal é o de aumentar a produção e a exportação de glicose pelo fígado, fazendo assim com que a quantidade desse carboidrato aumente no meio. A glicogenólise e a gliconeogênese são estimuladas pelo glucagon, ao contrário das vias de síntese de glicogênio e glicólise. Em geral, o glucagon possui um efeito metabólico de degradação de moléculas e isso inclui aminoácidos, lipídeos e proteínas. Esse hormônio atua principalmente no fígado e no tecido adiposo. No caso do tecido muscular, desprovido de receptores específicos para o glucagon, irão predominar os efeitos da adrenalina. 2 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Insulina Esse composto é constituído por uma proteína pequena com 51 aminoácidos que estão organizados em duas cadeias polipeptídicas distintas ligadas por uma ponte dissulfeto. A insulina é sintetizada e secretada pelas células beta pancreáticas das ilhotas de Langerhans do pâncreas. Nesse caso, sua secreção é estimulada pelo aumento de glicose no sangue (hiperglicemia). Os receptores de insulina estão localizados na membrana plasmática de todas as células dos mamíferos. Esse receptor é uma glicoproteína, formada por duas subunidades alfa e duas beta, que estão unidas por pontes dissulfeto. A porção da proteína que está voltada para fora da célula são as subunidades alfa e as subunidades beta atravessam a membrana plasmática das células. A subunidade beta possui atividade de proteína quinase específica para resíduos de tirosina, chamados de tirosina quinase. A ligação da insulina com seu receptor ativa as subunidades beta, que vão fosforilar os resíduos de tirosina uma da outra; ocorrendo uma autofosforilação e que ocasiona um aumento da atividade da tirosina quina. O resultado dessa interação insulina x receptor é a modulação de várias vias de transdução de sinal que, no caso do metabolismo, irá implicar em várias respostas diferentes. Sinalização dos hormônios adrenalina e glucagon 3 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Ativação dos receptores adrenérgicos do subtipo alfa 1 Receptor de insulina 4 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br A insulina pode interferir na fosforilação e na síntese de enzimas, que são responsáveis pelo controle do nosso metabolismo energético. A PKB, componente final da sinalização via PI3-K, irá direcionar para as formas desfosforiladas de enzimas, alvo do controle energético da célula. Por exemplo, a fosfoproteína fosfatase, a principal delas, conhecida também como PP-1, se ativa e passa a remover o resíduo de fosfato das outras enzimas. A fosfodiesterase de cAMP é ativada na presença de insulina. Essa ativação leva à diminuição do nível de cAMP e à desativação da proteína quinase A. Proteínas quinases, como a proteína quinase dependente de AMP e a glicogênio sintase quinase (GSK- 3), são inativadas e passam a não fosforilar também suas enzimas. A insulina é responsável pelo recrutamento de transportadores de glicose do subtipo 4 (o GLUT 4), que são responsáveis pela entrada de glicose nas células nos tecidos adiposo e muscular. Ativação da degradação do glicogênio muscular 5 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Inibição da síntese do glicogênio muscular Regulação do metabolismo do glicogênio hepático Regulação da PFK-2 6 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Regulação da Piruvato quinase Regulação do complexo piruvato desidrogenase 7 In te gr aç ão m et ab ól ic a so b o po nt o de v is ta h or m on al Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br A ação dos glicocorticoides no balanço energético 8 Integração metabólica sob o ponto de vista hormonal. EXERCÍCIOS. Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 1. (ENADE 2006) Considere as afirmações abaixo: I. No sistema nervoso autônomo, as vias conhecidas como simpáticas induzem reações orgânicas maciças, mediadas principalmente pela noradrenalina, enquanto as vias parassimpáticas têm ações mais pontuais, mediadas geralmente pela acetilcolina PORQUE II. nos circuitos simpáticos há um elevado grau de convergência nas sinapses entre os neurônios. Responda: a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. c) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. e) as duas afirmações são falsas. 2. Quando o Glucagon se liga ao seu receptor de membrana, culmina em uma resposta celular que ativa PKA. Essa enzima fosforila várias outras enzimas, influenciando suas atividades celulares. Quais das enzimas abaixo, ao ser fosforilada por PKA encontra-se modulada positivamente: a) PFK-1 b) Hexoquinase c) Glicoquinase d) Lipase e) Acetil-CoA carboxilase 3. Durante o período de jejum há um aumento na produção de glucagon e isto induz a uma ativação da PKA (enzima que fosforila diferentes substratos no hepatócito). Como o glucagon estimula a gliconeogênese durante o jejum para manutenção da glicemia? a) Diminuindo a fosforilação da piruvato kinase, ativando-a e aumentando a glicólise. b) Aumentando a fosforilação da PFK-2/ F2,6Bfase, ativando a produção de F2,6BF, que ativa a PFK-1. c) Aumentando a fosforilação da PFK-2/F2,6Bfase diminuindo a produção de F2,6BF e ativando a PFK-1. d) Aumentando a fosforilação da PFK-2/F2,6Bfase diminuindo a produção de F2,6BF e ativando a F1,6Bfase. e) Diminuindo a fosforilação da PFK-2/F2,6Bfase aumentando a produção de F2,6BF e ativando a F1,6BFase. 