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COLETÂNEA ADAPTADA DE ARTIGOS SOBRE MAPEAMENTO DE PROCESSOS VENKI1 1 MAPEAMENTO DE PROCESSOS O mapeamento de processos objetiva determinar a forma em que os insumos recebidos de um fornecedor, são tratados e transformados em produtos que serão entregues aos clientes. A essa transformação, chamada de processo, são alocados recursos (financeiros, materiais, humanos, mercadológicos e tecnológicos) destinados promover essa transformação com efetividade (eficiência e eficácia), segundo Drucker (1954). A eficiência está ligada ao ato de se fazer certo a coisa, ou seja, na qualidade naquilo que se faz. Já a eficácia está ligada ao ato de ser fazer a coisa certa, ou seja, no atingimento de uma demanda apresentada pelo mercado. Na teoria da Administração por Objetivos proposta por Drucker (1954) esta combinação de eficiência e eficácia, pode ser chamada de efetividade ou como diz Deming (1986) em uma das suas 14 obrigações administrativas, a constância de propósito, o que garante a continuidade da empresa no seu campo de atuação de uma forma rentável e sustentada. Também pode-se destacar a importância da economicidade que está ligada ao conceito da eliminação constante e obsessiva do desperdício, prática esta introduzida no Japão com o surgimento do pensamento Lean. 2 COMO FAZER MAPEAMENTO DE PROCESSOS LEAN2 Não há como fazer mapeamento de processos sem antes se atentar para o fato de que este importante procedimento normalmente deve ser desenvolvido em dois momentos principais de um projeto BPM como um todo: O mapeamento do projeto AS IS (como está agora). O mapeamento do projeto TO BE (como deve ficar depois de melhorado). Parece bem claro que sem o devido diagnóstico da situação atual dos processos na organização, será muito difícil pensar em melhorias, dado que 1 http://www.venki.com.br/blog/tag/mapeamento-de-processos/ 2 http://www.venki.com.br/blog/como-fazer-mapeamento-processos-lean/ estas estarão baseadas exatamente nas eventuais falhas, erros, deficiências, gargalos e outras características do processo no presente que se pretende melhorar no futuro. Em outras palavras: Como fazer o mapeamento de processos TO BE, mais à frente, sem ter as corretas conclusões sobre o processo AS IS, retratando a realidade atual da empresa? Para que você possa entender melhor como fazer o mapeamento de processos, vamos apresentar a seguir algumas definições, informações e dicas sobre este assunto. Em seguida, vamos dar mais detalhes sobre uma importante abordagem de mapeamento de processos: o mapeamento de processos Lean. 2.1 MAPEAMENTO DE PROCESSOS: COMO FAZER O primeiro fator importante que é preciso se ter em mente é não confundir diagrama de processos, mapa de processos e modelagem de processos. Cada um destes elementos tem funções e trata informações diferentes. Podemos até dizer que envolvem uma gradação na profundidade dessas informações, que poderíamos resumir assim: 2.1.1 O Diagrama de Processos de Negócios Também chamado de diagrama de fluxo de processos, é uma das ferramentas gráficas mais tradicionais e usadas por profissionais de BPM. E o motivo é muito simples: sua intuitividade de interpretação e praticidade para ser elaborado e apresentado para diversos níveis hierárquicos da organização, quando desenvolvidos com os devidos cuidados. Não que seja uma tarefa simples e corriqueira. Pelo contrário, a elaboração de um diagrama de processos de negócios adequado e que realmente seja útil para o entendimento, mapeamento e posterior melhoria dos processos demanda muita atenção e conhecimento técnico. Na verdade, o diagrama de processo de negócio é um artefato gerado durante a análise de processos. E este é um ponto que causa muita confusão entre alguns profissionais da área: a diferença entre diagrama de processos de negócio (ou diagrama de fluxo de processos) e o modelo de processos. Para ajudar você a entender melhor essa diferença, antes de mostrarmos nosso passo a passo para construir um diagrama de fluxo de processos, vamos apresentamos a seguir as definições desses importantes conceitos de BPM. 2.1.2 Definição de diagrama de processos de negócio Diagrama de processos de negócios é a representação mais simples e preliminar do processo. Serve para dar o início ao entendimento posterior e mais complexo do processo. Normalmente não apresenta exceções ou “problemas” que possam ocorrer durante o fluxo do processo. 