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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO "LATU SENSU" 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
 
 
 
MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS 
GERADOS PELA IMPLANTAÇÃO DA USINA 
TERMELÉTRICA DE QUEIMADOS 
 
 
 
Por: Elizete Ventura de Souto 
 
 
Orientador 
Professora: Maria Esther de Araujo 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2012 
 
 
 
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO "LATU SENSU" 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
 
 
 
MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS 
GERADOS PELA IMPLANTAÇÃO DA USINA 
TERMELÉTRICA DE QUEIMADOS 
 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como 
requisito parcial para obtenção do grau de especialização em 
Gestão Ambiental. 
Por: Elizete Ventura de Souto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus e aos meus amigos de grupo Ethiane Marcelino, Rebeca Bianchi e 
Sérgio Braga que sempre estiveram ao meu lado nas pesquisas e trabalhos. 
 
 
 
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DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente a DEUS sem ele sou nada. A Lú, Sérgio e meus filhos que me 
deram forças para até aqui chegar. Dedico. 
 
 
5 
RESUMO 
No ano de 2001, o setor elétrico brasileiro vivenciou a escassez de 
energia elétrica, tornando-se necessária à prática de racionamento, que 
 afetou a vida de milhões de brasileiros e ainda teve conseqüências negativas 
no ritmo da produção econômica. 
O período de racionamento trouxeram dificuldades, o que se fez pensar na 
importância do planejamento da expansão do setor elétrico brasileiro. 
 Especificamente no que tange as questões ambientais, vale ressaltar que nos 
últimos anos esforços vêm sendo realizados no sentido de incorporar essas 
questões no planejamento da expansão do setor elétrico brasileiro. Entretanto, 
no caso das usinas termelétricas, há uma carência de instrumentos 
para a realização de planejamento ambiental. 
Esta monografia tem como objetivos principais apresentar os impactos 
ambientais negativos associadas à implantação da usina termoelétricas de 
Queimados, destacar a necessidade de medidas mitigadoras no 
planejamento desta implantação e apresentar diretrizes para elaboração de 
instrumentos e procedimentos para a realização de implementação 
de programas, tendo em vista que os impactos negativos, serão inevitáveis. 
E ainda fomentar e divulgar os benefícios de melhorias ambientais e 
econômicas para a empresa e sociedade, 
concientizando o cidadão de que atitudes individuais, somadas a outras, 
podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade e 
beneficiar, direta e indiretamente o ecossistema. 
Desse modo o capítulo I, apresenta o empreendimento com sua área de 
influência no meio físico, biótico e socioeconômico. O capítulo II, descreve o 
empreendimento com suas características gerais, seus objetivos e suas 
justificativas técnicas, socioambientais e ambientais, bem como a localização, 
as vias de acesso existentes e projetadas e ainda a limpeza e preparação do 
terreno.Já o capítulo III, identifica e avalia todos os impactos ambientais 
negativos gerados pela implantação do empreendimento e finalmente o capítulo 
IV, trás as medidas mitigadoras para cada um dos impacto negativo gerados 
pela implantação do empreendimento bem como a implementação de 
programas e planos para tais mitigações. 
 
6 
 
METODOLOGIA 
 
 
 
Esta monografia foi construída a partir do levantamento e análise da literatura 
 referente ao assunto, tendo sido consultados artigos, livros, dissertações, 
 teses e sites da internet. Assim como, do levantamento, comparação e 
 análise dos impactos ambientais negativos gerados na implantação 
de termoelétricas e suas medidas mitigadoras, visando o licenciamento 
 ambiental. E conjuntamente foi utilizada a metodologia do estudo de caso, 
 sendo escolhida para estudo, A Usina Termoelétrica localizada no município 
de Queimados, em função da facilidade para obtenção de informações, 
 por ter sido acompanhado o processo de licenciamento ambiental desta 
 unidade através de seu EIA/RIMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 08 
 
Capítulo I – Apresentando o Empreendimento 10 
 
Capítulo II - Descrevendo o empreendimento 14 
 
Capítulo III - Impactos Ambientais Negativos Gerados Pela 
 Implantação da UTE Queimados 27 
 
Capítulo IV - Medidas Mitigadoras Para os Impactos Ambientais 
 Negativos Gerados Pela Implantação da UTE Queimados 38 
 
CONCLUSÃO 54 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55 
 
ÍNDICE 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
INTRODUÇÃO 
"Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder 
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações" (Art.255 da Constituição Federal do Brasil, 1988). 
 
Com base neste preceito da legislação ambiental federal, obtive a motivação 
para a identificação e análise dos impactos ambientais negativos gerados na 
implantação da Usina Termoelétrica de Queimados, visando propor as medidas 
mitigadoras para tais impactos. 
A preservação ambiental abrange todas as medidas destinadas a proteger o 
meio ambiente natural das influências nocivas e a melhorar a qualidade dos 
ecossistemas poluídos. Estas medidas vão desde o comportamento individual 
ecologicamente consciente até os acordos internacionais paras manter a 
água, o solo e o ar limpos. E um dos objetivos mais importantes da 
preservação ambiental é prevenir os impactos negativos. Por outro lado, 
devem ser levadas em conta as necessidades básicas dos indivíduos e da 
sociedade em geral, assim como os interesses das gerações futuras. Cada vez 
mais, a manutenção da base da vida humana é considerada à luz dos 
princípios de sustentabilidade, tanto a nível local como mundial. 
Nas últimas décadas temos percebido que estamos extrapolando os limites da 
natureza, pois desde o início da era industrial, a exploração do meio natural por 
parte da humanidade tomou um rumo que tem causado impactos negativos 
sobre o ambiente. Os recursos naturais estão se esgotando e os detritos 
aumentam a um ritmo maior do que o solo, o ar, os rios e oceanos conseguem 
suportar. Assim passamos a buscar o conceito de desenvolvimentosustentável, e uma das principais questões que teremos que resolver para que 
seja adotado o modelo de desenvolvimento sustentável é a preservação da 
base ambiental, e quando observamos que isso não é possível, ao menos 
temos que tentar amenizar os danos causados ao meio ambiente com medidas 
mitigadoras para tais danos. 
Todo o mundo, inclusive o Brasil, vem enfrentando uma crise energética e 
fontes alternativas vem sendo estudadas e testadas a fim de superar a 
9 
demanda projetada para o atual milênio. Assim o Gás Natural vem sendo 
utilizado em vários países industrializados e no Brasil prevê-se uma expansão 
de seu consumo, e em especial para a geração de energia a partir de sua 
utilização em termoelétricas. 
Com o esgotamento dos melhores potenciais hidráulicos do país próximos dos 
consumidores e a construção do gasoduto Bolívia–Brasil, as usinas 
termoelétricas a gás natural tornaram-se uma alternativa importante para a 
necessária expansão da capacidade de geração de energia elétrica. 
As mudanças da matriz energética brasileira - de hidráulica para térmica - 
alteram os investimentos em pesquisas e desenvolvimento, assim como os 
impactos ambientais decorrentes da produção de energia elétrica e do 
consumo de combustíveis. 
Neste contexto atual, da busca de novas alternativas para gerar energia e a 
crescente inserção do gás natural na matriz energética brasileira, este trabalho 
busca identificar os impactos ambientais negativos gerados na fase de 
implantação da UTE Queimados (Já em fase de Construção na Estrada 
Projetada, S/N, Vila Nancy, no município de Queimados, no Estado do Rio do 
Janeiro) e propor medidas mitigadoras para tais impactos. 
Objetivando com isso, criar medidas de reabilitação ambiental, integrando os 
diferentes agentes internos e externos como: empresas contratadas, 
consultoras, empreendedor, empregados, comunidades e órgãos públicos, 
para mitigar os impactos negativos gerados pelo processo de implantação da 
UTE Queimados. Visando com isso a proteção da fauna, flora, comunidade e 
trabalhadores inseridos em toda área de influência do empreendimento, em 
que haverá atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de 
impactos negativos no processo de implantação para cada situação de obra 
que será feita. Assim analisar as práticas ambientais praticadas visando a 
criação de mecanismos eficientes na execução e monitoramento de Programas 
Ambientais, durante as obras de implantação da UTE Queimados, mantendo 
um elevado padrão de qualidade ambiental, obtendo um material que possa 
servir de proposta para posterior estudo de impactos ambientais negativos e 
medidas mitigadoras para futuras implantações de UTEs, que surgirão Brasil 
afora. 
10 
CAPITULO I - APRESENTANDO O EMPREENDIMENTO 
A área de influência de um empreendimento abrange todo o espaço suscetível 
às suas ações diretas e indiretas. 
A adequada delimitação das áreas de influência de um empreendimento 
permite definir o referencial espacial para o levantamento e análise de 
informações que conduzirão à caracterização do contexto dos meios físico, 
biótico e socioeconômico da região antes das obras e, a partir desse 
diagnóstico, localizar territorialmente onde ocorrerão as interferências positivas 
e negativas de sua implantação. 
Classicamente, são utilizados os conceitos de Área de Influência Direta (AID) 
como o território onde as condições sociais, econômicas e culturais e as 
características físicas e bióticas sofrem os impactos de maneira primária, ou 
seja, há uma relação direta de causa e efeito. Define-se como Área de 
Influência Indireta (AII), o território onde os impactos se fazem sentir de 
maneira secundária ou indireta e, geralmente com menor intensidade em 
relação à área anterior (AID). 
Os limites das áreas de influência associados à UTE QUEIMADOS foram 
determinados a partir de critérios objetivos, relacionando a abrangência das 
ações potencialmente geradoras de impactos aos meios físico, bióticos e 
socioeconômicos, os quais o empreendimento está inserido. 
Com a abrangência especial da repercussão de potenciais, tem-se a 
possibilidade de uma melhor elaboração dos programas de identificação, 
monitoramento e de contenção dos efeitos. 
 
