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Aula 2 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
As fontes formais justrabalhistas classificam-se em:
heterônomas e
autônomas.
MARTA - Fontes materiais: ssituações que criam a necessidade do direito.
MARTA - Fontes formais: fontes escritas do direito: normas escritas que se utiliza no direito do trabalho.
MARTA - Fontes formais heterônomas: aquelas emitidas pelo Estado ou por um órgão administrativo. terceiro que diz as regras que preciso respeitar. Ex.: CF.
Fontes formais autônomas: aquelas em que as próprias partes podem criar as leis. Ex.: Convenções Coletivas.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
O Direito do Trabalho brasileiro constitui-se das seguintes fontes heterônomas:
Constituição
Fonte normativa dotada de prevalência na ordem jurídica. 
Ela é que confere validade, fundamento e eficácia a todas as demais normas jurídicas existentes em determinado contexto jurídico nacional.
MARTA - A CF/88 está hierarquicamente acima das demais normas no que tange a ela ser a base fundamental das demais normas. Uma determinada lei pode ser declarada inconstitucional se estiver em desacordo com a CF. A lei infraconstitucional tem que respeitar a CF. Se a norma é criada após a CF e é tida como inconstitucional, é invalidada ou; pode ser criada uma nova lei que invalidará essa anterior legislação.
MARTA - A norma específica é criada para atender pessoas diferenciadas. A legislação específica não pode trazer algo inferior ao que a CF diz. Ex.: o salário mínimo estadual é o que tem que ser pago em prevalência ao salário mínimo federal; porque é maior. A lei não podia criá-lo menor.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Observe-se que o fundamento de validade surge, em geral, por abstração negativa, o que significa que a norma infraconstitucional será válida e eficaz desde que não agrida norma constitucional estabelecida (isto é, princípio ou regra constitucionais).
Trata-se da revogação, da recepção e da invalidação.
MARTA - Questão da inconstitucionalidade. A norma é válida e eficaz se estiver de acordo com a CF.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Leis (inclusive medidas provisórias);
Acepção lata (lei em sentido material), constitui-se em toda norma de Direito geral, abstrata, impessoal, obrigatória, oriunda de autoridade competente e expressa em fórmula escrita (contrapondo-se, assim, ao costume).
MARTA - Depois da Cf, temos as leis que são fontes formais do direito do trabalho. A lei (toda normatização infraconstitucional)existe para regulamentar direitos fundamentais que estão previstos na CF.
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São a lei complementar e a leis ordinária, as medidas provisórias, leis delegadas e até mesmo os decretos do Poder Executivo.
Tais diplomas distinguem-se entre si, fundamentalmente, em face de seu órgão de origem e aprovação final, do quorum de sua votação, de sua matéria integrante e, ainda, de sua validade hierárquica no conjunto da ordem jurídica.
MARTA - Os Decretos são forma de regulamentação de uma determinada lei. Ex.: 13º salário tem lei que o define e decreto-lei que explica essa lei. O decreto geralmente vem para esclarecer como a legislação deve ser interpretada.
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Acepção estrita (lei em sentido formal), é norma jurídica geral, abstrata, impessoal, obrigatória (ou conjunto de normas jurídicas: diploma legal) emanada do Poder Legislativo, sancionada e promulgada pelo Chefe do Poder Executivo.
É a lei em sentido material aprovada segundo o rito institucional específico fixado na Constituição.
MARTA - Lei formal = normas escritas e costume.
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São as leis complementares e as leis ordinárias.
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Medidas provisórias.
Tal figura, instituída pela Constituição de 1988 (art. 62), logo firmou significativa presença no estuário normativo heterônomo do Direito do Trabalho. 
MARTA - A Medida Provisória (medida de emergência e necessidade) vale para os brasileiros enquanto estiver vigente. A MP 808/2017 perdeu a validade. Teve seu período de vigência e expirou. Durante o período em que vige, as normas ali escritas devem ser seguidas. Uma vez não votada no CN, perde a vigência e deixa de fazer parte no nosso mundo jurídico.
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À medida que o Supremo Tribunal Federal estabeleceu orientação jurisprudencial de que as matérias trabalhistas enquadram-se nos requisitos de relevância e, inclusive, urgência, o Presidente da República, nos anos de 1990, passou a produzir, com grande intensidade, transformações no Direito do Trabalho do País por meio de simples medidas provisórias.
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 Inúmeros temas justrabalhistas foram normatizados mediante essa via de produção legal verticalizante, centralizadora e pouco afeta ao debate, ilustrativamente, participação nos lucros e resultados empresariais, trabalho aos domingos no segmento do comércio, trabalho em tempo parcial, regime de compensação de jornada (banco de horas) e diversos outros tópicos e problemas trabalhistas. 