2.1.3 Definição de modelo de processo Muito mais abrangente e completa, esta representação deve contar com todas as informações necessárias para que o processo ocorra, como as condições de início e término do processo, as atividades e seus dados, regras, documentos, os participantes do processo, clientes e outros fatores importantes. Perceba que o diagrama de fluxo de processos é uma etapa anterior ao modelo de processos, usado para auxiliar em sua definição durante a análise de processo. Uma fase intermediária entre o diagrama de processos e o modelo é o chamado mapa de processo. 2.1.4 Aprenda os 6 Passos Simples para um Diagrama de Processos de Negócios. Como você viu, esta é uma representação mais simples, que será detalhada depois, conforme se for caminhando para a modelagem do processo. I. Determine os componentes principais do processo: Neste passo é preciso deixar claro quais são as entradas do processo e suas saídas, assim como as atividades desenvolvidas. Entradas também são chamadas de inputs e podem ser recursos, informações e outros elemento que “alimentam” o processo. Da mesma forma, as saídas (outputs) são os produtos gerados pelo processo e também podem ser informações, decisões, autorizações, insumos para outros processos, partes de produtos, componentes, serviços, produtos finais etc. II. Ordene as atividades O diagrama de processo de negócio é um fluxo, portanto você precisa ordenar essas atividades. Faça uma lista em ordem cronológica. III. Escolha os símbolos corretos para cada atividade Existem diversas notações usadas para desenhar diagramas de fluxos de processos. Assim, indicando adequadamente cada tipo de atividade, usando a simbologia correta, ficará bem mais fácil de qualquer pessoa familiarizada com os símbolos entender o fluxo rapidamente. As notações vão desde as mais simples até a mais complexa, a notação BPMN 2.0. Se você é um iniciante, opte pelas notações simples, mas se você quer se aprofundar no assunto e fazer um trabalho mais completo, use a BPMN 2.0. IV. Faça a conexão entre as atividades Para isso são usados conectores, normalmente flechas e linhas, pontilhadas ou não. V. Indique início e fim do processo Pode parecer trivial, mas indicar quando o processo começa e quando termina às vezes é esquecido por muitas pessoas. E esta é uma informação muito importante para definir limites para os donos do processo, gestores e supervisores. VI. Revise seu diagrama de processos de negócio Terminou de desenhar seu diagrama de fluxo de processos? Agora vai ficar fácil entender se é realmente assim que ele ocorre! Revise, reestude e certifique-se que sua representação gráfica do processo está mesmo adequada. Que achou deste passo a passo simples? Uma maneira de otimizar a construção de um diagrama de processos é usar ferramentas BPM que ajudarão a evoluir do diagrama de processos para o mapa de processos e dele para a modelagem. Além disso, boas ferramentas de BPM permitem incluir alertas, criar quadros de consulta e disponibilizar informações em tempo real quando o processo estiver em operação. 2.1.5 Mapas de Processos Enquanto o diagrama se restringe a informações sobre o fluxo e suas atividades, o mapa de processos é mais abrangente, incluindo tambémseus atores, os eventos, as regras e os resultados, entre outros, que detalharemos mais adiante. Como sugestão para a elaboração de mapa de processos podemos utilizar as ferramentas Bizagi e Heflo disponíveis em versões livres e completas nos sites de seus provedores e com amplo tutorial disponível no You Tube. 2.1.6 Modelo de processos: O patamar mais avançado desta lista deve cobrir todo o processo, de forma completa, incluindo as informações sobre o negócio, as informações operacionais, as informações específicas do processo e as informações técnicas. 