 
 
1.1- O Meio Físico 
Distintamente, é também impacto do empreendimento a emissão de poluentes 
e sua conseqüente interferência na saturação da bacia atmosférica. Esse 
impacto pode atingir distâncias indeterminadas, embora tenha intensidade 
gradativamente decrescente, progredindo para um nível indetectável. 
11 
Dessa forma, a definição da ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) referente 
ao meio físico tomou como base a Análise de Riscos, em especial as 
informações sobre emissões atmosféricas, sendo definida uma AII de 20 km de 
raio. 
A ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA foi delimitada em um raio de 10 km, 
englobando as vias de acesso ao empreendimento e a área do terreno 
destinada à UTE QUEIMADOS, com cerca de 30 ha e a área definida pela 
pluma de dispersão atmosférica. 
1.2- O Meio Biótico 
Para a definição da Área de Influência Indireta referente ao meio biótico 
considerou-se a repercussão de ações decorrentes da fase de implantação, 
como a terraplanagem e aterro de áreas alagadas, que poderão ocasionar a 
fuga de animais eventualmente presentes na área ou a perturbação dos 
habitats. 
Portanto, para a caracterização do meio biótico, foram consideradas como 
ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) as paisagens presentes na região ao 
longo de um raio de até 3 km a partir do ponto central do empreendimento. A 
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) consiste no local da efetiva implantação 
da UTE e seu entorno imediato até o limite de 1,0 km. 
1.3- O Meio Socioeconômico 
A área prevista para a UTE QUEIMADOS localiza-se no município de 
Queimados, próximo aos limites com os municípios de Seropédica e Japeri. 
Considerando as similaridades socioeconômicas entre esses municípios, as 
interações entre seus moradores, as possibilidades de deslocamentos, das 
potencialidades urbanas e de relevância populacional, bem como as demandas 
por serviços e infra-estrutura nesses municípios, os impactos inerentes à 
natureza do projeto não deve se limitar exclusivamente as fronteiras do 
município em que se insere. 
Nestes municípios as demandas por serviços e infra-estrutura já se dão 
integradamente de forma intensa, independente dos impactos inerentes à 
natureza do empreendimento que porventura possa ocorrer, reforçando assim 
a justificativa do detalhamento da caracterização destes municípios em 
conjunto. 
12 
Deve-se considerar, ainda, a influência do meio sobre o empreendimento, seja 
na fase de implantação ou de operação. Tais influências envolvem, por 
exemplo, a viabilidade de transporte, proximidade com áreas de empréstimo, a 
dispersão de emissões atmosféricas, a capacidade de diluição e transporte de 
poluentes pelos corpos hídricos, o distanciamento de unidade de conservação 
e aglomerados urbanos. 
Considerando esses cenários e a natureza do empreendimento, foi então 
definido como ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) um raio de 20 km a 
partir de um ponto central na área do empreendimento, o que enquadra os três 
municípios supracitados -Queimados, Japeri e Seropédica, devendo a análise 
contribuir para o entendimento da dinâmica socioambiental regional. 
Para a delimitação da Área de Influência Direta, foram considerados os 
espaços efetivamente objeto das intervenções realizadas no processo 
construtivo e que poderão provocar impactos diretos. 
Os estudos das interferências para o sistema socioeconômico foram baseados 
na abrangência das obras, uma vez que se inseremneste círculo, as 
intervenções mais distantes previstas, quais sejam: 
- a melhoria da estrada de acesso, que deriva da Rodovia Presidente Dutra até 
o empreendimento; e 
- a captação de água, a ser realizada no Rio Guandu. 
Dessa forma, para efeito de estudo considerou-se como ÁREA DE 
INFLUÊNCIA DIRETA (AID) um raio de 3 km a partir do eixo central do 
empreendimento. A AID definida compreende os elementos mais relevantes, 
dentre os quais os bordos das cidades de Seropédica e Japeri; os aglomerados 
humanos mais próximos; o curso d’água e as drenagens imediatamente a 
jusante do Empreendimento; a Cerâmica Vulcão (eventual fornecedora de 
tijolos para os prédios de apoio da UTE); as lagoas de extração de areia e 
argila; o canteiro de obras do Empreendimento (interno ao terreno da UTE) e a 
região afetada pela construção, melhoria ou ampliação das vias de acesso aos 
locais das obras. 
 
 Este capítulo apresentou o empreendimento com sua área de influência, 
levantando e analisando o meio físico, biótico e socioeconômico da região 
13 
antes das obras, definindo o território onde ocorrerão as interferências 
negativas de sua implantação. 
Visando com isso a elaboração dos programas para as medidas mitigadoras 
para os impactos ambientais negativos gerados pela implantação do 
empreendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
CAPÍTULO II - DESCREVENDO O EMPREENDIMENTO 
 
A central geradora termelétrica UTE Queimados terá potência líquida total 
autorizada pela ANEEL de 450 MW (módulo I e II), operando com Gás Natural. 
Toda a planta será operada da sala de controle através de um painel central, 
exceto poucos equipamentos secundários que terão operação local. O sistema 
de automação permitirá que da sala de controle se dê partida ou pare os 
grupos geradores e se opera o sistema combustível e óleo lubrificante. 
Haverá indicações remotas dos principais parâmetros de operação, como 
temperatura, pressão, rotação, tensão, corrente e freqüência, permitindo 
atuação remota. A UTE possuirá ainda alarmes sonoros e luminosos dos 
principais parâmetros de operação, sendo previsto também um sistema de 
registro de alarmes e impressão de relatórios de operação. 
Haverá um sistema automático de sincronismo dos geradores, ajustando as 
cargas individuais e sincronizando com a rede. 
Todos os equipamentos utilizados na usina serão novos e fornecidos por 
fabricantes de qualidade com tradição de fornecimento para empreendimentos 
desta natureza. A UTE Queimados será construída exclusivamente para a 
geração de energia elétrica e manterá contrato bilateral com os agentes de 
distribuição denominado contrato de Comercialização de Energia Elétrica no 
ambiente regulado. A UTE se conectará ao Sistema Interligado Nacional. 
 
“A produção de energia elétrica pela queima de gás natural é pouco poluente e 
a construção de gasodutos barateia o transporte e permite melhor distribuição 
geográfica das usinas.” (Moreira,João Carlos-2005 p.408). 
 
 
2.1- Os Objetivos e Justificativas do Empreendimento 
 
O projeto da UTE QUEIMADOS tem como objetivo otimizar o tempo de sua 
implementação para viabilizar a geração de energia com eficiência e economia, 
buscando atender parte da crescente demanda de energia na Região Sudeste 
do País, mais especificamente, no estado do Rio de Janeiro. Até 2015, espera-
15 
se que o projeto injete na rede básica de energia elétrica uma carga de 560 
MW. 
O objetivo principal deste empreendimento é aumentar a diversificação de 
suprimento de fontes energéticas no mercado, atendendo a evolução do 
número de consumidores e do consumo de energia elétrica, além de estimular 
a geração de energia elétrica de forma competitiva e rentável, favorecendo o 
desenvolvimento tecnológico do setor energético, contribuindo desta forma 
para a produção e uso da energia. 
Ressalta-se que este empreendimento será considerado uma referência para 
outros empreendimentos que compõem o Programa de Aceleração do 
Crescimento – PAC, por sua performance ambiental e energética, ganhando 
notoriedade e o reconhecimento mercadológico graças ao seu desempenho 
econômico, a sua responsabilidade ambiental e ao seu comprometimento 
permanente com os mais modernos conceitos de eco-eficiência. 
O projeto da UTE Queimados é composto pela implantação de dois módulos 
de geração, denominados módulo I (330 MWe), e módulo II (120 MWe – 
expansão). 
No caso da UTE Queimados módulo I, temos como principal objetivo a geração 
simultânea de energia elétrica e térmica, em função do ciclo combinado 
projetado para beneficiamento do turbo gerador integrante do sistema de 
geração elétrica. 
Para a UTE Queimados módulo II, encontra-se previsto a geração elétrica por 
meio de motores de combustão interna funcionando em ciclo Otto, usando gás 
natural como combustível principal. Em ambos os módulos a energia elétrica 
resultante do processo de geração será comercializada no ambiente regulado. 
A UTE será responsável pelo fornecimento de energia elétrica para 
comercialização nos lotes vendidos no Leilão de Energia A-3. 
A geração de energia elétrica se dará pela implantação de turbogeradores em 
ciclo combinado (módulo I), e motores de combustão interna (módulo II), 
usando Gás Natural como fonte energética. 
A Unidade Termoelétrica Queimados módulo I terá uma capacidade líquida de 
330 MWe, produzidos por Turbinas a Gás e Turbogerador a Condensação, 
operando em ciclo combinado. 
16 
A Unidade Termoelétrica módulo II terá uma capacidade líquida de 120 Mwe, 
produzidos por motores de combustão interna, operando em ciclo Otto. 
O projeto contemplará pontos de medição de energia elétrica, conforme 
determinado pela Aneel, e atenderá às exigências dos órgãos fiscalizadores 
(concessionária local de energia elétrica, Aneel, Meio Ambiente, etc.), 
prevendo inclusive medição individualizada para obtenção das cargas parasitas 
da usina (consumo próprio). 
 
