Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 1 / 26 COSMOGÊNESE CAOS (do grego chaos), nas mitologias e cosmogonias pré-filosóficas, tinha o sentido de vazio, obscuro e ilimitado que precede e propicia a geração do mundo. No livro "A Estética da Vida", de Graça Aranha, encontramos a seguinte citação: "Assim, o Deus poderoso, ardente de vida, faz surgir do CAOS o homem, a mulher, os astros". Outro sentido é o de grande confusão ou desordem (Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa). Se analisarmos sob a óptica da "grande confusão ou desordem", pode-se pensar que a Divindade, nesse momento encontra-se recolhida em si mesma, onde não há uma definição precisa da criação, isto é, o início da manifestação não se encontra devidamente organizado. Quando lançamos mão da analogia biológica na reprodução humana, vemos que na fecundação do óvulo pelo espermatozoide, estabelece-se nesse ato uma aparente desorganização. Em seguida, no ovo agora constituído processa-se a multiplicação das células através das suas divisões (meiose e mitose), iniciando uma organização para formar tecidos e órgãos especializados, constituintes do corpo humano. Podemos pensar que a Divindade como que adormecida, ao se manifestar, inicia o processo da Criação, dividindo-se. Daí o aparecimento do Universo, apresentando os Planetas, os reinos da natureza, etc. Pitágoras disse que "A Divindade multiplica-se em formas, mas divide-se em Essência". No evangelho segundo São João, está escrito: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus; e o Verbo era Deus", referindo-se ao Poder Criador na esfera abstrata imanifestada, obscura e ilimitada, antes que se dessem os fenômenos criativos ou precedesse a geração referente ao Universo. No processo de criação divina, necessário se fez transformar o pensamento divino em coisa visível, concreta. Para que o mundo material existisse, necessário foi que Deus se desdobrasse, criando em si um outro aspecto, ou seja, o princípio material. Vemos então Deus polarizando-se, manifestando-se sob múltiplos aspectos diferentes. E assim surgiu o Verso do Uno ou o Universo, a diversidade da Unidade. No capítulo I do Gênesis pode-se ler: "No princípio, DEUS, ELOHIM, o Ser dos Seres, planejou a existência (geração e criação) dos Céus e da Terra, causando a transmutação na Essência Abstrata de seu próprio Ser". CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 2 / 26 O nosso Universo físico não surgiu de uma só vez. Sua criação obedeceu a etapas, períodos ou ciclos. A Bíblia diz que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. O Universo, como se diz, é o aspecto polar de Deus, que é a Unidade. A Unidade é homogênea e a multiplicidade ou Universo é heterogênea, isto é, apresenta-se sob múltiplos aspectos ou formas. THEOS (em grego tem o sentido de Deus) pode ser entendido como princípio supremo considerado pelas religiões como superior à Natureza, Ser infinito, perfeito, gerador e criador do Universo. Nas religiões politeístas, é concebido como divindade de personificação masculina, superior aos humanos seres, e à qual se atribuí influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo. Filosoficamente é o Princípio supremo que permite explicar a existência, a ordem e a razão universais; é a garantia dos valores morais (Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa). O ser humano, desde as mais primitivas eras, tem procurado decifrar os mistérios da criação, de difícil entendimento pela mente racional, concreta, discursiva. Não sabemos o que é Deus e não o conheceremos por processos racionais ou científicos ortodoxos. Deus como Divindade Manifestada, em seu tríplice aspecto, como as várias trindades sagradas, é algo ainda incompreensível pela mente humana incapaz de definir o que seja sua essência. Entretanto, se nos valermos das Chaves da Sabedoria Divina, da Sabedoria Iniciática das Idades, podemos obter um grau maior de entendimento sobre a Divindade Manifestada e quase nada ainda sobre o que os sistemas filosófico-religiosos do Oriente reconhecem como Divindade Imanifestada, o Parabrahman. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 3 / 26 SUBSTÂNCIA Substância (do latim substantia) é a parte real ou essencial de alguma coisa, a natureza de um corpo, aquilo que define as qualidades materiais. Na tradição aristotélica, um tanto diferente da iniciática, Substância é o que há de permanente nas coisas que mudam. Como suporte, imutável, das sucessivas qualidades resultantes das transformações, é o que existe por si mesmo, sem supor outra coisa de que seja atributo. Os teósofos usam a palavra "substância” no sentido dual, perceptível e imperceptível. Como "substância perceptível”, eles querem referir-se aos planos mais densos do Universo, dos quais o físico é o mais denso deles, cujas partículas mais grosseiras podem ser reconhecidas pela ciência oficial como átomos em suas funções como elementos químicos. Nesse caso, prefere-se usar a palavra "matéria”. Como "substância imperceptível”, querem, os teósofos, referir-se ao substrato de planos mais sutis, como são o Anupâdaka e o Adi. Em linguagem esotérica, frequentemente usa-se indistintamente as palavras "substância” e "matéria” concordando apenas que é algo complementar ao Espírito, no processo da manifestação universal, que, sem associação de ambos, nada se formaria. No Bhagavad-Gîtâ, considerados os aspectos da Divindade Manifestada, lê-se o seguinte: "Todos os seres que chegam a existir, sejam animados ou inanimados, são produtos da união da Matéria com o Espírito”. No livro "La Religion de la Naturaleza”, o autor, Dr. Eduardo Alfonso, refere-se aos planos da "substância imperceptível” onde a "matéria”, aí de natureza tão sutil, constitui o invólucro ou veículo da "essência” que caracteriza a imutabilidade da Divindade. A esse veículo, como "matéria sublimada”, comenta o Autor como sendo o que designamos "espírito”, palavra que, na origem latina, "spiritus”, significa "sopro” e que, na correspondência sânscrita, "spri”, tem o sentido de "viver”. Quanto à palavra "essência”, na origem latina, "esentia” tem o significado de "ser”. Em linguagem esotérica, diz-se também que a Divindade como Causa de Tudo é Essência Absoluta e Indiferenciada que, quando por Vontade própria, se manifesta, passando do NÃO-SER para SER. Nesse caso, no Ocidente, denomina-se Deus a Divindade Manifestada com três aspectos ou atributos: Vontade, Sabedoria e Atividade. Essa tríade de valores recebeu nomes os mais variados possíveis, segundo a linguagem e compreensão dos vários povos (Brahmâ-Vishnu-Shiva; CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 4 / 26 Osíris-Ísis-Hórus; Teos-Caos-Cosmos; Ahura