2.2 MAPEAMENTO DE PROCESSOS: COMO FAZER UM MAPA COMPLETO: Como vimos, um dos objetivos do mapeamento de processos é dar uma base para que se possa evoluir ainda mais na coleta e aprofundamento das informações e se consiga produzir um bom modelo de processos. Para isso, não há como fazer mapeamento de processos sem indicar algumas informações básicas, porém muito importantes: Entradas do processo. Saídas do processo. Papel do sistema que dá apoio a cada atividade. Descrição pormenorizada dos procedimentos referentes a cada atividade. Função dos agentes do processo. Neste contexto, é importante que fiquem bem claros os seguintes conceitos: Entradas: também chamadas de inputs, são os produtos necessários para que uma atividade se realize. Por exemplo: um e-mail com o pedido de um cliente ou um formulário com dados de informações e especificações de determinada peça a ser produzida. Saídas: também chamadas de outputs, são os produtos gerados em cada atividade e que serão entregues para que a próxima atividade possa ser realizada. Por exemplo: um e-mail confirmando ao cliente que seu pedido está em processamento ou outro e-mail solicitando a compra de determinados insumos pelo departamento de compras. É importante notar que cada tarefa, na maioria dos casos, não corresponde a um processo completo, mas são atividades que compõem o processo como um todo. Assim, apenas quando as atividades são ordenadas em uma sequência é que se forma um fluxo que retrata o processo, o que podemos chamar de mapa do processo se tiver todas as informações que comentamos acima. 2.2.1 Mapeamento de Processos: Como Fazer a Coleta de Dados Uma das tarefas mais importantes ao se criar o mapa é colher as informações necessárias. E não há como fazer mapeamento de processos sem o auxílio dos profissionais diretamente envolvidos nele, principalmente aqueles mais experientes. Com esse objetivo, 4 são as técnicas mais usadas: a) Reuniões com os envolvidos no processo: Se bem conduzidas, podem ser rápidas, objetivas e já alinharem opiniões e expectativas entre os participantes. Faça mais de uma! b) Observação direta: Simplesmente observar os processos ocorrendo e anotar tudo que for importante. c) Entrevistas pessoais: Entreviste agentes do processo que possam dar informações relevantes. d) Questionários: Distribua formulários com questões pertinentes para conseguir mais informações de outros integrantes do processo de forma mais abrangentes e rápida. 2.2.2 Como fazer mapeamento de processos Lean A abordagem de mapeamento de processos Lean tem seu foco no tempo. Na verdade, em diminuir o tempo que transcorre entre as atividades. Para isso, são analisados e tentam-se eliminar 7 tipos de desperdícios muito comuns em alguns processos: a) Defeitos: se os produtos forem produzidos sem defeitos, não terão que ser reparados ou mesmo refeitos, diminuindo-se a perda de tempo. b) Talentos desperdiçados: as pessoas que trabalham diretamente com os processos, muitas vezes tem excelentes ideias de ganho de tempo e eficiência. É preciso usar esse talento sempre! c) Espera: um tradicional fator de perda de tempo, ter que esperar que a tarefa anterior termine para iniciar a próxima, mesmo já tendo terminado o que deveria ter sido feito em sua tarefa. É um dos desperdícios que o mapeamento de processos Lean tenta encontrar e solucionar. d) Transporte: diminuir ao máximo as distâncias transportadas (e o tempo!), principalmente nas etapas internas dos processos. Isso se faz remodelando layouts de instalações e os locais de estocagem e entrega, por exemplo. e) Movimento: na mesma linha, outro fator bastante abordado em um mapeamento de processos Lean é a realização de um estudo ergonômico e de deslocamento, para que tudo esteja à mão dos operadores. f) Inventário: Saber exatamente a quantidade necessária das entradas e saídas, evitando excesso de estoques ou espaços ociosos em armazéns. Muitas vezes o que falta é informação atualizada… g) Processamento extra: é comum, depois de um mapeamento Lean, se perceber que algumas tarefas eram desnecessárias. Por exemplo: fotografar cada pessoa que entra em um prédio comercial durante o processo de entrada na portaria, quando, muitas vezes, essas pessoas já estão cadastradas no sistema e tem fotos recentes. Como você viu, o mapeamento de processos Lean tem o objetivo de diminuir o ciclo de tempo em cada processo, permitindo mais produtividade, produzindo-se mais em um tempo menor! 3 POR QUE WORKFLOW É IMPORTANTE PARA SEUS NEGÓCIOS? VEJA 10 RAZÕES3 Tudo que a gente faz, tem uma maneira correta de ser realizada. Por exemplo: você já viu um aficionado fazendo churrasco? 