2.2- As Justificativas Técnicas e Socioeconômicas 
O crescimento pela demanda energética no Brasil vem sendo observado 
sistematicamente ao longo dos últimos anos, acompanhando o 
desenvolvimento da economia no País. Desde 2005, o consumo de energia no 
Brasil passou de uma média 28.000 GWh para mais de 32.000 GWh no 
primeiro quadrimestre de 2008. 
Especificamente no ano de 2008, o comportamento do consumo de energia até 
o mês de maio foi ainda mais surpreendente, uma vez que houve um aumento 
em relação ao mês de abril, diferentemente da tendência sazonal observada 
nos anos anteriores, quando o consumo de energia tendia a baixar nos meses 
de inverno. Em maio de 2008 observou-se o crescimento em todos os 
principais segmentos do mercado, ao contrário do que ocorrera em abril, 
quando apenas a indústria apresentara expansão. 
Diante desse cenário de crescimento do consumo de energia elétrica, os 
órgãos governamentais vêm identificando a necessidade de ampliação da 
malha de geração de energia tanto através da implantação de usinas 
hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas quanto através de termelétricas. 
Apesar do grande potencial hídrico do Brasil, vem sendo observada uma 
grande variação com caráter sazonal nos níveis dos reservatórios existentes. A 
redução dos níveis de água nas épocas de seca pode vir a por em risco a 
confiabilidade do setor de geração elétrica do país, comprometendo o 
crescimento sustentado da economia. 
Sendo assim, torna-se de extrema importância a diversificação das fontes 
geradoras de energia elétrica no país, de modo a garantir estabilidade na 
17 
geração,evitando possíveis racionamentos em decorrência da carência de 
chuvas. 
Assim, considerando a necessidade de diversificar a matriz energética, para 
fins de participação no Leilão de Energia Nova A-5, a GENPOWER ENERGY 
optou pela apresentação de uma usina termelétrica operada a gás natural, a 
qual permitirá: 
- auxiliar no atendimento à demanda existente no mercado por energia, 
ajudando assim a diminuir o risco de déficit; 
- o aporte de recursos novos, fora do setor público, na solução dos problemas 
nacionais, por se tratar de uma iniciativa privada; 
- contribuir para o aumento de informações disponíveis na medida que os 
estudo elaborados para o seu licenciamento reúnem dados sobre diversos 
aspectos da região onde se instala o empreendimento. 
Conforme os últimos acontecimentos registrados pela imprensa, verifica-se que 
o crescente aumento com a preocupação energética no Brasil é fato, onde 
várias organizações especializadas no monitoramento do sistema energético 
vêm noticiando que o aumento da demanda energética (ANEEL, COGEN-SP, 
etc.) está ocorrendo em descompasso com o aumento de oferta. 
Nesse cenário atual, vários setores estão se mobilizando para criação de 
alternativas energéticas, minimizando o risco de desabastecimento de energia, 
pois na ocorrência do mesmo, seriam gerados graves prejuízos financeiros, 
assim como a quebra de acordos firmados entre o setor afetado e seus 
parceiros e clientes. 
A implantação de UTE Queimados, módulo I e II, no Estado do Rio de Janeiro, 
tem como principal justificativa o crescimento do mercado de energia elétrica 
no Brasil. Os investimentos de médio prazo no setor energético fazem parte do 
planejamento orçamentário do governo em resposta à demanda do mercado 
consumidor. 
A mudança na estrutura dos investimentos para geração de energia elétrica 
leva em conta a instalação de centrais termelétricas a gás natural, que devido 
ao seu custo, e por ser uma fonte mais limpa, é uma alternativa energética 
bastante viável em relação aos outros combustíveis fósseis. Representa 21% 
da matriz mundial e quase 10% da brasileira. Tal combustível revela-se 
18 
competitivo quando comparado aos outros, tendo atuação no setor industrial, 
no de transporte e na geração de energia elétrica, por exigirem prazos de 
implementação e investimentos menores que os empreendimentos 
hidroelétricos, como Usinas Hidroelétricas e/ou mesmo Pequenas 
Centrais Hidrelétricas. 
Segundo o Ministério de Minas e Energia - MME (2007), em relação a 2005, a 
oferta interna de energia elétrica proveniente de termoelétricas no Brasil teve 
um crescimento de 8,3%, e sua participação no total da eletricidade gerada 
passou de 16,2% para 16,8%, alcançando a marca de 71 TWh. Este fato leva a 
crer que a geração de energia elétrica, tendo como fonte o gás natural, é uma 
grande oportunidade de negócios no mercado de energia nacional. Cabe 
ressaltar que nos Resultados Preliminares do Balanço Energético Nacional, 
tendo como data base o ano de 2006, o gás natural é o energético que vem 
apresentando as maiores taxas de crescimento na matriz energética, tendo 
mais que dobrado a sua participação na oferta interna de energia no Brasil nos 
últimos anos, passando de 3,7% (1998) para 9,6% (2006). 
A participação do gás natural na matriz energética do País, que era de 0,9% 
em 1981, saltou para 3,1% em 1990. Em uma década, essa posição subiu para 
os 5,4% de participação registrados em 2000, até chegar a 2004 respondendo 
por 8,9%. A meta do governo federal, segundo a própria Petrobras, é chegar a 
2010 com o gás natural respondendo por 11% da matriz energética do País. 
 
“O Gás Natural é um hidrocarboneto e ocorre frequentemente na natureza em 
associação com o petróleo. Por ser mais leve, em geral ocupa a parte superior 
dos depósitos petrolíferos. Quando o petróleo migra através das rochas ou 
quando não se forma em quantidades suficientes, formam-se os “poços secos”, 
nos quais existe apenas gás natural.” ( Magnoli, Demétrio, 2000 p.196). 
 
Ressalta-se que a utilização de gás natural na geração de energia elétrica trará 
benefícios como a redução da poluição atmosférica pela queima de 
combustível isento de enxofre, com queima completa e límpida sem emissão 
de monóxido de carbono e de fuligem, e sem emanação de material 
particulado. Dessa forma, o gás natural oferece uma resposta às preocupações 
19 
do mundo moderno, relativas à proteção da natureza e à melhoria da qualidade 
de vida nos centros urbanos, uma vez que as emissões de óxido de enxofre 
são praticamente inexistentes e as quantidades de óxidos de nitrogênio 
insignificantes vêm sendo ainda mais reduzidas pelo uso de queimadores com 
temperatura e comprimento de chama menores, recirculação do gás 
combustível e controle do ar de emissão. 
 
2.3- As Justificativas Ambientais 
Os principais impactos da geração de energia elétrica a partir de derivados de 
petróleo decorrem da emissão de poluentes na atmosfera, principalmente de 
material particulado, dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e 
dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), este último incluído entre os 
chamados gases de efeito estufa - GEEs, também responsáveis pelo 
fenômeno do aquecimento global. Em face do exposto, a UTE Queimados 
adotará o gás natural como fonte primária de combustível, sendo uma 
alternativa bastante interessante do ponto de vista ambiental, em vista da 
composição do gás natural favorecer uma redução significativa dos efeitos 
indesejáveis citados acima. 
O projeto contemplará um sistema de monitoramento contínuo destes 
poluentes, conforme indicação nas modelagens matemáticas de dispersão 
atmosféricas que serão oportunamente apresentadas, a fim de se obter com 
exatidão as emissões oriundas do processo de geração de energia elétrica da 
UTE Queimados. 
A usina contará com um sistema de tratamento de águas residuais projetado 
para recolher e processar a água dos drenos, descarga das caldeiras e outras 
descargas da usina em geral, por meio da utilização de tecnologias de 
neutralização e agitação de ar, além de um sistema separado para coleta e 
tratamento de esgoto sanitário. 
Ainda a fim de minimizar os impactos ambientais relacionados com os recursos 
hídricos, o empreendimento da UTE Queimados II contará com sistema 
fechado de rejeição de calor (radiador), conforme descrito no item de Sistema 
de Resfriamento, evitando uma demanda significativa de água doce nos 
processos da usina. 
20 
Dentre as ações a serem tomadas no processo de controle ambiental previstos 
para a Usina, destacam-se: 
- Levantamento detalhado das áreas de implantação, com sondagem das 
águas subterrâneas para melhor disposição da planta e aproveitamento 
energético das condições geográficas do local; 
- Equipamentos para retenção de material particulado; 
- Monitoramento on-line das emissões; 
- Sistema de tratamento de efluentes e resíduos oleosos; 
- Planos de ação de emergência. 
O projeto atenderá, além das normas sobre emissões atmosféricas e 
lançamento de efluentes líquidos, a um grupo de normas legais e técnicas, 
valendo destacar as que seguem abaixo, contempladas pela legislação 
ambiental federal, sem prejuízo da legislação ambiental estadual que vier a 
incidir sobre o empreendimento. 
De maneira geral, a escolha de gás natural como o combustível que será 
aplicado na UTE Queimados permite que os impactos ambientais sejam 
reduzidos devido à geração de menos emissões atmosféricas e de geração de 
resíduos com alto potencial para reaproveitamento. 
 
