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Engenharia Ambiental - Parte 1

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Engenharia 
Ambiental 
Prof. Erlon Lopes Pereira 
O solo 
Degradação, poluição e medidas de controle 
O magma 
Os magmas são constituídos por 
uma mistura de rocha em estado variável 
de fusão com materiais voláteis, 
composta maioritariamente por silicatos a 
alta pressão e temperatura acompanhados 
por um conjunto variável, em proporção 
e tipo, de íons metálicos e compostos 
voláteis ricos em enxofre, podendo ainda 
conter cristais em suspensão, gases 
dissolvidos e por vezes bolhas de gás. Os 
magmas acumulam-se em geral dentro 
de câmaras magmáticas situadas entre os 
15 e os 150 km de profundidade, com 
temperaturas que variam entre 650 e 
1200 ºC, mas podendo atingir 1560 °C. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Rochas magmáticas 
extrusivas ou vulcânicas 
Rocha formada pelo magma solidificado 
fora da superfície terrestre 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Basalto 
Riolito 
Rochas magmáticas 
intrusivas ou plutônicas 
Rocha formada pelo magma solidificado 
dentro da superfície terrestre 
Gabro 
Granito 
Rochas sedimentares: conceito 
As rochas sedimentares apresentam-se em formas de camadas ou estratos. Nessas rochas 
encontramos fósseis, ao contrário das magmáticas. Elas são formadas a partir da cimentação ou 
junção sob alta pressão de restos de rochas preexistentes (sedimentos). As rochas sedimentares 
cobrem grande parte da superfície continental embora não sejam as mais abundantes do 
planeta. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Como as rochas sedimentares são formadas? 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Em função do tipo de sedimento que as constituem são classificadas em rochas 
sedimentares dentríticas, quimiogenicas e biogenicas 
Rochas sedimentares 
dentríticas: 
Predominantemente 
constituídas pelos detritos de 
outras rochas, resultante do 
processo conhecido como 
"meteorização" de outras 
rochas já existentes. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Rochas sedimentares quimiogenicas: originárias do processo de precipitação de 
minerais em solução e/ou evaporação. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Sal gema ou Halita 
Rochas sedimentares biogenicas: são rochas constituídas de sedimentos de 
origem biológica, resultado dos restos físicos de seres vivos ou resultantes de sua 
atividade. Ex: carvão. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Rochas metamórficas: é 
um tipo de rocha derivado da 
metamorfose (transformação) 
de rochas magmáticas ou 
sedimentares que sofrem 
modificação em sua composição 
atômica, devido à influência das 
diferentes condições do ambiente 
em que estão inseridas em 
comparação aos locais onde 
foram originalmente formadas. 
Dessa maneira, origina-se uma 
nova rocha, com novas 
propriedades e outra composição 
mineral. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
As rochas são formadas por dois 
ou mais minerais agrupados. 
Existem três classificações para 
as rochas, de acordo com a sua 
formação: magmáticas, 
sedimentares e metamórficas. 
Ex: o Granito é feito de quartzo e 
feldspato. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Os minerais são substâncias encontradas na 
natureza, formados por uma composição 
química equilibrada, resultante de milhões de 
anos de processos inorgânicos (ação do calor, 
pressão, etc). Todos os minerais são sólidos. 
 Ex: feldspato, mica, quartzo. 
Características do solo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Processos de formação do solo 
Quais os fatores que afetam a formação do solo? 
 
• A formação de um solo é afetada por uma série de 
fatores: 
•Clima (chuva e temperatura); 
•Materiais de origem (rocha matriz); 
•Topografia; 
•Biota (atividade biológica dos organismos vivos); 
•Tempo; 
•Ação humana. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Características do solo 
• Recurso básico que suporta toda a cobertura vegetal, 
sem a qual os seres vivos não poderiam existir. 
• Os solos são compostos por: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Minerais inorgânicos: 
areia, silte e argila 
Matéria orgânica 
Ar, água e nutrientes 
Proporcionam sua estrutura 
Supre os nutrientes e retém a umidade 
São essenciais para os seres vivos 
Horizontes do solo 
• O solo é formado por várias camadas (horizontes), as quais 
têm diferentes composições biológicas, físicas e químicas: 
• Horizonte O: É o horizonte mais superficial, possui matéria 
orgânica (restos de vegetais e animais); detritos vegetais e 
substâncias húmicas. 
• Horizonte A: camada mineral de solo com teor relativamente 
alto de matéria orgânica e atividade biológica o que confere 
coloração escurecida (melanização). Existem diferentes tipos 
de horizontes A em função da sua composição. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Características do solo 
•Horizonte B: horizonte de materiais 
alterados com baixo teor de matéria 
orgânica. Horizonte rico em areia, silte e 
argila. 
 
•Horizonte C: matéria mineral não 
consolidada com pouca ação biológica; 
 
•Horizonte R: matéria mineral consolidada 
(rocha matriz). 
 UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Propriedades do solo: Características morfológicas do 
solo 
• São características presentes e observáveis nos solos que 
permitem distinguir um determinado tipo de solo dos demais. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Cor 
É de fácil identificação e possibilita fazer 
inferências a respeito do conteúdo de matéria 
orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de 
formação, dentre outros. 
Para que se tenha um padrão de identificação de 
cor do solo, utiliza-se a Carta de Cores de Munsell 
(Munsell Color Charts), que considera as 
variações da cor em escalas de três componentes: 
matiz, valor e croma. 
 
Propriedades do solo: Características morfológicas do 
solo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Textura 
A textura tem grande influência no comportamento físico-hídrico e químico do solo, e por 
isso, sua avaliação é de grande importância para o uso e manejo dos solos utilizados para a 
agricultura. 
 
É expressa pela proporção dos componentes granulométricos da fase mineral do solo, areia, 
silte e argila. 
 
No Brasil, a classificação de tamanho de partículas utilizada segue o padrão disposto a seguir 
(Embrapa, 1979): 
- Argila (< 0,002 mm) 
- Silte (0,002 - 0,05 mm) 
- Areia fina (0,05 - 0,2 mm) 
- Areia grossa (0,2 - 2 mm) 
Propriedades do solo: Características morfológicas do 
solo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
As frações mais grosseiras do que a fração areia são: 
- Cascalho (2 - 20 mm) 
- Calhau (20 - 200 mm) 
- Matacão (> 200 mm) 
Deve ser observada em campo, na descrição morfológica, 
mas seu valor definitivo é dado pela análise granulométrica, 
realizada em laboratório. 
 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Consistência 
A consistência diferencia a adesão e 
coesão de partículas do solo, e refere-
se a resposta as forças externas do 
solo que tentam deformá-lo. Deve ser 
observada em campo em três 
condições de umidade: 
- Consistência seca - avalia o grau de 
resistência à quebra ou esboroamento 
do torrão. É classificada em solta, 
macia,ligeiramente dura, dura, muito 
dura, extremamente dura. 
- Consistência úmida - é dada pela 
friabilidade (reduzir a fragmentos) do 
torrão ligeiramente úmido. É 
classificada em solta, muito friável, 
friável, firme, muito firme, 
extremamente firme. 
- 
Consistência molhada - é observada em amostras 
molhadas, amassadas e homogeneizadas nas mãos. 
Avalia-se a plasticidade (capacidade do material em 
ser moldado), em três tipos: não plástica, 
ligeiramente plástica e muito plástica e; a 
pegajosidade (capacidade de aderência), em três 
tipos: não pegajosa, ligeiramente pegajosa e muito 
pegajosa. 
Propriedades do solo: Porosidade total 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
O espaço do solo não ocupado por 
sólidos e ocupado pela água e ar 
compõem o espaço poroso, definido 
como sendo a proporção entre o 
volume de poros e o volume total de 
um solo. 
 