3 http://www.venki.com.br/blog/porque-workflow-e-importante/ Olha (se é que você mesmo não um churrasqueiro de mão cheia), esse processo envolve diversas técnicas, procedimentos e regras que não podem ser negligenciadas, sob o risco de se comer carne dura, insossa ou fria. Normalmente, os preparativos incluem compras nos fornecedores certos, o uso de utensílios adequados, carvão de qualidade e as churrasqueiras devem obedecer determinas especificações. Tudo começa com alguns dias de antecedência, e algumas carnes têm seu preparo iniciado no dia anterior, marinadas, temperadas e manipuladas das mais diversas formas. No fundo, preparar um bom churrasco não deixa se der um processo, um fluxo de tarefas que precisa ser seguido à risca para dar certo.Isto é: existe um workflow para fazer churrasco. E se um workflow é tão importante na hora de preparar carnes na brasa, por que não seria para o seu negócio? Confira este vídeo de animação muito divertido que mostra toda importância de se seguir corretamente o processo na hora de preparar seu churrasco: https://youtu.be/O7VEuS0ohmg. 3.1 O QUE É WORKFLOW? Mas, afinal, você já parou para se perguntar: por que workflow é importante para sua organização? Ou quais suas diferenças e possíveis vantagens em comparação a uma forma menos estruturada de organizar uma empresa? Vamos começar rememorando esse conceito. Ok, você já pode até estar cansado de ouvir falar em workflow, mas, você sabe, exatamente, o que esse termo significa? Workflow é uma expressão de origem inglesa, que, se traduzida literalmente, significa “fluxo de trabalho”. Esse termo é utilizado para nomear um conjunto de ferramentas ou métodos que irão servir para automatizar os processos de uma empresa. Assim, tarefas, informações, dados e as atividades desempenhadas por seus colaboradores irão seguir um fluxo adequado para que os resultados esperados sejam alcançados. Para isso, o uso da tecnologia é decisivo, já que, através de softwares, a automatização dos processos da rotina de seus negócios será muito mais eficiente. Veja um exemplo na figura 1: FIGURA 1 – FLUXOGRAMA DE UM PROCESSO DE VENDAS FONTE - http://www.venki.com.br/blog/porque-workflow-e-importante/ 3.2 WORKFLOW E BPM (BUSINESS PROCESS MANAGEMENT) Se você está por dentro das inovações de tecnologia no ambiente empresarial, está familiarizado com as funcionalidades e relevância doBusiness Process Management (BPM). Também conhecido por sua tradução – Gerenciamento de Processos de Negócio – o BPM deve ser levado em consideração quando o assunto são ferramentas de workflow. O BPM, na realidade, é um sistema com funções mais amplas do que o workflow, já que não apenas modela e redesenha os processos, mas também os automatiza, fornecendo um painel de controle com informações em tempo real sobre o desempenho dos processos. Assim, sob esse viés de modelagem, controle e acompanhamento, vale a pena compreender o workflow relacionando-o com esse contexto mais abrangente, como uma das funções do BPM (o Business Process Management). Por que workflow é importante? Agora que você já compreendeu um pouco melhor o que é esse termo, provavelmente está se perguntando: por que workflow é importante para a minha empresa? Para conseguir chegar a algumas respostas, é preciso fazer uma comparação entre modelos estruturais de empresas menos organizadas e aquelas que adotam ferramentas de workflow. Para isso, vamos conferir alguns pontos. 1- Envolvimento dos colaboradores O workflow em uma organização que funciona através de uma estrutura menos organizada geralmente é indefinido, ou apenas estabelecido por meio da arquitetura de TI. Ou seja, é insuficiente para manter padrões e permitir seu acompanhamento. Já em uma empresa que conta com as ferramentas adequadas, o workflow representa um ponto que pode ser melhorado através do uso de softwares. Utilizando a notação BPMN, por exemplo, o workflow é desenhado e padronizado através de sistemas e processos de negócios definidos por seus funcionários. Ou seja, dessa maneira, o trabalho estará sendo estabelecido por meio do envolvimento das próprias pessoas que irão executar as tarefas necessárias. 