2.4- A Localização do Empreendimento. 
A UTE QUEIMADOS - Módulos I e II - será implantada no Estado do Rio deJaneiro, no município de Queimados, junto à divisa do município de Japeri , na 
Estrada Projetada, S/N, Vila Nancy. O terreno possui uma área de 300.000 m² 
e se localiza nas coordenadas de latitude 22°43'3.28"S e longitude 
43°37'11.69"O, limitando-se ao sul com a Rodovia Presidente Dutra - BR-
116/RJ e ao norte, leste e oeste, com propriedades de terceiros. 
A área selecionada para a instalação da UTE QUEIMADOS pertence à 
Cerâmica Vulcão e está devidamente registrado no 5º Ofício de Nova Iguaçu – 
RJ, Livro 04 F, nas folhas 166, número de ordem 2.312 de 14 de julho de 1972. 
Para garantir que essa locação esteja disponível para a instalação da UTE 
QUEIMADOS, a Genpower Energy Participações assinou promessa de compra 
e venda junto à Cerâmica Vulcão. 
 
21 
2.5- As Vias de Acesso Existentes e Projetadas 
Tendo em vista a sua proximidade à cidade do Rio de Janeiro, o município de 
Queimados está integrado ao sistema viário e ferroviário da capital do Estado, 
sendo a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) seu principal acesso, enquanto a 
RJ-093, que parte da BR-116, passa pelo território municipal em direção à 
localidade de Engenheiro Pedreira, em Japeri. 
A Rodovia Presidente Dutra atravessa o município de leste a oeste, 
alcançando, respectivamente, de Queimados e Paracambi. O município 
também é atendido pela BR-465, antigo traçado da Rio - São Paulo, 
alcançando a BR-116, e Nova Iguaçu, a leste, chegando à Avenida Brasil na 
altura do bairro Carioca em Campo Grande. A RJ- 109 o liga a Itaguaí, ao sul, 
e a RJ-125 acessa Japeri, ao norte. O município é, ainda, atravessado de norte 
a sul pelo ramal ferroviário Japeri-Mangaratiba. 
O principal acesso área destinada à UTE QUEIMADOS é feito pela Estrada 
Campo Alegre acessada a partir do km 196,5 da Rodovia Presidente Dutra - 
sentido Rio de Janeiro - São Paulo. No sentido contrário é necessário fazer o 
retorno pelo trevo do Município de Queimados, acessado pelo km 198,6. 
Dentro das áreas de obra serão abertas vias de serviço que interligarão as 
instalações do canteiro de obras e as frentes de obras. No item deste EIA 
referente ao canteiro de obras, é possível observar maiores detalhes sobre 
essas vias e também sobre as instalações da construção. 
As vias internas de circulação deverão ser asfaltadas. Com o objetivo de 
minimizar a geração de poeira, as vias de acesso ao local das obras e, mesmo 
as pilhas de materiais (obviamente quando se tratar de materiais não 
reagentes com água), deverão ser constantemente umedecidas por carro pipa. 
Sempre que possível, a vegetação existente nas áreas (ou próximo a elas) 
deverá ser mantida, para funcionar como absorvente de poluentes e minimizar 
a erosão do solo e os efeitos delas resultantes sobre a qualidade do ar. 
As vias serão construídas a fim de criar um sistema viário eficiente com pista 
limpa e boa qualidade, sinalização de tráfego padronizada suficiente e eficiente 
para a rodovia e vias internas. É parte integrante do projeto a elaboração de 
canais de águas pluviais. 
 
22 
 2.6-A Limpeza e Preparação do Terreno 
As obras para construção da UTE QUEIMADOS contemplam a realização de 
ações diversificadas que vão desde a realização de terraplanagens e uso de 
áreas de empréstimo e bota-fora até a complexa montagem dos sistemas de 
turbinas, caldeiras e refrigeração. A seguir serão descritas as atividades 
construtivas que serão realizadas para a implantação da UTE. 
 
2.6.1- A Remoção da Vegetação 
Caracteriza-se pela retirada da vegetação existente nas áreas a sofrerem 
intervenção, além das construções existentes e de todo os resíduos sólidos 
que foram depositados durante a inatividade de área. 
Os trabalhos de limpeza do terreno consistirão na remoção de todo o material 
de origem vegetal das áreas de implantação da UTE QUEIMADOS I e II. 
A limpeza incluirá, onde necessário, as operações de supressão, roçada de 
vegetação rasteira, capoeiras, macegas, destocamento e raspagem com 
profundidade suficiente para a remoção dos detritos de origem vegetal, que 
será encaminhado para utilização na Cerâmica Vulcão, localizada ao lado do 
futuro empreendimento. 
Após a limpeza da área de implantação da UTE QUEIMADOS deverão ser 
executados serviços de terraplenagem com o intuito de remover a camada de 
solo superficial incluindo solos inconsistentes a serem avaliados por 
engenheiro geotécnico e aprovado pela fiscalização. 
 
 
 2.6.2-A Terraplanagem 
Os serviços de terraplenagem serão iniciados após o levantamento topográfico 
planialtimétrico do terreno, que definirá as seções originais e marcações de 
“off-sets” dos cortes, a partir de referências topográficas existentes, indicadas 
pelo projeto executivo. Estão contempladas nos serviços de terraplanagem as 
seguintes atividades: 
Escavação, Estocagem e Revestimento Vegetal. 
23 
A escavação da camada superficial de solo vegetal (30 a 40 cm de espessura) 
será executada com emprego de escavadeira hidráulica tipo CAT 330 ou 
similar, após a conclusão dos serviços preliminares de desmatamento, 
destocamento e limpeza do terreno. 
O material resultante da operação será analisado e, se for considerado viável o 
seu aproveitamento em serviços de paisagismo e recomposição de áreas 
afetadas pelas obras e exploração de jazidas, será carregado com auxílio de 
pá-carregadeira em caminhão basculante e transportado até os locais pré-
determinados para estocagem e/ou, caso contrário, para local de bota-fora. 
O material selecionado será posteriormente recarregado das pilhas de estoque 
e transportado até os locais de aplicação, como recomposição de jazidas, com 
emprego de pá carregadeira e caminhão basculante. O movimento de terra 
somente será iniciado quando do término das operações de desmatamento, 
destocamento e limpeza das áreas. 
Escavação de Capeamento, Estocagem e Recuperação de Jazidas. 
As áreas para exploração de material mineral (jazidas) serão escolhidas de 
acordo com a natureza do material existente e com a proximidade com o sítio 
da UTE. Todas as jazidas a serem utilizadas para as atividades construtivas da 
UTE serão devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente. 
As escavações nessas áreas serão iniciadas após o levantamento topográfico 
planialtimétrico do terreno, que definirá as seções originais, marcações de “off-
sets” dos cortes e composição das seções topográficas, assim como a 
conclusão dos serviços preliminares de desmatamento, destocamento e 
limpeza da superfície do terreno, caso tenha esse serviço. As escavações 
serão efetuadas por quadra, de acordo com o plano geral estabelecido em 
função do cronograma de execução e das informações necessárias para 
definição dos volumes e locais de aplicação. 
Os materiais destinados à utilização diversa serão transportados, quando 
possível, diretamente para os locais de aplicação ou armazenagem em pilhas 
de estoque para posterior utilização. 
Os seguintes procedimentos serão observados durante a execução dos 
serviços de escavação dentro do site da UTE: 
24 
- A praça de trabalho será sempre mantida com declividade suficiente para 
permitir o rápido escoamento das águas e a pronta retomada dos serviços. 
- Serão estabelecidos sistemas de drenagem temporários que permitam o 
direcionamento do fluxo de águas pluviais, buscando evitar o surgimento de 
processos erosivos; 
- Os caminhos de serviços serão mantidos em condições tais que garantam o 
tráfego dos equipamentos durante todo o período de execução das obras, com 
auxílio de uma motoniveladora CAT-140 e um caminhão irrigadeira, que 
molhará racionalmente as pistas, para minimizar a formação de poeira, dando 
maior segurança ao tráfego de veículose equipamentos e maior comodidade 
para as populações próximas; 
- Os serviços de escavação serão realizados por trator de esteiras tipo CAT-D8 
ou similar e escavadeira hidráulica CAT 330 ou similar. O corte será iniciado 
com o trator de esteiras tipo CAT-D8 ou similar, equipado com lâmina, que fará 
a preparação do primeiro talude e o preparo da praça para movimentação dos 
equipamentos e veículos de carga, e o transporte com caminhões basculante 
de 15 m3 de capacidade; a escavadeira hidráulica será utilizada para dar 
continuidade às escavações e também para o carregamento dos caminhões; 
- A equipe de topografia acompanhará a execução dos serviços de modo a 
garantir a inclinação dos taludes de corte, largura das bermas e cotas finais de 
escavação, de acordo com o projeto; 
- Nos locais mais restritos, onde os diques forem conformados em cortes, para 
execução da camada impermeabilizante de fundo, será utilizada escavadeira 
hidráulica; 
Escavação, Carga e Transporte de Material para Aterros. 
O material selecionado das pilhas de estoque provenientes das atividades de 
escavação poderá ser posteriormente utilizado na composição dos aterros dos 
diques e demais aplicações previstas no projeto. Em casos onde isso não for 
possível, o material será encaminhado para áreas de bota-fora. Nas operações 
de recarga e transporte desse material das pilhas de estoque, serão utilizadas 
pás-carregadeiras CAT-966 ou similar e caminhões basculante. 
Os serviços de aterros compactados do local da UTE compreenderão as 
operações de descarga, espalhamento em camadas uniformes, umedecimento 
25 
e/ou aeração, homogeneização e a compactação propriamente dita dos 
materiais envolvidos no aterro e reaterro. 
Os materiais a serem empregados na execução dos aterros apresentarão um 
teor de umidade apropriado para a compactação, com referência ao ensaio de 
proctor normal(NBR-7182, ABNT). 
 