É inversamente proporcional à Ds e de 
grande importância direta para o 
crescimento de raízes e movimento de 
ar, água e solutos no solo. 
 
A textura e a estrutura dos solos 
explicam em grande parte o tipo, 
tamanho, quantidade e continuidade 
dos poros. 
Porosidade do solo: tipos de poros 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Os tipos de poros estão associados à sua forma, que por sua vez tem relação direta com sua 
origem. Porosidade total (poros entre os elementos de textura + poros dos 
agregados+bioporos) 
 
Agregados do solo: São basicamente a união de partículas primárias do solo que se juntam 
através da atuação de microrganismos do solo, atividades de raízes de plantas e pela própria 
matéria orgânica do solo, formando pequenas estruturas responsáveis pela proteção do 
carbono do solo e manutenção de uma estrutura ideal para o desenvolvimento das plantas. 
A- agregados do solo; B- Torrão 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Bioporos: são arredondados e formados 
por morte e decomposição de raízes ou 
como resultado da atividade de animais ou 
insetos do solo, como minhocas, térmitas. 
 
Porosidade do solo: tipos de 
poros A classificação mais usual da porosidade refere-se 
à sua distribuição de tamanho em duas classes: 
micro e macroporosidade. 
A microporosidade é uma classe de tamanho de 
poros que, após ser saturada em água, a retém 
contra a gravidade. 
Os macroporos, ao contrário, após serem 
saturados em água não a retém, ou são esvaziados 
pela ação da gravidade. A funcionalidade desses 
poros fica evidente quando se considera que os 
microporos são os responsáveis pela retenção e 
armazenamento da água no solo e os macroporos 
responsáveis pela aeração e pela maior 
contribuição na infiltração de água no solo. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Porosidade do solo: o solo como reservatório 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Porosidade total do solo e separação em macro e 
microporosidade 
A determinação da porosidade total (Pt) em laboratório é feita, principalmente, de 
dois modos: 
1) saturando-se uma amostra de solo e medindo-se o volume de água contido 
2) por cálculo conhecendo-se a Ds e a Dp 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Porosidade: separação em macro e microporosidade 
A separação da porosidade total em micro e macroporos é feita 
em laboratório, drenando-se a água dos macroporos usando uma 
sucção leve (-6kPa) em mesa de tensão medindo-se o volume de 
água que permanece na amostra, que é igual ao volume de 
microporos. 
Conhecendo-se a Pt, calcula-se a macroporosidade por 
diferença. 
O tamanho aproximado ao limite entre micro e macroporos é 50 
µm. Portanto: 
 Em solos arenosos há predominância de macroporos enquanto 
em solos argilosos a tendência é predominar microporos. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Porosidade: separação em macro e microporosidade 
 A origem do tamanho de poros relaciona-se ao tamanho de partículas e são considerados de 
natureza textural ou porosidade textural. Quando as partículas se organizam em agregados, 
há a criação de poros no solo, geralmente poros grandes entre agregados, sendo considerado 
porosidade estrutural, essa última é especialmente importante em solos argilosos onde os 
macroporos são formados como conseqüência da estruturação. 
 
 Em solos argilosos bem estruturados como muitos latossolos temos porosidade textural 
dentro dos agregados e estrutural entre agregados, e nesses solos a macroporosidade é uma 
boa indicadora da condição estrutural ou física do solo. 
 
 A aeração dos solos refere-se à habilidade de um solo atender a demanda respiratório da 
vida biológica do solo. Para isso, há necessidade de contínua troca de oxigênio e CO2 entre 
a atmosfera e o solo e, para que isso ocorra, é de grande importância a presença de 
macroporos. 
 Normalmente, considera-se que o espaço aéreo de 10 % de macroporos é suficiente para 
arejar o solo e satisfazer a demanda respiratório no solo. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Compactação e diminuição da porosidade 
Compactar do Solo é reduzir os vazios deixando o solo 
mais denso. 
É um processo decorrente da manipulação intensiva, 
quando o solo perde sua porosidade, portanto, ocorre a 
redução do volume do solo com a expulsão de ar e que 
devido aos processos antrópicos. 
A compactação do solo é um efeito desejado em 
construções civis e de rodovias. Mas é altamente 
prejudicial em solos destinados à atividade agrícola e 
conservação ambiental. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
A Compactação afeta mais a distribuição dos poros do que a porosidade total 
 Impacto negativo na difusão de oxigênio e crescimento de raízes 
Compactação e diminuição da porosidade 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Descompactação 
Escarificadores 
Arados 
Descompactadores 
com grades 
A aração escarificação e gradagem não só rompem 
o solo, mas também revolvem a terra e transferem 
estas partes compactadas para as camadas mais 
profundas. A utilização dessas máquinas, tem 
contribuído para o surgimento das camadas 
compactadas subsuperficiais (soleira, pé de arado 
ou pé de grade). 
A escarificação biológica – se baseia no cultivo 
de espécies com sistema radicular profundo, como 
nabo forrageiro e o milheto, para descompactar o 
solo. A escarificação biológica não envolve 
qualquer procedimento de distúrbio do solo. Além 
disso, o crescimento radicular das plantas em 
profundidade pode proporcionar uma maior 
atividade microbiológica, derivada dos rizo 
depósitos das raízes. 
Rotação de culturas e plantio direto 
Inserção de matéria orgânica 
1- Argissolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Nesses solos é possível observar um desenvolvimento 
de cores, estrutura e textural diferenciadas da superfície 
para baixo. 
 Os Argissolos formam uma classe bastante heterogênea 
que, em geral, tem em comum um aumento substancial 
no teor de argila, variando a partir da superfície de 
arenosa a argilosa, e de média a muito argilosa. 
 São bem estruturados, apresentam profundidade 
variável e cores predominantemente avermelhadas ou 
amareladas. 
 A fertilidade natural é variável, com predomínio de 
solos de relativa pobreza de nutrientes, embora ocorram 
áreas de ótima fertilidade natural. 
2- Cambissolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Característica marcante: Incipiente (inicial) 
estágio de evoluçãodo horizonte subsuperficial, 
apresentando, em geral, fragmentos de rochas 
permeando a massa do solo e/ou minerais 
primários. 
 
 Fraco desenvolvimento de estrutura e cor, 
pequeno ou nulo incremento de argila entre os 
horizontes superficiais e subsuperficiais e teores 
relativamente mais elevados de silte em 
profundidade. 
 
 O horizonte B incipiente ocorre abaixo de 
horizonte superficial de cor escura, rico em 
matéria orgânica e muito fértil. 
3- Chernossolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 São solos com evolução não muito 
avançada, caracterizando-se pela presença 
de um horizonte A normalmente espesso, 
escuro, bem estruturado. 
 
