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Aula 4 Composição Q & M dos Solos.pptx

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20/03/17	
  
1	
  
Composição	
  química	
  e	
  
mineralógica	
  dos	
  solos	
  
Mecânica	
  dos	
  Solos	
  1	
  
	
  
Prof.	
  J.F.T.Jucá	
  
UFPE-­‐DEC-­‐2017.1	
  
Principais minerais formadores das rochas 
Mineral: substância 
inorgânica e natural, 
com compos ição 
química e estrutura 
definidas. 
As p rop r i edades 
f ís icas de maior 
interesse para a 
engenharia são a 
densidade e dureza. 
Minerais silicatos 
correspondem a aproximadamente 92% dos 
minerais constituintes da crosta terrestre 
20/03/17	
  
2	
  
Composição	
  química	
  e	
  mineralógica	
  dos	
  solos	
  
Os	
  minerais	
  que	
  formam	
  os	
  solos	
  dependem	
  da	
  rocha	
  de	
  origem:	
  
	
  
Primários:	
  quando	
  provêm	
  diretamente	
  da	
  rocha	
  matriz.	
  Ex:	
  quartzo.	
  
	
  
Secundários:	
  quando	
  são	
  formados	
  na	
  decomposição	
  da	
  rocha.	
  Ex:	
  minerais	
  argílicos,	
  hemaRta.	
  
Mineral:	
   substância	
   inorgânica	
   e	
   natural,	
   com	
   composição	
   química	
   e	
   estrutura	
   definidas.	
   As	
  
propriedades	
  Vsicas	
  de	
  maior	
  interesse	
  para	
  a	
  engenharia	
  são	
  a	
  densidade	
  e	
  dureza.	
  
As	
  rochas,	
  em	
  geral,	
  são	
  formadas	
  basicamente	
  por:	
  
Ø Quartzo:	
   é	
   um	
   dos	
   minerais	
   mais	
   resistentes	
   ao	
   intemperismo,	
   estável,	
   óRma	
   resistência	
   e	
  
compressão	
  (SiO2	
  -­‐	
  dióxido	
  de	
  silício);	
  é	
  o	
  mineral	
  mais	
  abundante	
  na	
  crosta	
  terrestre.	
  
Ø Feldspato:	
   silicato	
   de	
   alumínio,	
   de	
   ferro	
   etc	
   –	
   é	
   a	
   parte	
   fraca	
   da	
   rocha,	
   facilmente	
   atacável	
  
produzindo	
  compostos	
  solúveis;	
  
Ø Mica:	
  sob	
  certas	
  condições	
  são	
  atacáveis,	
  noutras	
  não.	
  Apresentam-­‐se	
  na	
  forma	
  de	
  palhetas	
  ou	
  
escamas	
  brilhantes.	
  Os	
  principais	
  Rpos	
  são	
  a	
  muscovita	
  (branca)	
  e	
  a	
  bioRta	
  (preta).	
  
Principais	
  minerais	
  componentes	
  dos	
  solos	
  grossos:	
  
	
  
Silicatos:	
  feldspato,	
  mica,	
  quartzo,	
  talco,	
  etc;	
  
Óxidos	
  :	
  hemaRta,	
  magneRta,	
  limonita,	
  etc;	
  
Carbonatos:	
  calcita,	
  dolomita,	
  etc;	
  
Sulfatos:	
  gesso,	
  anidrita,	
  etc.	
  	
  
•  	
   Comportamento	
   mecânico	
   e	
   hidráulico	
   relacionado	
   principalmente	
   à	
  
compacidade	
  e	
  orientação	
  das	
  parbculas;	
  a	
  composição	
  mineralógica	
  é,	
  até	
  certo	
  
ponto,	
  secundária.	
  
	
  
•  	
   CaracterísRcas	
   Vsicas	
   determinadas	
   principalmente	
   pelo	
   tamanho	
   das	
  
parbculas,	
  forma,	
  textura	
  superficial	
  e	
  distribuição	
  de	
  tamanho.	
  
Solos	
  Grossos	
  
20/03/17	
  
3	
  
Minerais	
  ConsCtuintes	
  dos	
  Solos	
  Finos	
  
 
- Entre os numerosos minerais (principalmente silicatos) que se 
encontram nas rochas ígneas e metamórficas, os agentes de 
decomposição química chegam a um produto final: a argila 
 
- Ao contrário com o que ocorre com os solos grossos, o 
comportamento mecânico das argilas é decisivamente influído por 
sua estrutura em geral e constituição mineralógica em particular. 
- As argilas são constituídas basicamente por “silicatos de 
alumínio hidratados”, podendo também apresentar silicatos de 
magnésio, ferro ou outros metais, também hidratados. 
- Esses minerais têm, quase sempre, uma estrutura cristalina 
definida, cujos átomos estão dispostos em lâminas. 
 