2.6.3- A Movimentação de Solos 
Tendo em vista o grande volume e peso dos equipamentos que serão parte 
integrante da UTE QUEIMADOS, será necessário estabelecer uma avaliação 
rigorosa da estabilidade do terreno na região, visando garantir a integridade 
dos dispositivos ali alocados durante toda a vida útil do empreendimento e a 
segurança dos trabalhadores que estarão exercendo atividades no local. 
Para isso, serão realizados estudos de topografia e planialtimetria, além de 
análises geológicas e geotécnicas para definir as melhores condições de 
realização de aterros / drenagens, principalmente na antiga área de extração 
de argila, que, após abandonada, se tornou uma área alagada. 
Em complemento, considerando as dimensões da planta projetada, será 
necessária também a intervenção na área de elevação do terreno, para 
possibilitar o seu nivelamento, condição altamente relevante para a instalação 
da UTE. 
Diante da necessidade de corte e aterro em áreas tão próximas, os estudos 
geológicos/geotécnicos a serem realizados no local também visarão avaliar a 
possibilidade de reaproveitamento do material retirado da área de elevação do 
terreno para cobrimento da antiga cava de extração de argila, hoje alagada. 
Apenas após a conclusão desses estudos será possível confirmar essa 
alternativa, tendo em vista a quantidade de material disponível, suas 
características de estabilidade e suporte a compressão, diante das 
necessidades do empreendimento. 
 
A análise deste capítulo nos mostra a descrição do empreendimento que tem 
como objetivo viabilizar a geração de energia com eficiência e economia 
buscando atender parte da demanda de energia da Região Sudeste do Rio de 
Janeiro. 
26 
Com a justificativa de que com o crescimento econômico brasileiro, aumenta-
se também o consumo de energia elétrica, havendo a necessidade a 
ampliação da malha de geração de energia através da implantação de usinas 
hidrelétricas, pequenas centrais de usinas hidrelétricas e termoelétricas, 
levando-se em conta que a instalação de centrais termoelétricas a gás natural 
tem baixo custo e é uma fonte mais limpa, ajustando-se ao desenvolvimento 
sustentável. 
Trás ainda a localização das vias de acesso existentes e projetadas e a 
limpeza e preparação do terreno, com a remoção da vegetação, a 
terraplanagem e a movimentação de solos, mostrando que todo o processo 
atenderá as leis e normas ambientais, acompanhadas e avaliadas por 
engenheiros e aprovadas pela fiscalização do órgão ambiental competente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
CAPÍTULOIII - IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS 
GERADOS PELA IMPLANTAÇÃO DA UTE QUEIMADOS 
 
Com base no texto da Resolução CONAMA Nº 001/86, a qual define impacto 
ambiental como; 
 “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
humanas”, o estudo ora apresentado tem como objetivo identificar os impactos 
ambientais a serem gerados, bem como as interferências destes no meio durante a 
vida útil do empreendimento proposto. 
 
3.1- Metodologias Utilizadas na Identificação dos Impactos 
Visando uma análise concisa e coerente, a metodologia utilizada compreendeu 
o conhecimento do empreendimento proposto e a análise do cenário ambiental. 
O confronto entre as informações do empreendimento e as do diagnóstico 
ambiental permite identificar os possíveis impactos a serem gerados pelas 
intervenções propostas. 
Durante a identificação e análise dos impactos procurou-se avaliar as 
condições ambientais futuras e, deste modo, prever o comportamento do 
ambiente frente aos efeitos induzidos pelas atividades desenvolvidas pelo 
empreendimento. Daí, a necessidade de ordenar os impactos ambientais de 
forma sistemática e por fases da implantação das obras do empreendimento 
em proposição. 
Assim, de acordo com os diplomas legais, os impactos ambientais devem ser 
obrigatoriamente considerados e relatados nos Estudos de Impacto Ambientais 
previamente elaborados. Este instrumento serve como suporte às diretrizes de 
planejamento, em todos os níveis, favorecendo plenamente anseios 
conservacionistas, sociais e econômicos da sociedade. Através da 
identificação dos impactos é possível propor programas de gestão ambiental 
voltados à minimização de impactos negativos. 
A análise de impactos tem como referência a Diretriz DZ-041.R13 (FEEMA, 
1997) que dispõe sobre a implementação do Estudo de Impacto de Ambiental – 
28 
EIA e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. De acordo com a DZ-041, a 
análise de impactos ambientais deve considerar os seguintes atributos: 
 Natureza: POSITIVO, se benéfico ao ambiente, ou NEGATIVO, se 
caracterizar influencia negativa. 
 Incidência: DIRETA, se for gerado por uma ação direta do empreendimento, 
ou INDIRETA, se for desencadeado por ações secundárias. 
 Abrangência Espacial: define a localização espacial do impacto gerado, 
LOCAL, se ocorrer na AID; REGIONAL, quando afetar a AII e ESTRATÉGICO, 
quando o impacto extrapola a AII. 
 Temporalidade: Prazo em que o impacto será desencadeado após a ação. O 
impacto pode ser IMEDIATO, quando o impacto se manifesta no instante em 
que se dá a ação; EM MÉDIO OU LONGO PRAZO, quando o impacto se 
manifestar certo tempo após a ação. 
 Periodicidade: Define-se o tempo de permanência do impacto no ambiente. 
O impacto pode ser TEMPORÁRIO, quando tem sua duração definida; 
CÍCLICO, quando o impacto se manifesta com determinada freqüência; 
PERMANENTE, quando o impacto permanece mesmo após o encerramento 
do empreendimento. 
 Reversibilidade: Consiste no processo de recuperação do ambiente afetado.De acordo com esse atributo, o impacto pode ser REVERSÍVEL, quando o 
ambiente, através de novas intervenções, recupera as condições anteriores ao 
impacto, e IRREVERSÍVEL, quando as intervenções não permitem que o 
ambiente recupere suas condições iniciais. 
Ainda segundo a DZ-041.R13, além dos atributos acima citados, torna-se 
essencial a valoração dos impactos através dos atributos MAGNITUDE, 
INTENSIDADE e IMPORTÂNCIA visando a definição do Valor de Relevância 
Global de cada impacto ambiental, em termos de sua magnitude, intensidade e 
importância, considerando para os três valores como pequeno (1), médio (2) e 
grande (3). Tomando por base os fluxos relacionais de eventos ambientais 
elaborados, que relacionaram esses eventos aos compartimentos ambientais a 
serem, potencialmente impactados. A MAGNITUDE deve ser entendida 
“enquanto medida na alteração no valor de um parâmetro ambiental, em 
termos quantitativos, considerando-se além do grau de intensidade, a 
29 
periodicidade e a amplitude temporal do impacto”. A IMPORTÂNCIA de um 
impacto é considerada como a “ponderação do grau de significação de um 
impacto, tanto em relação ao fator ambiental afetado quanto aos outros 
impactos”. 
A Instrução Técnica Nº 19/2008, além de reafirmar a necessidade de se 
considerar os atributos citados anteriormente, indica ainda alguns impactos que 
deverão ter ênfase especial. São eles: 
 Na disponibilidade hídrica superficial e subterrânea 
 Na qualidade e fluxo dos cursos d’água de alimentação e descarte 
 Na qualidade do ar 
 Nos níveis de ruídos 
 Na paisagem 
 Na fauna terrestre e aquática quanto a alteração nos habitas e hábitos da 
mesma 
 Nos corpos receptores 
 Na indução a ocupação urbana formal e informal, tanto pelo adensamento 
dos núcleos existentes quanto pelo surgimento de novos, bem como os 
resultantes de implantação de novas atividades na área de influência do 
empreendimento 
 Nas alterações na forma de ocupação e uso do solo (distribuição das 
atividades, densidade entre outros) 
 No tráfego das rodovias e vias de acesso que serão ligadas ao 
empreendimento. 
 
