PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

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Direitos e deveres dos servidores
Arts. 116 e 117 da Lei 8112/90
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
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A lei 8112/90 aponta 3 procedimentos:
-sindicância 
-PAD sumário
-PAD comum ou ordinário
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Sindicância se divide em:
-sindicância investigação 
-arquivamento
-ilícito penal
-ilícito administrativo
-sindicância processo(advertência e suspensão por até 30 dias)
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1. Apuração da responsabilidade funcional - dever
1.1. Fundamentos
a) “A autoridade que, na sua jurisdição, tiver ciência de irregularidade no serviço público, é obrigada a promover a sua apuração imediata” (art. 143).
b) “O servidor que, em razão do cargo, tiver conhecimento de irregularidade no serviço público, deve dar conhecimento à autoridade superior para adoção das providências cabíveis” (art. 116, VI).
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c) Constitui crime de condescendência criminosa deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente (art. 320, CP).
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1.2. Instrumentos de apuração (âmbito federal):
 Sindicância.
 - Servidores temporários - art. 10, Lei nº 8.745/93.
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 Servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais (art. 1º).
 Efetivos
 Comissionados
 Em estágio probatório
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Observações: 
1) Questões da vida privada, sem reflexo funcional, não são apuradas mediante PAD.
	Exceção: atividade policial (Lei 4.878/65, art. 43 – embriaguez, inadimplência, lugares impróprios etc.).
2) Não há obrigatoriedade de PAD na exoneração de ofício por reprovação no estágio probatório, pois a mesma não tem natureza de sanção (art. 34, I).
3) O Presidente da República e os Ministros de Estado não respondem a processo administrativo disciplinar (Parecer AGU nº GQ-35).
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1.3. Competência para apuração
 Autoridade mesmo órgão/entidade onde ocorreu a irregularidade.
 Autoridade de órgão/entidade diverso, mediante delegação permanente ou temporária de competência específica pelos Chefes de Poderes, preservadas as competências para julgamento (art. 143, § 3º).
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1.4. Denúncias de irregularidades (art. 144)
 Devem ser apuradas (art. 143).
 Requisitos: 
Autenticidade – deve conter identificação e endereço do denunciante.
Denúncia anônima não deve ser apurada, salvo quando narra fato de formas objetiva e plausível (STJ). 
Escrita
Se for oral, não será apurada.
Fato criminoso ou infração disciplinar.
Se o fato narrado não configura infração disciplinar ou ilícito penal, a denuncia deve ser arquivada por falta de objeto (Art. 144, parágrafo único, Lei 8112/90).
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1.5. Representação 
 Denúncia de ilegalidade, omissão ou abuso de poder na prática de atos administrativos.
 Facultada a qualquer pessoa (cidadão) à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada.
 Dever do servidor público representar (art. 116, XII).
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 Requisitos da representação
 Identificação do representante e representado;
 Indicação precisa do fato ilegal, omissivo ou abusivo;
 Apresentação das provas disponíveis/ indicação das conhecidas; 
 Indicação das testemunhas, se houver.
 Encaminhamento pela via hierárquica.
 Competência da autoridade superior à representada para apreciar, assegurada a ampla defesa (art. 116, parágrafo único).
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2. SINDICÂNCIA
2.1. Conceito
 Instrumento de investigação preliminar de supostas irregularidades ocorridas no serviço público
 Pode ensejar a aplicação das penalidades de advertência e suspensão de até 30 dias.
Art. 143.  A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. 
 Objetivos
 Apurar a materialidade e autoria do fato;
 Constatar a ilicitude (falta disciplinar/crime);
 Punir o acusado (penalidades leves).
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2.2. Modalidades
 Sindicância investigativa (preparatória/pura)
 Simples averiguação de suposta irregularidade
 Efetuada por funcionário ou comissão sindicante.
 Não visa à aplicação de penalidade, mas à abertura de PAD. 
	 Sindicância punitiva (acusatória/processual)
 Propicia a aplicação de penalidade quando confirmada a autoria e materialidade (art. 145, II).
	Art. 145.  Da sindicância poderá resultar: 
	II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; 
 Natureza de processo disciplinar.
 Realizada por Comissão Sindicante (art. 149).
 Exige contraditório e a ampla defesa (art. 5º, LV, CF).
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2.3. Resultados da sindicância:
	 Arquivamento do processo;
 Aplicação de advertência ou suspensão de até 30 dias; 
 Instauração de processo disciplinar (art. 145).