Existem dois tipos de Lâminas 
 
Silício	
  
	
  
Alumínio	
  
Folha Silícica Folha Alumínica 
Oxigênio	
  
	
  
Composição	
  Química	
  e	
  Mineralógica	
  dos	
  Solos	
  
	
  Os	
   tetraedros	
   agrupam-­‐se	
   em	
   unidades	
   hexagonais,	
   sendo	
   a	
   ligação	
   entre	
   dois	
  
tetraedros,	
   feita	
   pelo	
   vérCce	
   (oxigênio).	
   As	
   unidades	
   hexagonais	
   repetem-­‐se	
  
indefinidamente,	
   formando	
   uma	
   reOcula	
   laminar.	
   As	
   lâminas	
   alumínicas	
   estão	
  
formadas	
  por	
  reOculas	
  de	
  octaedros,	
  tendo	
  também	
  como	
  ligação	
  o	
  oxigênio.	
  
Minerais	
  Argílicos	
  
Unidades	
  cristalográficas	
  fundamentais:	
  
Sílica	
   Gibsita	
  
Tetraedro	
  de	
  silício	
   Octaedro	
  de	
  alumínio	
  
Representação	
  esquemáRca:	
  
20/03/17	
  
4	
  
Minerais	
  Argílicos	
  
Ø 	
  Caulinita	
  
Ø 	
  Montmorilonita	
  
Ø 	
  Ilita	
  
Unidades	
  Básicas:	
  Lâminas	
  (tetraedros	
  de	
  Si	
  e/ou	
  octaedros	
  de	
  Al)	
  
União	
  das	
  Lâminas:	
  Camadas	
  
Empilhamento	
  de	
  Camadas:	
  Minerais	
  
Destacam-­‐se	
  três	
  grupos	
  principais:	
  
Consiste	
   na	
   repeCção	
   de	
   camadas	
   de	
   lâminas	
   Sílica-­‐gipsita	
  
elementares	
  da	
  rede	
  1:1	
  
Em	
   conseqüência	
   da	
   estrutura	
   rígida,	
   são	
   relaCvamente	
  
estáveis	
   em	
   presença	
   da	
   água.	
   Sendo	
   considerada	
   não	
  
expansiva	
  em	
  processo	
  de	
  saturação.	
  
É	
   o	
   argilomineral	
   mais	
   comum	
   encontrado	
   nos	
   solos	
  
residuais.	
  
É	
   estável	
   e	
   não	
   caracteriza	
   o	
   solo	
   como	
   problemáCco,	
  
principalmente	
   no	
   que	
   se	
   refere	
   a	
   caracterísCca	
   de	
  
plasCcidade	
  e	
  expansão.	
  
 
 
	
  Caulinitas	
  
Lâmina de Sílica 
Lâmina 
gibsita 
7,2 Å 
A ligação entre as retículas é frágil , 
possibilitando a entrada de água entre as 
mesmas (material expansivo). ex.: bentonita 
 
É utilizada na engenharia civil, principalmente 
nas escavações e no reparo de fissuras em 
taludes e barragens de terra. 
 
Na perfuração de sondagens e poços de 
petróleo. As bentonitas melhoram as 
propriedades dos fluidos durante a operação 
de perfuração de poços, desempenhando uma 
ou várias das seguintes funções: aumentar a 
capacidade de limpeza do poço, reduzir as 
infiltrações nas formações permeáveis, 
servindo como elemento estabilizador da 
perfuração, etc. 
 
 
 
 
Montmorilonitas	
  
Lâmina de Sílica 
Lâmina 
gibsita 
Lâmina de Sílica 
Lâmina de Sílica 
Lâmina 
gibsita 
Lâmina de Sílica 
nH2O e cátions 
intercambiáveis 
20/03/17	
  
5	
  
Possuem	
   estrutura	
   análoga	
   à	
   das	
   montmorilonitas	
   sendo	
   porém	
   menos	
  
expansivas	
  em	
  virtude	
  da	
  ligação	
  de	
  potássio.	
  