 São solos moderadamente ácidos a 
fortemente alcalinos, ricos em carbono e 
matéria orgânica, muito férteis, com 
elevados teores de cálcio e magnésio. 
 
 Geralmente pouco profundos podendo ou 
não apresentar aumento de teor de argila em 
profundidade. 
4- Espodossolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Característica marcante: São 
predominantemente arenosos, desde a 
superfície a profundidade. 
 
 Na superfície pode-se observar 
acúmulo de matéria orgânica 
associada a compostos de alumínio. 
 
 Pode ou não conter compostos de 
ferro. 
 
 São muito pobres e muito ácidos, com 
altos teores de alumínio trocável. 
5- Gleissolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Solos constituídos por material mineral com 
horizonte glei (mineral e superficial), 
popularmente conhecido como tabatinga. 
 Caracteriza-se pela forte manifestação de cores 
predominantemente acinzentadas, iniciando-se 
dentro dos primeiros 150 cm da superfície, 
imediatamente abaixo do horizonte A ou de 
horizonte orgânico. 
 Material predominantemente argiloso e muito 
argiloso que passou por processos de oxidação e 
redução em ambiente hidromórfico saturado por 
água, mal ou muito mal drenados. 
 Geralmente estão associados 
 ao material sedimentar recente nas proximidades 
de cursos d’água. 
6- Latossolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Característica marcante: Horizonte 
subsuperficial uniforme em cor, textura e 
estrutura (horizonte B latossólico). 
 São solos profundos, em geral muito pobres, 
ocupando as superfícies mais velhas e estáveis 
da paisagem. 
 A intemperização intensa dos constituintes 
minerais resulta na maior concentração relativa 
de argilo-minerais resistentes (óxidos e 
hidróxidos de ferro e de alumínio). 
 São de textura variável, de média a muito 
argilosa, porosos, macios e permeáveis, 
apresentando pequena diferença no teor de 
argila em profundidade e, comumente, são de 
baixa fertilidade natural. 
7- Luvissolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 São solos com horizonte B textural, alta 
saturação por bases e argila de atividade 
alta. 
 
 Evolução pedogenética conjugada à 
produção de óxidos de ferro e mobilização 
de argila da parte mais superficial com 
acumulações em horizonte subsuperficial. 
 
 Eram denominados anteriormente de 
Brunos Não Cálcicos. Normalmente são 
pouco profundos, de coloração 
avermelhada ou amarelada, com estrutura 
bem desenvolvida e alta fertilidade 
natural. 
8-Neossolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Solos pouco evoluídos, sem horizonte B 
diagnóstico definido, seja pela reduzida 
atuação dos processos de formação ou 
por características inerentes ao material 
originário. 
 
 Pouca diferenciação de horizontes, com 
individualização de horizonte A, seguido 
de horizontes C ou R (rocha), 
apresentando predomínio de 
características herdadas do material 
originário. 
 
 São pouco evoluídos, jovens, constituídos 
por material mineral, ou por material 
orgânico com menos de 20 cm de 
espessura. 
9- Nitossolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 São solos de textura argilosa ou muito 
argilosa nas partes superiores e que 
apresentam pouco ou nenhum incremento de 
argila em profundidade. 
 
 São normalmente profundos, bem drenados, 
estruturados e de coloração variando de 
vermelho a brunada, moderadamente ácidos 
e de fertilidade natural muito variável. 
 
 Em geral, são moderadamente ácidos são 
solos constituídos por material mineral, com 
pouca diferenciação textural e estrutura bem 
desenvolvida e cerosidade bastante nítida. 
10- Organossolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 São solos orgânicos (solos com 
predominância de material orgânico 
sobre material mineral) pouco 
evoluídos, com elevados teores de 
carbono. 
 
 De coloração preta, cinzenta muito 
escura ou brunada. 
 
 São solos resultantes de acumulação de 
restos vegetais, em graus variáveis de 
decomposição, em condições de 
drenagem restrita (ambientes mal a 
muito drenados), ou em ambientes 
úmidos de altitudes elevadas. 
11- Planossolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Em síntese, são solos constituídos por material mineral 
com horizonte A ou E seguidos 
de horizonte B mais pesado. 
 
Possuem horizonte superficial (O e A) de textura 
arenosa, que contrasta abruptamente com o horizonte 
subsuperficial imediatamente subjacente. 
 
Em profundidade ele se mostra adensado e 
extremamente endurecido quando seco, com acentuada 
concentração de argila, bem estruturado e de 
permeabilidade muito lenta. 
 
Apresentando visíveis sinais de hidromorfismo que se 
manifesta nos atributos de cores acinzentadas e 
oscilações visíveis. 
12- Plintossolo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 Geralmente formadas por sedimentos argilo-
arenosos em deposição. 
 A característica mais importante desses solos é a 
presença de manchas ou mosqueados 
avermelhados (plintita), geralmente compondo 
um emaranhado de cores cinzentas, vermelhas e 
amareladas, bem contrastante com a matriz do 
solo. 
 Pode ou não conter nódulos ou concreções que 
são constituídos por uma mistura de argila. 
 São acidos, pobres em carbono orgânico reserva 
de nutrientes, mas ricos em ferro e alumínio, 
com quartzo e outros materiais. 
 Encontram-se em regiões de escoamento lento 
de água como: relevo plano e suave ondulado, 
em áreas deprimidas e terços inferiores de 
encosta. 
13- Vertissolos 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 A característica mais importante é a 
pronunciada mudança de volume conforme 
a variação do teor de umidade devido ao 
elevado teor de argilas. 
 Possui a presença de fendas de retração 
largas e profundas que se abrem desde a 
superfície do solo, nos períodos secos. 
 São de coloração acinzentada ou preta, sem 
diferença significativa no teor de argila 
entre a parte superficial e a subsuperficial 
do solo. 
 São de elevada fertilidade química, mas 
apresentam problemas de natureza física, 
como baixa permeabilidade, textura muito 
pesada e drenagem lenta. 
• A ação antrópica tem modificado o solo de forma 
rápida e intensa, não permitindo a sua recomposição: 
•Desmatamento; 
•Erosão; 
•Escavações e aterros; 
• Impermeabilização; 
•Salinização; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Atividades antrópicas e influência nas características do solo 
Atividades antrópicas e influência nas características do solo 
•Aplicações de fertilizantes e pesticidas; 
•Disposição de resíduos; 
•Práticas agropecuárias; 
•Mineração.• Consequentemente, tem-se constatado a degradação 
do solo em várias áreas, com muitos prejuízos para o 
próprio homem. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Degradação do solo 
• As atividades humanas causam muitas mudanças no 
solo, as quais podem ser: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Alterações físicas Alterações químicas 
 Mudanças na estrutura pela 
atividade agropecuária 
 Queimadas 
 Erosão 
 Impermeabilização 
 Movimentos de terra 
 Disposição de resíduos 
sólidos e líquidos 
 Salinização 
 Aplicação de pesticidas 
 Fertilização artificial 
 Queimadas 
Degradação do solo 
• Essas alterações repercutem sobre os organismos vivos 
que vivem no solo, cujas atividades são importantes 
para garantir a sua fertilidade. 
• Exemplos: 
•A atividade agrícola é responsável por grandes modificações 
no solo, podendo provocar: 
• Desmatamentos de extensas áreas; 
• Erosão; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Degradação do solo 
• Exemplos: 
• Mudanças na estrutura do solo; 
• Salinização; 
• Compactação; 
• Perda da fertilidade ao longo do tempo; 
• Poluição por fertilizantes e pesticidas. 
 
