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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPINAS

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CIVEL DA COMARCA DE GOIAS / GOIANIA.
Processo n.º XXXX.
JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, portadora carteira de identidade nº, inscrita no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Tulipas nº 333, bairro, Campinas/SP, CEP, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇAO DE NEGÓCIO JURÍDICO que lhe move SUZANA MARQUES, vem por seu advogado legalmente constituído que apara fins do artigo 106, l do NCPC, indicar endereço profissional na Rua, nº, Bairro, Cidade, CEP, endereço eletrônico, vem, perante Vossa Excelência apresentar sua
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos jurídicos que, a seguir, expõe:
“DAS PRELIMINARES”
DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE:
A doação realizada pela Autora foi para o orfanato Semente do Amanhã, pessoa jurídica com capacidade postulatória.
Por esta razão Ré é parte ilegítima na presenta ação, considerando ainda que não é mais diretor do orfanato desde 2013, não possuindo sequer autorização legal para representa-lo.
O artigo 337, XI do CPC nos esclarece que:
	
“Artigo 337 Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...) 
XI:  ausência de legitimidade ou de interesse processual;”
DA COISA JULGADA
A presente ação versa sobre a doação realizada pela Autora ao orfanato Semente do Amanhã, com fulcro de ter anulado negócio jurídico.
Porém, esta é a segunda demanda proposta pela Autora em face da Ré pelos mesmos fatos e pedidos, sendo certo que a primeira ação proposta em 10/04/2015, perante a segunda vara cível desta comarca, foi julgado improcedente os seus pedidos não cabendo mais qualquer recurso.
Evidente está Excelência, a presença do fenômeno jurídico da coisa julgada, prevista no artigo 337, XII, do CPC, a saber:
“Artigo 337 Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...) 
VII - coisa julgada;
XII: falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar.”
DO MÉRITO
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
DA DECADÊNCIA:
A Autora da presente ação não observou o prazo legal contido na lei civil que determina prazo decadencial para tal situação.
O artigo 178 do código civil determina o prazo que deveria ter sido observado pela Autora para a propositura desta ação, e nos diz que: 
“Artigo 178 É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado.”
DOS FATOS:
A Autora propôs uma ação de anulação de negócio jurídico em face da Ré com a intenção de desfazer a doação de imóvel por ela realizada ao Orfanato Semente do Amanhã.
Segundo as famigeradas palavras trazidas pela Autora em sua peça exordial, tal doação teria ocorrido por temor reverencial face a coação por ela exercida sobre seus funcionários.
Porém a Ré nunca exerceu coação sobre seus funcionários, muito embora sugerisse a eles que praticassem atos de caridade, mas jamais os ameaçou de nenhuma forma, considerando que sob o seu comando haviam vários outros funcionários que adotavam religiões diversas e sempre os respeitou.
Importante ressaltar, nobre julgador, que a Autora por livre e espontânea vontade nunca foi coagida para tal doando o bem por liberalidade já que pertencia a mesma religião da Ré.
Insta salientar que a Autora recebia mensalmente o salário de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e no mesmo mês seguinte a doação, ou seja, em abril de 2012 a Autora pediu demissão por ter aceitado a proposta de emprego feita pelo concorrente.
Ora Excelência, como pode a Autora alegar que foi coagida a realizar a doação se um mês antes da sua efetivação, a Autora já sabia que não ficaria no emprego e que pediria demissão nos meses seguintes?
Resta evidenciado que não houve qualquer mácula do negócio jurídico celebrado entre as partes, devendo portanto, serem os pedidos realizados agasalhados pela improcedência por ser medida da mais imperiosa justiça.
DOS FUNDAMENTOS: 
	A presente demanda versa sobre a coação na tentativa de anular a doação realizada pela Autora ao Orfanato Semente do Amanhã.
	A coação alegada pela Autora que segundo sua narrativa era realizada pela Ré, sobre seus funcionários tem como base o temor reverencial que é rechaçado pela lei em seu artigo 153 que nos esclarece: 
“Artigo 153: Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.”
	Cumpre-nos esclarecer, Doutor Julgador que o negócio jurídico realizado é válido tendo sido observado o que determina a lei civil em seu artigo 104 que nos elucida: 
“Artigo 104: A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.”
E o mais importante negócio jurídico foi revestido de efeito volitivo, o que fica evidenciado pelo simples fato de que quando a Autora realizou a doação ela já sabia que não mas faria parte do quadro de funcionários da empresa.
Por tais razões a Ré requer a improcedência de todos os pedidos feitos pela Autora validando assim a doação por ela realizada.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
Seja acolhida primeira preliminar arguida de Incompetência Absoluta, remetendo-se os autos ao Juízo competente (ou) extinguindo-se o processo sem análise de mérito, com fulcro no artigo 485 do NCPC.
Seja acolhida a segunda preliminar arguida de Coisa Julgada, extinguindo-se o processo sem resolução de mérito, com fulcro no artigo 485 do NCPC.
Caso não seja este o entendime

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