As	
   parOculas	
   das	
   ilitas	
   são	
   extremamente	
   pequenas,	
   portanto,	
   sem	
  
condições	
   de	
   definir	
   um	
   contorno	
   ou	
   forma.	
   Todavia,	
   a	
   microscopia	
  
eletrônica	
   tem	
  mostrado	
  que	
   as	
   parOculas	
   da	
   ilita	
   e	
  montmorilonita	
   têm	
  a	
  
forma	
  de	
  “flocos	
  achatados”	
Consiste	
  em	
  uma	
   lâmina	
  de	
  gibsita	
   ligada	
  a	
  duas	
   lâminas	
  de	
   sílica	
   (uma	
  no	
  
topo	
  e	
  outra	
  na	
  base).	
  
As	
  camadas	
  da	
  ilita	
  são	
  ligadas	
  por	
  íons	
  de	
  potássio	
  (K)	
  	
  
As	
  ilitas	
  possuem	
  super]cie	
  específica	
  de	
  80	
  m2/g	
  
A	
  carga	
  negaCva	
  para	
  equilibrar	
  os	
   íons	
  de	
  potássio	
  vem	
  da	
  subsCtuição	
  do	
  
alumínio	
  por	
  algum	
  silício	
  nas	
  unidadestetraedricas.	
  	
  
K 
Ilitas	
  
Lâmina de Sílica 
Lâmina 
gibsita 
Lâmina de Sílica 
Lâmina de Sílica 
Lâmina 
gibsita 
Lâmina de Sílica 
10 Å 
Principais	
  minerais	
  argílicos	
  
Caulinita:	
   formado	
   por	
   empilhamento	
   regular	
   das	
   camadas	
   1:1,	
   1	
   tetraedro	
   SiO4	
   e	
   um	
  octaedro	
  
Al2O6	
   ligados	
   entre	
   si	
   através	
   de	
   oxigênios	
   comuns.	
   A	
   ligação	
   entre	
   unidades	
   é	
   suficientemente	
  
firme	
   para	
   não	
   permiRr	
   a	
   penetração	
   de	
   moléculas	
   de	
   água	
   entre	
   elas.	
   Em	
   consequência	
   as	
  
caulinitas	
  são	
  relaRvamente	
  estáveis	
  em	
  presença	
  de	
  água.	
  
	
  	
  
Montmorilonita:	
  uma	
  camada	
  é	
  consRtuída	
  por	
  duas	
  folhas	
  de	
  SiO4	
  e	
  uma	
  folha	
  central	
  Al2O6	
  (2:1),	
  
unidas	
  entre	
  si	
  por	
  oxigênios	
  comuns.	
  As	
  camadas	
  sucessivas	
  estão	
  ligadas	
  fracamente	
  entre	
  si.	
  As	
  
moléculas	
  de	
  água	
  e	
  os	
  cáRons	
  intercambiáveis	
  podem	
  entrar	
  entre	
  elas.	
  Normalmente	
  apresentam	
  
expansão.	
  
	
  	
  
Ilita:	
  estrutura	
  cristalina	
  semelhante	
  a	
  montmorilonita	
  (2:1),	
  com	
  uma	
  subsRtuição	
  maior	
  de	
  
alumínio	
  por	
  silício	
  e	
  um	
  cáRon	
  neutralizante	
  de	
  potássio.	
  As	
  camadas	
  estruturais	
  são	
  muito	
  ligadas	
  
entre	
  si	
  e,	
  portanto,	
  expandem	
  menos	
  que	
  as	
  montmorilonitas.	
  	
  
Caulinita	
   Montmorilonita	
   Ilita	
  
•  Difração de Raios-X 
•  Análise Térmica Diferencial (ATD) 
•  Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) 
•  Análise Química 
Técnicas	
  para	
  IdenCficação	
  da	
  
Espécies	
  Mineralógicas	
  
	
  
20/03/17	
  
6	
  
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
400,0
450,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 55,00 60,00
2 
in
te
ns
id
ad
e
quartzo 
quartzo mica 
quartzo 
mica 
Difração de Raios-X 
Análise Térmica 
Diferencial 
-80
-70
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
0 200 400 600 800 1000 1200
Temperatura (ºC)
D
t (
ºC
)
0
5
10
15
20
25
30
35
D
m
 (%
)
ATD
ATG
 Microscopia Eletrônica 
de Varredura (MEV) 
1	
  µm	
  =	
  10-­‐6m	
  
20/03/17	
  
7	
  
Superfície Específica 
Superfície específica: É a soma 
das superfícies de todas as 
partículas contidas na 
 unidade de peso 
 (ou de volume) do solo 
É	
   a	
   soma	
   das	
   superVcies	
   de	
   todas	
   as	
   parbculas	
   conRdas	
   na	
   unidade	
   de	
   peso	
   (ou	
   de	
  
volume)	
  do	
  solo.	
  