4. Explique a regulação da piruvato desidrogenase apartir da insulina. 5. Por que o indivíduo no estado alimentado não produz corpos cetônicos? 6. Marque a alternativa correta sobre a piruvato quinase. a) Glucagon ativa PP-1 que ativa a piruvato quinase b) Glucagon ativa PP-1 que inativa a piruvato quinase c) Insulina ativa PP-1 que inativa a piruvato questão resolvida na aula questão enade 9 EX ER CÍ CI OS Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br quinase d) Insulina ativa PKA que ativa a piruvato quinase e) Insulina ativa PP-1 que ativa a piruvato quinase. 7. Em jejum o piruvato que chega no hepatócito não será transformado em acetil-CoA. Outra via fornece esse substrato, mas isso ocorre devido a: a) O excesso de acetil-CoA inativa a piruvato desidrogenase e ativa a piruvato carboxilase b) O acetil- CoA de outra via ativa a piruvato desidrogenase e inativa a piruvato carboxilase c) O piruvato que adentra a mitocôndria é diferente daquele da via glicolítica e por isso não será transforamdo em acetil-CoA d) A piruvato desidrogenase encontra-se ativa pelo excesso de citrato na célula. e) A piruvato desidrogenase encontra-se ativa pelo excesso de NADH 8. Durante o exercício intenso a síntese de glicogênio muscular se encontrará? 9. Como ocorre a ativação da síntese de glicogênio via insulina? 10. Quais são os principais efeito da adrenalina no nosso corpo? 11. Explique as principais ações no metabolismo energético dos glicocorticoides. gabarito. Resposta da Questão 1: [C] Resposta da Questão 2: [D] Resposta da Questão 3: [D] Resposta da Questão 4: A insulina reduz a síntese de piruvato desidrogenase quinase ocasionando assim na diminuição da fosforilação da enzima piruvato desidrogenase. Essa enzima desfosforilada encontra-se ativa e converte piruvato em acetil-CoA. Ao mesmo temo a insulina aumenta a produção da enzima piruvato desidrogenase fosfatase que desfosforila a piruvato desidrogenase que em um momento anterior (jejum) estava fosforilada e por tanto inativa. Dessa forma a insulina direciona o funcionamento da priuvato desidrogenase. Além disso, o acetil- CoA (e NADH) em excesso modula positivamente a PDK inativando a piruvato desidrogenase. Resposta da Questão 5: O excesso de malonil-CoA, proveniente do acúmulo de citrato na mitocôndria, modula negativamente 10 EX ER CÍ CI OS Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br a carnitina acil transferase e por tanto ácidos graxos não podem entrar na mitocôndria e sofre beta oxidação. Sem essa via, o acúmulo de acetil- CoA não ocorre e essas moléculas não irão induzir a cetogênese. Resposta da Questão 6: [E] Resposta da Questão 7: [A] Resposta da Questão 8: A síntese se encontrará inibida, pois a adrenalina sinalizará o aumento da concentração do AMP cíclico intracelular que fuincionará como segundo mensageiro dessa biossinalização. O aumento de AMPc ativará PKA que fosforila a glicogênio sintase ativa (GSI) mantendo-a na sua forma inativa (GSD). Resposta da Questão 9: A Insulina biossinalizará a ativação da PP-1 que quando ativa retira o grupo fosfato da glicogêniosintase tornando-a na sua forma ativa (GSI). Resposta da Questão 10: Os principais efeitos da liberação da adrenalina no nosso organismo se baseia no relaxamento da musculatura lisa, na broncodilatação, no aumento da frequência cardíaca, ativação da glicogenólise muscular e hepática, lipólise no tecido adiposo e ativação da gliconeogênese hepática. Dessa forma é mais fácil compreender porque que a sinalização mediada pela adrenalina é semelhante aquela sinalizada por glucagon. Primeiramente os receptores de adrenalina (no caso os do tipo beta adrenérgico) e de glucagon, deflagram respostas biológicas semelhantes. Segundo basta compreender que em uma situação de luta e fuga, nosso organismo precisa de muita energia para poder tomar e realizar essa decisão e assim as reações catabólicas estarão ativas. Resposta da Questão 11: Com a diminuição da glicose e consequentemente da insulina, o hipotálamo libera o fator de liberação de corticoides (CRF). Esse estimulará a hipófise liberar a molécula adrenocorticotrófico (ACTH) que na adrenal estimulará a liberação do glicocorticoides. Os glicocorticóideis liberados na corrente sanguínea provocam várias mudanças no metabolismo como por exemplo: Aumentam a meia vida doglucagon, aumentam a síntese das transaminases, aumentam a síntese de enzimas gliconeogênicas e promovem a quebra das proteínas estruturais.
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