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Jürgen Habermas: Filósofo e Pensador Alemão

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Habermas
É o filósofo vivo mais influente do mundo;
Vive hoje em Heidei desde 1971, juntamente com sua esposa a historiadora Ute Wesselhoeft, quando Habermas passou a dirigir instituto Max Planck de Ciências Sociais;
Foi discípulo e assistente de Theodor Adorno; 
Membro insigne da 2º geração da Escola de Frankfurt;
Autor de Obras referente ao seus pensamentos, a sociologia e a ciência política do séc.XX;
Teve um passado Nazista juntamente ao seu país, por onde foi membro por obrigatoriedade das Juventudes Hetlerianas, como tantos outros compatriotas seus;
Em uma entrevista ao ElPaís, foi feito o seguinte questionamento:
Professor Habermas, fala-se muito na decadência da figura do intelectual comprometido. Considera justo esse julgamento? Não é frequentemente um mero tema de conversa entre os próprios intelectuais?
Resposta: Para a figura do intelectual, tal como a conhecemos no paradigma francês, de Zola até Sartre e Bourdieu, foi determinante uma esfera pública cujas frágeis estruturas estão experimentando agora um processo acelerado de deterioração. A pergunta nostálgica de por que já não há mais intelectuais está mal formulada. Eles não podem existir se já não há mais leitores aos quais continuar alcançando com seus argumentos.
Por que não existe hoje em dia, tantos filósofos e não estudamos sobre eles, como fazemos com os da antiguidade?
É possível pensar que a Internet acabou por diluir essa esfera pública que antes talvez fosse garantida pela grande mídia tradicional e que isso afetou a repercussão dos filósofos e dos pensadores?
Hoje os novos meios de comunicação praticam uma modalidade muito mais insidiosa de mercantilização. Nela, o objetivo não é diretamente a atenção dos consumidores, mas a exploração econômica do perfil privado dos usuários. Roubam-se os dados dos clientes sem seu conhecimento para poder manipulá-los melhor, às vezes até com fins políticos perversos
“O que me irrita é o fato de que se trata da primeira revolução da mídia na história da humanidade que serve antes de tudo a fins econômicos, e não culturais”- A internet é um bem para aquele que sabe usa-la de forma civilizada.
Qual o futuro da filosofia?
“a filosofia deveria continuar tentando responder às perguntas de Kant: o que é possível saber?, o que devo fazer?, o que me cabe esperar? e o que é o ser humano? No entanto, não tenho certeza de que a filosofia, como a conhecemos, tenha futuro. Atualmente segue, como todas as disciplinas, a corrente no sentido de uma especialização cada vez maior. E isso é um beco sem saída, porque a filosofia deveria tentar explicar o todo, contribuir para a explicação racional de nossa forma de entender a nós mesmos e ao mundo.”
Homem de esquerda:
Estou há 65 anos trabalhando e lutando na universidade e na esfera pública em favor de postulados de esquerda. Se há 25 anos advogo pelo aprofundamento político da União Europeia, faço isso com a ideia de que apenas esse regime continental poderia domar um capitalismo que se tornou selvagem. Jamais deixei de criticar o capitalismo, nem tampouco de ter consciência de que não bastam diagnósticos vagos. Não sou desses intelectuais que atiram a esmo
Kant + Hegel + Iluminismo + marxismo desencantado + Dialética Negativa de Adormo = Habermas
“O patriotismo constitucional exige um relato apropriado para que tenhamos sempre presente que a Constituição é a conquista de uma história nacional. ”
Se considera um “sou um patriota alemão, além de um produto da cultura alemã”
novo livro sobre a religião e sua força simbólica e semântica como remédio para certas lacunas da modernidade. Espero que a genealogia de um pensamento pós-metafísico desenvolvido a partir de um discurso milenar sobre a fé e o conhecimento possa contribuir para que uma filosofia progressivamente degradada como ciência não esqueça sua função esclarecedora
Jürgen Habermas fala com muita dificuldade, pois nasceu com fissura labiopalatina. Uma pequena tragédia pessoal para alguém cuja missão filosófica primordial sempre foi valorizar a linguagem e a dimensão social e comunicativa do homem como remédio de tantos males (tudo isso compilado em sua célebre Teoria da ação comunicativa). O velho professor se mostra realista e resignado quando, olhando pela janela, sussurra: “Já não gosto dos grandes auditórios nem dos grandes salões. Não entendo bem as coisas. Há uma cacofonia que me desespera”.