	
  	
  
Para	
  o	
  caso	
  de	
  uma	
  parbcula	
  esférica,	
  teríamos:	
  	
  
No	
  caso	
  dos	
  minerais	
  argílicos	
  as	
  superVcies	
  específicas	
  assumem	
  valores	
  maiores.	
  	
  
Areia (d = 0,1mm) 0,03m2/g 
M i n e r a i s 
Argílicos 
Caulinita 10 m2/g 
Ilita 80 m2/g 
Montmorilonita 800 m2/g 
Quanto	
  mais	
  fino	
  o	
  solo,	
  maior	
  sua	
  superVcie	
  específica,	
  isto	
  consRtui	
  uma	
  das	
  diferenças	
  
entre	
   os	
   solos	
   arenosos	
   e	
   argilosos.	
   A	
   superVcie	
   específica,	
   também,	
   é	
   relacionada	
   à	
  
forma	
  dos	
  grãos.	
  A	
  forma	
  lamelar	
  das	
  argilas	
  é	
  a	
  causa	
  da	
  sua	
  maior	
  superVcie	
  específica.	
  	
  
)/(3
34
4 32
3
2
cmcm
rr
rS =
⋅⋅
⋅⋅
=
π
π
Valor	
  da	
  Super]cie	
  Específica	
  
SUPERFÍCIE	
  ESPECÍFICA	
  DOS	
  SOLOS,	
  DE	
  ACORDO	
  COM	
  O	
  
TAMANHO	
  DA	
  PARTÍCULA	
  E	
  MINERAL	
  	
  
	
  
SOLO / PARTÍCULA / MINERAL SUPERFICIE ESPECÍFICA (m2/g) 
Areia Grossa 0,01 
Areia Fina 0,1 
Silte 1,0 
Caulinita 5-100 
Ilita 100-200 
Vermiculita 300-500 
Montmorilonita 700-800 
20/03/17	
  
8	
  
Estrutura	
  Laminar	
  dos	
  Minerais	
  	
  
Capacidade	
  de	
  Troca	
  CaRônica	
  –	
  CTC	
  
em	
  miliequivalentes	
  por	
  100g	
  	
  
CTC	
  é	
  o	
  número	
  de	
  cáRons	
  solúveis	
  para	
  aRngir	
  um	
  equilíbrio	
  elétrico	
  
ARvidade	
  dos	
  Solos	
  Finos	
  
•  ARvidade	
  	
  	
  =	
  	
  IP/	
  %	
  de	
  solos	
  finos	
  (<2	
  micra)	
  
Mineral	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  	
  ACvidade	
  
20/03/17	
  
9	
  
Algumas	
  caracterísCcas	
  ]sica	
  dos	
  solos	
  
Fase	
   sólida:	
   caracterizada	
   pelo	
   seu	
   tamanho,	
   forma,	
   distribuição	
   e	
   composição	
  
mineralógica	
  dos	
  grãos;	
  
	
  
Fase	
  gasosa:	
  ar,	
  vapor	
  d’água	
  e	
  carbono	
  combinado.	
  É	
  bem	
  mais	
  compressível	
  que	
  as	
  
fases	
  liquida	
  e	
  sólida;	
  
	
  
Fase	
  líquida:	
  pode	
  estar	
  em	
  equilíbrio	
  hidrostáRco	
  ou	
  fluir	
  sob	
  a	
  ação	
  da	
  gravidade	
  ou	
  
de	
  outra	
  forma.	
  
Água nos solos 
Água de constituição: faz parte da estrutura molecular das partículas 
sólidas. É liberada à temperatura acima de 1200oC. 
Ex: montmorilonita: (OH)4Al4Si8O20 x H2O. 
 
Água adesiva ou adsorvida: é uma película que envolve a partícula 
sólida e a ela se adere fortemente. É liberada a temperatura da ordem 
ou acima de 600oC. 
 
Água higroscópica: é aquela resultante de um solo sêco ao ar. Está 
ligada à parte fina do solo. Só é liberada à temperatura acima de 
100oC. 
 
Água livre: é a que preenche todos os vazios do solo e é regida pela lei 
da hidráulica. 
 