Mazda-Mithra-Ahriman; Pai-Espírito Santo- Filho etc.). TAT "Tat” é palavra sânscrita com significado de "aquele” ou "aquilo”, e só é entendida inteligivelmente se representada por meio de um quaternário simbólico de quatro possibilidades: 1) A possibilidade do Espaço Objetivo; 2) A possibilidade do Movimento Relativo; 3) A possibilidade do Tempo; 4) A possibilidade da Matéria Limitada. Todas essas possibilidades estavam em estado latente na Divindade Imanifestada, onde tudo está indiferenciado, assim como a "matéria” e o "espírito”. No Bhagavad-Gîtâ, "OM, TAT, SAT” é atríplice designação de Brahmâ, porque fala de seus atributos. "OM” refere-se à Divindade Manifestada como Princípio Criador; "TAT” fala de sua universalidade; "SAT” representa a sua essência que penetra em tudo que está criado, de modo imutável e absoluto, tal qual quando estava na condição de Divindade Imanifestada, ou de Parabrahman. O ETERNO e a ETERNIDADE Da palavra "éter” chegamos às palavras "eterno” e "eternidade”. Essa última, juntamente com absoluteza (condição de ser absoluto), infinitude, imutabilidade e unidade constituem propriedades da Divindade Imanifestada ou Não Manifestada, ou o que está além de Brahmâ ou Parabrahman, que também é denominado Causa sem Causa. Diz-se, em linguagem esotérica, que "eternidade” é "idade do éter”, referindo-se a uma enormidade de duração, ou seja, algo além de trezentos quatrilhões de anos solares, considerado nos Purânas como apenas uma sétima parte da Idade de Brahmâ, isto é, um Mahakalpa. Como nesse caso a eternidade está limitada, propõe-se designá-la "eon”. A "eternidade” no seu real sentido, em verdade, não tem limites, nem princípio nem fim, é propriedade da Divindade Não Manifestada. Portanto, "eterno” é palavra apropriada para esse caso, todavia é frequente seu uso para designar a Divindade Manifestada em seu primeiro aspecto, como Primeiro Logos, como Brahmâ, como Pai, como o Ancião Superior CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 5 / 26 referido na Macroprosopopeia, na Grande Hipótese Criativa segundo o rabino Schimeon Ben-Jochai, comentado por Eliphas Levi em sua obra "As Origens da Cabala”. A palavra "éter”, em linguagem esotérica, não tem o significado referido pela Química acadêmica, e, sim, o de ser um quinto elemento de onde procederam outros quatro, isto é, "o ar, o fogo, a água e a terra”, que também não são mensuráveis como produtos físico- químicos. Daí se dizer que para distingui-lo como Quinta Essência usa-se esotericamente a palavra "Aether”, o mesmo Âkasha das tradições orientais, o quinto dos Sete Princípios Cósmicos, Agente Universal, fonte de todas as energias dos três mundos (material, psíquico e espiritual). JHEOVAH Jheovah ou Jehovah é nome que tem origem em quatro letras do alfabeto hebraico: YOD, HE, VAU, HETH. A Mercavah é a ciência das letras hebraicas. Mercavah é palavra que tem o sentido de carruagem, como se as quatro letras, acima citadas, fossem as "rodas da carruagem de Deus”. Na visão profética de Ezequiel, eram rodas de luz que giravam concentricamente, esferas celestes, círculos entrecruzados, cujos centros se viam em toda parte, além de um centro comum, cuja circunferência não estava em parte alguma. Tudo isso representado na palavra "Jheovah” como o Quinto dos Sete Elohins, Espíritos ou Logos Planetários, Luzeiros, Dhyân-Chohâns e outros nomes citados nos estudos da Cosmogênese ou formação do Universo. Mario Roso de Luna, autor de várias obras iniciáticas, dentre elas, "O Simbolismo das Religiões”, referindo-se à influência do Quinto Luzeiro na divisão do sexo do gênero da humanidade primitiva, escreveu: (...) "Jehovah - um dos Elohins: o Pai-Mãe físico, segundo o simbolismo de suas 4 (quatro) letras: YOD-HE-VAU-HETH, separa o primitivo Adão, andrógino sem sexo, em masculino e feminino, com que ficou assegurada, fisicamente, a continuidade material da espécie”(...). o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 6 / 26 MUNDO DAS CAUSAS, DAS LEIS E DOS EFEITOS A Divindade, ao manifestar-se, procura a sua própria diferenciação, isto é, da Unidade para a Multiplicidade. O UNO-DEUS torna-se trino, conforme simbolismo da tradição iniciática: o triângulo equilátero (três arestas iguais ou ângulos iguais) com um olho no centro. O olho representa o próprio Eterno e as três arestas, a sua manifestação tríplice. Temos assim os 3 Mundos, ou faces desse triângulo: 1. Mundo das Causas e correlações: o Criador, a Causa, Brahmâ (na Índia); Osíris (no Egito); o Pai (no cristianismo); a Força (na maçonaria) etc.; 2. Mundo das Leis e correlações: Vishnu (Índia); Ísis (Egito); Espírito Santo (cristianismo); a Sabedoria (maçonaria) etc.; 3. Mundo dos Efeitos e correlações: Shiva (Índia); Hórus (Egito); o Filho (cristianismo); a Beleza (maçonaria) etc. Baseado nessa Trindade, considera-se a existência dos três mundos como os estados da manifestação da Divindade: o Mundo das Causas, onde Deus inicia sua manifestação; o Mundo das Leis, onde Ele planeja e de onde rege as suas criações; e o Mundo dos Efeitos, onde Ele gera, com a força dos arquétipos, as formas mais densas, possíveis de serem perceptíveis aos nossos sentidos. No Mundo das Causas, o Criador faz a ideação geral e se projeta no Mundo das Leis, formando 7 (sete) potestades, conhecidos na linguagem oculta como: os sete Filhos de Aditi; os sete Espíritos do Sol (Índia); os sete Deuses Misteriosos (Egito); os sete Amshaspendas (Zoroastrismo); os sete Sephiroths (Judaísmo); os sete Arcanjos ou sete Anjos diante do Trono (Cristianismo); os sete Dhyân-Chohâns (Budismo); os sete Logos Planetários etc. Essas 7 (sete) potestades são os engenheiros cósmicos que projetam o Universo, são os colaboradores do Supremo Arquiteto do Universo. Esses, por sua vez, projetam-se no Mundo dos Efeitos recebendo nomes que também foram usados na astronomia para designar alguns corpos siderais. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 7 / 26 Podemos relacionar esses Mundos com as chamadas Gunas ou Três Qualidades da Matéria: Sattva (Mundo das Causas), Rajas (Mundo das Leis) e Tamas (Mundo dos Efeitos). Essa correspondência pode ser feita com os atributos da Divindade na linguagem cristã: Onipotência (Mundo das Causas), Onisciência (Mundo das Leis) e Onipresença (Mundo dos Efeitos). Através das trilogias anteriormente mencionadas e confirmadas pelas tradições, tem- se ensinado que o UNO, em sua Atividade Cósmica, manifesta-se sob 3 (três) aspectos distintos, simultâneos, e que, em cada língua e religião, recebem denominações diferentes. É a Unidade na Trindade e vice-versa. Associados à trina e divina atividade, estão os 7 (sete) Espíritos diante do Trono, isto é, os Espíritos governantes, Planetários também chamados Elohins. São os construtores e mantenedores do Universo. Vemos nos números 1,3 e 7, ou137, a representação cabalística cujo poder rege a geração e criação do Universo, como a sua própria LEI de evolução (LEI e 137 apresentam uma relação figurativa na chave analógica). Na química pode-se representar a manifestação da Divindade, numa correspondência grosseira, usando-se a terminologia científica das partículas principais da estrutura do átomo: CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 8 / 26 Próton - o Pai (Mundo das Causas); Nêutron - a Mãe (Mundo das Leis); Elétron - o Filho (Mundos dos Efeitos). Na Maçonaria, o Triângulo Indeformável, com o olho no centro expressando o Supremo Arquiteto do Universo, está representado na trindade composta pelos seguintes membros: Venerável Mestre (Mundo das Causas); Primeiro Vigilante (Mundo das Leis); Segundo Vigilante (Mundo dos Efeitos). A Loja maçônica, sob a égide desse triângulo, firma-se em 7 (sete) Mestres Maçons. Na música,temos o Som evoluindo numa escala setenária, manifestado como tríade - harmonia, melodia e ritmo - e as sete notas musicais. No espectro luminoso, temos a cor branca, as três cores primárias (amarelo, azul e vermelho) e as sete cores do arco-íris. AS TRÊS QUALIDADES DA MATÉRIA: SATTVA, RAJAS E TAMAS Na linguagem esotérica pode-se dizer que o curso natural da vida progride no fluxo proporcionado pelo equilíbrio das gunas ou qualidades da Matéria. Segundo antigos sistemas filosóficos do Oriente, como o Sânkhya e o Yoga, o número incontável de Purushas ou Espíritos individualizados como partes indestrutíveis e imortais das criaturas humanas têm por origem um Purucha ou Espírito Universal, Senhor Supremo do Universo a que denominaram Îzvara. Para servir a essa Causa ou Potência geratriz, a Matéria ou Prakriti diferencia-se em gunas, cujas proporções condicionam as funções dos vários planos, mundos, seres animados e inanimados. Em sânscrito, "gunas” têm o significado de qualidades ou atributos da Matéria. Antes da manifestação da Divindade estão indiferenciadas, em perfeito equilíbrio, mas, em atividade, revelam-se como impulsores das tendências de todos os seres que são gerados no Universo, inanimados ou animados, em qualquer dos mundos ou planos da Matéria. Assim, como o motor necessita de um impulso para funcionar, toda criatura também necessita dos impulsos das três qualidades da Matéria. Elas correspondem, materialmente falando, aos atributos da tríplice manifestação da Divindade, como Vontade, Sabedoria e CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 9 / 26 Atividade, ou são citadas caracterizando as tríades dos estudos esotéricos (1º, 2º e 3º Logos; Brahmâ, Vishnu, Shiva; Pai, Mãe, Filho etc.). Vamos apresentar um pequeno estudo das três "gunas", qualidades da Matéria presentes em proporções variadas em todas as formas da Natureza, inclusive na constituição humana. A individualização e a singularidade da criatura humana podem ter fundamento na variação proporcional das qualidades da matéria, estudadas e ensinadas por antigos sistemas filosóficos do Oriente. Estas três "gunas", qualidades de Matéria, podem ser também consideradas como certos atributos denominados, segundo a terminologia sânscrita: Sattva, Rajas e Tamas. No ser humano, podem ser correlacionadas com impulsos: SATTVA - é um impulso espiritual que impulsiona a vida no plano da evolução. RAJAS - é um impulso psíquico que desperta sentimentos religiosos, e mesmo a intelectualidade. TAMAS - é um impulso que desperta os instintos e sentimentos passionais. No canto XVII do Bhagavad-Gîtâ, há referências às expressões das predominâncias de uma das três qualidades da Matéria correlacionando tendências humanas e preferências alimentares, como as citadas a seguir: (...) "os alimentos cheios de vitalidade, nutritivos e suaves são os favoritos dos seres humanos de qualidade pura. (...) os picantes, acres, azedos, salgados apetecem as pessoas de qualidade passional. (...) os alimentos desvitalizados, em decomposição, são preferidos pelos seres humanos de qualidade tenebrosa”. Segundo a tipologia ayurvédica, pode-se dizer que, resumidamente, as pessoas sátivicas gostam de progredir; as rajásicas gostam de agir; e as tamásicas gostam de ficar como estão, resistindo mudanças. Apontam como dieta sátvica aquela que inclui frutas, arroz, amêndoas, os alimentos de sabores naturais adocicados, e água pura de nascente. Quando um bebê está sendo amamentado pela mãe, consegue extrair e produzir do leite materno um fluido etérico, hiperfísico, de extraordinário valor, denominado "ojas”. A qualidade do leite materno depende muito de como e do que a mãe se alimenta. A título de ilustração, para qualquer ser humano, considera-se que as carnes; cogumelos; queijos; amendoins; molhos com tomate, alho e cebola; comidas industrializadas, bebidas alcoólicas, em ingestas exageradas reduzem drasticamente a CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 10 / 26 formação de ojas, com prejuízo para as funções do corpo que sobrecarregou-se tamasicamente pelo uso equivocado dos alimentos. A individualização e a singularidade da criatura humana exige proporções corretas de todas as gunas ou qualidades de Matéria, sendo que, por exemplo, uma alimentação moderada, mista, com equilíbrio dos nutrientes e sabores de fontes naturais, seja a base geral mais segura para o atual estágio e para as exigências da vida moderna. Não somente os alimentos caracterizam-se pelas qualidades da Matéria. Como pode ser lido no livro "Em Direção à Nova Consciência” (Biblioteca Planeta), o grande sábio indiano que foi Aurobindo chamou atenção sobre algumas funções da vida humana que podem ser afetadas pelo predomínio de tamas, por exemplo, essa guna pode ter sido acumulada na pessoa antes de dormir e mesmo durante o sono, reduzindo a capacidade da reparação do corpo e da disposição para poder se levantar nos primeiros momentos do alvorecer. Daí, ser ponto comum em vários sistemas filosófico-religiosos o de se preparar para dormir, respirar, descontrair, aquietar-se etc. Vale a pena os cuidados com os alimentos e bebidas à noite, com o ambiente de dormir, com o que se conversa, com o que assiste e com o que se ouve até no campo da Música. Essas três qualidades de Matéria influenciam a sensibilidade artística, como na Música, que sempre teve grande domínio sobre as almas. Beethoven e Wagner, para a Sabedoria Iniciática, chegaram a ser os maiores magos no manejo desse Poder Colossal dos clássicos musicais extasiando as almas e as conduzindo pelas regiões sublimes do Espaço, em busca de sua Origem. Segundo as Leis da vibração, consoante ao estado vibratório desses