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Resumo Etica e Estatuto da OAB Aula 03 Honorario Advocaticio Alysson Rachid

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Extensivo OAB FDS | Disciplina: Ética e Estatuto da OAB 
Aula: 03 |Data: 12/05/2018 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA 
1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
2. ESPÉCIES DE HONORÁRIOS 
3. PRAZO DE PRESCRIÇÃO 
_____________________________________________________________________________________ 
1. Honorários advocatícios 
 Artigos 22 ao 26 Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB); 
 Artigo 48 ao 54 Código de Ética e Disciplina (CED); 
 Artigo 14 Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEDOAB). 
 
O que deve ser analisado para se estipular os honorários advocatícios? 
I. Ser feito com moderação 
II. Há uma tabela de honorários. Quem tem competência para criar a tabela é o conselho seccional da 
OAB, e cada Estado tem a sua tabela. 
A tabela estipula um “piso” e os advogados devem usar como base mínimo. 
III. Adotando o novo código de ética e disciplina, avaliando o valor da causa; local da prestação de serviço; 
a complexidade do caso. 
 
 Aviltamento de honorários: Fixar os honorários em valores irrisório. 
“Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil 
Dos Honorários Advocatícios 
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB 
o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento 
judicial e aos de sucumbência. 
§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente 
necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da 
prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, 
segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo 
Estado. 
 
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§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por 
arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o 
valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos 
estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no 
início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o 
restante no final. 
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários 
antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz 
deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da 
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os 
pagou. 
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato 
outorgado por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou 
omissão praticada no exercício da profissão. 
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou 
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para 
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, 
quando necessário, seja expedido em seu favor. 
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato 
escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito 
privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência 
civil e liquidação extrajudicial. 
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos 
da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. 
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os 
honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são 
recebidos por seus sucessores ou representantes legais. 
§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo 
aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os 
convencionados, quer os concedidos por sentença. 
 
 Advocacia “Pro Bono” – Artigo 30 do Código de ética: 
 
 O que é? É a prestação de serviço jurídico de forma gratuita, eventual e voluntaria. 
 
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 Pra quem pode ser prestada? Para instituições sociais sem fins econômicos, sem fins lucrativos, seus 
assistidos e para pessoas físicas, pessoas naturais que não tenha condições de contratar um advogado sem 
comprometer a sua subsistência. 
 E o que não é permitida? Ela não pode ter fins políticos, não pode visar a publicidade do escritório, não 
pode ter como a finalidade a captação de causa e captação de clientela. 
 
Observação Provimento 166/2015 (Conselho Federal da OAB). 
 Não é permitido ao advogado prestar para a mesma pessoa advocacia “pro bono” e a remunerada. Será 
permitida apenas após 3 três anos. 
 
 Não é permitido vincular advocacia “pro bono” a serviço remunerado. 
Exemplo Evitar que os escritórios criem uma promoção que a cada três processos pagos o seu cliente terá 
direito a uma de graça. 
 
“Código de Ética 
DA ADVOCACIA PRO BONO 
Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor 
nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a 
dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta 
amparada e confie no seu patrocínio. 
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e 
voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins 
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não 
dispuserem de recursos para a contratação de profissional. 
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais 
que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do 
próprio sustento, contratar advogado. 
§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-
partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais 
objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de 
clientela.” 
 
 
 
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2. Espécies de Honorários 
 
I. Honorários Convencionados: São aqueles que o advogado convenciona diretamente com seu cliente 
através de um contrato escrito. 
 Artigo 48 § 2 CED, Compensação de credito (o advogado faz o levantamento do que seu cliente tem 
a receber, retira seus honorários e passa ao cliente) é permitida, desde que pactuado no contrato. 
 Salvo estipulação em sentido contrário os advogados devem receber os honorários da seguinte 
forma: 1/3 ao início do seu trabalho; 1/3 na sentença e 1/3 ao termino ao termino da sua atuação. 
 
“Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, 
individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, 
preferentemente, por escrito. 
§ 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas 
ao cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação de 
serviços a autorizar o quando houver autorização especial do cliente para 
esse fim, por este firmada.” 
 
II. Honorários Arbitrados: São aqueles arbitrados pelo juiz. 
Hipóteses: 
a) Advogado contratado de forma verbal que não recebe seus honorários 
Exemplo Um cliente que não quer pagar alegado que não tem contrato feito; 
b) Caso de beneficiários da assistência judicial diante da impossibilidade da defensoria pública 
Exemplo Casos da defensoria pública, o Estado paga pelo valor estipulado por juiz, independente 
do êxito da ação. 
 
III. Honorários de Sucumbência: São aqueles fixados pelo juiz ao termino da ação ao advogado vencedor e 
que devem ser pagos pela parte vencida. 
 
 
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 Artigo 14 RGEE – Os honorários de sucumbência não integram o salário ou a remuneração do 
advogado; Não são considerados para fins trabalhistas, nem para fins previdenciários. 
Observação: Os honorários de sucumbência não excluem os convencionados mas devem ser considerados no 
momento da contratação, para que somados não extrapolem a moderação. 
 
“Art. 14. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente 
do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, 
não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser 
considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência dos advogados 
empregados constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos 
profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus 
representantes.” 
 
 Artigo 24§ 3 estatuo da advocacia. 
 STF decidiu a respeito de sucumbência que os honorários pertence aos advogados SALVO contrato, 
cláusula ou dispositivo que estabeleça de forma diversa. 
 
 
3. Prazo de prescrição (Artigo 25 EAOAB) 
São de 5 anos a partir do termino da relação profissional, se identifica 5 anos na renúncia ou revogação da 
procuração; termino do contrato; desistência ou da transação; transito em julgado da decisão fixada dos 
honorários; termino/encerramento da prestação do serviço extrajudicial. 
 Artigo 25 A EAOAB – 5 anos é o prazo que o cliente tem para cobrar o advogado. 
“Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de 
advogado, contado o prazo: 
I - do vencimento do contrato, se houver; 
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
III - da ultimação do serviço extrajudicial; 
 
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IV - da desistência ou transação; 
V - da renúncia ou revogação do mandato. 
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas 
quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por 
conta dele (art. 34, XXI). 
Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode 
cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o 
substabelecimento.” 
 
Observações finais: 
 Não é permitido receber os honorários por meio de duplicatas e por meio de letras de câmbio; 
 Pode receber os honorários através de cheques e notas promissórias, inclusive levar a protesto. 
 Fatura bancaria/boleto bancaria: Pode desde que você contrate/pactua com o cliente dessa forma e diante 
do inadimplemento não leva a protesto. 
 Recebimento através de cartão de credito: Artigo 53 código de ética, é possível receber mas não e permitido 
utilizar essa ferramenta como forma de publicidades, captar clientes. 
“Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, 
para o recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito, 
mediante credenciamento junto a empresa operadora do ramo. 
Parágrafo único. Eventuais ajustes com a empresa operadora que 
impliquem pagamento antecipado não afetarão a responsabilidade do 
advogado perante o cliente, em caso de rescisão do contrato de prestação 
de serviços, devendo ser observadas as disposições deste quanto à 
hipótese.”

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