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AD1 2018.2 Literatura Brasileira l

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1- 
No texto l, Memórias de um Sargento de Milícias, no começo pode ver que 
o narrador faz uso de diversos de adjetivos para engrandecer as festas que 
aconteciam ali. Em seguida ao começar a descrever as Baianas, podemos notar 
que ele possui uma certa aversão ao modo dessas mulheres se vestiram, “todos 
conhecem o modo por que se vestem as negras da Bahia; … não aconselhamos 
porém que ninguém o adote”, vemos então que há um preconceito muito latente, 
isso é confirmado quando o mesmo diz “um país em que todas as mulheres 
usassem desse traje, especialmente se fosse desses abençoados em que elas 
são alvas e formosas, seria uma terra de perdição e de pecados”. Está claro que 
o autor queria que a identidade nacional fosse construída com base na cultura 
europeia. 
Partindo para o Texto ll, Iracema, vemos que nessa obra o índio está 
sendo representado como um herói, podemos confirmar isso no trecho “O 
estrangeiro é senhor na cabana de Araquém. Os tabajaras têm mil guerreiros 
para defendê-lo, e mulheres sem conta para servi-lo. Dize, e todos te 
obedecerão.”, vemos nesse fragmento que o índio é muito hospitaleiro, 
característica que é predominante nos heróis antigos. Acerca desse “encontro 
cultural”, ele se dá através da chegada do estrangeiro nesse lugar, o que 
podemos enxergar como um encontro de culturas, onde os indígenas (estão 
como representante do brasileiro) acolhem de bom grado o estrangeiro (este 
representa tudo aquilo que vem de fora, nesse caso toda influência europeia), 
oferecem moradia, comida, defesa e mulheres. Ao interpretarmos dessa forma 
vemos então que os indígenas estavam dispostos a aderir, proteger e mesclar o 
que era novo. 
2- 
 Sílvio Romero, conhecedor de muitas vertentes do conhecimento 
humano, como: o positivismo, o evolucionismo, o socialismo científico e, 
essencialmente, o determinismo além do Naturalismo. Então, para o crítico 
supracitado, em meio a tantas novas ideias surgidas no período contemporâneo 
em que escreveu sua obra máxima, era uma combinação de meio natural, 
história e componente racial que ditava o tipo de literatura praticada nessas 
terras brasileiras. Assim, essa singular interdisciplinaridade foi a principal 
ferramenta de crítica literária utilizada pelo ilustre autor, promovendo uma visão 
muito peculiar da literatura brasileira até aquele momento histórico. A questão é 
que em uma obra literária o seu foco deve ser a literatura, o seja, a quantidade 
característica nela determinará como a obra será. A arte pela arte, como também 
é dito, é arte. A arte é independente, ela deve ser criticada pelas suas 
características especificas, sem a interferência do meio externo. Para Sílvio 
Romero, o que era digno de valor, estava no relacionamento entre a literatura e 
as outras disciplinas, de modo a auxiliar a constituição de uma percepção ampla 
do Brasil e suas peculiaridades. Nesse caminho, às vezes, Romero se perdia, 
falando de muitos assuntos simultâneos, menosprezando o que seria o principal: 
a literatura.

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