•A criação de animais em áreas restritas pode provocar, por 
causa do pisoteamento, a compactação do solo. Assim, 
recomenda-se ocupação alternada de áreas. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Degradação do solo 
• Exemplos: 
•Os movimentos de terra (áreas de empréstimo ou mineração) 
ocasionam profundas modificações em áreas extensas, 
deixando-as improdutivas e desfiguradas. 
 
•As queimadas, cujo o objetivo é a limpeza rápida dos terrenos, 
resultam em graves prejuízos ao solo, como: 
• Infertilidade, pela queima da matéria orgânica e de organismos; 
• Fechamento dos poros, reduzindo a penetração da água e do ar. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Degradação do solo 
• Salinização do solo 
•Pode ser natural ou consequência da prática de irrigação. 
 
•Salinização natural: 
• Carreamento, pela água, de sais dissolvidos de áreas vizinhas; 
 
• Nível da água subterrânea é muito elevado, a qual, ao evaporar, ocasiona 
o aumento da concentração de sais na camada superior do solo. 
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Degradação do solo 
• Salinização do solo 
•Salinização como consequência de irrigação mal executada: 
• Uso de água com alta salinidade; 
 
• Água aplicada em excesso (acumulação na camada superior do solo); 
 
• Drenagem inadequada da água aplicada. 
 
•Em regiões semiáridas, onde é intenso o processo de 
evaporação da água, os riscos de salinização são maiores. 
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Degradação do solo 
• Salinização do solo 
•O aumento do teor de sais causa prejuízos às culturas, 
podendo tornar o solo impróprio para práticas agrícolas. 
 
•Portanto, medidas devem ser adotadas para evitar ou 
minimizar a salinização do solo em projetos de irrigação, cujos 
objetivos são: 
• Reduzir a evaporação da água; 
• Aumentar a sua infiltração (drenagem adequada). 
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Degradação do solo 
• Salinização do solo 
•Medidas de controle: 
• Utilização de águas com baixo teor de sódio; 
• Aplicação de quantidade suficiente de água; 
• Adequado sistema de drenagem; 
• Manutenção da bioestrutura superficial do solo para facilitar a infiltração 
da água (adubação orgânica, cobertura morta ou vegetal, cultivo correto, 
equilíbrio de nutrientes); 
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Degradação do solo 
• Salinização do solo 
•Medidas de controle: 
• Redução da evaporação da água (barreiras vegetais, cobertura morta ou 
vegetal). 
• Rotação de culturas (plantas que absorvem os sais do solo). 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Processo de desagregação e remoção de partículas do solo 
pela ação da água (erosão hídrica) e do vento (erosão eólica). 
•Ocorre naturalmente de forma lenta, sendo intensificado pelo 
uso incorreto do solo, da água e da vegetação durante as 
atividades humanas. 
•O agente de erosão mais importante é a água, e a ação que 
mais contribui para esse processo é a supressão vegetal. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Processo de erosão: 
• Inicialmente, acontece o arraste uniforme da 
camada mais superficial (erosão laminar). 
 
• Com o tempo, vão se formando regos ou 
sulcos (erosão em sulcos). 
 
• O agravamento do processo conduz à 
formação de grandes valas ou grotas 
(voçorocas). 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Vários fatores contribuem para a maior ou menor ocorrência da 
erosão do solo: 
• Cobertura vegetal; 
 
• Intensidade, duração e frequência das chuvas; 
 
• Tipo de solo; 
 
• Topografia do terreno. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•As atividades humanas também podem acelerar esse processo: 
• Desmatamento: áreas extensas, terrenos de encostas, mata ciliar, locais 
de solos erodíveis; 
• Práticas agrícolas: monoculturas, culturas não perenes, plantio em 
encostas, cultivo intensivo, uso de máquinas e implementos agrícolas; 
• Queimadas; 
• Agropecuária: criação excessiva de animais em áreas de pastagem; 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
• Movimentos de terra: escavações e aterros; 
• Alterações no escoamento natural das águas: barramentos, alterações 
nos cursos de água, drenagem artificial; 
• Impermeabilização do solo: construções, pavimentações, compactação; 
• Mineração; 
• Execução de obras. 
 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Consequências: 
• Redução da produtividade agrícola: 
• Arraste da camada superior do solo (matéria orgânica e nutrientes); 
 
• Aumento da necessidade da aplicação de fertilizantes artificiais (maior 
custo de produção e problemas ambientais). 
 
• Desertificação resultante de erosão intensa que causa o esgotamento 
total do solo. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Consequências: 
• Assoreamento dos recursos hídricos: 
• Redução das calhas de escoamento e dos volumes de armazenamento, 
resultando em transbordamentos da água e inundações; 
 
• Redução da capacidade de fornecer água para seus diversos usos; 
 
• Soterramento de ovos de peixes e de outros organismos que se 
reproduzem no fundo dos mananciais; 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Consequências: 
• Assoreamento dos recursos hídricos: 
• Aumento da turbidez da água; 
• Diminuição da penetração da luz solar; 
• Redução da fotossíntese e, logo, da produção de oxigênio. 
• Deslizamentos de encostas pela erosão do solo em terrenos com grande 
declividade. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Proteção da vegetação (medida mais eficaz): 
• Terrenos com grandes declividades (encostas); 
• Margens de recursos hídricos; 
• Terrenos de solos desagregáveis (erodíveis); 
• Ecossistemas como as florestas, as dunas e os manguezais; 
• Áreas de recarga de aquíferos. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Disciplinamento do uso/ocupação do solo: 
• A ocupação de terrenos de encostas deve ser feita de modo controlado; 
 
• Áreas de preservação permanente: topos de morro e terrenos com 
declividade > 100% (45°); 
 
• Taxas de ocupação e de permeabilidade variáveis com a inclinação do 
terreno. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Ocupação do solo em terreno de encosta 
Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Proteção do escoamento das águas: 
• Preservar os sistemas naturais de escoamento e armazenamento das 
águas (rios, riachos, lagos, lagoas, áreas de amortecimento de cheias, 
vales secos). 
 
• Práticas agrícolas adequadas: 
• Plantio em curva de nível em encostas; 
• Cordões de vegetação permanente; 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Práticas agrícolas adequadas: 
• Controle das queimadas; 
• Rotação de culturas; 
• Associação de culturas (Ex.: milho + feijão); 
• Cobertura morta do solo; 
• Adubação orgânica. 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Controle dos movimentos de terra em obras de engenharia: 
• Remoção da vegetação apenas onde for realmente necessário (gradual); 
• Cobertura morta temporária nas áreas desmatadas; 
• Obras para dirigir ou reter o fluxo da água (valas, canais); 
• Espalhar os restos vegetais e a primeira camada do solo previamente 
removidos em áreas de empréstimos; 
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Degradação do solo 
• Erosão do solo 
•Medidas de controle: 
• Controle dos movimentos de terra em obras de engenharia: 
• Regularizar a topografia das áreas de empréstimos; 
• Plantar gramíneas e executar sistemas de drenagem em taludes. 
 