2.4. Remessa de cópia dos autos ao Min. Público
 Quando o relatório concluir que a infração está capitulada como ilícito penal (art. 154, parágrafo único). 
 
2.5. Prazo para conclusão
 30 dias, prorrogáveis por igual período, a critério da autoridade superior (art. 145, parágrafo único).
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3. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD
3.1. Conceito 
 No sentido estrito, PAD é o processo disciplinar integral ou completo – distinto da sindicância e outros meios sumários – destinado a apuração da responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com elas (art. 148).
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3.2. Distinções
 O PAD distingue-se de outros processos disciplinares (processos sumários):
 Sindicância – elucidação de fatos para posterior instauração do PAD ou aplicação de sanções leves.
	 Verdade sabida – conhecimento pessoal da infração pela autoridade competente para sua apuração (servidor comete a falta na presença da autoridade).
 Termo de declarações - esclarecimento pelo próprio servidor (confissão) sobre falta de menor gravidade por ele cometida.
 No âmbito federal, o único meio sumário admitido é a sindicância. 
 Os demais meios são de duvidosa constitucionalidade.
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 Processo Administrativo Disciplinar de Rito Sumário:
1) Acumulação ilegal de cargos, empregos e funções públicas (art. 133)
2) Abandono de cargo, emprego e função pública (art. 140)
 É a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos (art. 138)
3) Inassiduidade habitual do servidor ou empregado público (140)
 Faltas injustificadas por 60 dias interpoladamente, num período de 12 meses.
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Processo Administrativo Disciplinar de Rito Sumário: 
Notificação, por meio da chefia, para opção em 10 dias;
 Instauração por portaria que nomeia a comissão de 2 membros (servidores estáveis);
 Indicação da autoria (nome e matrícula) e da materialidade (descrição dos cargos acumulados, com data de ingresso, horário de trabalho e regime jurídico);
 Instrução sumária (indiciação, citação, defesa (5 dias) e relatório);
 A opção até o final do prazo de defesa caracteriza boa-fé, e converte-se em pedido deexoneração do outro cargo;
 Ilegal a acumulação e não havendo opção, caracteriza má-fé e acarreta a demissão, destituição e cassação de aposentadoria ou disponibilidade dos cargos.
 Julgamento (5 dias).
 Prazo do Processo = 30 dias, prorrogáveis por mais 15.
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3.3. Obrigatoriedade
É necessária a abertura de PAD se a pena, em abstrato, for:
 Suspensão por mais de 30 dias;
 Demissão;
 Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
 Destituição de cargo em comissão.
Art. 146.  Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. 
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3.4. Afastamento preventivo (art. 147)
 Medida cautelar;
 Natureza não punitiva;
 Finalidade - evitar a influência do servidor na apuração;
 Sem prejuízo da remuneração;
 Determinado pela autoridade instauradora;
 Até 60 dias, prorrogáveis por igual prazo, findo o qual, cessam os efeitos, ainda que não concluído o processo.
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3.5. Comissão disciplinar/processante (art. 149)
 Obrigatória – PAD e Sindicâncias Punitivas
 Facultativa - Sindicâncias Investigativas
 Composição (art. 149)
 Três servidores estáveis (do mesmo órgão ou não – art. 143, § 3º );
 Designados pela autoridade instauradora;
 O presidente, indicado pela autoridade instauradora, deve ocupar cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
 O secretário da comissão pode ser um dos membros ou outro servidor designado pelo presidente (149, §1º). 
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 Funcionamento a comissão
	- independência e imparcialidade.
	- Reuniões e audiências reservadas – quando necessário à elucidação do fato ou o interesse da administração o exigir (art. 150, parág. único). 
	- As deliberações nas reuniões dever ser registradas em atas (art. 152, § 2o).
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Impedimentos 
Decorrem de situações objetivas:
a) Cônjuge ou companheiro do acusado;
b) Parentesco com o acusado até o 3º grau (art. 149, § 2º).
c) Servidor não estável ou com punição disciplinar.
Observações:
1) O impedido é obrigado a comunicar - art. 19, parágrafo único, Lei nº 9.784/99.
2) São cabíveis as exceções de impedimento e suspeição (aplicação subsidiária do CPC).
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 Suspeições 
	Decorrem de situações subjetivas:
	a) Amizade/inimizade
	LGPAF: Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou denunciante ou com os respectivos cônjuges, companheiros, advogados, parentes, afins até o terceiro grau
	b) Outras situações (art. 135, CPC):
		- Credor/devedor
		- Beneficiário de presentes
		- Conselheiro de uma das partes;
		- Interesse na causa.