Água capilar: é a que nos solos finos sobe pelos canículos, formados 
pelas partículas sólidas e vai além da superfície livre da água. 
 
Fonte: Mouta, 2012 
ParOcula	
  de	
  argila	
  e	
  a	
  água	
  	
  
Água livre 
São aquelas que 
podem ser 
retiradas com 
aquecimento a 
105-110oC. 
Água 
higroscópica 
Água capilar 
20/03/17	
  
10	
  
A	
   invesRgação	
   dos	
   componentes	
  mineralógicos	
   das	
   argilas	
   é	
   de	
   grande	
   importância,	
  
pois	
  o	
  comportamento	
  mecânico	
  destas	
  é	
   função	
  principalmente	
  de	
  sua	
  estrutura,	
  a	
  
qual	
   é	
   fortemente	
   influenciada	
   pela	
   consRtuição	
   mineralógica.	
   As	
   argilas	
   são	
  
consRtuídas	
   de	
   pequenos	
   minerais	
   cristalinos,	
   denominados	
   minerais	
   argílicos,	
   os	
  
quais	
  ordinariamente	
  têm	
  células	
  unitárias	
  com	
  carga	
  residual	
  negaRva.	
  
	
  
De	
  acordo	
  com	
  a	
  estrutura	
  reRcular	
  os	
  minerais	
  de	
  argila	
  consRtuem	
  três	
  grupos:	
  
-­‐	
  Caulinitas,	
  	
  Montmorilonitas	
  e	
  	
  Ilitas.	
  
	
  
Interação	
  Água	
  –	
  Solos	
  Finos	
  (Argilas)	
  
Influencia	
   bastante	
   nas	
  
propriedades	
  das	
  argilas.	
  
	
  
Uma	
  montmorilonita	
  sódica	
  é	
  
muito	
   mais	
   expansiva	
   e	
  
quimicamente	
   aRva	
   do	
   que	
  
uma	
  montmorilonita	
  cálcica.	
  
(a	
   espessura	
   da	
   dupla	
   camada	
   é	
  
maior	
  para	
  cáRons	
  monovalentes	
  
do	
  que	
  para	
  cáRons	
  bivalentes).	
  
CáCons	
  trocáveis	
  (Na+,	
  K+,	
  Ca+2,	
  Mg+2)	
  
Teoria	
  a	
  dupla	
  camada	
  
Dimensão	
  dos	
  grãos	
  (Cpos	
  desolos)	
  	
  
A	
  medida	
  do	
   tamanho	
   relaCvo	
  dos	
   grãos	
  que	
   formam	
  a	
   fase	
   sólida	
  dos	
   solos	
  é	
   chamada	
  de	
  
granulometria.	
  	
  
FRAÇÃO LIMITES (ABNT) 
Matacão de 25cm a 1m 
Pedra de 7,6cm a 25cm 
Pedregulho de 4,8mm a 7,6cm 
Areia Grossa de 2,0mm a 4,8mm 
Areia média de 0,42mm a 2,0mm 
Areia fina de 0,05mm a 0,42mm 
Silte de 0,005mm a 0,05mm 
Argila Inferior a 0,005mm 
Dimensão	
  dos	
  grãos	
  (Cpos	
  de	
  solos)	
  	
  
Métodos	
  usados	
  para	
  determinação:	
  solos	
  grossos	
  –	
  peneiramento	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  solos	
  finos	
  –	
  sedimentação	
  
Pedregulho	
  e	
  areia:	
  são	
  agregados	
  de	
  fragmentos	
  de	
  rochas	
  ou	
  minerais	
  de	
  forma	
  arredondada	
  
ou	
   angulosa	
   (nenhuma	
   plasCcidade).	
   São	
   chamados	
   de	
   solos	
   grossos.	
   Apresenta	
   alta	
  
permeabilidade.	
  
	
  
Siltes	
  e	
  argilas:	
  são	
  chamados	
  solos	
  finos.	
  
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Formas das partículas 
a e b – predominam em pedregulho, areia e silte. 
c e f – predominam nas argilas. 
g – predominam nas turfas puras. 
 
A forma lamelar das argilas é uma das causas de algumas das propriedades 
intrínsecas dos solos argilosos (plasticidade, coesão, etc). 
Fonte: Mouta, 2012 
Formas	
  das	
  parOculas	
  
a	
  e	
  b	
  –	
  predominam	
  em	
  pedregulho,	
  areia	
  e	
  silte.	
  
c	
  e	
  f	
  –	
  predominam	
  nas	
  argilas.	
  
g	
  –	
  predominam	
  nas	
  turfas	
  puras.	
  