• Reflorestamento de áreas degradadas: 
• Uso preferencial de vegetação nativa. 
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Poluição do solo 
• Qualquer alteração provocada nas suas características, 
por produtos químicos ou resíduos, tornando-o danoso 
ao homem e a outros organismos ou prejudicando os 
seus usos (Mota, 2012). 
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Principais fontes de poluição do solo 
Fertilizantes 
artificiais 
Pesticidas 
Resíduos 
sólidos 
Esgoto 
Poluição do solo 
• Poluição por fertilizantes 
•O uso contínuo de grandes quantidades de fertilizantes pode 
ocasionar modificações no solo: 
• Decréscimo do teor de matéria orgânica; 
• Degradação de suas características físicas, alterando a capacidade de 
retenção e escoamento das águas. 
 
•Consequentemente, há uma maior lixiviação dos nutrientes 
aplicados, sendo necessário utilizá-los cada vez mais. 
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Poluição do solo 
• Poluição por fertilizantes 
•Os fertilizantes, alcançando os alimentos ou a água, podem 
causar danos à saúde humana: 
• Nitrato combina-se com a hemoglobina, causando a metemoglobinemia; 
 
• Nitrato, reagindo com aminas, produzem nitrosaminas, as quais são 
cancerígenas; 
 
• Impurezas químicas (arsênio e metais pesados) podem causar 
intoxicações, câncer, e outros danos. 
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Poluição do solo 
• Poluição por fertilizantes 
•O carreamento de fertilizantes para as águas superficiais pode 
resultar no problema da eutrofização. 
 
• Poluição por pesticidas 
•Os pesticidas, usados diretamente nas culturas ou por aplicação 
aérea, alcançam o solo, podendo permanecer por muito 
tempo ou serem carreados para as coleções de água. 
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Poluição do solo 
• Poluição por pesticidas 
•Nas plantas, no solo ou na água, os pesticidas podem 
incorporar-se à cadeia alimentar e causar danos à saúde 
humana. 
 
•Os principais impactos do uso de pesticidas são: 
• Aumento do número de pragas resistentes; 
• Destruição de insetos úteis; 
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Poluição do solo 
• Poluição por pesticidas 
• Mortalidade de animais; 
• Desenvolvimento de pragas secundárias; 
• Interferência na formação da casca dos ovos de aves; 
• Destruição de plantas úteis; 
• Contaminação de alimentos de origem vegetal ou animal; 
• Danos à saúde humana. 
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Poluição do solo 
• Poluição por resíduos sólidos 
•A disposição de resíduos sólidos no solo pode resultar em vários 
problemas: 
• Desfiguração da paisagem; 
 
• Produção de maus odores; 
 
• Proliferação de insetos e roedores transmissores de doenças; 
 
• Presença de catadores (problema social e de saúde pública); 
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Poluição do solo 
• Poluição por resíduos sólidos 
• Poluição da água (resíduos ou lixiviado); 
 
• Produção de gases (metano); 
 
• Poluição do ar (queima dos resíduos). 
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Poluição do solo 
• Poluição por esgotos 
• Lançamento de resíduos líquidos (esgotos) no solo. 
 
•Os dejetos de origem humana contribuem para a transmissão 
de doenças (especialmente, verminoses). 
 
•Os esgotos domésticos ou industriais, dispostos no solo, 
podem alcançar mananciais de água por carreamento 
superficial ou infiltração, poluindo-os. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição do solo 
• Medidas de controle: 
•Utilização controlada de fertilizantes; 
 
•Uso de adubação orgânica e adoção das medidas de controle 
da erosão; 
 
•Controle da aplicação de pesticidas; 
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Poluição do solo 
• Medidas de controle: 
•Manejo ecológico e integrado de pragas para evitar ou reduzir 
o uso de defensivos agrícolas; 
 
•Destino adequado para os resíduos sólidos (aterros 
sanitários); 
 
•Sistemas adequados de esgotamento sanitário. 
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A água 
Qualidade, poluição e medidas de controle 
Disponibilidade e usos da água 
• A maior parte do nosso planeta está coberta por água, 
porém somente uma pequena quantidade é utilizável. 
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97,5% 
2,5% 
Distribuição de água na Terra 
Água salgada Água doce
68,9% 29,9% 
0,9% 
0,3% 
Distribuição de água doce na Terra 
Calotas polares e geleiras Águas subterrâneas
Umidade dos solos Rios e lagos
Disponibilidade e usos da água 
• Em termos globais, a água disponível é muito superior 
ao total consumido pela população. 
• Contudo, a distribuição é desigual, não estando de 
acordo com as necessidades das atividades humanas. 
• Além disso, a crescente degradação dos recursos 
hídricos prejudica os diversos usos da água. 
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Disponibilidade e usos da água 
• Os usos da água podem ser: 
•Consuntivos: 
• Abastecimento humano; 
 
• Abastecimento industrial; 
 
• Irrigação; 
 
• Dessedentação de animais. 
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Disponibilidade e usos da água 
•Não consuntivos: 
• Recreação e paisagismo; 
 
• Geração de energia elétrica; 
 
• Conservação da flora e fauna;• Navegação e pesca; 
 
• Diluição, assimilação e afastamento de despejos. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Disponibilidade e usos da água 
• Com o aumento da população e a intensificação das 
atividades humanas, há um maior consumo de água. 
• Consequentemente, são produzidos resíduos líquidos 
que voltam para os recursos hídricos, alterando a sua 
qualidade. 
• Cada uso requer uma determinada qualidade de água. 
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Disponibilidade e usos da água 
• Alguns usos provocam alterações nas características da 
água, tornando-a imprópria para outras finalidades. 
 
• Logo, há necessidade do manejo adequado dos 
recursos hídricos: 
•Compatibilizar os seus diversos usos; 
 
•Observar aspectos qualitativos e quantitativos para cada fim. 
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Propriedades da água 
• Peso específico: 
•Possibilita a existência do plâncton, que vivem em suspensão. 
 
• Viscosidade: 
•A resistência que a água oferece ao deslocamento ou atrito dos 
corpos em suspensão também permite a sobrevivência dos 
organismos planctônicos no meio líquido. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Propriedades da água 
• Tensão superficial: 
•A película existente no limite entre a água e o ar possibilita a 
movimentação de aves aquáticas, a sustentação de 
pequenos animais e a reprodução de insetos. 
 
•A introdução de substâncias tensoativas na água (sabões e 
detergentes) causa a redução ou o rompimento da rigidez da 
película de tensão superficial. 
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Propriedades da água 
• Calor específico e temperatura: 
•Devido ao seu alto calor específico, a água pode absorver 
grandes quantidades de calor sem que ocorram elevações 
bruscas de temperatura. 
 