impulsos, conforme a frequência vibratória de cada um deles, suas apresentações, perceptíveis aos clarividentes, estão correlacionadas a cores com segue: Sattva - amarela; Rajas - azul; e, Tamas - vermelha. Vamos partir do mais grosseiro para o mais sutil, observando atentamente as palavras do professor Henrique José de Souza: "... quando é a condição tamásica (o encarnado) que predomina em uma Nação, isto é, dois terços de seus habitantes encontram-se sob o influxo das paixões inferiores, tal povo torna-se covarde e indiferente às coisas do Espírito; mas, ativo e corajoso (se o quiserem), para a defesa dos interesses pessoais e tudo mais quanto seja harmônico com as suas passionais e inferiores ideias, segundo o termo sânscrito "KÂMA” (desejo inferior, paixão, sensualidade). Daí o aproveitamento dos mais espertos (entre eles) para se apoderarem das rédeas, da direção das coisas, das Nações... do Mundo... das Religiões... E não há motivo para queixas porque, segundo o Karma Coletivo, tudo isso se acha expresso no CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 11 / 26 sábio aforismo: "Cada povo tem o governo que merece"... Quando há o domínio de Tamas, a ambição, a concorrência, o desejo das coisas materiais tornam-se num estado insatisfatório... Todos pensam na personalidade e não na individualidade. Quando se trata da condição rajásica (azul), predomina o espírito religioso, porém sob a mais baixa manifestação, que é a do "fanatismo” e da superstição, porquanto Rajas nunca se manifesta só, mas acompanhado de Tamas ou Sattva. Da mescla entre o azul e o encarnado (segundo a mistura de matizes) aparece o "ROXO”, lunático... passional, tal como se deu na Raça Lemuriana, anteriorà Atlante, dirigida pelos Planetas: Vênus (com a característica... com a tônica do azul) e Marte (com a tônica do encarnado), em cujo estado de consciência dominavam, exclusivamente, as coisas do sexo. Daí ter sido nela onde se deu a sua "Separação” (do sexo), isto é, onde os Seres começaram a nascer, sob a dupla forma sexual: masculino e feminino (Solares e Lunares). Nesse caso, as Nações são dominadas pelo espírito religioso, no baixo sentido a que nos referimos, senão, manifestado como "fanatismo” e "superstição”. Sim, com outras palavras: o Poder Espiritual, apresentado de modo adulterado, desviado do verdadeiro sentido, querendo assenhorear- se do Poder Temporal, isto é, ficar senhor dos dois Poderes... melhor: dominar o mundo, como tem sido até hoje o único desejo dos Movimentos Religiosos dominantes... e não da Verdadeira Religião... Por isso podemos dizer: "em todas as Nações onde estiver predominando Rajas e Tamas, ao mesmo tempo, dar-se-á um retrocesso de vários séculos na sua evolução... E como ninguém tem o direito de contrariar, de modificar a Lei... surge o desequilíbrio do emocional, o qual promove o desequilíbrio físico, havendo, naturalmente, a dor, a miséria... e a reação da própria Natureza (a manifestação daquilo que a linguagem religiosa... profética... chama de castigo). Quando predominam, ainda, em tais Nações, Rajas e Tamas ao mesmo tempo, há: os crimes passionais, os amores ilícitos, insatisfações de toda natureza, agitações... mal querência, enfim tudo mais quanto possa ter tido como: "ATIVIDADES INFERIORES". SATTVA: Quando é, finalmente, Sattva (amarelo) que predomina, esse atributo atrai os valores dos dois primeiros para que se dê o equilíbrio perfeito entre as três citadas qualidades da Matéria e, naturalmente, outorga às nações o mútuo entendimento e generosidade e acerto por parte dos governos, que se fazem eleitos e amigos do povo. Dirigentes e dirigidos formam uma harmonia perfeita, semelhante à vivida pelos antigos gregos e egípcios, nos seus belos tempos. É o que se pode chamar: Consciência Coletiva e concordância entre aptidão, idealismo e cargo. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 12 / 26 Por exemplo: Na Idade Média, a Era feudal por excelência, dominava TAMAS. No período em que estamos vivendo, nossa Era, domina Tamas e Rajas, ao mesmo tempo, o que representa períodos de crises, era de transição, de dúvidas e incertezas para quase todas as Nações do mundo, segundo aquele velho adágio oriental: "quanto mais pesado fizeres o mundo, mais o mundo pesará sobre Ti"," Por sua vez, a Música, de ordem artística mais elevada, começa pelo princípio harmônico (Sattva). Tal espécie de Música age não somente sobre as mais elevadas emoções, como sobre o Intelecto. O Ritmo é uma manifestação puramente física (Tamas). A Melodia (Rajas), que sem determinado fim nenhum sentido possui, conduz nossas emoções de um lado para outro. Com a combinação desses princípios são formadas todas as coisas dentro da Criação. Ouvir uma Sinfonia é proporcionar imensa energia mental. Ao se escutar as composições dos grandes Gênios, goza-se de uma música divinizada, que conduz os de bom estofo, aos reinos místicos da mais transcendental espiritualidade. A grande Música não requer, apenas, compositores que tenham penetrado no Mundo da Inspiração, no Mundo Intuitivo, para poder compô-la, mas também, de artistas criadores de primeira grandeza, que saibam interpretá-la. A Música exerce influência poderosa na educação emocional, mental e espiritual do gênero humano. Debaixo de sua misteriosa influência, a humanidade pode agitar-se comovida por múltiplas emoções, superiores e inferiores. Pode fundir-se na voluptuosidade de uma música sensual e rasteira ou escalar os mais altos cimos espirituais onde se encontra o "EU", a "Consciência Superior”, extasiando-se na Mística União com o TODO. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 13 / 26 OS PLANOS CÓSMICOS - I Para levar a efeito a um Sistema onde evoluirá um Universo, o Logos Solar, ou a Divindade Manifestada, traz consigo, como resultado de uma evolução realizada num Sistema anterior, inteligências altamente espiritualizadas, que serão seus auxiliares durante o novo Manvantara (ciclo de atividade universal). A elas caberá a missão de objetivar, no Mundo das Formas, o plano minuciosamente delineado na mente do Logos, o Grande Arquiteto. São os mensageiros do Pensamento Divino e Universal, constituindo as Forças inteligentes que estão impressas na Natureza e nela se realizam, obedientes, ao mesmo tempo às Leis impostas por Poderes vindos de plano mais alto. Referindo-se à organização dessas Hierarquias de Seres Espirituais, ou Mensageiros do Grande Arquiteto, Logos ou Deus, a "Doutrina Secreta” de HPB, compara-a a de uma legião, por intermédio da qual se manifesta o poder combativo de uma Nação. Tal como uma legião, onde cada grupo tem sua individualidade própria, acha-se, no entanto, contido numa individualidade maior, à qual seus