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 Prazos para conclusão do Inquérito (art. 152)
	- 60 dias (da data de publicação do ato que constituir a comissão), prorrogável por igual prazo.
	- Se necessário, pode haver dedicação em tempo integral , com dispensa do ponto.
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3.6. Fases do PAD (art. 151)
I – Instauração
II - Inquérito administrativo
Instrução
Defesa 
Relatório
III - Julgamento
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1ª fase – Instauração (art. 143)
	- Publicação do ato da autoridade instauradora (Portaria) que determina a apuração de responsabilidade e delimita o objeto da investigação, designando os membros da comissão e indicando o seu presidente.
	RECOMENDAÇÃO DA CGU: A Portaria de designação da CPAD não deve consignar os ilícitos, os dispositivos legais transgredidos, nem o autor. 
	Deve apenas fazer referência ao documento ou aos autos que deram origem ao PAD.
	- A publicação pode ocorrer em boletim de circulação interna da repartição.
	- A designação tem caráter obrigatório. O servidor não pode dela declinar, salvo nas exceções legais.
	- Efeitos da instauração:
Interrompe a prescrição (art. 142, § 3º);
Impede exoneração a pedido/aposentadoria voluntária (art. 172).
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2ª fase - Inquérito administrativo (arts. 153 /166)
Procedimentos com o fim de apurar a materialidade e autoria de irregularidades no serviço público;
Realizado por Comissão de três membros;
Contraditório e ampla defesa (art. 153);
Sindicância prévia - será peça informativa do PAD, mas suas conclusões não são vinculantes (art. 154);
Sub-fases do inquérito: 
Instrução
Defesa 
Relatório.
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1ª Subfase - Instrução
 Coleta de provas:
Depoimento (testemunhas e acusado;
Acareações;
Investigações;
Diligências (art. 155);
Perícias (fato que exige conhecimento técnico) – art. 156, §2º. 
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 Depoimentos das testemunhas (art. 157/8). 
 Intimação das testemunhas e do acusado. 
Expedição do mandado pelo presidente da Comissão
A 2ª via com ciência será anexada aos autos.
Se servidor público – comunicar a intimação ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
 O depoimento deve ser oral (não por escrito) e reduzido a termo (art. 158), sendo feito separadamente. 
 Acareação
			Se houver depoimentos contraditórios ou que se infirmem (Termo de Acareação). 
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 Interrogatório do acusado 
 Após inquirição das testemunhas (art. 159).  
Se mais de um, serão ouvidos separadamente.
 Procurador do acusado:
- pode assistir ao interrogatório e à inquirição das testemunhas;
- não pode interferir nas perguntas e respostas;
- pode reinquirir as testemunhas, por meio do presidente. 
 Incidente de insanidade mental do acusado 
 Se houver dúvida sobre a saúde mental;
 Exame médico (junta oficial);
 É processado em apenso (art. 160).
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2ª Subfase - Defesa
 É assegurada durante todas as fases do inquérito;
 Mas há uma fase especial de defesa, que ocorre logo após a instrução.
 Tipificada a infração disciplinar, o acusado é indiciado e citado para apresentar defesa escrita no prazo de 10 dias, prorrogável pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis (art. 161 e §§).
	Indiciado em lugar incerto e não sabido – citação por edital (DOU + jornal de grande circulação no último domicílio).
	Prazo de defesa: 15 dias a partir da última publicação do edital (art. 13 e §§). 
	Se houver dois ou mais indiciados - prazo comum - 20 dias.
	INDICIAMENTO é a especificação dos fatos imputados e das respectivas provas.
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 Revelia
 Ocorre quando o indiciado regularmente citado, não apresenta defesa no prazo legal.
 Deve ser declarada por termo nos autos.
 Devolve prazo para a defesa.
 O revel terá defensor dativo designado pela autoridade instauradora - servidor ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou com nível de escolaridade igual ou superior (art. 164 e §§). 
	Súmula 343, STJ (DJ 21.09.2007): É obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar.
	Súmula Vinculante 5, STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
										
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3ª Subfase - Relatório 
 Resumo minucioso das principais peças dos autos, com referência às provas nas quais a comissão se baseou para formar a sua convicção (art. 165).
 Deve ser conclusivo:Inocência ou responsabilização do servidor.