MARTA - Há normas regulamentares (legislações específicas) que foram criadas e que se transformaram em leis.
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Embora se compreenda tal tendência em face da tradição heterônoma centralizadora da história brasileira, ela não parece compatível, de todo modo, com a inspiração básica da Constituição de 1988 (lá se fala, afinal, em relevância e urgência) e com a própria ideia de democratização autônoma do Direito do Trabalho proposta pela mesma Constituição.
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Tratados e convenções internacionais favorecidos por ratificação e adesão internas;
A) Tratados e Convenções Internacionais ? Tratados são documentos obrigacionais, normativos e programáticos firmados entre dois ou mais Estados ou entes internacionais (25)
MARTA - Tratados e convenções internacionais são fontes formais do direito do trabalho, a partir do momento em que ele se transforma em lei para poder fazer parte de nosso ordenamento jurídico.
Se uma Convenção Coletiva aderir a uma norma prevista no tratado, vira lei para aquela categoria e prevalecerá em relação à lei. Não podem prevalecer sobre a CF (a não ser que for para beneficiar).
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Convenções são espécies de tratados. Constituem-se em documentos obrigacionais, normativos e programáticos aprovados por entidade internacional, a que aderem voluntariamente seus membros.
Não obstante ser esse o uso corrente da expressão, na verdade as convenções podem ser também subscritas apenas por Estados, sem participação de entes internacionais. 
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Tendencialmente, contudo, a Organização das Nações Unidas e a Organização Internacional do Trabalho têm atribuído o nome de convenção aos tratados multilaterais adotados por suas assembleias e conferências.
Os tratados e convenções internacionais podem, efetivamente, ostentar a natureza de fonte formal do Direito interno aos Estados envolvidos, desde que sejam solenemente ratificados, nesse plano interno, pelo respectivo Estado, segundo o rito constitucional pertinente.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Assim, irão se englobar no conceito de fonte normativa heterônoma (lei, em sentido material ou sentido amplo), na medida em que o Estado soberano lhes confira ratificação ou adesão, requisitos institucionais derivados da noção de soberania.
MARTA - O Tratado tem a importância de ser utilizado quando há uma lacuna na legislação. Pode ser usado nas negociações coletivas, não necessitando ser votado pelo CN.
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Regulamentos normativos (expedidos mediante decretos do Presidente da República):
O regulamento normativo qualifica-se como um desenvolvimento e especificação do pensamento contido na lei, objetivando operacionalizar a observância concreta do comando legal originário.
MARTA - Regulamentos normativos são asnormas que normalmente são expedidas pelo Poder Executivo para dar uma regulamentação, uma definição de como será aplicada a lei, o instituto. São nada mais do que INs, IR, NR, etc. Precisa haver uma intenção do chefe do Poder Executivo. São emitidas pelo Ministério do Trabalho.
MARTA - Ex.: sobre o aviso-prévio o MT teve que fazer uma IN
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Ilustre-se com os casos do Decreto n. 57.155/65, regulamentando a lei instituidora do 13º salário (Lei n. 4.090/62); Decreto n. 95.247/87, tratando do vale-transporte instituído pelas Leis ns. 7.418/85 e 7.619/87; do Decreto n. 93.412/86, regulamentando o direito criado pela antiga Lei n. 7.369/85 à percepção de adicional de periculosidade para empregados no setor de energia elétrica.
MARTA - Pode haver regulamentação por meio de uma norma votada no CN ou por meio dos órgãos executivos. Ex.: 13º salário: tem a lei e depois o decreto regulamentador.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Portarias, Avisos, Instruções e Circulares
Os diplomas dessa natureza, em princípio, não constituem fontes formais do Direito, dado que obrigam apenas os funcionários públicos a que se dirigem e nos limites da obediência hierárquica.
Faltam-lhes qualidades da lei em sentido material: generalidade, abstração, impessoalidade.
MARTA - Portarias, avisos, instruções e circulares. são mais de cunho administrativo, explicando como serão aplicadas. Nascem por necessidade administrativa, somente de regulamentação técnica. Ex.: IN de como colocar dados no e-Social.
MARTA - São formas e fontes heterônomas, porque nascem e são criadas por terceiros (Estado ou órgãos do Poder Executivo).
MARTA - Ex.: Normas que ditam como circulará o processo dentro da Justiça do Trabalho.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Sentenças normativas.
Trata-se de fonte heterônoma singular ao Direito do Trabalho, hoje.
A sentença normativa estrutura um espectro de normas gerais, abstratas, impessoais, obrigatórias, como resultado de um único e específico processo posto a exame do tribunal trabalhista para aquele preciso e especificado fim, no exercício de função típica e tradicional do Poder Legislativo (e não do judiciário).