próprios interesses estão subordinados; assim, as Hierarquias Espirituais acham-se escalonadas em grupos, cada um com sua missão própria, mas orientados e dirigidos por outros grupos maiores, a que estão submetidos, segundo a Lei Universal de Hierarquia. A constituição dos Planos Cósmicos se faz por meio de veículos saídos do Grande Arquiteto que, como Primeiro Logos é Pai; Segundo Logos é Mãe; e como Terceiro Logos é Filho. Mergulhados na luz emanada do Grande Logos, encontram-se suas Hierarquias, no terceiro Aspecto da Divindade, quando os Sete Primordiais Luzeiros, emanados do Primeiro Logos, já tinham impregnado a Matéria, com suas tônicas, até as suas mais ínfimas partículas ou átomos compondo os Sete Planos do Cosmos. Irão servir de veículos às consciências procedentes do Segundo Logos, formando com estas as Sete Hierarquias Criadoras, diferenciadas de modo complementar, em positivas e negativas, astrologicamente identificados como os Sete Planetas Sagrados. São os Sete Filhos de Aditi, denominados pelos hindus de Sete Espíritos do Sol. Os teósofos dão-lhes os nomes de Sete Logos Planetários, a cada um dos quais é confiada a direção de um dos Sete Planos Cósmicos, para a evolução do Sistema correspondente à sua tônica. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 14 / 26 OS PLANOS DA MATÉRIA Anteriormente, fizemos uma citação sobre Substância. Neste momento vamos escrever alguma coisa a mais sobre Substância Primordial ou Substância Pré-Cósmica. Admite-se a existência de uma Substância Primordial antes do Sistema gerado pelo Logos Solar e que foi o substrato da Matéria nos diversos graus de diferenciação para a formação do Universo, constituindo seus diversos planos, dos quais conseguimos perceber parte do que é mais denso. Essa Substância ou Matéria Base é chamada pelos sábios antigos de Éter do Espaço, e é designada pela Química Oculta como Koilon, palavra grega que significa vazio. Ao denominá-la de Éter do Espaço, deve-se evitar confundi-Ia com a matéria etérica que constitui uma das sete subdivisões da matéria física, e muito menos ainda, não deve ser confundida com um produto químico denominado éter. Na Substância-Raiz, Pré-Cósmica, em sânscrito Mûlaprakriti, encontram-se, em estado latente, os padrões numéricos de todos os fenômenos físicos, psíquicos e mentais. Identificada com o próprio Espaço é, com ele, aúnica coisa eterna e imutável. Sobre ela nenhuma influência pode exercer a existência ou não existência de um Universo objetivo. Só pode ser percebida por meio de uma faculdade extremamente desenvolvida de clarividência, não obstante tal substância ter uma densidade maior do que tudo quanto se possa imaginar. Esse elemento da matéria que preenche e penetra todo espaço, como "espírito da matéria”, em sânscrito é denominado Âkâza ou Âkasha. O professor Osborn Reynolds, autor de uma teoria que se aproxima das relacionadas com as investigações ocultas, diz que a densidade da Substância Primordial é em torno de dez mil vezes maior do que a da água (d = 1 g/ml a 4 graus Celsius) e sua pressão mais baixa é de 750.000 toneladas por polegada quadrada. Na Ideação Pré-Cósmica, analogamente à existência desse substrato de Matéria nos seus diversos graus de diferenciação, podemos também aceitar como raiz de toda a consciência individual, um Princípio Eterno, ilimitado e imutável, que se manifestará particularmente através de veículos de Matéria. A Substância Pré-Cósmica ou Primordial e a Ideação Pré-Cósmica não devem ser consideradas como realidades independentes, mas como duas facetas ou aspectos da Realidade Única, do Absoluto (Parabrahman, ou que precede a Brahman), constituindo ambas a base do mundo ou do ser condicionado. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 15 / 26 O contraste destes dois aspectos latentes do Absoluto é essencial à existência do Universo Manifestado. Considerados separadamente, não passariam de meras abstrações, e impossível seria a aparição de qualquer consciência. Na Primeira Manifestação, aceitando como axiomas fundamentais da Ciência Oculta esse substrato da Matéria e do Espírito, enchendo o Espaço abstrato, absoluto ou incondicionado, pode-se admitir que, em dado momento, em obediência a uma lei cíclica, uma secção do espaço infinito, secção essa igual às dimensões do nosso Universo, sofreu a ação de uma força, que mudou o estado de aparente imutabilidade da Substância Primordial ou Pré-Cósmica. O efeito produzido pela vibração dessa força, lançada através do infinito, assemelha-se ao causado por um Sopro poderoso que, projetando-se na superfície do Éter do Espaço, forma um número incalculável de bolhas esféricas, hiperfísicas, origem dos átomos últimos ou ultérrimos da Química Oculta, com que se irá construir o mundo das manifestações ou dos fenômenos pelos quais se revela a essência, como o noumeno dos antigos gregos. As citadas bolhas aparecem vazias, como buracos abertos no Éter, sendo impossível, mesmo à visão mais desenvolvida, perceber se nelas há ou não qualquer movimento, se giram ou não em torno de seu eixo. Ao que parece, não têm movimento próprio, podendo, no entanto, agir-se sobre elas, separadamente ou em massas, pelo exercício da Vontade. Em circunstância alguma essas bolhas se tocam, segundo se concebe a Química Oculta. Essa Força Primordial que, agitando o substrato da Matéria, a "Essência Plástica, raiz sem causa de todas as cousas", dando origem a essa primeira diferenciação, é conhecida pelo nome de FOHAT que, segundo diz HPB, é capaz de "abrir buracos no Espaço", "buracos abertos no Éter". FOHAT "endurece os átomos", nos dizeres das Estâncias de Dzyan (citadas na "Doutrina Secreta" - HPB). Infundindo a energia, de que é portador na Substância Primordial ou Pré-Cósmica, FOHAT cria os átomos últimos ou ultérrimos e, reunindo-os em átomos elementares, os agrupa e combina, formando todas as diferenciações da Matéria e todos os sóis ou centros de energia, que concorrem para a Evolução Cósmica. Intimamente ligado à Vida Una, ao Sol Oculto, FOHAT é a personificação do poder elétrico vital, a unidade transcendente que une todas as energias cósmicas, tanto nos planos invisíveis como nos planos visíveis. Assemelha-se a uma força viva criada pela Vontade. Os Ocultistas consideram FOHAT como uma Entidade, pois as forças sobre as quais ele age e exerce sua influência atinge todos os planos. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 16 / 26 Na formação das coisas, desde o Sistema Planetário ao mais insignificante dos insetos, FOHAT é a força que obedece ao plano estabelecido pelo Pensamento ou Projeto Divino, tornando-se o pensamento objetivo da Divindade, o "Verbo feito Carne", o mensageiro da Ideação Cósmica e humana, a força ativa da Vida Universal. Dessa força pode-se fazer uma pálida ideia, denominando-a Eletricidade Cósmica, desde que lhe juntemos outros atributos, além dos comumente dados à eletricidade, a começar pela inteligência. São reflexos de FOHAT no plano físico: a eletricidade, o magnetismo, a luz, o calor, o som, a afinidade química, o movimento, a coesão etc., além das emanações de causas conscientes, sob a direção inteligente dessa força. O Supremo Arquiteto lança mão do atributo fohático e da Substância Primordial ou Pré-Cósmica, para gerar as bolhas que dão origem aos átomos últimos e, por meio dos Sete Primeiros Impulsos, cria os planos. Segundo as tradições e a Química Oculta, os antigos sábios indianos construíram uma tabela com exponenciais que dão uma noção de quantas bolhas extraídas da Substância Primordial, pela ação de FOHAT, seriam necessárias para constituir o átomo de cada um dos planos da matéria. No plano mais denso da matéria (Sthûla), haveria alguns bilhões de bolhas para formar o átomo, tal como é conhecido na ciência acadêmica. Num plano mais sutil da Matéria, átmico ou de Âtmâ, o átomo hiperfísico, nessa dimensão, é constituído por 2401 bolhas. O trabalho das forças emanadas do Logos ou Supremo Arquiteto para diferenciar a Matéria do seu Sistema é assim descrito pelos hindus: cada plano tem aquilo a que eles chamam de "tanmâtra" (literalmente: uma medida de "Aquilo") e um tatwa (tattwa, tattva, a condição de "Aquilo", ou "Aquele”). O Tanmâtra é a modificação da consciência do Logos; o tatwa é o efeito produzido na Matéria por essa modificação. A consciência do Logos acha- se em cada átomo e exprime-se em certos limites que nós chamamos de planos ou mundos. Este processo de diferenciação da Matéria, por etapas sucessivas, tem sido comparado muitas vezes aos movimentos de inspiração e expiração da Divindade, a tudo sustentando com o Hálito Divino. A existência da Matéria depende absolutamente da continuidade de uma ideia na mente do Logos ou do Supremo Arquiteto. Se, por exemplo, o Supremo Arquiteto quisesse retirar sua força do plano físico e resolvesse deixar de pensar no mundo que habitamos, cada átomo físico se desintegraria sem deixar vestígios, o que nos remete à seguinte frase: "Se Deus parar de pensar o Universo deixa de existir". CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 17 / 26 Na descrição que tecemos para a concepção do Sistema Solar, onde o mundo físico que percebemos se desenvolverá também, chegamos ao momento em que, na enorme esfera turbilhonante, encontram-se sete tipos de matéria atômica, todas elas constituindo essencialmente um único e grande corpo que é, visto todos serem compostos da mesma espécie de bolhas. Eles diferem entre si apenas no grau de densidade. Todos esses tipos, em dimensões diferentes, se interpenetram livremente de forma que, em qualquer porção do espaço, encontram-se espécies de cada tipo, notando-se apenas a natural tendência dos átomos mais pesados gravitarem cada vez mais para o centro. Uma vez chegado à fase mais densa da construçãodo Sistema, o Logos envia seu sétimo impulso que, em lugar de dissociar os átomos em bolhas primitivas, como fizeram os seis impulsos anteriores, agrega-os em certos grupos, constituindo, assim, as diferentes espécies de proto-elementos que, reunidos por sua vez, irão originar as diferentes formas conhecidas pela Ciência Oficial, com o nome de elementos químicos, organizados na tabela periódica, concebida pelo químico russo Mendeleev, no século XIX . o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 18 / 26 A MANIFESTAÇÃO DOS MUNDOS 1o LOGOS, 2o LOGOS e 3o LOGOS Segundo a linguagem esotérica, quando por vontade própria o Eterno quer manifestar- se, quando Ele sai da Eternidade (Mahâ-pralaya) onde repousa, mergulhado num sono sem sonhos, se assim podemos dizer, para entrar no tempo, para criar um novo Sistema, encontra-se à sua disposição uma massa infinita, em forma de bolhas minúsculas tiradas da Substância Primordial por ação de Fohat. Começa, então, em linguagem iniciática, a circunscrever-se a porção de espaço necessário ao seu campo de ação. A essa expansão denominamos Manifestação do Logos ou do Eterno, que dispõe assim de uma vasta região, cuja periferia irá muito além da órbita do planeta mais exterior dos futuros mundos. No interior da Matéria assim delimitada, o Logos dá origem a um movimento que varre todas as bolhas e as reúne em uma vasta massa central, condensando e comprimindo, numa área mais reduzida, a Matéria antes espalhada nesse prodigioso espaço. A certa altura desse trabalho de condensação ou compressão, o Logos gera no interior de tal massa um movimento turbilhonante acompanhado de uma atividade elétrica muito intensa, criando assim um grande vórtice de várias dimensões, que dará origem à futura nebulosa. A compressão dessa massa turbilhonante prossegue através de idades sem conta e, na realidade, ainda hoje se está manifestando, visto que nosso sistema solar, como revelação física desse fenômeno, não está completamente formado. Antes de seguirmos adiante, vamos tentar simplificar o que foi dito anteriormente. Com muita propriedade, as tradições orientais denominam o Eterno, antes da sua manifestação, de NÃO SER, por estar num estado passivo ou inativo; mas, ao passar para o estado ativo, transforma-se no SER. Do NÃO SER passa a fluir algo indiferenciado que se polariza em Espírito e Matéria, ou Purusha e Prakriti, na linguagem sânscrita. Grosseiramente falando, o Espírito Universal é o primeiro invólucro de Matéria sutilíssima, imperceptível aos sentidos humanos, que se condensa em torno da Essência da Divindade nos seus primeiros momentos de manifestação, passando da condição do NÃO-SER, do Absoluto Indiferenciado, para a condição do SER, em seu primeiro aspecto também denominado Primeiro Logos (Brahmâ; Osíris; "Pai” etc.). CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 19 / 26 Analogamente, no Microcosmo que é a criatura humana, parte daquela Essência está envolvida pelo mais sutil substrato da Matéria, como seu invólucro luminoso, também denominado Espírito, onde ela é a Centelha Divina. O NÃO SER de ilimitado passa a ser limitado, isto é, o Sem Atributos passa a ter Atributos, de Inação passa para a Ação; começa a agir, pois já constitui uma polaridade, fazendo uma oposição a si mesmo, como se mirasse num espelho, onde está seu reflexo. Utilizando a linguagem simbólica podemos representar a Cosmogênese por intermédio das seguintes gravuras: O círculo é o símbolo da primeira manifestação do NÃO SER. É quando, por Vontade própria, o Absoluto, o Aquele, o Aquilo, o Imanifestado, o Parabrahman se abre para formar o SER, o Uno Trino, das três fases seguintes. O círculo com um ponto no centro pode ser considerado o ovo do mundo. É a fase da ideação. Podemos também denominá-la Primeiro Trono ou Primeiro Logos; e tem o simbolismo cromático da cor amarela. É Brahmâ na trindade hindu, o Deus como Pai, dos cristãos. O círculo dividido ao meio, representando uma polaridade, simboliza a manifestação da fase da plasmação. Vamos denominá- la Segundo Trono ou Segundo Logos; é Deus como a Mãe nas muitas trindades sagradas, expressa pela cor azul. Na trindade hindu, é Vishnu. O círculo circunscrevendo uma cruz, ou dividido em quatro espaços, ou quadrantes, representa a polaridade em atividade, gerando e criando. É a fase da realização. Podemos denominá-la Terceiro Trono ou Terceiro Logos; é Deus como Filho, expresso pela cor vermelha. É Shiva na Trindade hindu. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 20 / 26 OS PLANOS CÓSMICOS - II Da manifestação do Logos ou do Eterno surgem os Sete Seres Primordiais ou Autogerados, Sóis ou Planetas Sagrados. Expressões como Sistemas Solares ou Planetários, em linguagem esotérica, referem-se aos Autogerados e não aos dos corpos celestes da astronomia acadêmica. Durante a união ou processo de compressão das bolhas constituintes da Matéria primordial ou Substância Primordial, o Logos envia, por intermédio de seu terceiro aspecto, o aspecto da atividade ou 3oLogos, os sete impulsos ou "sopros", que segundo a Sabedoria Iniciática, têm funções específicas. O primeiro impulso cria, em toda região de forma esférica, um grande número de minúsculos turbilhões, cada um dos quais atrai para si quarenta e nove bolhas, dispondo- as de forma organizada. Estes pequenos grupos de bolhas assim formados são os átomos do segundo plano, o plano Anupâdaka ou monádico. Nem todas as bolhas sofreram essa transformação. As que continuaram dissociadas servem de átomos para o primeiro plano. Esses átomos não têm o mesmo significado dos elementos químicos da ciência acadêmica. A seu tempo, um segundo impulso se produz, apossando-se de quase todos os átomos do segundo plano; desintegra-os, fazendo-os voltar ao estado de bolhas, para novamente nelas criar turbilhões, cada um dos quais atraindo para si bolhas, que vão constituir os átomos do terceiro plano de matéria. Dá-se, em seguida, o terceiro impulso que, do mesmo modo, apossa-se de quase todos os átomos constituintes do terceiro plano, deixando como nos outros casos, um número suficiente para formar esse plano. Absorvidos por esse terceiro impulso, ele os desintegra para rejeitá-Ios como átomos do quarto plano. Esse processo se repete até que o sexto impulso tenha formado os átomos ultérrimos do sétimo plano, o plano físico, cuja parte mais densa deu origem aos elementos químicos ou átomos tais como são reconhecidos na Química oficial. UM POUCO MAIS DE COSMOGÊNESE O nosso Universo físico não surgiu de uma só vez. A criação dele obedeceu a várias etapas, períodos ou ciclos. A Bíblia diz, alegoricamente, que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 21 / 26 Tudo é cíclico no Universo e a sucessão dos nascimentos, ascensões, declínios e mortes, formam os períodos cíclicos da Evolução Universal. Segundo a tradição, nosso mundo material está na quarta fase ou ciclo de Evolução. Vivemos na quarta idade de Brahmâ, ou Quarto Sistema, e faltam três etapas para que se complete a Evolução Cósmica. Sem nos aprofundarmos agora no assunto, podemos adiantar que nosso quarto Sistema compõe-se de sete Cadeias, cada Cadeia desenvolve-seem sete Rondas ou Etapas. Na primeira Cadeia, teve origem o que hoje denominamos de Reino mineral; na segunda, o vegetal; na terceira, o animal; e, na atual quarta Cadeia, o Reino Hominal. A evolução paralela dos Reinos mineral, vegetal, animal e hominal, expressa o desenvolvimento da Natureza, guardadas as devidas proporções e o fator tempo. A etapa atual ou quarta Cadeia de evolução é a mais densa em relação às três etapas anteriores desse Sistema. A mitologia grega fala dos Kabiris ou Kabires e a tradição hindu dos Kumaras, atribuindo-se a esses Seres a criação dos reinos da Natureza, cada um também correlacionado com as experiências de antigos Sistemas. Kabires ou Kumaras são Consciências Cósmicas em funções geradoras no Universo segundo as características da Matéria de que são constituídos. Eles elaboraram da própria Matéria o Universo em seu plano mais denso ou físico. Cada povo, de acordo com sua tradição, correlaciona nomes aos desses Seres que, na sua essência, são únicos. Assim encontramos os nomes de: Maharajas, Kabires, Planetários, Kumaras, em diferentes funções. A Terra é um corpo físico, animado por uma dessas Consciências Cósmicas, da mesma maneira que em nós, seres humanos, algo superior e interior anima o nosso corpo físico. Em nós existe a alma (mental inferior e astral ou emocional) que anima o corpo (vital e físico), mas temos o Espírito (âtman, buddhi e mental superior) que governa aqueles. O mesmo sucede no Universo. Não podemos ver a Consciência Cósmica que atua no Universo, da mesma maneira que não vemos a alma humana, nem tampouco o espírito, porque são feitos de matéria não perceptível aos nossos limitados órgãos dos sentidos. Assim, os corpos celestes e tudo mais que existe configurando o Universo, como sabemos, são o aspecto polar de Deus, que é a Unidade. A Unidade é homogênea e a multiplicidade ou Universo é heterogênea, isto é, apresenta-se sob múltiplos aspectos ou formas. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 22 / 26 Os orientais costumam dizer que tudo quanto existe no Universo representa várias facetas com que Brahmâ se manifesta. Os Kabires, Kumaras, Elohins, Logos, Dhyân-Chohâns, Maharajas, etc. são projeções da Consciência Divina e se subdividem em sete, assim como são sete os veículos do homem; os sete dias da semana; as sete notas musicais; as sete cores do arco-íris; as sete camadas ou níveis que envolvem o núcleo do átomo etc. Todas são representações simbólicas, em várias tradições, do modelo setenário no Sistema Planetário da Evolução, um Sistema Solar que não tem o mesmo significado na astronomia acadêmica, restrita apenas aos corpos siderais, seus elementos e forças físicas. Os Kabires são, portanto, os construtores do Universo e este, segundo as tradições, obedece a traçados, ou projeções geométricas. Cada Kabire, agindo segundo sua natureza, plano ou estado de consciência, criou um aspecto ou mundo no Sistema. Dos ensinamentos pitagóricos tem-se que Deus geometriza, e as tradições hindus dizem que Shiva ocupou 104 milhões de posições, cada uma delas correspondendo a uma faceta do Universo, portanto, diagramas cósmicos, formas geométricas. As estranhas