	
  	
  
A	
  forma	
  lamelar	
  das	
  argilas	
  é	
  uma	
  das	
  causas	
  de	
  algumas	
  das	
  propriedades	
  intrínsecas	
  dos	
  
solos	
  argilosos	
  (plasRcidade,	
  coesão,	
  etc).	
  	
  
Fração areia 
(0,075<φgrão mm<2) 
Bem arredondado 
Arredondado 
Subarredondado 
Angular 
Subangular 
Obtenção por 
lupa binocular 
Formas	
  das	
  parOculas	
  -­‐	
  Areias	
  
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Formas	
  das	
  parOculas	
  -­‐	
  Argilas	
  
Caulinita	
  
Ilita	
  
Montmorilonita	
  
Forma	
  lamelar	
  
Meio contínuo com “aberturas” interconectadas por onde o fluído passa.
Por simplicidade podemos dividir os solos em dois tipos:
Areias Argilas
A Natureza da Estrutura dos Solos
Areias Argilas
Partículas 
macroscópicas
Partículas 
microscópicas
Drenam facilmente Baixa permeabilidade
Baixa ascensão 
capilar
Elevada ascensão 
capilar
Não contraem Expandem e contraem
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Distribuição Granulométrica
V
V
n v=
s
v
V
V
e =
Porosidade Índice de Vazios
Condutividade hidráulica
V
e
eVv +
=
1
V
e
Vv +
=
1
)1cm(V 24.0
322.0
476.0
6
1
33
==
=
=−=
cmV
e
n
v
π
)1cm(V 17.0
206.0
26.0
6
21
33
==
=
=−=
cmV
e
n
v
π
É o arranjo ou a disposição das partículas constituintes entre si. 
Tipos de estruturas 
 
Ø  Granular simples (areias e pedregulhos) – predominância das forças da 
gravidade na disposição das partículas, que se apoiam umas sobre as outras. A 
estrutura pode ser mais ou menos densa. 
Ø  Alveolar (siltes e areias finas) – predominância de atração molecular sobre o 
peso dos grãos. Este fica na posição que cai, dispondo-se em forma de arcos. 
Estrutura	
  dos	
  solos	
  naturais	
  
 
Ø  Floculada (argilas) – em tais estruturas as ações elétricas desempenham uma 
função importante, com a influência dos íons presentes no meio da 
sedimentação. 
Ø  Esquelética – ( todos os solos) onde, atuam todas as forças e se apresentam 
vários arranjos (ex. argilas marinha). 
Estrutura	
  dos	
  solos	
  
 
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Estrutura	
  dos	
  solos	
  naturais	
  
Floculada e agregada 
Floculada e dispersa Agregada e defloculada 
Estrutura	
   Solos	
   Forças	
  
predominantes	
  
Croqui	
  
Granular	
  
Simples	
  
Pedregulhos	
  e	
  
Areias	
  grossas	
  
Peso	
  ou	
  massica	
  
Alveolar	
  (favo	
  
de	
  abelhas)	
  
Areias	
  finas	
  e	
  
siltes	
  
Atração	
  molecular	
  
Floculada	
   Argilas	
   Forças	
  elétricas	
  
	
  
Esqueleto	
   Todos	
   Todas	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Todas	
  
 
 
RESUMO	
  DAS	
  ESTRUTURAS	
  DOS	
  SOLOS	
  NATURAIS	
  
Amolgamento dos Solos 
Tipos de Amostras 
• Amostras Amolgadas 
 -Estrutura do solo destruída; 
 -Variação na umidade ou índice de vazios; 
 -Sem variação nos constituintes do solo. 
 
• Amostras Indeformadas 
 -Sem destruição (amolgamento) da estrutura do solo; 
 -Sem variação na umidade, índice de vazios e composição 
 química 
 - Pode ter variações nos constituintes do solo. 
 
• Alteração na Resistencia dos Solos 
 
 
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•  Fatores Causadores do Amolgamento (JAMIOLKOWSKI et al., 1985) 
 -Variação nas tensões devido a abertura do furo; 
 -Remoção das tensões cisalhantes de campo; 
 -Geometria e tipo de amostrador; 
 -Método de cravação do amostrador; 
 -Relação entre o diâmetro do amostrador e do corpo de 
prova; 
 -Transporte, armazenagem e manuseio no laboratório. 
 
Amolgamento das Amostras

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