 No caso de responsabilização, a comissão deve indicar o dispositivo legal/regulamentar transgredido e as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
 Elaborado o relatório, o processo será remetido à autoridade instauradora, para julgamento (art. 166).
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3ª Fase - Julgamento
 Prazo - 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo (art. 167).
 Autoridade competente:
nem sempre é a instauradora do processo, dependerá da penalidade a ser aplicada (art. 141):
I -  Nos casos de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
	- Presidentes da República, das Casas do Legislativo e dos Tribunais Federais, PGR
II - Suspensão superior a 30 (trinta) dias
	- Autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior;
III -  Advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias 	- - Chefe da repartição e outras autoridades;
IV - Destituição de cargo em comissão - autoridade que houver feito a nomeação.
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 Se a pena exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, será o mesmo encaminhado a quem for competente (art. 167, § 1º). 
 Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções - será competente aquele que pode impor a pena mais grave (167, § 2o)
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 Vinculação da autoridade julgadora ao relatório 
É apenas relativa:
Reconhecida a inocência do servidor, haverá o arquivamento do processo, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos (art. 167, § 4º).
O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos, caso em que a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade (art. 168, caput e parágrafo único).
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Processo Disciplinar e Agravamento da Pena Em conclusão de julgamento, a Turma, por maioria, negou provimento a recurso ordinário em mandado de segurança em que se sustentava a nulidade do processo administrativo disciplinar que resultara na demissão de servidor, cuja penalidade de suspensão por trinta dias, sugerida pela comissão processante, fora agravada pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao acolher parecer da consultoria jurídica do Ministério — v. Informativo 463. Inicialmente, aduziu-se que o processo administrativo é um continum, integrado por provas materiais, depoimentos pessoais, manifestações técnicas e outras informações, nos quais se lastreia a decisão final da autoridade competente para prolatá-la. Desse modo, não se vislumbrou qualquer irregularidade ou ilegalidade na demissão do recorrente, haja vista que a decisão atacada levara em conta o parecer da consultoria jurídica, adotando-o como razão de decidir, como também fizera expressa menção aos fatos imputados ao servidor. 
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Vencidos os Ministros Marco Aurélio, relator, e Carlos Britto, que, por considerar ausente a motivação que teria levado ao desprezo do relatório da comissão disciplinar, proviam o recurso para assentar a insubsistência do ato que implicara a demissão do recorrente, com as conseqüências próprias, ou seja, a respectiva reintegração com o pagamento da remuneração alusiva ao período em que esteve afastado em decorrência do ato glosado.RMS 25736/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o acórdão, Min. Ricardo Lewandowski, 11.3.2008. (RMS-25736)
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3.7. Nulidade do Processo (Art. 169)
Será declarada pela autoridade instauradora ou outra de hierarquia superior, se houver vício insanável;
Pode ser parcial ou total;
O ato que anular o processo constituirá outra comissão para instauração de novo processo.
	
	Importante: O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
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3.8. Remessa do Processo ao MP (Art. 171).
É obrigatória a remessa do original dos autos ao MP quando a infração estiver capitulada como crime;
Deverá ficar o traslado dos autos na repartição.
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3.9. Exoneração e aposentadoria a pedido durante o PAD (Art. 172)
São vedadas até a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, caso aplicada. 
Se a exoneração decorrer de reprovação no estágio probatório (não poderia continuar no serviço público), o ato será convertido em demissão. 
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3.10. Revisão Administrativa (art. 174).
 Oportunidade - qualquer tempo, mesmo depois da morte, ausência ou desaparecimento do servidor. 
 Legitimidade 
 - De ofício
 - A pedido:
	- do servidor ou administrado;
	- de pessoa da família, no caso de morte do servidor (§ 1o).
	- do curador, havendo incapacidade mental do servidor (§ 2o). 
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 Fundamento
 Fatos novos (não apreciados) ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
 Não pode se fundamentar na simples alegação de injustiça da penalidade. (art. 176).
 Ônus da prova
	- Cabe ao requerente (art. 175).
 Competência
 Autorização - Ministro de Estado ou autoridade equivalente.
 Instauração - dirigente do órgão ou entidade onde teve origem o processo disciplinar (art. 177);
 Revisão - Comissão Revisora, que terá 60 dias para a conclusão dos trabalhos (art. 179). 
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 Tramitação
 Tramita em apenso ao processo originário (art. 178).
 Efeitos
 Torna sem efeito a penalidade aplicada;
 Restabelece todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração (art. 182).
 Reformatio in pejus
 Não é admitida.