posturas da Hatha yoga, tão pouco interpretadas, são imitações das posições ocupadas por Shiva, na dança criativa do Universo. Realizando essas posições, o discípulo ou yoguin procurava identificar-se com o processo da criação cósmica e assim alcançar sua deidade favorita, escolhida como meta final da sua iniciação. As tradições e mitologias ocultam, em seu simbolismo, o Conhecimento Iniciático que, dessa forma, vê preservada a sua pureza, ao mesmo tempo em que é transmitido de geração em geração através das idades. Elas não estão presas à investigação científica, mas o estudo apurado de seus símbolos dá-nos a chave para entendermos como o Criador arma a sua criação. Assim é que encontramos tradições que mostram a Terra apoiada em quatro animais ou em três, quando esses três se apoiam em um quarto. Fazendo referência aos quatro pontos cardeais, dizemos: os quatro cantos da Terra são representações simbólicas do compasso quaternário que dirigiu a criação do nosso globo ou planeta. A história mostra-nos a figura de grandes Seres, imperadores e deuses, trazendo na palma da mão uma esfera encimada por uma cruz vertical. A cruz vertical é o símbolo da sua hierarquia e apresenta o Senhor ou Rei do Mundo. Conta a mitologia que Atlas, o quarto Rei (atlante), carregava o mundo nas costas. Atlas representava o quarto Ser Primordial, o quarto Construtor Universal. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 23 / 26 Em linguagem esotérica, é comum usar as palavras "planos ou mundos” como sinônimos para designar a constituição do Universo. A palavra "mundo”, na sua origem latina, tem o sentido de "limpo” e "organizado”, ao contrário do que é "imundo”. Os quatro planos ou mundos, em graus decrescentes de poder vibratório, embora interpenetrados, didaticamente são apresentados isoladamente da seguinte forma: 1 – O mundo da matéria mental; 2 – O mundo da matéria emocional; 3 – O mundo da matéria vital; 4 – O mundo da matéria física, tal como o conhecemos. Embora vivamos em meio a esses quatro mundos, só percebemos e nos identificamos com o da matéria física, mais densa, que é a que sensibiliza os nossos órgãos dos sentidos, através dos quais reconhecemos os reinos da Matéria também mais densa: mineral, vegetal, animal e hominal. Por meio da prática iniciática o discípulo pode aperceber-se das outras condições da vida e da Matéria em outros estados, os quais já despertaram a atenção dos homens de ciência de maior sensibilidade e são objetos de investigações dos planos hiperfísicos. Os Kabires, cada um dentro da sua função específica ou estado de consciência que lhe é próprio, como já dissemos, projetaram condições que transformaram a Matéria. Sendo Eles os mantenedores do Universo, cada um governa o reino que lhe é próprio. Eles deram ao Universo as quatro condições a que os antigos alquimistas se referiam, os quatro elementos hiperfísicos simbolizados pela "terra, água, fogo e ar”. Esses elementos estão relacionados aos quatro tatwas, forças sutis e inteligentes, elementos que serão trabalhados em uma determinada prática (ioga dos cinco elementos), conhecidos pelos nomes de: prithivî, âpas, tejas e vâyu, conforme a filosofia Sânkhya. No ser humano, esses princípios alquímicos estão biologicamente representados da seguinte forma: sólido (ossos), líquido (humores biológicos), gasoso (o ar que alimenta as células com energia vital e produz a hematose) e temperatura corporal (o calor que mantém o corpo entre 36° e 37° C, indício seguro da existência de algo correlacionado ao fogo). CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 24 / 26 O calor, a que se referem os alquimistas e orientais na teoria dos tatwas, não é aquele que conhecemos como produto de uma combustão (queima), mas uma condição cósmica ligada aos Kabires. Assim os Kabires, gerando cada qual um aspecto do Universo, criaram o compasso quaternário dentro do qual a Terra evolui, e os outros aspectos superiores se assentam ou firmam. O movimento de translação da Terra provoca as mudanças climáticas conhecidas como quatro estações, um dos aspectos do compasso quaternário. Na criatura humana, expressam-se primordialmente, os quatro temperamentos e o ciclo respiratórioem 4 fases (inspiração, pausa pós-inspiratória, expiração, pausa pós-expiratória). O diagrama seguinte nos dá um resumo das informações cosmogônicas aqui apresentadas: O Criador no Mundo das Causas faz a ideação e se projeta no Mundo das Leis formando as sete potestades, construtoras, encarregadas de executar as suas diretrizes, esquematizando o Universo. No Mundo dos Efeitos é objetivada e firmada a ideação do Criador na máxima densificação alcançada na Matéria. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 25 / 26 Para melhor entendermos, temos: O primeiro Kabire, projetando-se, cria o mundo da matéria mental ou mundo de manas, onde dominam os arquétipos e geram-se os pensamentos. Arquétipos, etimologicamente falando, são formas de governar ou reger; no caso, constituem o plano diretor do Universo para que suas criaturas sigam padrões organizados que preservem a harmonia do TODO. O segundo Kabire manifesta-se, na sequência, criando o mundo de matéria astral, emocional ou mundo de kâma, matéria mais densa que a anterior, onde se processam os desejos, as emoções, os sentimentos. O terceiro Kabire, projetando-se, no seu tempo, cria o mundo de matéria etérica vital, matéria mais densa que a anterior. O quarto Kabire manifestou-se para criar o mundo físico ou mundo de sthûla, o de maior densidade da Matéria. Para cada um desses quatro mundos ou planos, a criatura humana tem um veículo apropriado para manifestar-se: - No plano da mente, o veículo mental concreto; - No plano das emoções, o veículo emocional; - No plano da vitalidade, o veículo vital, duplo etérico ou físico etérico; - No plano do físico, o veículo físico, físico denso, biológico, bioquímico, ou corpo humano como na linguagem usual. Esses quatro mundos formados pelos Kabires interpenetram-se, assim como interpenetram-se os quatro veículos inferiores da natureza humana (mental concreto, emocional, vital e físico). Encontram-se nas antigas mitologias, representações de Seres sustentando a Terra, como Hércules carregando-a nas costas. A correspondência que segue simboliza os quatro Kabires responsáveis pela criação dos quatro planos da natureza do nosso Sistema de Evolução, o Quarto de Sete Sistemas dos quais três já foram realizados. A Esfinge, na sua forma, representa os quatro Kabires, com: - Asas de águia - Cabeça de leão - Corpo de touro - Rosto humano. CURSO DE EUBIOSE Módulo 3: Cosmogênese O Universo; aspectos pré e pós manifestação 26 / 26 o – O – o ©Sociedade Brasileira de Eubiose®
Compartilhar