2- Estrutura dos processos Em uma empresa mais tradicional, observa-se uma estrutura baseada na hierarquia e na verticalização. E a divisão de tarefas é pautada levando em consideração os diferentes departamentos, cargos e funções de cada um dos colaboradores. Mas, na prática, sabemos que é impossível que cada área funcione como “uma ilha” – é preciso uma integração eficiente entre elas. E esse fator será muito bem considerado pelas ferramentas de workflow. Uma empresa que adota ferramentas de workflow se mostra alinhada em torno dos processos de negócios a serem realizados, nas atividades e no conhecimento dos profissionais. Dessa forma, as equipes terão suas responsabilidades estabelecidas de maneira prévia, já na etapa de desenho dos processos. Assim, não será preciso que os colaboradores fiquem “negociando” quem faz o que com os times de outros setores. Na verdade, atuarão com muito mais sintonia entre as partes envolvidas, pois todos sabem exatamente o que se espera dele e o que os demais devem fazer. Mas, atenção: a divisão de tarefas entre setores e departamentos não deixará de existir com uma boa estruturação de workflow, nem perderá sua relevância. Os profissionais terão suas responsabilidades alinhadas de acordo com a realização de cada processo e com os recursos disponíveis na empresa, mas não apenas dentro de seu próprio departamento. Com isso, as habilidades dos colaboradores também serão organizadas levando em consideração os objetivos a serem alcançados pelo negócio como um todo. Quando se estrutura uma empresa colocando em destaque o trabalho que precisa ser feito, é bem mais fácil encontrar uma combinação entre as habilidades dos profissionais e o workflow. O resultado? As atividades podem fluir melhor, com maior eficiência e integração. 3- Estabelecimento de responsabilidades Como é decidido o que cada profissional deve fazer em sua organização? Dentro de uma empresa tradicional, as responsabilidades de cada colaborador em cada processo costumam ser definidas ao longo das camadas hierárquicas dos cargos existentes. O vice-presidente decide o que será feito pelos diretores, que estabelecem as funções dos supervisores e assim por diante. Esse caminho segue obedecendo a ordem vertical das funções e cargos. É possível perceber que essa opção normalmente envolve certa falta de agilidade, e, até mesmo, custos desnecessários, gerados pelo excesso de burocracia, engessamento e morosidade. Por isso, é muito importante “enxugar” algumas dessas etapas excessivas, definindo com mais agilidade as funções dos colaboradores em cada processo. Assim, com ferramentas de workflow, o os donos dos processos podem definir as diretrizes para designar as diferentes responsabilidades entre a equipe. 4- Quebrar barreiras Em uma empresa menos estruturada, é muito frequente a ocorrência de casos em que colaboradores de um setor não compartilham dados e informações a outros. Essa falha pode ser bastante prejudicial e até mesmo atrapalhar o bom funcionamento da organização como um todo. E isso costuma ocorrer devido a falhas dos gestores na hora de definir limites, o que se torna um dos problemas mais comuns e que dificultam o desempenho adequado das empresas. Afinal, é preciso compreender que, para conseguir detectar e atender às necessidades dos clientes, é preciso ter acesso ao maior número possível de informações dentro da empresa, para desenhar os processos que mais agregam valor. E mais: os processos irão envolver, além de diferentes setores da empresa, também sujeitos externos à ela, como parceiros, fornecedores e demais stakeholders. E por que o workflow é importante nesse contexto? Porque algumas de suas ferramentas operam justamente por meio de limites bem definidos. Como consequência, cada um saberá o que pode (e deve) compartilhar. Os processos da sua empresa terão melhores resultados na hora de atender às necessidades de seu mercado. 5- Compartilhar conhecimento Como foi percebido no item anterior, compartilhar dados necessários pode ser verdadeiramente decisivo a qualquer empresa. Em modelos menos automatizados, é muito comum a concentração de informações nas mãos daqueles colaboradores com cargos mais altos ou que desejam reter poder. Esse é um erro frequente que pode minar a construção e execução de estratégias eficientes. Ao se preocupar em estruturar bem o workflow de sua empresa através de ferramentas, esse é um dos fatores que irão sofrer modificações importantes. Assim, as informações passarão a ser devidamente documentadas e compartilhadas com quem precise delas. Há muito mais transparência dentro da empresa e em seus processos. 