A análise ambiental, apresentada ao longo deste capítulo, compreende a 
valoração e identificação dos impactos ambientais. 
 A avaliação de impactos para este empreendimento levou em consideração 
ainda os preceitos da Resolução CONAMA nº 371/06 e a Deliberação CECA nº 
4.888/07 que estabelece procedimentos para gradação de impacto ambiental 
para fins de compensação ambiental. 
No processo de Avaliação dos Impactos Ambientais da UTE QUEIMADOS foi 
avaliado um total de 12 impactos ambientais negativos para a fase de 
implantação. 
30 
 
 
 
3.2- Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais Negativos 
 
3.2.1- Na fase de Implantação 
A fase de implantação é marcada por um grande número de intervenções que 
irão movimentar a área. Consiste na realização de atividades como a 
Mobilização de equipamentos e mão de obra instalação de canteiro de obras, 
atividades de terraplanagem, e a construção da UTE Queimados. 
A etapa inicial do processo de implantação do empreendimento deverá ocorrer 
a partir do processo de contratação dos equipamentos e da formação do 
quadro de trabalhadores responsáveis pelas obras de desenvolvimento do 
empreendimento. 
Nesta etapa, serão necessários equipamentos e materiais cujos fornecedores 
não podem ser encontrados no município. Em geral, a compra de 
equipamentos tais como escavadeiras, caminhões, embarcações, etc., cuja 
responsabilidade deverá ficar a cargo das empreiteiras responsáveis pela obra, 
deverá ser adquirido ou alugado na região metropolitana do Rio de Janeiro. A 
maior parte das intervenções associadas a instalação da UTE QUEIMADOS se 
concentrara durante as atividade de preparação do terreno, onde os processo 
de cortes e aterros, com conseqüente limpeza do terreno são as maiores 
intervenções. 
Ainda se somam a intensa operação de maquina e equipamentos responsáveis 
pela suspensão de poeira, emissão de poluentes e geração de ruído. 
 
 
 
3.2.1.1- IMPACTO: ATRAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS 
INFORMAIS 
O crescimento da massa salarial e no número de consumidores potenciais 
associado a implantação do projeto causará um impacto direto no mercado de 
31 
bens e serviços do município através do aumentando da demanda de serviços 
e produtos. 
A geração de expectativas em torno da maior circulação de capitais, comum a 
qualquer empreendimento deste porte, inserida num quadro nacional de 
desemprego formal, tende a atrair para o entorno do sítio, a ação de 
empreendedores informais, interessados no aumento da demanda. A 
instalação não controlada desses empreendimentos tende a impactar o 
mercado formalmente instalado na região, menos competitivos pela 
incorporação nos preços de produtos e serviços e das taxas de locação e 
trabalhistas. 
Esse é um impacto local e mais intenso durante a fase de instalação. 
Nesta fase, o impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, 
incidência indireta, abrangência local, temporalidade imediata, duração 
temporária, caráter reversível, importância pequena, intensidade pequena e 
magnitude pequena. 
 
3.2.1.2- IMPACTO: INCÔMODOS A POPULAÇÃO DO ENTORNO 
As populações do entorno da área de instalação do empreendimento, são as 
mais susceptíveis à alteração da condição de vida. A chegada de operários, 
máquinas e atividades alheias a rotina dessa comunidade, alteração no preço 
de imóveis e insumos e a chegada de empreendimentos e outras atividades 
informais, poderá alterar a rotina dessa comunidade. As condições de vida da 
comunidade tendem a se manter em melhores padrões, devido ao incremento 
na infra-estrutura e temporariamente da massa salarial. 
Nesta fase, o impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, 
incidência direta, abrangência local, temporalidade imediata, duração 
temporária, caráter reversível, importância média, intensidade média e 
magnitude pequena. 
 
 
 
 
32 
3.2.1.3- IMPACTO: AUMENTO DO RISCO DE ACIDENTES 
RODOVIÁRIOS 
O aumento do tráfego de veículos, inclusive os pesados, destinados ao 
transporte dos materiais, equipamentos e trabalhadores nas proximidades do 
sitio de construção elevara os riscos de acidentes rodoviários. Embora grande 
parte dos acessos percorridos seja de uso industrial e normalmente já 
adaptado a grande circulação, inclusive de cargas pesadas, portanto, fora de 
áreas urbanas e áreas residenciais, o aumento significativo ao longo do 
período de construção da obra impõe condições de risco que deverão ser 
observadas na gestão ambiental do empreendimento. Quando da chegada dos 
equipamentos de maior porte, como turbinas e outros equipamentos de grande 
parte, deverá ser montado um esquema de tráfego específico para chegada 
destes equipamentos. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência regional, temporalidade imediata, duração temporária, caráter 
reversível, importância média tendo em vista a baixa densidade populacional 
e de tráfego na área, intensidade grande e magnitude pequena. 
 
 
3.2.1.4- IMPACTO: SOBRECARGA DA INFRA-ESTRUTURA DE 
TRANSPORTE LOCAL 
O sistema de transporte local possui considerável carga de uso. A principal via 
de acesso as proximidades do sítio, a Rodovia Presidente Dutra, mostra-se 
atualmente com grande circulação de passageiros e cargas, servindo como a 
principal via de ligação entre as duas maiores metrópoles do país. 
Este aumento de fluxo se dará na fase de implantação em função da demanda 
de transporte de insumos, materiais de construção e de equipamentos de 
grande porte, eainda, o transporte de materiais não aproveitados nas obras e 
benfeitorias. 
O acesso à região é, portanto, baseado em uma infra-estrutura com restrições, 
que tende a ser intensificado conforme o desenvolvimento das atividades e o 
aumento da circulação nas proximidades da região. Tal intensificação deverá 
33 
impactar principalmente os sistemas rodoviários, a serem utilizados por maior 
parte dos trabalhadores e transportadores. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência regional, temporalidade imediata, duração temporária, caráter 
reversível, importância média, intensidade pequena e magnitude pequena. 
 
3.2.1.5- IMPACTO: SOBRECARGA NA INFRA-ESTRUTURA DE 
SAÚDE 
Com a chegada de trabalhadores, aquecimento da atividade econômica, 
ampliação do trânsito de pessoas e veículos, bem como na movimentação de 
funcionários no desenvolvimento de suas funções, haverá um aumento de 
riscos de acidentes e de contração de doenças. Estas atividades poderão gerar 
aumento de demanda de utilização do sistema público e privado de saúde do 
município de Queimados. 
Adicionalmente, a migração, formação de populações marginais e peri-urbanas 
tende a se acompanhar de aumento das invasões contra propriedades 
particulares, o que compõe a sua sinergia com outros fatores associados ao 
empreendimento. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência 
indireta, abrangência regional, temporalidade imediata, duração temporária, 
caráter reversível, importância média, intensidade média e magnitude 
pequena. 
 
3.2.1.6- IMPACTO: ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DO AR 
Na fase de implantação, estima-se um aumento nos níveis de poeira a da 
emissão de poluentes inerentes ao funcionamento dos motores durante esse 
período, devido à mobilização de máquina é equipamentos até a conclusão das 
obras. Esta fase caracteriza-se como de grande impacto pelas diversas 
atividades desenvolvidas, tais como terraplenagem, abertura de acessos para 
as frentes de serviços, remoção e transferência de material escavado, 
transporte de material, execução das obras civis e emissão pelo escapamento 
dos veículos. 
34 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração temporária, caráter 
reversível, importância média, intensidade média e magnitude pequena. 
. 
3.2.1.7- IMPACTO: ALTERAÇÃO DA PAISAGEM 
As adjacências do local escolhido para o empreendimento apresenta um 
avançado grau de alteração da paisagem, apresentando pouca cobertura 
florestal, alterações nos corpos hídrico, tendo sido os nativos drenados e 
alterados e recentemente, novos criados ocasionalmente pelo processo de 
lavras de areia e argila. Esse quadro é agravado pelo avanço das áreas 
urbanas não planejadas, que em conjunto com o uso industrial, tem levando a 
uma forte pressão sobre nos meios de ocupação do solo. 
A presença do empreendimento aqui tratado irá alterar a paisagem local, 
introduzindo um elemento novo na paisagem rural. Deverá também contribuir 
com a alteração na paisagem do entorno em função da nova organização do 
espaço. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração permanente, caráter 
irreversível importância média, intensidade média e magnitude média. 
 
 
3.2.1.8- IMPACTO: CONTAMINAÇÃO DOS CORPOS HÍDRICOS 
Identificam-se duas tendências nas alterações do corpo hídrico: uma associada 
ao aterramento da cava de areia, decorrente da expulsão de água contaminada 
misturada a sedimentos minerais e orgânicos para o rio dos Poços e outra 
decorrente da deposição ácida, inerente ao processo de queima intensa de 
combustíveis fósseis, esta última agravada pela drenagem de solos 
impactados pela deposição de ácidos precipitados ou diluídos na água de 
chuva. 
No segundo caso são esperado aumento na carga de particulados em 
suspensão, que podem vir alterar a turbidez da água do rio Guandu. 
Embora as mudanças sejam de pequena magnitude, principalmente se 
comparado com o atual estado de alteração das águas do rio dos Poços, deve 
35 
se considerar que o destino das águas desse rio, por estar a montante da 
captação do rio Guandu (que é responsável pelo abastecimento da região 
metropolitana do Rio de Janeiro), torna especial os cuidados com a qualidade 
destas águas a serem lançadas no referido rio. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração temporário, caráter 
reversível importância média, intensidade média e magnitude pequena. 
 