•Mudanças na temperatura podem alterar outras propriedades 
da água: 
• ↑ T: redução da viscosidade e do teor de oxigênio dissolvido; 
• ↓ T (até 4 ºC): aumento da densidade. 
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Propriedades da água 
• Oxigênio dissolvido (OD): 
•Provém do ar (agitação da água) e da fotossíntese 
(transparência da água). 
•O teor de OD da água depende da altitude e da temperatura: 
• 8,4 mg/L a 25 °C e ao nível do mar; 
• 6,7 mg/L a 30°C e 1000 m de altitude. 
•A saturação de OD da água do mar é, em média, 20% inferior à 
da água doce, devido ao seu elevado teor de sais dissolvidos. 
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Saturação!! 
Propriedades da água 
• Transparência: 
•Tem grande importância ecológica: fotossíntese. 
 
•A elevação da cor ou da turbidez da água causa a diminuição 
da transparência. 
 
• Gás carbônico: 
• Indispensável à realização da fotossíntese. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Propriedades da água 
• Gás carbônico: 
•Proveniente do ar, da respiração dos organismos aquáticos e 
ou da decomposição da matéria orgânica. 
 
• Sais minerais: 
• Indispensáveis à realização da fotossíntese. 
 
•Nutrientes (NPK): eutrofização. 
 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Propriedades da água 
• Matéria orgânica: 
• Fonte de carbono, nutrientes e energia para os seres 
heterótrofos; 
•A partir da sua decomposição, torna-se fonte de nutrientes e 
gás carbônico para os autótrofos. 
•O lançamento de resíduos na água pode aumentar a 
quantidade de matéria orgânica e, consequentemente, reduzir 
o OD do meio pela ação intensa da decomposição aeróbia. 
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Parâmetros de qualidade da água 
• Para caracterizar uma água, são determinados diversos 
parâmetros, os quais representam as suas caracterís-
ticas físicas, químicas e biológicas. 
 
• Esses parâmetros são indicadores da qualidade da 
água e constituem impurezas quando alcançam valores 
superiores aos estabelecidos para determinado uso. 
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Parâmetros de qualidade da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Físicos Químicos Biológicos 
 Cor 
 Turbidez 
 Temperatura 
 Sabor e odor 
 pH e alcalinidade 
 Matéria orgânica 
 Nutrientes (N e P) 
 Oxigênio dissolvido 
 Dureza 
 Ferro e manganês 
 Cloretos e fluoretos 
 Outros 
 Coliformes 
 Algas 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros físicos 
•Cor: 
• Presença de substâncias dissolvidas; 
 
• Pode ser causada por: 
• Ferro ou manganês; 
• Decomposição da matéria orgânica (principalmente vegetais); 
• Algas; 
• Esgotos industriais e domésticos. 
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Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros físicos 
•Turbidez: 
• Presença de matéria em suspensão; 
 
• Pode ser causada por: 
• Argila; 
• Silte; 
• Substâncias orgânicas finamente divididas; 
• Microrganismos. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros físicos 
•Temperatura: 
• Medida da intensidade de calor; 
• Influi em algumas propriedades da água. 
 
•Sabor e odor: 
• Causas naturais: algas, vegetação em decomposição, bactérias, fungos, 
sulfetos, sulfatos, cloretos; 
• Causas artificiais: esgotos domésticos e industriais. 
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Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•pH: 
• Representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH-; 
• Indica se uma água é ácida (pH < 7), neutra (pH = 7) ou alcalina (pH > 7); 
• Depende da origem e das características naturais da água, mas pode ser 
alterado pela introdução de resíduos; 
• pH baixo: água corrosiva; 
• pH elevado: incrustações nas tubulações. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Alcalinidade: 
• Causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; 
 
• Mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos; 
 
• Em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água; 
 
• Tem influência nos processos de tratamento da água (coagulação). 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Matéria orgânica: 
• Pode causar alguns problemas, como cor, odor, turbidez e consumo do 
oxigênio dissolvido pelos organismos decompositores; 
 
• Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica 
na água: 
• Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); 
 
• Demanda Química de Oxigênio (DQO). 
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Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Nutrientes (N e P): 
• O nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: orgânica, 
amônia, nitrito e nitrato. 
 
• São causas do aumento do nitrogênio na água: 
• Esgotos domésticos e industriais; 
• Fertilizantes; 
• Excrementos de animais. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Nutrientes (N e P): 
• O fósforo encontra-se na água nas formas de: ortofosfato, polifosfato e 
fósforo orgânico; 
 
• Suas principais fontes são: 
• Dissolução de compostos do solo; 
• Decomposição da matéria orgânica; 
• Esgotos domésticos e industriais; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Nutrientes (N e P): 
• Fertilizantes;• Detergentes; 
• Excrementos de animais. 
 
• São indispensáveis ao crescimento de algas, mas, em excesso, causam a 
eutrofização. Além disso, a amônia é toxica aos peixes, e o nitrato pode 
causar a metemoglobinemia. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Oxigênio Dissolvido (OD): 
• Indispensável aos organismos aeróbios; 
 
• Em condições normais, o teor de saturação de OD na água depende da 
altitude e da temperatura; 
 
• Águas com baixos teores de OD indicam que receberam matéria 
orgânica (decomposição aeróbia). 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Dureza: 
• Presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e magnésio); 
 
• Em teores elevados: 
• Causa sabor desagradável e efeitos laxativos; 
 
• Reduz a formação da espuma do sabão, aumentando o seu consumo; 
 
• Provoca incrustações nas tubulações e caldeiras. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Dureza: 
• Classificação das águas, em termos de dureza (em CaCO3): 
• < 50 mg/L CaCO3: água mole; 
 
• Entre 50 e 150 mg/L CaCO3: água com dureza moderada; 
 
• Entre 150 e 300 mg/L CaCO3: água dura; 
 
• > 300 mg/L CaCO3: água muito dura. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
• Ferro e manganês: 
• Dissolução de compostos do solo ou de despejos industriais; 
 
• Causam coloração avermelhada (ferro) e marrom (manganês); 
 
• Conferem sabor metálico à água; 
 
• Águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento de ferrobactérias, que 
causam maus odores e coloração à água, e obstruem canalizações. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Cloretos: 
• Geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de águas 
do mar; 
 
• Também podem advir dos esgotos domésticos ou industriais; 
 
• Em altas concentrações, conferem sabor salgado ou propriedades 
laxativas à água. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
• Fluoretos: 
• Têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; 
 
• Em concentrações mais elevadas, podem provocar: 
• Alterações da estrutura óssea; 
 
• Fluorose dentária: manchas escuras nos dentes. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros químicos 
•Componentes inorgânicos: 
• Ex.: arsênio, metais pesados e cianetos. 
 
• A partir de despejos industriais ou atividades agrícolas, de garimpo e de 
mineração. 
 
•Componentes orgânicos: 
• Ex.: pesticidas, detergentes e compostos aromáticos. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros biológicos 
•Coliformes: 
• São indicadores da presença de microrganismos patogênicos na água; 
 
• Os coliformes termotolerantes (E. coli) existem em grande quantidade 
nas fezes humanas e indicam que uma água recebeu esgotos domésticos. 
 