6- Mensurar performance Um passo muito importante para toda empresa é conseguir acompanhar e mensurar sua performance em todos os seus processos. Afinal, dessa forma será possível reconhecer acertos e detectar as falhas que deverão ser melhoradas. Em um modelo sem ferramentas de workflow, as organizações fazem essa compilação de dados a nível de cada departamento, frequentemente por meio de KPIs aferidos manualmente. Essa, porém, pode ser uma alternativa que demorada e muito restrita, incapaz de proporcionar uma visão ampla dos resultados da empresa. Por outro lado, com algumas ferramentas de workflow, como o BPM, por exemplo, as performances de toda a empresa são registradas e monitoradas em tempo real. Você passa a ter uma visão integrada, considerando o processo como um todo. Isso torna possível mensurar resultados de uma maneira muito mais completa e ágil. 7- Colocar em prática melhorias E, após monitorar e mensurar a performance, normalmente chega o momento de colocar em prática as oportunidades de melhorias detectadas. Em modelos pouco estruturados, essa etapa é segmentada em vários projetos de melhoria voltados a solucionar problemas isolados, além de serem muito pautados em conceitos de Qualidade. Por outrolado, ao contar com um BPM, as mudanças são implantadas de modo a aperfeiçoar a cadeia de processos como um todo, e de maneira ininterrupta. O objetivo final é conseguir garantir a melhor experiência aos seus clientes, por meio de processos que sempre agreguem valor a solução oferecida a eles. 8- Melhorar a experiência do cliente Em uma empresa de organização mais tradicional, a forma de lidar com seus clientes é muito pautada em um caráter “inside out”. Ou seja, ela oferece ao mercado o produto ou serviço que espera que os clientes comprem. Essa é uma estratégia muito antiquada, afinal, todos reconhecem a importância das empresas se moldarem aos desejos e necessidades de seus clientes, e não o contrário. Ao utilizar o workflow e suas ferramentas, será adotado o modelo mais adequado para a sobrevivência de seus negócios: o “outside in”. Segundo ele, a empresa irá se organizar para atender às demandas de seu mercado. Assim, a organização atuará de maneira a tentar atender as expectativas de seus clientes, buscando sempre gerar a melhor experiência possível a eles. 9- Compliance O modelo mais tradicional de compliance se baseia, frequentemente, no chamado Procedimento Operacional Padrão (POP). O POP, é, basicamente, um documento que irá fornecer instruções para que as operações sejam devidamente desempenhadas, como regras, sequências, descrição de procedimentos, etc. É como se fosse um roteiro para garantir que tudo será executado da maneira previamente planejada e, assim, evitar possíveis desvios do padrão considerado. Entretanto, essa é uma opção bastante difícil de se criar e, ainda, de se manter. Mas ao utilizar ferramentas de workflow é possível contar com a tecnologia de criação de mapas de processos que contenham os padrões de compliance estabelecidos. Além de fornecer essas regras, um sistema BPM, por exemplo, pode ainda adicionar pontos adicionais de melhora para aumentar as performances. 10- Criação de estratégias Por que workflow é importante para a criação de estratégias em uma empresa? Porque através de suas ferramentas, os gestores serão capazes de compreender de maneira mais ampla a realidade de seus negócios e o andamento de seus processos. Assim, ao buscar a integração com um sistema de gestão, as ferramentas de melhoria de workflow são também capazes de ajudar a colocar em prática as estratégias desenhadas. Cria-se uma espécie de relação circular. Ou seja, ao mesmo tempo em que essas ferramentas auxiliam a construir estratégias mais eficazes, também influenciam para que sejam alcançados os resultados esperados. 3.3 POR QUE WORKFLOW É IMPORTANTE AFINAL? É possível perceber que os chamados modelos tradicionais das estruturas organizacionais têm se tornado cada vez menos eficientes nos dias atuais. Em contrapartida, as respostas à questão de “por que workflow é importante?” se tornam cada vez mais evidentes. Se você deseja melhorar a performance de seus negócios e manter bons resultados, é necessário adotar formas de automatizar processos e se preocupar em criar workflows cada vez mais eficientes.
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