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Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - 2014/2 Professor: Felipe A. L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 2 Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Introdução 3 antes de entender fenômenos que determinam propriedades nos materiais a partir da MICROESTRUTURA deve-se primeiramente entender a ESTRUTURA ATÔMICA (e ESTRUTURA CRISTALINA) dos materiais porque estas definem algumas de suas propriedades ESTRUTURA PROPRIEDADES CIÊNCIA DOS MATERIAIS ESTRUTURA ATÔMICA ESTRUTURA CRISTALINA MICROESTRUTURA O que promove as ligações? Quais são tipos de ligações existem? O tipo de ligação interfere em quais propriedades do material? Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Introdução 4 Ordem de grandeza da estrutura atômica 10-15 a 10-10 m A estrutura eletrônica dos átomos determina a natureza das ligações atômicas e define algumas propriedades dos materiais Propriedades físicas, ópticas, elétricas e térmicas Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 5 • Por que os elementos não se decompõem formando novos elementos? • Por que as substâncias se decompõem formando novas substâncias? • Por que o número de elementos é pequeno comparado ao número de substâncias? Surgimento de .... TEORIAS Dalton Thompson Rutherford Bohr Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 6 • Teoria atômica de Dalton entre 1803-1808: - átomo; - igual em todas as suas propriedades; - átomos de elementos possuem propriedades físicas e químicas diferentes; - substância formada pela combinação de dois ou mais átomos; -cada átomo guarda sua identidade química. •Teoria atômica de Thomson 1887 -átomo de Dalton não explicava fenômenos elétricos (raios catódicos = e-); - modelo do “pudim de passas”: (uma esfera positiva com e- na superfície); - Eugene Goldstein supôs o próton (destruindo a teoria de Thomson). Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 7 • Teoria atômica de Rutherford 1911: Para saber o conteúdo de um caixote pode-se atirar nele, se a bala passar ele está vazio, ou tem um material pouco consistente. Partículas alfa contra uma fina lâmina de ouro (0,0001 cm - dez mil átomos) ... a grande maioria das partículas atravessava a lâmina ou parte ricocheteava. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 8 • Teoria atômica de Rutherford 1911: - o átomo não é maciço, mais espaços vazios; - região central - núcleo - cargas positivas; - eletrosfera - elétrons (1836 vezes mais leve); - a relação entre partículas que passam e a as que ricocheteiam: tamanho do átomo cerca de 10 mil vezes maior que o tamanho do núcleo. MODELO PLANETÁRIO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 9 • Teoria atômica de Bohr 1911: -Não explicava os espectros atômicos; - os elétrons circundam orbitalmente; - cada nível tem um valor determinado de energia (não é possível permanecer entre os níveis); -excitação do elétron: passa de um nível para o outro; - volta emitindo energia... NOVIDADE DA TEORIA: quantização da energia dos elétrons O átomo de Bohr mostrando os elétrons em orbitas circulares ao redor do núcleo. Os orbitais apresentam energia quantizada. Ocorre transmissão de energia do átomo quando um elétron pula de um orbital mais afastado do núcleo, para um mais próximo. MODELO RUTHERFORD-BOHR Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 10 • Teoria atômica de Bohr 1913: Energia dos três primeiros elétrons de hidrogênio. Comparação entre (a) Bohr e (b)modelo mecânico ondulatório (quântico) em função da distribuição de e-. (a) (b) MODELO RUTHERFORD-BOHR Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Conceitos elementares 11 CONCEITUAR: UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (u.m.a.):definida como 12 avos da massa do carbono 12. Há 6,02 x 1023 u.m.a. por grama 1 u.m.a./átomo (ou molécula) = 1g/mol NÚMERO ATÔMICO (Z): é o nº de prótons no núcleo. MASSA ATÔMICA: é a soma das massas dos prótons e nêutrons do núcleo de um átomo. NÚMERO DE AVOGADRO (NA): no de átomos ou moléculas de um g.mol, e corresponde a 6,02 x 10 23 mol-1. ISÓTOPOS: nº atômicos iguais e diferentes massas ISÓBAROS: nº de massa iguais e diferentes nº atômicos ISÓTONOS: nº de nêutrons iguais e nº de massa e nº atômicos diferentes Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 12 Estrutura atômica Conceitos elementares Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 13 Estrutura atômica Conceitos elementares Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 14 Estrutura atômica Conceitos elementares • componente do átomo com carga negativa de 1,6 x 10-19C; • apresentam-se em órbitas; • podem ser e- de valência, se na última camada; • podem gerar cátions ou ânions. ELÉTRONS OS E- MAIS AFASTADOS DO NÚCLEO DETERMINAM: • propriedades químicas; • natureza das ligações interatômicas; • controlam tamanho do átomo, condutividade elétrica; • influencia nas características óticas. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 15 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos Números quânticos Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 16 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos NÚMEROS QUÂNTICOS NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n): Representa os níveis principais de energia para o elétron, pode ser imaginado como uma camada no espaço onde a probabilidade de encontrar um elétron com valor particular de n é muito alta. NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l): Especifica subníveis de energia dentro de um nível de energia, também especifica uma subcamada onde a probabilidade de se encontrar o elétron é bastante elevada. l = 0 1 2 3 l = s p d f Características direcionais dos orbitasi s, p e d 17 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml): Especifica a orientação espacial de um orbital atômico e tem pouco efeito na energia do elétron. Depende do valor de l. NÚMERO QUÂNTICO DO SPIN DO ELÉTRON (ms): Especifica as duas condições permitidas para um elétron girar em torno de seu próprio eixo. As direções são no sentido horário e anti-horário. GENERICAMENTE ml = 2l + 1 VALORES PERMITIDOS + 1/2 e -1/2 NÚMEROS QUÂNTICOS Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 18 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos NÚMEROS QUÂNTICOS Exemplo da distribuição eletrônica do átomo de sódio, de número atômico (Z) = 11, observa-se os elétrons nas camadas quânticas K, L e M. 19 Estrutura atômicaEstrutura eletrônica dos átomos NÚMEROS QUÂNTICOS Representação da energia relativa dos elétrons de cada camada e subcamada • tem estado de energia discreto; • tendem a ocupar o menor estado de energia Elétrons Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 20 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA DOS ELEMENTOS Descreve o modo com o qual os elétrons estão arranjados nos orbitais do átomo. A configuração é escrita por meio de uma notação convencional: lista o n° quântico principal, seguido pela letra do orbital, e o índice sobrescrito acima da letra do orbital. Exemplo de configuração eletrônica: Sr (Estrôncio) com Z = 38 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 DIAGRAMA DE LINUS PAULING Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 21 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos DIAGRAMA DE LINUS PAULING Distribuição eletrônica de átomos neutros Princípio de exclusão de Pauli: apenas 2 e- podem ter os mesmos nos quânticos orbitais e estes não são idênticos pois tem spins contrários 1s2 Nível de energia Subnível Número máximo de elétrons Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 22 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos DIAGRAMA DE LINUS PAULING Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 23 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos Muitos elementos apresentam uma configuração eletrônica não estável. Por quê? Valência da última camada geralmente não está completa. Electron configuration 1s1 1s2 (stable) 1s22s1 1s22s2 1s22s22p1 1s22s22p2 ... 1s22s22p6 (stable) 1s22s22p63s1 1s22s22p63s2 1s22s22p63s23p1 ... 1s22s22p63s23p6 (stable) ... 1s22s22p63s23p63d104s246 (stable) CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 24 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos VALÊNCIA • A camada de valência é a camada mais afastada do núcleo. •Está relacionada com a capacidade de um átomo em se combinar quimicamente com outros elementos Exemplo: Mg: 1s2 2s2 2p6 3s2 Valência 2 Al: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Valência 3 Ge: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2 Valência 4 Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 25 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos VALÊNCIA Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 26 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos Tabela periódica e distribuição eletrônica de alguns elementos Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 27 Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil (2014/1) - Prof. Felipe A.L. Sánchez Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 28 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Colunas: valência similar Elementos eletropositivos: Doam elétrons para tornar-se + iônico. Elementos eletronegativos: Adquirem elétrons para tornar-se - iônico. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 29 Estrutura atômica Estrutura eletrônica dos átomos TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Valores maiores: tendência a adquirir elétrons Valores de eletronegatividade dos elementos, segundo a Tabela Periódica dos elementos. Menor eletronegatividade Maior eletronegatividade Intervalo de 0.7 a 4.0 Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 30 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos INTRODUÇÃO • O tipo de ligação interatômica geralmente explica a propriedade do material. • Por exemplo, o carbono pode existir na forma de grafite que é mole, escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é extremamente duro e brilhante. Essa enorme disparidade nas propriedades começa pelo tipo de ligação química do carbono em cada um dos casos. Importância Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 31 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos INTRODUÇÃO Para um elemento adquirir a configuração estável de 8e- na última camada ele pode: (1) receber e- extras (2) ceder e- (3) compartilhar e- associação entre átomos Iônicas Ligações Primárias Covalentes Metálicas formando íons + ou - Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 32 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES IÔNICAS IÔNICA Os elétrons de valência são transferidos entre átomos produzindo íons; Forma-se com átomos de diferentes eletronegatividades (alta e baixa) ; A ligação iônica não é direcional, a atração é mútua; A ligação é forte= 150-300 Kcal/mol (por isso o PF dos materiais com esse tipo de ligação é geralmente alto). Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 33 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES IÔNICAS Forças atrativas eletrostáticas entre os átomos: não-direcional ; átomos no material iônico: todos os íons positivos têm como vizinho mais próximo ; íons negativos forças atrativas iguais em todas as direções; A magnitude da força obedece a Lei de Coulomb Forças atrativas r é a distância interatômica z1 e z2 são as valências dos 2 tipos de íons e é a carga do elétron (1,602x10-19 C) 0 é a permissividade do vácuo (8,85x10 -12 F/m) Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 34 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES IÔNICAS Em resumo: •Atração mútua de cargas + e - •Envolve o tamanho de íons •Elementos menos eletronegativos: cedem e- cátions •Elementos mais eletronegativos: recebem e- ânions Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 35 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES IÔNICAS Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 36 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES IÔNICAS - PROPRIEDADES • Os íons em um sólido iônico são ordenados na rede, formando uma forte atração elétrica entre eles; • Sais e óxidos metálicos são tipicamente compostos iônicos; • A forte ligação é responsável por: - Elevada dureza (se frágil) - Elevado pontos de fusão e ebulição - Cristalinos sólidos a Tambiente - Podem ser solúveis em água • Os sólidos cristalinos não conduzem eletricidade, pois os íons não estão livres para mover-se e transportar corrente elétrica; • Compostos iônicos fundidos ou dissolvidos em água serão condutores de eletricidade, pois como partículas iônicas estão livres. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 37 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Tipo de simetria em ligações covalentes Os elétrons de valência são compartilhados; Forma-se com átomos de alta eletronegatividade ; A ligação covalente é direcional ; A ligação covalente é forte (um pouco menos que a iônica)= 125- 300 Kcal/mol; Esse tipo de ligação é comum em compostos orgânicos, por exemplo em materiais poliméricos,e no diamante. COVALENTE Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 38 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Em resumo: •Usufruto de um par de elétrons comum •Pode ser coordenada ou dativa •Covalência entre ametais (Ex. F2, O2, Cl2) baixo PF •Covalência entre mais átomos (Ex. Diamante) alto PF Metano Amônia Par de elétrons não ligados Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 39 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Molécula simples: pequeno grupo de átomos ligados por forças covalentes. Propriedades: - Podem ser líquidos ou sólidos(não cristalinos) a Tambiente - Insolúveis em água, mas solúveis em outros solventes; -Isolantes ou mau condutores elétricos; -Apresentam baixo ponto de fusão e ebulição; Compostos covalentes unidades individuais: MOLÉCULAS forças entre átomos são fortes, mas as forças entre moléculas são fracas e facilmente quebradas no aquecimento Devido à ausência de elétrons (ou íons) livres Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 40 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Macromolécula: moléculas grandes com um grande número de átomos ligados covalentemente em uma estrutura contínua. Propriedades: - Sólidos com alto ponto de fusão: elementos podem formar ligações simples com outros átomos, formando uma estrutura muito estável. Ex: Diamante -Cristalinos, freqüentemente - Não conduzem eletricidade (exceção Cgrafite): elétrons não estão livres Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 41 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Diamante macromolécula O carbono (C) tem distribuição eletrônica no estado fundamental: 1s2 2s2 2p2 e assim pode formar 2 ligações covalentes ! Porém.... C forma quatro ligações covalentes de mesma intensidade. 