•Algas: 
• Produção de grande parte do OD da água; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Parâmetros de qualidade da água 
• Parâmetros biológicos 
•Algas: 
• Em ambientes eutrofizados: 
• Sabor e odor; 
• Toxicidade; 
• Turbidez e cor; 
• Redução do OD (matéria orgânica); 
• Corrosão; 
• Interferência no tratamento da água; 
• Aspecto estético desagradável. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Padrões de qualidade da água 
• Os teores máximos de impurezas permitidos na água 
são estabelecidos em função dos seus usos. 
 
• Esses teores constituem os padrões de qualidade, os 
quais são fixados por entidades públicas. 
 
• Exemplos: padrões de potabilidade e de 
balneabilidade, para irrigação, para uso industrial. 
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Padrões de qualidade da água 
• Classificação das águas 
•Os mananciais são enquadrados em classes, definindo-se os 
seus usos e os requisitos a serem observados. 
 
•Águas superficiais: 
• Resolução nº. 357/2005 do CONAMA: 
• 5 classes para águas doces (salinidade ≤ 0,5 ‰); 
• 4 para águas salobras (0,5 ‰ < salinidade < 30 ‰); 
• 4 para águas salinas (salinidade ≥ 30 ‰). 
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Padrões de qualidade da água 
• Classificação das águas 
•Águas superficiais: 
• Resolução nº. 357/2005 do CONAMA: 
• Alterada e complementada pelas Resoluções nº. 397/2008 e nº. 
430/2011 do CONAMA, principalmente com relação aos padrões de 
lançamento de efluentes. 
• Importante nos programas de controle da poluição; 
• Após definida a classe, são adotadas as medidas preventivas e 
corretivas de controle da poluição. 
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Padrões de qualidade da água 
• Classificação das águas 
•Águas subterrâneas: 
• Resolução nº. 396/2008 do CONAMA: 
• 6 classes; 
• Enquadramento com base nos usos preponderantes mais restritivos 
atuais ou pretendidos, exceto para a Classe 4; 
• Ações de controle ambiental: adequação da água a uma classe, exceto 
para as substâncias que excedam aos limites estabelecidos devido à sua 
condição natural. 
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Padrões de qualidade da água 
• Padrões de potabilidade 
•Portaria nº. 2.914/2011 do Ministério da Saúde: 
• Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para 
consumo humano e seu padrão de potabilidade; 
 
• Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido e 
que não ofereça riscos à saúde; 
 
• Padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro 
da qualidade da água para consumo humano. 
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Padrões de qualidade da água 
• Padrões de potabilidade 
•Portaria nº. 2.914/2011 do Ministério da Saúde: 
• Ausência de Escherichia coli em 100 mL; 
 
• Mínimo de 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual 
combinado (reservatório e rede); 
 
• Máximo de 2,0 mg/L de cloro residual livre no sistema de abastecimento; 
 
• pH na faixa de 6,0 a 9,5. 
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Padrões de qualidade da água 
• Padrões de potabilidade 
•Portaria nº. 2.914/2011 do Ministério da Saúde: 
• Cianotoxinas (máx. de 1,0 µg/L microcistinas e 3,0 µg/L saxitoxinas); 
 
• Mananciais superficiais: 
• Monitoramento mensal de E. coli nos pontos de captação; 
 
• Se a média anual ≥ 1.000 NMP/100mL, deve-se realizar 
monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de 
Cryptosporidium spp. 
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Padrões de qualidade da água 
• Padrões de balneabilidade 
•Resolução nº. 274/2000 do CONAMA: 
• Águas doces, salobras e salinas. 
 
• Indicadores: coliformes termotolerantes, E. coli ou enterococos; 
 
• Categorias: própria (excelente, muito boa ou satisfatória) e imprópria; 
 
• Quando for utilizado mais de um indicador microbiológico, as águas terão 
as suas condições avaliadas de acordo com o critério mais restritivo. 
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Padrões de qualidade da água 
• Água para irrigação 
•Entre os requisitos a serem atendidos por uma água que se 
destina à irrigação, destacam-se os relacionados com: 
• Salinidade:• Expressa pela condutividade elétrica. Quanto maior a condutividade, 
maior o risco de salinidade. 
 
• Relação de Adsorção de Sódio (RAS): 
• Águas com alto teor de sódio podem alterar a estrutura dos solos, 
resultando na diminuição de sua permeabilidade. 
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Padrões de qualidade da água 
• Água para irrigação 
• Aspectos sanitários: 
• Resolução nº. 357/2005 do Conama; 
 
• Para irrigação de culturas consumidas cruas (OMS): 
• Coliformes fecais: máx. 1000 NMP/100 mL; 
 
• Nematoides intestinais: máx. 1 ovo/L. 
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Poluição da água 
 
 
 
 
• Quando a poluição da água resulta em prejuízos à 
saúde humana, diz-se que a água está contaminada. 
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Introdução de resíduos, na forma de matéria ou 
energia, de modo a torná-la prejudicial às pessoas 
e a outras formas de vida, ou imprópria para um 
determinado uso. 
Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
•Os poluentes podem alcançar as águas superficiais ou 
subterrâneas por meio de: 
• Lançamento direto; 
 
• Precipitação; 
 
• Escoamento superficial; 
 
• Infiltração. 
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Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
•As fontes de poluição da água podem ser: 
• Pontuais: 
• A poluição ocorre de forma concentrada, em um local determinado; 
• Ex.: tubulações emissárias de esgotos e galerias de águas pluviais. 
 
• Difusas: 
• A poluição ocorre de modo disperso, não se determinando um ponto 
específico; 
• Ex.: águas do escoamento superficial ou de infiltração. 
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Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
•Águas superficiais: 
• Esgotos domésticos e industriais; 
• Águas pluviais; 
• Resíduos sólidos (lixo); 
• Pesticidas e fertilizantes; 
• Detergentes; 
• Precipitação de poluentes atmosféricos (sobre o solo ou a água); 
• Carreamento de solo (erosão). 
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Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
•Águas subterrâneas: 
• Infiltração de esgotos (disposição no solo); 
• Infiltração de lixiviados de depósitos de resíduos sólidos no solo; 
• Infiltração de águas superficiais poluídas; 
• Vazamentos de tubulações ou depósitos subterrâneos; 
• Intrusão de água salgada; 
• Infiltração de resíduos de outras fontes (cemitérios, minas, depósitos de 
material radioativo). 
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Poluição da água 
• Fontes de poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Consequências da poluição da água 
•Podem ser de caráter sanitário, ecológico, social ou 
econômico: 
• Prejuízos aos usos da água (ex.: veículo de transmissão de doenças); 
 
• Agravamento do problema de escassez de água de boa qualidade; 
 
• Elevação do custo do tratamento da água; 
 
• Assoreamento dos mananciais; 
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Poluição da água 
• Consequências da poluição da água 
• Desvalorização das propriedades marginais; 
 
• Prejuízos à biota aquática; 
 
• Eutrofização; 
 
• Degradação da paisagem; 
 
