Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Clara Daher Cinesiologia e Biomecânica Revisão AV1 Fisioterapia noite Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica Áreas de Estudos da Biomecânica Na atualidade, muitas são as áreas que contribuem para o avanço da biomecânica, mas iremos tratar das quatro principais, que servem de base para construção do pensamento biomecânico. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica ANTROPOMETRIA A visão biomecânica da antropometria tem por finalidade criar um modelo biomecânico do objeto (corpo humano e/ou seus segmentos) a ser estudado, a partir de um modelo antropométrico. Para que isso ocorra, é necessária a utilização de equipamentos do tipo trena, balança, paquímetros, adipômetros ou, ainda, sistemas de digitais. Os referenciais antropométricos podem ser: • A estatura; • O comprimento dos segmentos (braço, coxa, perna etc.); • A massa e o volume do corpo humano e dos seus segmentos. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica ANTROPOMETRIA Medidas necessárias para a normalização dos dados, para a personalização dos modelos físico-matemáticos e para os métodos de simulação. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica CINEMETRIA Sistemas orientados para as medições dos movimentos e posturas dos gestos humanos, através de imagens, registro de trajetórias, decurso de tempo, determinação de curvas de velocidade e de aceleração, etc. São usados normalmente sistemas de videografia, com uma ou mais câmeras, de alta frequência, para reconstrução bi e tridimensional do movimento. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica CINEMETRIA Considera o registro de imagens do movimento humano. Reconstruções com auxílio de pontos marcados no corpo humano (conforme modelo antropométrico). Avaliações quantitativas e/ou qualitativas da técnica de movimentos selecionados; de posturas e posições para análise e correção do movimento; comparativa entre situações propostas. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica CINEMETRIA Muito utilizada também é a fotogrametria, que segundo a American Society of Photogrammetry (ASPRS, 2009), é a arte, ciência e tecnologia de obtenção de informação confiável sobre objetos físicos e o meio ambiente por meio de processos de gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas e padrões de energia eletromagnética radiante e outras fontes. Com o advento das câmaras fotográficas digitais houve um impulso na área de fotogrametria, principalmente devido ao baixo custo dos equipamentos, o que facilitou a utilização desse método por diferentes profissionais e estudantes (iniciação científica). Em biomecânica, a fotogrametria é utilizada para a análise da amplitude de movimento articular (ADM) e posturais, podendo ser realizada em diferentes populações. Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica DINAMOMETRIA Os dados gerados pela dinamometria têm relação direta com a cinética, ou seja, ramo da mecânica que se preocupa com os conceitos de força e energia afetando no movimento. A força é uma variável cinética que deve ser interpretada a partir do efeito de sua ação, podendo este ser estático ou dinâmico. Dessa forma, a dinamometria tem como base os sistemas orientados para a obtenção das forças que influenciarão no movimento (forças internas e externas). Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica DINAMOMETRIA Os principais sistemas usados são: • Avaliação das forças de reação do solo (FRS) – plataformas de forças; Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica DINAMOMETRIA Os principais sistemas usados são: • Avaliação da distribuição da pressão plantar (baropodometria); Cinesiologia e biomecânica / Aula 1 - Introdução ao estudo da cinesiologia e biomecânica DINAMOMETRIA Os principais sistemas usados são: • Dinamometria computadorizada – sistemas isocinéticos. A resistência mecânica oferecida é em função da força exercida pela pessoa, mediante a aplicação de um acionamento controlado. Permitem operar em duas funções principais: função avaliação e função exercício. Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Descrição dos Movimentos Articulares Relacionados com Planos e Eixos (motilidade) Usa como referência do espaço os planos cardinais e do corpo a posição anatômica ou fundamental. Movimentos no Plano Sagital e Eixo Laterolateral Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Terminologia dos Movimentos Articulares Movimentos no Plano Sagital e eixo Látero-lateral Anteversão Retroversão Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Movimentos no Plano Frontal e Eixo Anteroposterior Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Terminologia dos Movimentos Articulares Movimentos no Plano Frontal e eixo Ântero-posterior Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Movimentos no Plano Transverso e Eixo Longitudinal Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Terminologia dos Movimentos Articulares Movimentos no Plano Transverso e eixo Longitudinal CUIDADO! CUIDADO! Aula 2 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinemática) Movimento Multiplanar e Multiaxial Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Centro de Gravidade, Estabilidade e Movimento Humano Centro de Gravidade • Ponto ao redor do qual o peso de um corpo está equilibrado igualmente em todas as direções. • É o resumo da quantidade de massa que constitui um corpo em único ponto, sofrendo a ação da gravidade, chamado de Centro de Gravidade (CG). • No homem, o CG está localizado a aproximadamente 57% da estatura medida a partir do solo. Já na mulher este percentual é de 55%. • A ação da gravidade concorre diretamente para que seja verificada a estabilidade do movimento realizado. Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Centro de Gravidade, Estabilidade e Movimento Humano O conhecimento dos locais dos CG e do peso aproximado dos segmentos é clinicamente útil ao ajustar sobrecargas de exercícios, aplicar tração e equilibrar partes do corpo. Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Sistema de alavancas “Dê-me um lugar para me firmar e um ponto de apoio para minha alavanca, que eu deslocarei a Terra”. (Arquimedes, século III a.C.) Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) O sistema de alavancas serve para explicar os movimentos rotacionais. Veja os constituintes de um sistema de alavancas e suas disposições para o movimento: Sistema de alavancas 1 2 3 4 Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Sistema de alavancas Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológicae Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Sistema de alavancas R Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Sistema de alavancas Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Terceira classe ou Interpotente Primeira classe ou Interfixa Segunda classe ou Interresistente Sistema de alavancas Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Sistema de alavancas Terceira classe ou Interpotente Primeira classe ou Interfixa Segunda classe ou Interresistente Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Vantagens e Desvantagens Mecânicas no Movimento A eficiência mecânica de uma alavanca em movimentar uma resistência pode ser enunciada quantitativamente como sua vantagem mecânica, que é a relação entre o braço de momento da força e o braço de momento da resistência. VM = 1: BF = BR VM > 1: BF > BR VM < 1: BF < BR Aula 3 - Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica do Movimento Humano (Cinética) Vantagens e Desvantagens Mecânicas no Movimento • Nas Alavancas de 1ª classe ou Interfixa: a vantagem mecânica é da força com maior braço de alavanca (potência ou resistência). • Nas Alavancas de 2ª classe ou Interresistente: a potência sempre terá vantagem mecânica maior, pois seu braço de alavanca é sempre mais longo que o da resistência (facilitando o movimento). • Nas Alavancas de 3ª classe ou Interpotente: a resistência sempre tem vantagem mecânica, pois seu braço de alavanca é sempre mais longo que o da potência (Dificultando o movimento, exigindo uma velocidade mais alta para compensar). Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Função dos músculos esqueléticos • Biomecânicamente: O sistema muscular é a parte ativa do movimento (responsáveis pelo movimento), capaz de mover as alavancas ósseas unidas pelas articulações. • Fornecem proteção, contribuem para a postura e para a sustentação e produzem grande parte do calor corporal. • Existem mais de 600 músculos esqueléticos no corpo humano; os quais constituem cerca de 40 a 50% do peso corporal. • Destes, existem 215 pares de músculos que agem cooperando entre si para executar ações opostas nas articulações que cruzam. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Arquitetura da fibra muscular (Paralela e Oblíqua) • Os músculos possuem diferentes formatos. • Formato e organização das fibras: influenciam a capacidade do músculo em exercer força. • Todos os músculos esqueléticos podem ser agrupados em dois tipos básicos, segundo a organização de suas fibras em relação ao seu eixo longitudinal: Paralelos (Fusiforme) Oblíquos (Penados) Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Arquitetura da fibra muscular (Paralela e Oblíqua) Fibra paralela ou fusiforme: tendem a ser mais longas e, portanto, apresentam um maior potencial de amplitude de movimento. Ex: M. Bíceps Braquial Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Arquitetura da fibra muscular (Paralela e Oblíqua) Fibra oblíqua ou penada: por sua vez, tendem a ser mais curtas. Todavia, são mais numerosas por área determinada do que as fibras paralelas, o que significa que os músculos com fibras oblíquas tendem a apresentar um maior potencial de força, mas um menor potencial de amplitude de movimento do que os músculos com fibras paralelas. Ex: M. Reto Femoral. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Propriedades comportamentais da unidade musculotendinosa • Nenhum outro tecido no corpo apresenta todas essas características. • Para compreender melhor essas propriedades, vale a pena lembrar que os músculos apresentam um comprimento normal de repouso. Este é definido como o comprimento de um músculo quando ele não é estimulado, isto é, quando não há forças aplicadas sobre ele. Irritabilidade Contratilidade Extensibilidade Elasticidade Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Propriedades comportamentais da unidade musculotendinosa Irritabilidade – capacidade de responder à estimulação. Em um músculo a estimulação é feita por um neurotransmissor químico. Contratibilidade – capacidade de um músculo para encurtar-se quando o tecido muscular recebe estimulação suficiente. Extensibilidade – capacidade do músculo de alongar-se além do comprimento de repouso Elasticidade – capacidade da fibra muscular para retornar ao seu comprimento de repouso depois que a força de alongamento do músculo é removida Obs: Uma bala “puxa-puxa” apresenta extensibilidade, mas não elasticidade. Uma mola de arame apresenta extensibilidade e elasticidade. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Propriedades comportamentais da unidade musculotendinosa Resumindo: • Se um músculo for alongado, seu comprimento aumentará (extensibilidade). Assim que for retirado o estímulo para o alongamento, o músculo retornará ao seu comprimento normal de repouso (elasticidade). Se um músculo for estimulado, ele responderá (irritabilidade) encurtando-se (contratilidade). Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Reversão da ação muscular • Esta disposição pode ser revertida se a extremidade mais móvel se tornar menos móvel. • Por exemplo, o que acontece quando a mão está segurando uma barra fixa de exercício e se contrai o músculo bíceps braquial? • Este músculo continua a flexionar o cotovelo, mas agora o úmero se move em direção ao antebraço. • Em outras palavras, a inserção proximal (agora ponto móvel) se move em direção à inserção distal (agora ponto fixo), denominado de REVERSÃO DA AÇÃO MUSCULAR. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares Tipos de contrações (ações) musculares: ESTÁTICA • Contração isométrica: (“mesmo comprimento”): ocorre quando um músculo desenvolve tensão sem que seu comprimento seja alterado. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares DINÂMICAS: • Isotônica Concêntrica Excêntrica • Isocinética Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares • Contração Isotônica Concêntrica: É uma ação dinâmica. Desenvolvimento de tensão com encurtamento muscular. Tende a promover a aceleração do movimento. Referida como contração com encurtamento. • Fase positiva do exercício; aceleração do movimento; contra a gravidade (geralmente); movimento de elevação (geralmente) Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares • Contração Isotônica Excêntrica: É uma ação dinâmica. Desenvolvimento de tensão com estiramento muscular. Tende a promover a desaceleração do movimento. Referida como contração com alongamento (equivocada, pois o músculo simplesmente retorna ao seu comprimento de repouso). • Fase negativa do exercício; desaceleração do movimento; a favor da gravidade. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares Tipos de contrações (ações) musculares: ESTÁTICA • Contração isométrica: (“mesmo comprimento”): ocorre quando um músculo desenvolve tensão sem que seu comprimento seja alterado. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica dasações musculares DINÂMICAS: • Isotônica Concêntrica Excêntrica • Isocinética Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares • Contração Isotônica Concêntrica: É uma ação dinâmica. Desenvolvimento de tensão com encurtamento muscular. Tende a promover a aceleração do movimento. Referida como contração com encurtamento. • Fase positiva do exercício; aceleração do movimento; contra a gravidade (geralmente); movimento de elevação (geralmente) Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem mecânica das ações musculares • Contração Isotônica Excêntrica: É uma ação dinâmica. Desenvolvimento de tensão com estiramento muscular. Tende a promover a desaceleração do movimento. Referida como contração com alongamento (equivocada, pois o músculo simplesmente retorna ao seu comprimento de repouso). • Fase negativa do exercício; desaceleração do movimento; a favor da gravidade. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Fatores mecânicos que afetam a força muscular 2) Ângulo de Inserção Muscular: A força muscular aplicada a um segmento corporal é decomposta em duas componentes, cujos valores dependem do ângulo de inserção do músculo: • Componente rotatória: atua perpendicularmente ao eixo longitudinal do segmento. É a responsável pelo torque que possibilita o movimento de rotação do segmento em torno da articulação. • Componente de deslizamento: atua paralelamente ao eixo longitudinal do segmento. Dependendo do ângulo de inserção do músculo, tende a puxar o osso para fora do centro articular (componente deslocadora) ou empurrá-lo em direção ao centro articular (componente estabilizadora). Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Fatores mecânicos que afetam a força muscular • A força isométrica máxima que um músculo pode produzir depende em parte do seu comprimento. No corpo humano, o pico de geração de força acontece quando o músculo está levemente estirado. • A tensão total presente em um músculo é a soma da tensão ativa, gerada pelos sarcômeros, somada à tensão passiva, gerada pela energia elástica armazenada na componente elástica em série (CES). • EX: Ciclo Excêntrico-Concêntrico(Pré-estiramento) 3) Relação Comprimento-Tensão: Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Fatores mecânicos que afetam a força muscular 4) Relação Força-Velocidade: • Quando o músculo desenvolve tensão concêntrica contra uma carga elevada, a velocidade do encurtamento deve ser relativamente baixa e, contra uma carga baixa, a velocidade do encurtamento deve ou pode ser relativamente alta. • Quando o músculo desenvolve tensão excêntrica contra uma carga elevada, a velocidade de estiramento tenderá a ser relativamente alta e, quanto mais alta for a carga mais alta tenderá a ser a velocidade. • Essa relação não implica na impossibilidade de mover uma resistência elevada a uma velocidade alta, nem de mover uma carga leve a uma velocidade baixa. • Indica que para uma determinada carga ou força muscular desejada existe uma velocidade máxima de encurtamento possível. • Devemos também destacar que a densidade, a forma e o tamanho do esqueleto são determinados por fatores que influenciam no crescimento, no desenvolvimento e na maturação óssea. Veja alguns desses fatores: Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Introdução • Assim, alterações nos padrões nutricionais, um estilo de vida sedentário, a falta de exercícios regulares, posturas inadequadas e histórico familiar de doenças ósseas são fatores que devemos observar em uma anamnese para tentar estimar a saúde óssea. Composição e estrutura do tecido ósseo - Resposta óssea ao estresse • Tensão ou estresse é a força aplicada por unidade de área. A mesma força aplicada em ossos com diferentes seções transversais produz tensões diferentes. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Composição e estrutura do tecido ósseo - Resposta óssea ao estresse • Carga traumática: é de grande magnitude e se aplicada uma única vez já é suficiente para causar alguma lesão. • Carga repetitiva é de pequena magnitude e se aplicada uma única vez não é suficiente para causar lesão, mas se aplicada repetidamente sim, causando fratura por fadiga. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Composição e estrutura do tecido ósseo - Resposta óssea ao estresse • FRATURA POR FADIGA: Microlesões na estrutura óssea sem respeitar o tempo de reposição celular. • Atleta de salto tripo: no “step” o atleta atinge 11 vezes o seu peso corporal! • As lesões ocorrem quando a somatória das forças geradas no movimento ultrapassa o limite de tolerância das estruturas biológicas. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Composição e estrutura do tecido ósseo - Resposta óssea ao estresse Tipos de Fraturas Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Composição e estrutura do tecido ósseo - Hipertrofia óssea • A força do osso depende fortemente de sua densidade de depósitos minerais e fibras colágenas, e está relacionada com os hábitos alimentares e de atividade física. A atividade física resulta em maior atividade dos osteoblastos, que aumentam a densidade mineral óssea (Hipertrofia). • Os ossos dos indivíduos ativos apresentam maior mineralização, ou seja, são mais densos que aqueles dos indivíduos sedentários para mesma idade e sexo. • Quanto maior a força ou carga imposta, mais efetivo será o aumento da mineralização do osso. • Os efeitos são de caráter geral e não só específicos. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Composição e estrutura do tecido ósseo - Mudanças degenerativas nos ossos associadas ao envelhecimento • Osteopenia: É a redução inicial na quantidade de material mineral do osso. Apresentando menor capacidade de suportar carga (força). • Osteoporose: É uma doença degenerativa que tem como principal característica a redução da componente mineral do osso. • Tipo I – Pós-menopausa – afeta ± 40% das mulheres após os 50 anos. • Tipo II – Associada a idade – Afeta mulheres e homens após os 70 anos. • Tríade da mulher atleta – Desordem alimentar, amenorréia e osteoporose. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações FIBROSAS - Sinartroses (Imóveis): são ligadas por fibras de tecido conjuntivo. • Suturas: conexões entre os ossos do crânio, • Sindesmoses: membrana interóssea tibiofibular/radioulnar • Obs: São articulações de menor interesse para biomecânica por serem imóveis. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações CARTILAGINOSAS - Anfiartroses (Pouco movimento): são ligadas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. • Sincondroses (permanentes: articulações condrocostais; ou temporárias: disco epifisário dos ossos longos). Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações • Sínfises: as estruturas ósseas estão unidas por um disco fibrocartilaginoso (disco intervertebral; sínfise púbica). Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. Deslizante; artrose ou plana – NÃO AXIAL. Ex: intertárcicas e intercárpicas.Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. em dobradiça; gínglimo ou charneira – UNIAXIAL – 1 Grau de Liberdade (GL). Ex: Art. Cotovelo Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. em pivô ou trocóide – UNIAXIAL – 1 GL. Ex: Art. radioulnar proximal; art. atlanto- axial medial. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. Elipsóide ou art. Condilar – BIAXIAL – 2 GL. Ex: Art. Radiocárpica e Art. do Joelho (bicondilar) Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. Esferoidal – TRIAXIAL – 3 GL. Ex: Art. do Ombro e Quadril. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações SINOVIAIS - Diartrose (Amplamente móveis): Art. Selar – TRIAXIAL – 3 GL. Ex: Art. Carpometacárpica do polegar. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação das articulações • Obs: Cada grau de liberdade (GL) corresponde a um eixo relacionado a um plano ortogonal a partir da posição anatômica. Para cada GL existem dois movimentos. • O movimento de circundução só é possível para articulações com pelo menos dois GL. Sistema Articular Aplicado ao Movimento • Cápsula articular – Membrana com duas camadas que revestem os ossos nas articulações sinoviais. • A camada interna ou membrana sinovial é responsável por secretar o líquido sinovial. A camada externa da membrana ou membrana fibrosa oferece informações cinestésicas. • A densidade e a resistência da cápsula à deformação elástica está relacionada à magnitude e à frequência da carga a qual a cápsula está exposta. A cápsula articular tem como objetivo promover maior fixação, segurança e proteção das extremidades ósseas. Comportamento mecânico dos componentes articulares das Art. Sinoviais – Diartroses - COMPONENTES PRINCIPAIS Sistema Articular Aplicado ao Movimento Comportamento mecânico dos componentes articulares das Art. Sinoviais – Diartroses – COMPONENTES ACESSÓRIOS Estruturas fibrocartilaginosas - Discos e meniscos: Igualmente compostos por fibrocartilagem interposta entre as superfícies ósseas de uma articulação, tem como funções: a absorção e distribuição das cargas; aumento da superfície de contato entre as superfícies articulares; proteção da periferia das articulações; e limitar o deslizamento de uma estrutura óssea em relação a outra. Meniscos da articulação do joelho; disco intrarticular da ATM. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Estabilidade articular Estabilidade articular – é a resistência apresentada por uma articulação ao movimento anormal dos segmentos corporais articulados. Tem como base duas posições, que são: • Travada ou coaptação fechada – é aquela em que o encaixe ósseo é máximo dentro da articulação. Ao longo de todo o arco de movimento só existe uma posição considerada travada. • Destravada ou coaptação aberta – é qualquer posição diferente da travada. Atenção Quanto maior a amplitude de movimento, menor o número de elementos articulares envolvidos com a estabilidade da articulação. Quanto maior a sobrecarga suportada, mais difícil é estabilizar a articulação.
Compartilhar