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CRIAÇÃO DE BÚFALOS NO BRASIL Ana Carla Oliveira Ferreira Anderson Silva Coelho Caio Cesar Rocha Mendes Gabriel Sousa Furtado da Silva Rinaldo Batista Viana Pela parceria da Ufra e da Associação Paraense de Criadores de Búfalos com suporte financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq), do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (FUNTEC)/SECTAM/Governo do Estado do Pará e do FINEP/Ministério da Ciência e Tecnologia, criou-‐se em outubro de 2005 a Unidade de Bubalinocultura Leiteira Eva Daher Abufaiad no Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia. Desde esse período a Unidade vem tentando elucidar questões no que tange ao manejo nutricional de bubalinos no Trópico Úmido Amazônico; ao manejo reprodutivo, com a utilização de biotecnias aplicadas à reprodução animal; e ao manejo de suas crias, visando principalmente o desmame precoce e aleitamento artificial. Também foram desenvolvidos estudos referentes ao desenvolvimento de produtos lácteos, como queijos ricota, frescal, doce e iogurte com apoio Institucional da Universidade Federal do Pará. Universidade Federal Rural da Amazônia Pró-‐Reitoria de Ensino Programa Educação tutorial em Medicina Veterinária www.petvet.ufra.edu.br “Criação de Búfalos no Brasil” Publicação PETVet, ANO 1, n. 9, 2014 (Distribuição gratuita). Disponível também no site. Realização: Grupo PET de Medicina Veterinária/UFRA Alan Diego Moura Alef Rodrigo Prata Moreira Ana Carla Oliveira Ferreira Ana Claudete Serra da Silva Átila Carvalho Guerreiro Caio Cesar Rocha Mendes Danielle Cristina Cruz Góes Elen Júlia Pimentel da Rocha Gabriel Sousa Furtado da Silva Henrique Piram Rocha Joévelyn Jacqueline da Silva Priscila Del Aguila da Silva Samantha Silva da Silva Verena Maciel da Costa Walberson Dias da Silva Rinaldo Batista Viana Contato petvet.ufra@hotmail.com Unidade de Bubalinocultura Leiteira “Eva Daher Abufaiad” Apoio: Entre todas as teorias e histórias da introdução dos bubalinos no Brasil, a versão mais aceita é a que relata a entrada pela Ilha de Marajó, em uma importação realizada pelo criador paraense Vicente Chermont de Miranda, que adquiriu búfalos da raça Mediterrâneo, do Conde italiano Rospigliosi Camilo, de Roma, em fevereiro de 1895 (MARQUES, 2000). Os animais foram embarcados no Porto de Nantes, França em 6 de abril de 1895. Posteriormente, outras importações foram feitas, principalmente de animais das raças Jafarabadi e Murrah que eram trazidos junto com as importações de zebuínos da Índia. Já a raça Carabao, suspeita-‐se que tenha sido introduzida na Ilha de Marajó após o naufrágio do navio holandês que transportava os animais para o Caribe. Em 1962, houve a última importação de búfalos da Índia, quando animais da raça Jafarabadi e Murrah foram trazidos para São Paulo e Paraná e em 1989 a última importação oficial de animais Mediterrâneos da Itália (In: Viana et al., 2015, in press) Inicialmente esta espécie foi introduzida no Brasil graças a seu exotismo e não pelas qualidades zootécnicas. Entretanto, sua grande habilidade de se adaptar ao ambiente e elevada fertilidade fizeram com que o rebanho sofresse uma rápida expansão, onde os pouco mais de 200 animais trazidos para o país se tornariam um rebanho de mais de 1,5 milhão de cabeças. A região com o maior rebanho bubalino é a Norte com cerca de 62% dos búfalos brasileiros, onde o Estado do Pará é o principal representante com cerca de 39% do rebanho. Gráfico 1 -‐ Efetivo do rebanho Bubalino (cabeça) no Pará de 2000 à 2012. IBGE; SAGRI/GEEMA, 2014. No Brasil, o principal produto da criação de búfalos é a carne, entretanto, a partir da década de 90, observou-‐se um crescimento significativo da produção leiteira, e hoje cerca de 30% do rebanho é destinado a essa atividade. Estima-‐se que a produção de leite de búfalas no Brasil seja de 92,3 milhões de litros e que existam pelo menos 150 indústrias produtoras de derivados. Ainda é pouco comum encontrarmos leite de búfalas nas prateleiras dos supermercados e este é um produto que muito comumente é misturado ao leite bovino, principalmente nas pequenas produções. Por outro lado a produção de derivados vem crescendo, principalmente na produção de queijos como o tradicional “mozzarella”, ricota e minas frescal. Isto ocorre devido a composição do leite de búfala que possui taxas mais elevadas de gordura eproteína, conferindo-‐ lhe um maior rendimento, além de ser um produto com uma taxa menor de colesterol, sendo assim mais saudável. Mesmo que fundamentalmente explorados para a produção de carne, são ainda poucas as regiões em que a cadeia comercial do produto se encontra plenamente organizada, sendo usualmente a carne de búfalo comercializada como se fosse de bovinos, o que vem sendo aceito pela população dada à semelhança da aparência e sabor da carne de ambas as espécies. Devido a isso é difícil mensurar o crescimento desta atividade em determinadas regiões e determinar a verdadeira aceitação no mercado. No Brasil, o grande desafio da bubalinocultura consiste na organização e o equilíbrio das cadeias comercias de seus produtos e derivados, haja vista que a espécie apresenta bons índices produtivos, excelente adaptabilidade às condições de criações nacionais e boa prolificidade. Todavia, o consumo de produtos e derivados da bubalinocultura ainda não são comuns em todos os nichos de mercado. 465.973 469.246 461.770 497.166 463.754 466.210 429.246 435.775 442.405 435.937 457.075 485.033 454.079 380.000 400.000 420.000 440.000 460.000 480.000 500.000 520.000 EfeYvo do rebanho Bubalino no Pará, 2000-‐2012 Situação Atual da Bubalinocultura Produção Leiteira Produção de Carne Introdução dos Búfalos no Brasil Considerações finais
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