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Slide 1 Zoologia - Introdução Conceito: Etimologia da palavra: Zoo (animal) logia (estudo, tratado). Ciência que estuda a morfologia e as características biológicas dos animais, assim como suas relações com outros seres vivos. Slide 2 Principais Subáreas da Zoologia: - Protozoologia - Helmintologia - Ornitologia - Malacologia - Entomologia - Carcinologia - Herpetologia - Ictiologia - Mastozoologia Zoologia - Introdução Principais Especialidades dentro das Subáreas: Morfologia Fisiologia Etologia Sistemática Taxonomia Ecologia Biologia molecular Grande área: Ciências biológicas Área: Zoologia Slide 3 Zoologia - Introdução Importância: - Agricultura (pragas, controle biológico); - Medicina (saúde pública); - Ecologia (Equilíbrio dos Ecossistemas); - Desenvolvimento sustentável (Proteção da Biodiversidade); - Indústria (pesqueira); - Zootecnia. Slide 4 Zoologia - Histórico Aristóteles (Grécia Antiga) 384a.C - 322a.C: “Pai da Zoologia”. Inventou a palavra zoologia; Defensor da geração espontânea. Classificação dos animais: Enaima (vertebrados) = animais de sangue vermelho. Vivíparos = homem, baleia, e outros. Ovíparos = répteis, anfíbios, peixes e aves. Anaima = sem sangue vermelho - invertebrados (insetos, vermes, crustáceos,esponjas e outros) Slide 5 Zoologia - Histórico De Aristóteles até o século XVIII houve pouco progresso, impossibilitando a adoção de um sistema de classificação único, aceito por todos. Slide 6 Carolus Linnaeus (1707-1778): “pai da taxonomia moderna” - nomeou seis classes de animais: Mamíferos, aves, anfíbios (incluindo os répteis), peixes, insetos e vermes (demais invertebrados); - estabeleceu sistema hierárquico de cinco categorias: classe, ordem, gênero, espécie e variedade; - uso da Nomina trivialia (nome trivial), duas palavras colocadas junto ao nome científico clássico de caráter descritivo . Principal obra, Systema Naturae, teve 10 edições durante a sua vida (1.ª edição em 1735 - 10.ª em 1758). - base para classificação de vegetais, animais e minerais; - reconhecimento de sexo nas plantas; “C. Linnaeus, que era criacionista, acreditava que as espécies eram unidades fixas imutáveis.” Slide 7 - Linnaeus sistematizou de forma consistente o nome das espécies de plantas e animais “Estas obras são considerados o marco inicial para a nomenclatura botânica e zoológica”. 1.ª edição - 1753 10.ª edição - 1758 - Nomina trivialia = introdução do método binomial na 1.ª edição de Species Plantarum e 10.ª edição do Systema Naturae, técnica ainda em uso para formular o nome científico das espécies”. Slide 8 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE O primeiro conceito dizia que espécie é o conjunto de indivíduos semelhantes. Este conceito permitia agrupamentos interespecíficos no qual os indivíduos eram semelhantes mas não pertenciam à mesma espécie (Ex.: gorila e orangotango; cavalo e zebra; chimpanzé e bonobo, etc.) Pan paniscus Pan troglodytes Chimpanzé Bonobo Slide 9 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Foi então acrescentado à definição de espécie: “Espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes capazes de cruzar entre si, produzindo descendentes” Slide 10 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Então o que fazer com indivíduos de espécies diferentes que conseguiam cruzar entre si dando origem a descendentes? (Ex.: jumento (Equus asinus) e égua (Equus caballus) —> mula ou burro) (Ex.: cavalo e jumenta —> bardoto) (Ex.: jumento e zebra (Equus zebra) —> zebrasno) ZebrasnoBardoto Slide 11 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE “A mula e o Bardoto são animais estéreis devido ao fato do cavalo possuir 64 cromossomos e o jumento, 62 - resultando em 63 cromossomos.” Slide 12 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Foi