 
 
 
3.2.1.9- IMPACTO: DEFLAGRAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS 
Apesar da apresentação no diagnóstico de que a maioria da área é estável e 
pouco susceptível a erosão, em áreas de domínio Morrotes – Mo apresentam 
maior suscetibilidade aos processos erosivos. Algumas atividades 
desenvolvidas durante as etapas de implantação, como melhoria, abertura e 
utilização de acessos, aterramento da cava de areia e corte da colina, quando 
executadas de modo inadequados, podem conduzir a uma indução ou 
aceleramento de processos erosivos, trazendo como conseqüência o 
assoreamento de corpos hídricos. 
Na área de estudo predominam superfícies de relevo ondulado a suavemente 
ondulado, às vezes quase planos e planos, com dissecação com 
aprofundamento fraco. De modo geral, a dinâmica atual apresenta evidências 
da predominante ação da pedogênese sobre a morfogênese, predominam 
assim superfícies de relevo suave ondulado, plano com dissecação com 
aprofundamento fraco. Os solos são normalmente rasos nas elevações e 
higromórficos nas zonas deposicionais. 
A movimentação de terras durante as atividades de terraplanagem da fase de 
implantação poderão provocar pontos erosivos de interferência local pela 
intervenção na rede de drenagem. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração temporário, caráter 
reversível importância pequena, intensidade pequena e magnitude pequena. 
36 
 
 
 
 
3.2.1.10- IMPACTO: EVASÃO DA FAUNA 
Todas as etapas do empreendimento desde a melhoria dos acessos até a 
operação da UTE provocarão mudanças nos ecossistemas próximos. A 
promoção de mudanças, associadas a movimentação de máquinas e 
equipamentos, induzirá a alteração na presença das populações animais, que 
na busca de ambientes mais adequados, acabam se afastando da área. A 
eliminação de parte das cavas de areia e das formações vegetais (capoeira) 
que atualmente servem de refúgios pelos animais, promoverá a sua evasão 
para ares florestadas do entorno. 
Como a maioria das espécies potencialmente presentes no local não é de 
espécies raras e/ou ameaçadas de extinção dado o quadro de alteração, a 
mudança de habitat imposta não será limitante para a preservação da fauna. 
Apesar disso, muitas populações de aves, mamíferos, peixes, répteis e anfíbios 
dependem diretamente de áreas presentes na AID do empreendimento como 
sítio para reprodução e fonte de recursos. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração temporário, caráter 
reversível importância pequena, intensidade pequena e magnitude pequena. 
 
3.2.1.11- IMPACTO: PERDA DE HABITAT 
Parte da área onde será instalado o empreendimento é formada por lagoas 
originadas das cavas de exploração de areia e que hoje formam um ambiente 
próprio com presença de espécies botânicas e da fauna típicos de ambiente 
alagados. A outra parte é formadapor pastagens com pequenos fragmentos de 
capoeira. 
Parte destas áreas alagadas será aterrada para dar lugar ao empreendimento. 
Esta intervenção irá promover a perda de habitat e a eliminação de espécies 
da fauna e da flora local. No entanto, não foram identificadas espécies raras ou 
ameaçadas de extinção nestes ambientes a serem afetados. 
37 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração permanente, caráter 
irreversível importância média, intensidade pequena e magnitude média. 
 
 
 
3.2.1.12- IMPACTO: GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
As atividades de construção do canteiro de obras, limpeza e preparação do 
terreno, instalação as estruturas da UTE, assim como, ao final da fase de 
implantação, do desmonte das estruturas auxiliares, tal como do próprio 
canteiro de obras são atividades geradoras de resíduos diversos. 
Este impacto pode ser avaliado como de natureza negativa, incidência direta, 
abrangência local, temporalidade imediata, duração temporário, caráter 
reversível importância média, intensidade pequena e magnitude pequena. 
 
Aqui vimos os impactos ambientais negativos gerados pelo empreendimento, 
os métodos utilizados para a identificação dos impactos compreendeu o 
conhecimento do empreendimento e a análise do cenário ambiental. 
Uma vez identificado os impactos ambientais negativos estes devem ser 
relatados nos Estudos de Impactos Ambientais previamente elaborados, e este 
documento servirá como base para elaboração de programas de gestão 
ambiental voltados a minimização de impactos negativos. 
Foram avaliados 12 impactos ambientais negativos na fase de implantação do 
empreendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
CAPÍTULO IV- MEDIDAS MITIGADORAS PARA OS 
IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS GERADOS PELA 
IMPLANTAÇÃO DA UTE QUEIMADOS 
 
O conceito de medidas mitigadoras a ser empregado é aquele construído por 
Reis (2002:140), segundo o qual: 
“Medidas mitigadoras são ações capazes de diminuir o impacto negativo, ou 
sua gravidade, não compensando danos. A medida de compensação é a 
possibilidade utilizada quando não é possível mitigar um impacto ambiental 
negativo decorrente da implementação de obra ou atividade.” 
Já o Conceito de impacto ambiental a ser empregado será o verbete 
elaborado por Susan Parker para The Encyclopaedic Dictionary of Physical 
Geografhy (organizado por Andrew Goudie, Oxfor, Basil-Blackwell, (1985:157-
160), que define impacto ambiental como sendo: 
 “mudança sensível, positiva ou negativa, nas condições de saúde e bem-estar 
das pessoas e estabilidade do ecossistema do qual dependem a sobrevivência 
humana. Essas mudanças podem resultar de ações acidentais ou planejadas 
provocando alterações direta ou indiretamente.” 
E por último, o conceito de ecossistema será aquele construído por 
Chistofoletti (1997:128), quando diz que: 
“O ecossistema é constituído por qualquer unidade que inclui a totalidade dos 
organismos em uma determinada área interagindo com o meio ambiente físico, 
de modo que um fluxo de energia promove a permuta de materiais entre os 
componentes vivos e abióticos.” 
 
Os animais, as plantas e os micro-organismos, juntamente com as condições 
ambientais de uma região, criam um ecossistema diverso e muitas das vezes 
sensível. São necessárias apenas pequenas mudanças no ambiente para 
romper as muitas relações de interdependência e destruir o equilíbrio que 
permite que as diferentes espécies sobrevivam. 
 
 
 
39 
4.1-MEDIDAS MITIGADORAS PARA ATRAÇÃO DE 
EMPREENDIMENTOS INFORMAIS 
Como medida mitigadora deste impacto recomenda-se ações como programa 
de capacitação de mão de obra, em parceria com a administração publica local 
para evitar o agravamento desse impacto, e as conseqüências deletérias que a 
atividade possa gerar. 
 
 4.1.1- Programa de Capacitação de Mão de Obra 
A necessidade de se capacitar a mão obra local para os postos de trabalho 
 ofertados pelo empreendimento, como também prepará-la para a competição 
 do mercado de trabalho regional que se apresenta em expansão, é a maior 
 justificativa para a realização deste Programa de Capacitação de Mão de Obra. 
 De maneira direta este programa estará contribuindo para com o contingente 
 de trabalhadores que reside nas comunidades do entorno do empreendimento, 
 além de preparar esta mão de obra não somente para a sua utilização direta no 
 empreendimento, mas como também, em todos os novos postos de trabalho 
 que serão abertos na região. 
 
 4.1.1.1- Objetivo 
Promover a adequada qualificação de mão de obra local para a utilização 
prevista pelo empreendimento, contribuindo para a geração de trabalho, 
emprego e renda local, visando à melhoria da qualidade de vida de todos.
40 
 
 
 
4.2-MEDIDAS MITIGADORAS PARA INCÔMODOS A 
POPULAÇÃO DO ENTORNO 
Este impacto poderá ser mitigado com programa de monitoramento de ruídos 
visando assegurar a qualidade acústica local. 
 
4.2.1 -PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO RUÍDO 
 
4.2.1.1 - Justificativa 
 
O ruído gerado pela implantação do empreendimento, nas suas 
diversas fases de construção das obras civis e de montagem, bem como de 
testes e ajustes dos equipamentos instalados, ainda que seja de duração 
limitada no tempo, não deve, contudo ser desconsiderada. 
Esse ruído, por sua vez se não tratado de forma adequada, traz um incômodo 
para as populações de entorno e para os trabalhadores envolvidos nas obras.a 
organização mundial da saúde (OMS), reconhece que o ruído em comunidades 
se constitui como um dos principais problemas de audição em escala mundial, 
Além da possibilidade de induzir perdas auditivas, em caso de exposição 
contínua a níveis elevados, o ruído contribui significativamente para 
o incômodo das populações, podendo trazer como conseqüência, o 
desenvolvimento de uma série de doenças psicossomáticas. 
 