1s 2s 2p Dois orbitais semipreenchidos 1s Quatro orbitais equivalentes sp3 semipreenchidos ARRANJO DOS ORBITAIS NO ESTADO FUNDAMENTAL ARRANJO DOS ORBITAIS sp 3 HIBRIDIZADAS ENERGIA PARA LEVAR O ELÉTRON 2s PARA O ORBITAL 2p É COMPENSADA PELA DIMINUIÇÃO DE ENERGIA QUE ACOMPANHA O PROCESSO DE LIGAÇÃO HIBRIDIZAÇÃO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 42 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES COVALENTES Diamante macromolécula • C centro de um tetraedro regular formado de outros quatro carbonos ; • Estrutura contínua em cada cristal; • Dureza do diamante trincar um diamante significa quebrar milhões de ligações covalentes ; Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 43 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos FRAÇÃO COVALENTE o Muito poucos compostos exibem ligação iônica e covalente puras; o A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de ligação covalente e vice–versa (transferem e compartilham elétrons); o Depende da eletronegadividade dos átomos constituintes; o Muitos cerâmicos e semicondutores são formados por metais e não- metais, e são na verdade uma mistura de ligações iônicas e covalente; o Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos aumenta o caráter iônico.. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 44 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos FC = exp (- 0,25 E2) onde E é a diferença nas eletronegatividades dos átomos Ex: SiO2 ESi= 1,8 EO= 3,5 Fração covalente FC = 0,486= 48,6% FI = 1 – FC FI: fração iônica FRAÇÃO COVALENTE Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 45 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES METÁLICAS METÁLICA Forma-se com átomos de baixa eletronegatividade (em torno de 3 elétrons de valência); Os elétrons de valência são divididos por todos os átomos (não estão ligados a nenhum átomo em particular) livres para conduzir; A ligação metálica não é direcional porque os elétrons livres protegem o átomo carregado positivamente das forças repulsivas eletrostáticas A ligação metálica é forte (um pouco menos que a iônica e covalente)= 20- 200 Kcal/mol Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 46 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES METÁLICAS Elétrons externos dos átomos do metal estão livres para mover-se entre os centros positivos. junção eletrônica determinam propriedades Força elétrica de atração entre elétrons móveis e imóveis ligação metálica. Forte ligação resulta em: materiais densos, fortes com alto ponto de fusão e ebulição. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 47 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES METÁLICAS Propriedades -bons condutores de eletricidade: elétrons livres são transportadores de carga e corrente elétrica, quando uma ddp é aplicada na peça metálica. -bons condutores de calor: choques de elétrons livre, transferindo Ec . -tem uma superfície “prateada” que pode ser facilmente manchada: corrosão ou oxidação do ar e da água. íons mar de elétrons Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 48 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS Ligações ou Forças de van der Waals Dipolo permanente Pontes de hidrogênio Dipolo flutuante •Existe em qualquer átomo ou molécula, mas sua presença pode ficar obscurecida pela presença dos outros tipos de ligaçoes que são mais fortes (de maior energia) •Ficam evidentes em gases inertes que são estáveis •Surgem da interação de dipolos atômicos Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 49 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS • Dipolos Permanentes • Dipolos Flutuantes -caso geral: -ex: líquido HCl -ex: polímero Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 50 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals São ligações de natureza física; A polarização (formação de dipolos) devido a estrutura da ligação produz forças atrativas e repulsivas entre átomos e moléculas ; A ligação de van der Waals não é direcional; A ligação é fraca< 10 Kcal/mol. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 51 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals Dipolos Flutuantes - Induzidos Ocorre em moléculas com distribuição de cargas elétricas simétricas (H2, N2, O2,...), onde os e- e suas vibrações podem distorcer esta simetria, ocorrendo um dipolo elétrico. Esquema representativo (a) átomo eletricamente simétrico (b) um dipolo atômico induzido Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 52 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals Dipolos Permanentes – moléculas polares Moléculas assimétricas (NH3, CH3Cl) jamais coincidem os centros de suas cargas positivas e negativas, podendo interagir eletrostaticamentecom as adjacentes. Esquema representativo da molécula polar de HCl Moléculas polares na ausência de campo elétrico na presença de campo elétrico Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 53 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals Dipolos Permanentes – moléculas polares Nome deriva da ligação: H - centro de cargas positivas, atraindo o centro das cargas negativas das moléculas adjacentes POLARIZAÇÃO Produção de forças de van der Waals entre as moléculas alinhamento de pólos negativos com os positivos (ângulo de ligação 109,5o) ; moléculas formam uma estrutura quase hexagonal ... H ligado a F, O e N PONTES DE HIDROGÊNIO É uma das mais fortes ligações secundárias, e um caso especial de moléculas polares (distribuição desigual da densidade de elétrons) Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 54 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals Dipolos Permanentes – moléculas polares PONTES DE HIDROGÊNIO Íons de certas moléculas se dissolvem na água polaridade Exemplo:o cloreto de sódio (forma cristalina) e dissolvido em água. - Por que o gelo flutua? É menos denso as ligações de hidrogênio mantêm as moléculas de água mais afastadas no sólido do que no líquido, onde há uma ligação hidrogênio a menos por molécula) Estrutura do gelo Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 55 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS – Forças de van der Waals Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 56 Estrutura atômica Ligações químicas em materiais sólidos LIGAÇÕES - RESUMO SECUNDÁRIAS IÔNICA COVALENTE METÁLICA Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 57 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação Comprimento, força e energia de ligação Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 58 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação INTRODUÇÃO Representação tetraédrica dos diferentes tipos de ligações que ocorrem entre os materiais de engenharia. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 59 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação COMPRIMENTO DA LIGAÇÃO • A distância entre 2 átomos é determinada pelo balanço das forças atrativas e repulsivas; • As forças atrativas variam com o quadrado da distância entre os 2 átomos; • As forças repulsivas variam inversamente proporcional a distância interatômica; • Quando a soma das forças atrativas e repulsivas é zero, a distância entre os átomos está em equilíbrio. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 60 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação FORÇA DA LIGAÇÃO No ponto de equilíbrio a soma das duas forças é zeroFresultante = 0 Quando os átomos se aproximam as forças de atração e repulsão aumentam (mas as forças de repulsão aumentam bem mais) É a soma das forças atrativas e repulsivas entre os átomos Fatração= - Z1Z2e 2 40a 2 Frepulsão = - nb an+1 Fresultante= - Z1Z2e 2 - nb 40a 2 an+1 Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 61 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação FORÇA DA LIGAÇÃO Fatração > Frepulsão Fatração < Frepulsão Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 62 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação FORÇA DA LIGAÇÃO Inclinação da curva no ponto de equilíbrio força necessária para separar os átomos Corresponde ao módulo de elasticidade (E) que é a inclinação da curva x D EF IN E P R O P R IE D A D ES E C A R A C TE R IS TI C A S D O S M A TE R IA IS Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 63 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Algumas vezes é mais conveniente trabalhar com energia (potencial) do que forças de ligações. Matematicamente energia (E) e força de ligações (F) estão relacionadas por : E= F.dr A menor energia é o ponto de equilíbrio Eatração= Z1Z2e 2 40a Erepulsão = nb an Eresultante= Z1Z2e 2 + nb 40a an 1/a 1/an Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 64 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Comprimento das energias de ligação: Ligação Kcal/mol Comprimento (nm) C - C 88 0,154 C = C 162 0,13 C C 213 0,12 C - H 104 0,11 C - O 86 0,14 H - H 104 0,074 Energia de ligação necessária para romper um