então acrescentado à definição de espécie: “Espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes capazes de cruzar entre si, produzindo descendentes férteis.” Slide 13 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Então o que fazer com espécies diferentes que cruzam e dão origem a descendentes híbridos férteis? (Leão e Tigre —> embora os machos sejam estéreis as fêmeas podem ser férteis; urso polar e urso pardo podem dar origem a descendentes férteis) LION X TIGER Ex.: Leão (Panthera leo) e Tigresa (Panthera tigris) —> Liger Slide 14 CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Foi então acrescentado à definição de espécie: “Espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes capazes de cruzar entre si naturalmente, produzindo descendentes férteis” Slide 15 nomenclatura zoológica (categorias taxonômicas obrigatórias - em azul) Filo Chordata Subfilo Vertebrata Classe Reptilia Ordem Testudinata Família Testudinidae Gênero Chelonoidis Espécie Chelonoidis carbonaria Slide 16 nomenclatura zoológica Reino: Animalia Subreino: Eumetazoa Clado: Bilateria Clado: Protostomia Clado: Ecdysozoa Filo: Arthropoda Subfilo: Hexapoda Classe: Insecta Clado: Dicondylia Clado: Pterygota Clado: Metapterygota Clado: Neoptera Clado: Eumetabola Clado: Endopterygota Superordem: Panorpida Clado: Amphiesmenoptera Ordem: Lepidoptera Subordem: Glossata Infraordem: Heteroneura Divisão: Ditrysia Seção: Cossina Subseção: Bombycina Superfamília: Papilionoidea Série: Papilioniformes Família: Nymphalidae Subfamília: Heliconiinae Tribo: Acraeini Gênero: Actinote Espécie: Actinote mirnae Paluch & Mielke, 2006 D V D V Slide 17 Classificação: União em grupos com base em caracteres comuns. Classificações artificiais: baseadas apenas na observação de características como o tamanho, forma externa ou meios de locomoção. Exemplo: baseando-se apenas no meio de locomoção, aves, morcegos e insetos formariam um único grupo. Classificações naturais: baseadas principalmente na evolução dos grandes grupos zoológicos, utilizando o maior número possível de dados biológicos (fisiologia, embriologia, morfologia, molecular, etc) – caracteres derivados compartilhados. nomenclatura zoológica Slide 18 nomenclatura zoológica Finalidades: - Criada para unificar nomes de espécies de animais; - Manter o entendimento entre os cientistas de áreas distintas. Nomenclatura zoológica: - Procedimento de dar nomes aos táxons de animais. Nomenclatura binomial, nomenclatura binominal ou nomenclatura binária para espécies Ex: Isognathus allamandae (espécie de Mariposa) Onde: Isognathus = gênero do animal allamandae = espécie do animal Slide 19 nomenclatura zoológica Filo Nome popular Espécies descritas Porifera esponjas 5.500 Cnidaria anêmonas, águas vivas, corais 10.000 Platyhelminthes vermes chatos, planárias, tênias, fascíolas 20.000 Nematoda vermiformes não segmentados, Ascaris, Trichuris, Ancylostoma 25.000 Annelida vermes segmentados, minhocas, sanguessugas, poliquetas 16.500 Arthropoda Trilobitas †, crustáceos, insetos, quelicerados, miriapódes ≈1.200.000 Mollusca polvos, lulas, mexilhões, mariscos, caramujos, lesmas, caracóis 93.000 Echinodermata estrelas do mar, pepinos do mar, bolachas do mar, lírios do mar 7.000 Chordata peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos 50.000 Outros Filos menores grupos pequenos e pouco conhecidos 10.600 Slide 20 Regras de nomenclatura zoológica 1ª regra: os nomes dos táxons devem ser escritos de forma latinizada. 2ª regra: os táxons devem ser empregados em categorias seguindo umaordem hierárquica. Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie 3ª regra: podem ser inseridos nomes de categorias intermediárias. Subclasse, Subfamília, Superordem, etc. 4ª regra: para designar o nome de uma espécie devemos escrevê-lo na forma de um BINÔMIO com a primeira palavra com inicial maiúscula e a segunda minúscula de alguma forma destacado no texto. Ex.: Homo sapiens, Homo sapiens, Homo sapiens. Slide 21 5ª regra: o nome designado para a categoria de gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e de alguma forma destacado no texto. Ex.: Pan, Pan, Pan (Chimpanzé). 6ª regra: o nome designado para subgênero deve ser escrito com inicial maiúscula e entre parênteses podendo ou não estar destacado. Ex.: Glenea (Paraglenea) triglinata (Besouro). 7ª regra: para designar o nome da subespécie devemos escrevê-lo após o nome da espécie, com inicial minúscula e destacado no texto. Ex.: Ursus arctos arctos (Urso-europeu); Ursus arctos pruinosus (Urso-azul-tibetano). 8ª regra: para designar o nome da categoria de família devemos escrevê-lo com a terminação IDAE. Ex.: Pompilidae (vespas caçadoras de aranhas). 9ª regra: os nomes que representam a categoria de subfamília devem ser escritos com a terminação INAE. Ex.: Ponginae (com o gênero Pongo) Homininae (com os gêneros Homo, Pan e Gorilla) Regras de nomenclatura zoológica Slide 22 Taxon Plantas Algas Fungos Animais Bactérias[2] Divisão/Filo -phyta -mycota Subdivisão/Subfilo -phytina -mycotina Classe -opsida -phyceae -mycetes -ia Subclasse -idae -phycidae -mycetidae -idae Superordem -anae Ordem -ales -ales Subordem -ineae -ineae Infraordem -aria Superfamília -acea -oidea Família -aceae -idae -aceae Subfamília -oideae -inae -oideae Tribo/Infrafamília -eae -ini -eae Subtribo -inae -ina -inae Slide 23 Obs: Em trabalhos científicos, após o nome do animal deve-se colocar o nome do autor (ou autores) que o descreveu o táxon (em alguns casos a data da descrição também é requisitada). Ex.: Actinote mielkei Paluch & Casagrande, 2006 Regras de nomenclatura zoológica Slide 24 Regras de nomenclatura zoológica LEI DA PRIORIDADE Tem prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar (de 1758 até o momento): Quando uma espécie é denominada em revista científica é necessário também uma descrição do animal. Dessa forma evita-se descrições duplas e prevalece o nome inicial (casos de sinonímia). Exemplo: Actinote brylla Oberthür, 1917 e Actinote pallescens Jordan, 1913 são dois nomes publicados para a mesma espécie de borboleta. Portanto, de acordo com a lei da prioridade o nove valido é Actinote pallescens Jordan, 1913. Slide 25 HOMONÍMIA O táxon descrito em primeiro lugar fica com seu nome original: Exemplo: Willians em 1851 descreveu um novo gênero de poliqueta o qual nomeou de Sabina. Contudo, Evans em 1955 descreveu um novo gênero de borboleta e também o nomeou de Sabina. Mielke & Casagrande (2003) descobriram a homonímia e propuseram a substituição do nome mais recente, no caso o gênero de borboleta por Saniba nom. nov. Regras de nomenclatura zoológica Slide 26 MUDANÇA DE GÊNERO O autor original da espécie permanece após a mudança de gênero, porém o nome do autor e data de publicação passam a ser escritos entre parênteses: Exemplo: Hopffer descreveu em 1874 uma espécie de borboleta a qual nomeou de Acraea canutia Hopffer, 1874. Contudo, Eltringham & Jordan em 1913 descobriram que a espécie foi originalmente descrita em um gênero a qual não pertencia, desta forma passaram a espécie para o gênero correto, Actinote: Portanto, o nome passou a ser escrito como Actinote canutia (Hopffer, 1874). Regras de nomenclatura zoológica Slide 27 Bibliografia: PAPAVERO, N. 1994. Fundamentos práticos de Taxonomia Zoológica (Coleções, Bibliografia, Nomenclatura). Editora da Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP. 285 pp. Consultar Capítulo 8 – Nomenclatura Zoológica. Páginas: 169-186. Apêndice 1 – O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica Adotado pelo XV Congresso Internacional de Zoologia, Londres, Julho de 1958. Páginas: 189-243.