41 
4.2.1.2 – Objetivos 
Este programa tem por objetivo geral o monitoramento do nível de ruído 
e, caso necessário, controlá-lo a partir da sua mitigação nos limites do terreno e 
junto à vizinhança, a fim de assegurar a manutenção da qualidade de vida das 
populações afetadas pelo empreendimento. 
A partir desse objetivo geral, definem-se os seguintes objetivos específicos: 
Acompanhar a implantação e avaliação das medidas mitigadoras propostas 
no EIA, e Propor eventualmente, medidas mitigadoras complementares. 
Para a consecução desses objetivos, torna se importante considerar as 
atividades previstas, na etapa de implantação. 
Etapas 1 – execução da terraplenagem; 
Etapa 2 - serviços preliminares, constituído pela montagem e instalação do 
canteiro de obra. 
Etapa 3 – constituída por obras civis. 
 
 
42 
4.3-MEDIDAS MITIGADORAS PARA AUMENTO DE RISCO DE 
ACIDENTE RODOVIÁRIO 
Este impacto poderá ter sua magnitude mitigada se for regularmente realizado 
o treinamento de trabalhadores, enfocando a direção defensiva e se forem 
instalada a sinalização dos trechos a serem utilizadas pelos veículos de apoio 
às obras. 
Paralelamente, ações educativas por meio de palestras, panfletos e outros 
meios de divulgação de informação serão importantes para a conscientização 
dos trabalhadores deslocados para a região. A instalação de redutores de 
velocidade, placas educativas e de advertência para os motoristas são 
medidas que também ajudarão a reduzir os efeitos do tráfego. 
 
4.3.1 - Programa de Ações Educativas Para o Trânsito 
4.3.1.1- Objetivo 
Contribuir para informaçãodos usuários da via projetada quanto às questões 
de relativas ao trânsito, reduzindo o risco potencial de acidentes e favorecendo 
uma convivência no trânsito de modo responsável e seguro. 
 
 
4.3.1.2- Justificativa 
 
A edição da Política Nacional de Trânsito (2004) afirma que uma comunidade 
mal informada não pode reagir positivamente a ações educativas e que a 
educação inclui a percepção da realidade e incorporação de novos hábitos,
valores e atitudes frente ao trânsito, enfatizando a co-responsabilidade governo 
e sociedade, em busca da segurança e bem-estar. Nesse contexto, o Plano 
de Ações Educativas vem refletir a co-
responsabilidade do empreendedor e a visão de que, com informação dos 
usuários da via, é possível contribuir com a sensibilização para as mudanças 
de comportamentos e valores no trânsito. 
 
 
43 
 
 
 
 
 
4.4-MEDIDAS MITIGADORAS PARA INFRA-ESTRUTURA DE 
TRANSPORTE LOCAL 
Este impacto poderá ser mitigado com a implantação de um sistema de 
sinalização dos acessos, objetivando principalmente o transporte de 
equipamentos pesados. 
O projeto de sinalização deverá atender as diretrizes do DNIT, concessionária 
Nova Dutra e ser elaborado em acordo com a Secretaria Municipal de 
Transporte de Queimados. Deverão ser evitados os horários de pico para o 
transporte dos equipamentos de grande porte. 
 
4.4.1 - Plano de intervenções Físicas e Operacionais 
4.4.1.1- Objetivo 
As medidas previstas no Plano de Intervenções físicas e operacionais têm 
como objetivo atenuar os transtornos decorrentes do transporte dos motores 
W18V50SG decorrente de duas características físicas excepcionais e que 
possam perturbar ou colocar em risco de segurança os usuários das vias 
durante fase de instalação. 
 
4.4.1.2- Justificativa 
O plano de intervenções físicas e operacionais é um instrumento balizador para 
obtenção da Autorização Especial de Trânsito (AET) a ser emitida segundo a 
análise dos órgãos de trânsito com circunscrição sobre a via. A circulação de 
veículos ou cargas com dimensões ou peso excepcionais só é permitida com a 
AET, em conformidade com o artigo 101 do CTB e Resoluções do CONTRAN 
n°210 e 211 de 2006. 
 
 
44 
 
 
4.5-MEDIDAS MITIGADORAS PARA SOBRECARGA DE INFRA- 
ESTRUTURA DE SAÚDE 
Como medida mitigadora recomenda-se a adoção de algumas ações, tais 
como o cumprimento de todas as diretrizes de segurança do trabalho, exigindo-
se das empresas responsáveis pelas obras dos documentos como PPRA e 
PCMSO além da obrigatoriedade do uso de EPI’s adequados a cada fase e 
atividade, realização de exames admissionais e periódicos. 
Manter água potável disponível, construção de banheiros com sistema de 
tratamento de efluentes sanitários, fornecimento de refeições contratados com 
empresas com comprovada qualidade. 
Eliminar a formação de ambientes propícios a proliferação de vetores. 
 
4.5.1- PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR 
A Segurança e Saúde no Trabalho devem ser garantidas através de um 
planejamento e de controle adequados quanto aos serviços e métodos corretos 
de trabalho e fornecimento de equipamentos e veículos compatíveis com o tipo 
de obra. 
Este planejamento visa a preservação da integridade física e mental dos 
trabalhadores, além da preservação das instalações e equipamentos e da 
melhoria da qualidade do meio ambiente de trabalho. 
De forma a cumprir as Normas Regulamentadoras da Portaria nº 3214/78, do 
Ministério do Trabalho, bem como, os procedimentos internos do construtor do 
empreendimento quanto a saúde e segurança do trabalho serão implantados 
os Programas de Saúde e Segurança. 
Tais programas visam garantir e estimular a atuação das CIPA’s (Comissões 
Internas de Prevenção de Acidentes) e garantir a disponibilidade de EPI’s 
(Equipamentos de Proteção Individual), em qualidade e quantidade 
necessárias. 
45 
 
 
4.5.2- Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) 
 
Os EPI’s destinados a proteger a saúde integridade física dos trabalhadores 
serão fornecidos gratuitamente e, de acordo com o nível de risco a que cada 
trabalhador estiver exposto. 
Todo o EPI, de fabricação nacional ou importado a ser adquirido, deverá 
possuir Certificado de Aprovação-CA, aprovado pelo Ministério do 
Trabalho, com cópia xerox arquivada na obra, à disposição da 
fiscalização do Ministério do Trabalho. 
As empresas construtoras da obra deverão, além de adquirir os 
equipamentos de proteção adequados, treinar os trabalhadores quanto 
ao seu uso correto e substituí-los imediatamente quando danificados os 
extraviados. 
Serão fornecidos aos trabalhadores os seguintes EPI’s básicos, de uso 
obrigatório: 
Capacete de segurança; 
Botas em PVC impermeáveis (para locais úmidos ou molhados); 
Botas de couro (locais secos); 
Uniformes (padrão da empresa); 
Cinto de segurança (para trabalhos acima de 2,00 m); 
Óculos de proteção (para locais com grande concentração de poeira); 
Protetor auricular (ruído excessivo); 
Luvas de raspa (serviços com marreta, talhadeira, ponteira, vidros); 
Luvas de PVC (argamassa, solvente, tintas); 
Luvas de borracha isolante (equipamentos e circuitos elétricos 
energizados).
46 
4.6 - MEDIDAS MITIGADORAS PARA ALTERAÇÃO DA 
QUALIDADE DO AR 
Com o objetivo de minimizar a geração de poeira, as vias de acesso ao local 
das obras e, mesmo as pilhas de materiais (quando se tratar de materiais não 
reagentes com água), deverão ser constantemente umedecidas por carro pipa. 
Sempre que possível, a vegetação existente nas áreas (ou próximo a elas) 
deverá ser mantida para funcionar como absorvente de poluentes e minimizar 
a erosão do solo e os efeitos delas resultantes sobre a qualidade do ar. Para 
os veículos, deverá ser mantido um plano de manutenção para evitar a 
emissão de gases e particulados por veículos desregulados. 
 
 
4.6.1- PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR 
A qualidade do ar está diretamente relacionada às emissões atmosféricas e às 
dispersões atmosféricas da região considerada. Os padrões de qualidade do ar 
que devem ser mantidos são definidos na legislação brasileira federal
(CONAMA 03/90) e estadual. 
Para acompanhamento da qualidade do ar da região é necessário conhecer o 
comportamento ambiental antes e durante a operação da Usina, promovendo 
medições periódicas em locais pré-determinados. 
Considerando não existir atualmente na região este tipo de controle, propõe-se 
o programa de monitoramento da qualidade do ar com implantação de 
estações de amostragem em local aser definido, e 
levando em consideração os resultados da modelagem de dispersão 
atmosférica. 
 
 
4.7- MEDIDAS MITIGADORAS PARA ALTERAÇÃO DA PAISAGEM 
Como medida mitigadora deste impacto recomenda-se a implementação de 
projetos paisagísticos para área do entorno e a criação de um cinturão verde 
no entorno de forma a isolar as áreas industriais. Busca-se obter um efeito 
positivo. 
47 
 
4.7.1- PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA 
Considerada a necessidade de supressão vegetacional para instalação da 
UTE, este programa justifica-se por razões paisagísticas; além de contribuir na 
atenuação do ruído produzido pela usina. 
A recuperação de áreas onde ocorrerão intervenções específicas irá propiciar a 
proteção dos recursos hídricos contra assoreamento e, evitar o surgimento depr
ocessos erosivos, melhorando com isso a qualidade no ambiente

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