Jürgen Habermas (1929) nasceu em Düsseldorf, Alemanha, no dia 18 de junho de 1929;
Em sua vida de estudante passou por três universidades de Göttingene e Bonn na Alemanha e Zurique na Suiça, onde empreendeu estudos nas áreas de Filosofia, História, Economia, Psicologia e Literatura Alemã;
Em 1954, suas preocupações com as questões políticas aparecem em sua tese de doutorado, intitulada “Estudante e Política”, quando realizou uma pesquisa empírica sobre a participação estudantil na política alemã;
Ainda na década de 60 defende os violentos protestos estudantis ocorridos na Alemanha. É a favor da participação política por meio da desobediência civil, mas se distancia de grupos radicais e do líder estudantil e o acusa de fascista de esquerda em seu texto “A Pseudo Revolução e Seus Filhos”. Com essa atitude, é hostilizado por boa parte da esquerda alemã.
Em 1981 publicou “Teoria da Ação Comunicativa”, onde trata dos fundamentos da teoria social, da análise da democracia, do Estado de direito e da política contemporânea, especialmente da Alemanha. É uma tentativa de restabelecer a relação entre o Socialismo e a Democracia.
Essa publicação considerada sua obra mais importante tem uma grande relevância dentro do contexto de qualquer regime que se pretende democrático, quando sugere um modelo de ação comunicativa, a Democracia Deliberativa, na qual a sociedade é que deve criar suas próprias regras através de um consenso de forma não coercitiva.
Escola de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade"
Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao tecnicismo e ao cientificismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao conhecimento objetivo e prático.
 À época, uma nova corrente influenciada pelo marxismo, que se dedicava a reflexões e críticas sobre a razão, a ciência e o avanço do capitalismo.
“Não é a relação de um sujeito solitário com algo no mundo objetivo que pode ser representada e manipulada, mas a relação intersubjetiva, que sujeitos que falam e atuam assumem quando buscam o entendimento entre si, sobre algo. Ao fazerem isso, os atores comunicativos movem-se por meio de uma linguagem natural, valendo-se de interpretações culturalmente transmitidas, e referem-se a algo simultaneamente em um mundo objetivo, em seu mundo social comum e em seu próprio mundo subjetivo. ”
criticaram a razão oriunda do Iluminismo, a qual, na época utilizada como meio de libertação, converteu-se em instrumento de dominação, uma vez que o mundo passou a ser administrado em nome da técnica: é o que chamavam razão instrumental, dirigida a fins.
A linguagem é uma verdadeira forma de ação: o simples fato de falar implica, além de uma exigência de compreensão mútua, um ideal de exatidão e veracidade e uma sinceridade. A interação com a linguagem, assim, sustenta que os indivíduos partilhem um mundo objetivo, um mundo social e um mundo subjetivo – essa é a base de sua teoria da ação comunicativa.
No diálogo – quando ninguém é “trapaceiro, nem um psicótico, nem um bêbado” –, cada ser se investe numa troca em que só contam os valores de razão, como reconhecimento, respeito e sinceridade.
como diz Habermas, a ação comunicativa ocorre “sempre que as ações dos agentes envolvidos são coordenadas, não através de cálculos egocêntricos de sucesso, mas através de atos de alcançaro entendimento. Na ação comunicativa, os participantes não estão orientados primeiramente para o sucesso individual, eles buscam seus objetivos individuais respeitando a condição de que podem harmonizar seus planos de ação sobre as bases de uma definição comum de situação. Assim, a negociação da definição de situação é um elemento essencial do complemento interpretativo requerido pela ação comunicativa”.
Doutorou-se em 1954, em Bonn, com a tese intitulada “O absoluto na História: um estudo sobre a Filosofia das Idades do Mundo”.

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