mol de ligações Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 65 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO É a mínima energia necessária para formar ou romper uma ligação. Estão relacionados com a energia de ligação propriedades como: - módulo de elasticidade; - coeficiente de expansão térmica; - ponto de fusão; - calor latente - resistência mecânica Energia de ligação x distância interatômica na ligação do H–H Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 66 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Quanto mais profundo o poço de energia maior a temperatura de fusão do material; Devido às forças de repulsão aumentarem muito mais com a aproximação dos átomos a curva não é simétrica. Por isso, a maioria dos materiais tendem a se expandir quando aquecidos. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 67 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO • Quando energia é fornecida a um material, a vibração térmica faz com que os átomos oscilem próximos ao estado de equilíbrio; • Devido a assimetria da curva de energia de ligação x distância interatômica, a distância média entre os átomos aumenta com o aumento da temperatura; • Então, quanto mais estreito o mínimo de potencial menor é o coeficiente de expansão térmica do material. Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 68 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 69 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 70 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 71 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 72 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação ENERGIA DA LIGAÇÃO Química Aplicada aos Materiaisde Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 73 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação Materiais metálicos Metais como alumínio ou ligas de bronze Estrutura de cátions metálicos em um mar de elétrons Condutor de eletricidade e calor no estado sólido e líquido Possuem aparência lustrosa e podem ser dúcteis Podem formar ligas uns com os outros Materiais Moleculares (van der Waals) Materiais moleculares como CH4 / Pequenas moléculas Ligação intramolecular forte-dentro da molécula- ligação covalente Ligação intermolecular fraca-entre moléculas- (van der Waals) Baixo ponto de fusão e ebulição: líquidos e gases a 25°C Isolantes Materiais de rede covalente Rede de fortes ligações covalentes Pontos de fusão muito altos >1500°C Insolúveis e isolantes Materiais iônicos Sais iônicos como cloreto de sódio rede de ânions e cátions eletrostaticamente atraídos Usualmente solúveis em água Isolantes quando sólidos Condutores elétricos quando fundidos Condutores elétricos quando em solução aquosa Pontos de fusão intermediários ~ 300 – 1000°C Tetraedro de Laing triângulos de Arkel e Ketelaar RESUMINDO... Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 74 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação RESUMINDO... Os alótropos do carbono ilustram muito bem a dimensionalidade molecular covalente: 1. O diamante tem uma estrutura de rede covalente 3d. 2. O grafite consiste de placas covalentes estendidas 2d 3. Nanotubos do carbono de parede única são as estruturas covalentes 1d 4. A bola de bucky (fullerenos) de C60 são as moléculas 0d e C2 conhecidas na fase gás em alta temperatura Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 75 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação RESUMINDO... Cerâmicos (ligação iônica & covalente) Metais (ligação metálica) Polímeros (covalente e secundárias) Grande energia de ligação Elevado Tf Elevado E Pequeno a Energia de ligação variável Moderado Tf Moderado E Moderado a Propriedades direcionais Ligações secundárias dominantes Pequeno Tf Pequeno E Elevado a Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez 76 Estrutura atômica Comprimento, força e energia de ligação RESUMINDO... Iônica Covalente Metálica Intermolecular Intensidade de ligação forte muito forte moderada e variável fraca Dureza moderada a alta muito duro, frágil baixa a moderada; dúctil e maleável mole e plástico Condutivida de elétrica condução por transporte de íons, somente quando dissociado isolante em sólido e líquido bom condutor por tramnsporte de elétrons isolantes no estado sólido e líquido Ponto de fusão moderado a alto baixo geralmente alto baixo Solubilidade solúvel em solventes polares solubilidade muito baixa insolúveis solúveis em solventes orgânicos Exemplos muitos minerais diamante, oxigênio, moléculas orgânicas Cu, Ag, Au, outros metais gelo,sólidos orgânicos (cristais) Comparação entre o tipo de ligação e propriedades esperadas Química Aplicada aos Materiais de Construção Civil - Prof. Felipe A.L. Sánchez
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