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Direito Empresarial contratos mercantis

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2 - CONTRATOS MERCANTIS
Definição e principais características
	São aqueles celebrados entre empresários, ou ainda, ambos os contratantes que exercem as mesmas atividades empresariais.
	Os contratos mercantis podem classificar-se entre os cíveis ou os sujeitos ao CDC (Código de Defesa do Consumidor), dependendo das condições dos contratantes.
	No caso de os empresários serem iguais, sob o ponto de vista de sua condição econômica, o contrato é cível, ou seja, ambos podem contratar advogados e outros profissionais antes de assinarem o instrumento contratual, de forma que, ao fazê-lo, estão plenamente informados sobre a extensão dos direitos e obrigações contratados.
	Se forem empresários desiguais, um deles estará em situação de vulnerabilidade econômica frente ao outro, logo o contrato será regido pelo CDC(Código de Defesa do Consumidor).
	Em relação ao contrato podemos afirmar que o mesmo é uma das modalidades de obrigação, ou seja, um vínculo entre pessoas, em virtude do qual são exigíveis obrigações.
	É considerada uma espécie do gênero obrigação. A existência ou extensão de uma obrigação dependem das disposições estabelecidas nas normas jurídicas ou da vontade dos contratantes.
	Assim quando a norma jurídica define, totalmente, a existência ou extensão do vinculo obrigacional, podemos afirmar que a obrigação é legal (indenização, tributo, pensão alimentícia).
	Caso a definição da existência ou da extensão da obrigação não se encontra exaurida na sua disciplina legal, possibilitando às partes envolvidas esta definição, podemos dizer que estamos diante do contrato, ou seja, o conjunto de obrigações em que a existência e a extensão dos deveres dos contratantes, são definidas em parte pela lei e em parte pela vontade dos mesmos.
5 Tipos de contratos
	Compra e venda - É o contrato mediante o qual um dos contratantes se obriga a transferir a outrem o seu domínio de certa coisa, e o outro a pagar –lhe certo preço em dinheiro. Para que seja considerado o contrato um contrato de compra e venda, devem existir algumas características presentes: O objeto deve ser imóvel, móvel, semovente ou até incorpóreo; o preço deverá, necessariamente, ser pago em dinheiro, senão caracteriza-se outra espécie contratual.
	Mandato mercantil - Contrato, por procuração pública ou particular, pelo qual um comerciante - o mandante - confere poderes extraordinários a outrem - o mandatário - comerciante, ou não, para agir como seu representante e obrigar-se em seu nome, gerindo-lhe os negócios ou realizando um ou mais atos de natureza comercial, recebendo por seu serviço a remuneração convencionada.
	Comissão mercantil - O contrato de comissão tem por objetivo a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente, ou seja, o comissário é um empresário que irá realizar negócios no interesse de um outro empresário, o comitente, mas os realizará em seu nome. A presunção da ação correta do comissário quando o negócio é proveitoso para o comitente. O comissário deve ser remunerado pelo comitente pelos negócios que realizar, já que estes são efetivados no interesse do comitente.
	Seguro de Dano - Trata-se o seguro de dano de modalidade do contrato de seguro em que a seguradora garante o segurado contra eventuais prejuízos em seu patrimônio, um sua saúde ou em sua integridade física, razão pela qual a doutrina aponta que sua função é puramente indenizatória, servindo, e síntese, para a reposição das perdas que sofreu em virtude da ocorrência do evento danoso.
	Mútuo Bancário - Trata-se de mútuo bancário, ao contrário de depósito, de uma operação ativa dos bancos, ou seja, nesse contrato o banco assume o polo ativo da relação contratual, tornando-se credor. De acordo com o artigo 586 do Código Civil: “o mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS,Ana Lucia Porto etalli. O Novo Código Civil: Comentado. vol.1, 2. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2002.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 11 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
BULGARELLI, Waldirio. Contratos mercantis. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. v. 1, 10ª ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2006.
FAZZIO JUNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. São Paulo: Atlas, 2000.
GOMES, Fábio Bellote. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Manole, 2003.
3-O QUE DIFERENCIA TÍTULOS DE CRÉDITO DE CONTRATOS MERCANTIS?
Os contratos é a convenção ou o acordo para execução de algo sob determinadas condições entre as partes contratantes, é o ato jurídico em que duas ou mais pessoas se obrigam ou convencionam, por consentimento recíproco, a dar, fazer ou não fazer alguma coisa, verificando, assim, a constituição, modificação ou extinção do vínculo patrimonial. E o contrato, na concepção moderna, ato jurídico bilateral que gera obrigações para ambas as partes. O acordo é a tônica dos contratos, cuja finalidade é adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. são fontes de obrigações. Obrigação é a relação jurídica pela qual alguém deve dar, fazer ou não fazer alguma coisa, de valor economicamente apurável, nesta relação encontra-se a vontade humana. A existência e a extensão de uma obrigação dependem da vontade direta das pessoas interessadas. Quando são as normas jurídicas que definem totalmente, a existência e a extensão do vínculo obrigacional, estamos diante de uma obrigação legal. Quando a definição da existência ou da extensão da obrigação não esteja esgotada na sua disciplina legal, reservando-se à vontade das pessoas diretamente envolvidas na relação a faculdade de participar desta definição, temos as obrigações de caráter institucional. Já o crédito é a confiança que uma pessoa inspira a outra de cumprir, no futuro, obrigação atualmente assumida. Significa que com a utilização do crédito, pode alguém hoje, ser suprido de determinada importância, empregá-la no seu interesse, fazê-la produzir em proveito próprio desde que tenha assumido a obrigação de, em época futura, retornar a quem lhe forneceu a importância de que se utilizou, podendo também o titular de um direito de crédito (credor) de transferir esse direito à outra pessoa, juntamente com o documento que o incorpora.

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