MARTA - Sentença normativa é uma fonte HETERÔNOMA do direito do trabalho. Norma. Regra.
Há a negociação entre sindicatos dos empregados x empregadores. Quando negocia-se o salário em 20%, por exemplo, a CCT sai definindo somente o aumento salarial. 
Isso ainda não é dissídio. 
A palavra dissídio significa AÇÃO/PROCESSO.
O Sind dos Empregados quer um aumento de 20%, o dos empregadores quer pagar 5%. 
Começam as negociações. 
Há prazos para essas negociações. O MT os define. Nao saindo a CCT definindo o aumento salarial, as duas partes em comum acordo, são obrigadas a ingressar para o TRT com uma ação que se chama DISSÍDIO COLETIVO. 
Ação coletiva de competência originária no TRT. 
Ela deixa de ser uma fonte autônoma, porque não houve negociação entre as partes e provoca o Judiciário para que solucione a questão que não foi resolvida em comum acordo. 
No pólo ativo estão os dois sindicados.
O TRT quando receber o dissídio coletivo, que já é uma ação que requer seja definida a questão; passa a ser uma fonte heterônoma, porque entrou um terceiro para discutir e dizer o que será feito. 
Nasce aqui a sentença normativa (alguns a denominam acórdão).
Tem natureza jurídica específica do direito do trabalho, tem efeitos de NORMA, de regra. 
É lei para as partes. 
Não se enquadra na base de fundamento das sentenças que se pode recorrer.
Enquanto não decide a questão do dissídio, a CCT é emitida e depois somente complementa.
Contudo, se todas as questões forem objeto de dissídio, tem que esperar a decisão, para que as empresas a implantem.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Fontes autônomas:
costumes;
convenções coletivas de trabalho;
acordos coletivos de trabalho.
MARTA - Fontes autônomas:
MARTA - Costumes: ações ou atitudes habituais que acontecem no dia a dia de determinada atividade que se transformam em situação legal, dada sua notoriedade. Normalmente, no DT os costumes passam a ser negociados e passam a fazer parte dos acordos coletivos e convenções coletivas.
MARTA - Sindicado dos Empregados e Empregadores na Convenção Coletiva: seus representantes representam uma categoria toda. Podem negociar aumento salarial, piso salarial, percentual de horas extras, cesta básica, vale-transporte, plano de saúde, estabilidades provisórias, 14º salário, 15º salário. 
Ocorre a "mesa redonda", onde o representante dos empregados conversa com o representante dos empregadores.
Dessa negoiciação nasce a Convenção Coletiva de Trabalho, que é uma fonte autônoma do direito porque nasceu por meio de duas partes autônomas e interessadas no Direito. Houve uma discussão e chegou-se a um acordo. Uma situação negociada entre as partes.
São determinadas também as obrigações de uns e outros. 
CCT é um conjunto de normas que será criada pelas partes interessadas e vale como se fosse lei para toda a categoria. 
A CCT não pode ter cláusulas que firam a CF.
Na CCT é definida sua abrangência territorial e os empregadores que dela participarão. 
Seus efeitos são para toda a categoria definida na CCT.
O seu status hoje é de
MARTA - Acordo Coletivo de Trabalho: se houver o Sindicato dos Empregados negociando com uma empresa. Mesmo que haja uma empresa participante de um CCT, poderá haver um ACT. 
O ACT surtirá efeito apenas para os empregados da empresa negociante. 
Aplica-se o ACT e o CCT se houverem ambos. O ACT será aplicado em suas previsões e o CCT naquilo que não está previsto no ACT.
O ACT pode ser feito somente em situação mais benéfica? Antes da reforma trabalhista, sim. Não se podia fazer um ACT que trousesse situação menos benéfica que a prevista na CCT.
Não se pode desrespeitar a CF. Não se pode negociar tudo. Estão previstas as limitações nos Arts. 611-A e 611-B.
CF - traz a base do direito;
CLT - regulamenta o mínimo;
CCT - antigamente só negociava se trouxesse benefícios ao que estava previsto na lei. Hoje pode minimizar direitos, desde que não seja desrespeitada a CF. Pode desrespeitar até a CLT.
ACT - antigamente só negociava se trouxesse benefícios ao que estava previsto na lei. Hoje pode minimizar direitos, desde que não seja desrespeitada a CF. Pode desrespeitar até a CLT.
AI (Acordos Individuais - "hipersuficientes". Acordo que pode ser feito entre empregado e empregador. Pode ocorrer, inclusive, neste caso de AI, a redução salarial.
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