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1- No texto l, Memórias de um Sargento de Milícias, no começo pode ver que o narrador faz uso de diversos de adjetivos para engrandecer as festas que aconteciam ali. Em seguida ao começar a descrever as Baianas, podemos notar que ele possui uma certa aversão ao modo dessas mulheres se vestiram, “todos conhecem o modo por que se vestem as negras da Bahia; … não aconselhamos porém que ninguém o adote”, vemos então que há um preconceito muito latente, isso é confirmado quando o mesmo diz “um país em que todas as mulheres usassem desse traje, especialmente se fosse desses abençoados em que elas são alvas e formosas, seria uma terra de perdição e de pecados”. Está claro que o autor queria que a identidade nacional fosse construída com base na cultura europeia. Partindo para o Texto ll, Iracema, vemos que nessa obra o índio está sendo representado como um herói, podemos confirmar isso no trecho “O estrangeiro é senhor na cabana de Araquém. Os tabajaras têm mil guerreiros para defendê-lo, e mulheres sem conta para servi-lo. Dize, e todos te obedecerão.”, vemos nesse fragmento que o índio é muito hospitaleiro, característica que é predominante nos heróis antigos. Acerca desse “encontro cultural”, ele se dá através da chegada do estrangeiro nesse lugar, o que podemos enxergar como um encontro de culturas, onde os indígenas (estão como representante do brasileiro) acolhem de bom grado o estrangeiro (este representa tudo aquilo que vem de fora, nesse caso toda influência europeia), oferecem moradia, comida, defesa e mulheres. Ao interpretarmos dessa forma vemos então que os indígenas estavam dispostos a aderir, proteger e mesclar o que era novo. 2- Sílvio Romero, conhecedor de muitas vertentes do conhecimento humano, como: o positivismo, o evolucionismo, o socialismo científico e, essencialmente, o determinismo além do Naturalismo. Então, para o crítico supracitado, em meio a tantas novas ideias surgidas no período contemporâneo em que escreveu sua obra máxima, era uma combinação de meio natural, história e componente racial que ditava o tipo de literatura praticada nessas terras brasileiras. Assim, essa singular interdisciplinaridade foi a principal ferramenta de crítica literária utilizada pelo ilustre autor, promovendo uma visão muito peculiar da literatura brasileira até aquele momento histórico. A questão é que em uma obra literária o seu foco deve ser a literatura, o seja, a quantidade característica nela determinará como a obra será. A arte pela arte, como também é dito, é arte. A arte é independente, ela deve ser criticada pelas suas características especificas, sem a interferência do meio externo. Para Sílvio Romero, o que era digno de valor, estava no relacionamento entre a literatura e as outras disciplinas, de modo a auxiliar a constituição de uma percepção ampla do Brasil e suas peculiaridades. Nesse caminho, às vezes, Romero se perdia, falando de muitos assuntos simultâneos, menosprezando o que seria o principal: a literatura.
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