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Resumo da História do Direito Previdenciário no Brasil

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RESUMO DA HISTÓRIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 
A formação de um sistema de proteção social no Brasil, a exemplo do que se verificou na 
Europa, se deu por um lento processo de reconhecimento da necessidade de que o Estado 
intervenha para suprir deficiências da liberdade absoluta postulado fundamental do 
liberalismo clássico. A partir de então houve evoluções em relação à previdência social no 
Brasil às quais podemos destacar: a Constituição de 1824 teve o primeiro documento 
legislativo a tratar sobre a Previdência Social no Brasil o qual garantia aos cidadãos o direito 
aos então denominados “socorros públicos”. A Constituição de 1891 previu em seu bojo dois 
dispositivos relacionados à Previdência Social, quais sejam, o art. 5º e o art. 75, sendo que o 
primeiro dispunha sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade 
pública, se tal Estado solicitasse, e o último dispunha sobre a aposentadoria por invalidez dos 
funcionários públicos. A doutrina majoritária considera como marco inicial da Previdência 
Social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/1923). que criou as Caixas de 
Aposentadoria e Pensões nas empresas de estradas de ferro existentes, mediante contribuições 
dos trabalhadores, das empresas do ramo e do Estado. Após essas alterações surgiram vários 
Institutos de Classe para então na Constituição de 1934 surgir o sistema tripartide de 
financiamento da Previdência Social, tal qual o conhecemos hoje, foi a primeira no Brasil a 
prever que o trabalhador, o empregador e o Estado deveriam contribuir para o financiamento 
da Previdência Social, o que significou um grande progresso de tal Instituto em nosso país. 
Na Constituição de 1937 ocorreu a utilização, pela primeira vez, da expressão “seguro 
social”. E na Constituição de 1946 o termo “seguro social”, foi substituído, pela primeira vez 
em termos constitucionais no Brasil, pelo termo “Previdência Social”. A Constituição de 
1967 (Emenda n. 1 de 1969) - A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, 
no que diz respeito à Previdência Social, foi a instituição do seguro desemprego. Ademais, 
importante salientar também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do 
salário família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional. Conforme se sabe, 
a Constituição Federal brasileira de 1988 marca o retorno de um Estado democrático de 
direito em nosso país, tendo contemplado vários direitos e garantias fundamentais aos 
cidadãos, entre os quais podemos destacar os direitos sociais e individuais, objetivo a ser 
alcançado pelo Estado brasileiro, atuando simultaneamente nas áreas da saúde, assistência 
social e previdência social. Nesse contexto, em 1990, foi criado o Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS), para substituir o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) e o 
Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS). Foram então 
publicadas as Leis dos Planos de Custeio (Lei 8.212/91) e de Benefícios (Lei n. 8.213/91), as 
quais permanecem vigentes, com várias alterações posteriores. A Emenda n. 20, que 
modificou substancialmente a Previdência Social no Brasil, foi promulgada no dia 
15.12.1998. A Reforma realizada em 1998 pretendeu modificar a concepção do sistema, pois, 
conforme o texto, as aposentadorias passaram a ser concedidas tendo por base o tempo de 
contribuição, e não mais o tempo de serviço, tanto no âmbito do Regime Geral de Previdência 
Social, tanto – e principalmente – no âmbito dos Regimes de Servidores Públicos, aos que 
ingressaram em tais regimes após a publicação da Emenda, ou aos que optaram pelas regras 
da mesma, já sendo segurados anteriormente foi prevista exigência de cumprimento dos 
limites mínimos de idade, 53 anos para os homens e 48 anos para as mulheres, mais 20% do 
período que faltava (pedágio) para os respectivos tempos de contribuição mínimos exigidos 
(trinta anos de contribuição, no caso de mulheres, e trinta e cinco anos, no caso dos homens). 
A situação dos trabalhadores rurais não mudou. Continuaram podendo se aposentar por idade, 
com cinco anos a menos do que os demais trabalhadores – 60 anos de idade para os homens e 
55 anos para as mulheres.

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