• Impactos sobre a qualidade de vida da população. 
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Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Elevação da temperatura 
Principais fontes Consequências 
 Águas de 
resfriamento; 
 Despejos 
industriais. 
 Intensificação das reações químicas e 
biológicas; 
 Redução do teor de oxigênio dissolvido; 
 Diminuição da viscosidade da água. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Sólidos 
Principais fontes Consequências 
 Erosão do solo; 
 Esgotos; 
 Lixo; 
 Mineração. 
 Assoreamento de recursos hídricos; 
 Soterramento de animais e ovos de 
peixes; 
 Aumento da turbidez da água. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Matéria orgânica 
Principais fontes Consequências 
 Esgotos; 
 Lixiviado; 
 Dejetos; 
 Eutrofização. 
 Redução do oxigênio dissolvido 
(decomposição aeróbia); 
 Liberação de maus odores 
(decomposição anaeróbia). 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Microrganismos patogênicos 
Principais fontes Consequências 
 Esgotos 
domésticos; 
 Resíduos 
contaminados. 
 Transmissão de doenças: 
 Cólera; 
 Giardíase; 
 Amebíase; 
 Poliomielite. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Nutrientes 
Principais fontes Consequências 
 Esgotos; 
 Fertilizantes; 
 Decomposição 
vegetal. 
 Eutrofização: 
 Sabor e odor; 
 Coloração; 
 Toxicidade; 
 Redução do oxigênio dissolvido. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
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Mudanças no pH 
Principais fontes Consequências 
 Esgotos; 
 Oxidação de 
matéria orgânica; 
 Poluentes 
atmosféricos. 
 Corrosão; 
 Efeitos sobre a flora e fauna; 
 Aumento da toxicidade de 
compostos (NH3, metais pesados); 
 Influência no tratamento da água. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Substâncias tensoativas 
Principais fontes Consequências 
 Sabões e 
detergentes; 
 Esgotos 
industriais. 
 Redução da viscosidade; 
 Redução da tensão superficial; 
 Danos à fauna; 
 Espumas; 
 Sabor e toxicidade. 
Poluição da água 
• Principais consequências da poluição da água 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Corantes 
Principais fontes Consequências 
 Esgotos 
industriais. 
 Cor na água (estética); 
 Redução da transparência da água; 
 Toxicidade; 
 Prejuízos aos usos (manchas). 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
• Aumento do teor de matéria orgânica; 
• Proliferação de microrganismos aeróbios; 
• Redução da concentração de OD (decomposição aeróbia); 
• Surgimento de microrganismos anaeróbios; 
• Produz gases e maus odores. 
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Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
• Todo corpo hídrico tem condições de receber e depurar, por mecanismos 
naturais, certa quantidade de matéria orgânica (autodepuração). 
 
• Contudo, essa capacidade é limitada e depende das características do 
manancial e da quantidade de matéria orgânica introduzida. 
 
• A forma mais utilizada de estudar a autodepuração de um curso de água é 
pela Curva de Depressão de Oxigênio. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursoshídricos 
•Consumo de oxigênio 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Vários fenômenos contribuem para a autodepuração de um 
curso de água: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Físicos Químicos Biológicos 
 Diluição; 
 Turbulência da 
água; 
 Sedimentação; 
 Temperatura; 
 Luz solar. 
 Reações de oxida-
ção e redução. 
 Predatismo; 
 Aglutinação; 
 Produção de anti-
bióticos e toxinas. 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
 
 
• Dependendo dos fenômenos de 
autodepuração, várias situações 
podem ocorrer: 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Consumo de oxigênio 
• Os valores mínimos de oxigênio dissolvido são definidos em função dos 
usos da água (CONAMA 357/2005). 
 
• A curva de depressão de oxigênio pode ser estudada por equações ou 
modelos matemáticos. 
 
• Um dos métodos mais tradicionais é o de Streeter e Phelps. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Eutrofização 
• É mais comum em águas paradas (lagos, lagoas, represas); 
 
• Aporte de nutrientes na água, principalmente nitrogênio e fosforo; 
 
• Crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas; 
 
• Possível proliferação de cianobactérias, produtoras de cianotoxinas. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Lançamento de esgotos em recursos hídricos 
•Eutrofização 
• O estado trófico de um corpo de água é indicado por alguns parâmetros 
de qualidade da água, como o fósforo, a clorofila a e a transparência: 
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Classe de trofia Fósforo total (mg/m3) 
Ultraoligotrófico < 5 
Oligotrófico 10 — 20 
Mesotrófico 10 — 50 
Eutrófico 25 — 100 
Hipereutrófico > 100 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Ações corretivas: 
• Visam a eliminar ou a reduzir uma carga poluidora existente; 
 
• Exemplos: 
• Sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos e industriais; 
 
• Desativação de um depósito de resíduos sólidos a céu aberto; 
 
• Substituição e controle do tipo de pesticida ou fertilizante utilizado. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Ações preventivas: 
• Objetivam evitar que o problema de poluição ocorra, devendo ser 
adotadas antes do início da atividade; 
 
• Exemplos: 
• Execução prévia de sistemas de coleta e tratamento de esgotos; 
• Disciplinamento do uso e ocupação do solo; 
• Destinação final adequada para os resíduos sólidos. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•As medidas de caráter preventivo são mais eficazes e menos 
onerosas. 
 
•As medidas mais eficientes de controle da poluição de um 
recurso hídrico consideram a bacia hidrográfica como um 
todo, já que a qualidade da água de um manancial depende 
dos usos e atividades desenvolvidas na sua área de 
contribuição. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Um programa de controle de poluição da água deve ser 
desenvolvido por: 
1. Diagnóstico da situação existente; 
2. Definição da situação desejável; 
3. Estabelecimento e desenvolvimento das medidas de controle; 
4. Programas de acompanhamento; 
5. Suporte institucional e legal. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
• Apresentar a situação do corpo hídrico dentro do contexto de sua bacia 
hidrográfica, e identificar e estimar as principais fontes poluidoras. 
 
• Devem ser coletadas amostras em diversos locais e realizar análises para 
determinar vários parâmetros indicadores da qualidade da água. 
 
• No Brasil, tem sido utilizado o Índice de Qualidade da Água (IQA), 
calculado pela determinação de nove parâmetros. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
• Parâmetros de qualidade de água do IQA: 
• OD; DBO; coliformes termotolerantes; temperatura; pH; nitrogênio 
total; fósforo total; sólidos totais; turbidez. 
 
• Outra forma de expressar a qualidade de um corpo hídrico é por meio do 
Perfil Sanitário, traçando-se curvas com os valores determinados para 
diversos parâmetros, ao longo de seu percurso. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Exemplos de perfil sanitário 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
• A carga diária (kg/dia) de um poluente presente num esgoto é dada por: 
 
 
 
• Onde: 
• C = concentração do poluente, em mg/L (ou g/m3); 
• Q = vazão, em m3/dia. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Carga = 
C ×Q
1000
 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
• A carga diária por habitante (carga per capita) é dada por: 
 
 
 
• Onde: 
• CPC = carga per capita, em kg/hab·dia; 
• Carga = carga diária, em kg/dia; 
• Pop = população, em habitantes. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
CPC = 
Carga
Pop
 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Diagnóstico da situação existente: 
• Para esgotos industriais, pode-se determinar uma população que 
produziria a mesma carga poluidora (população equivalente), a qual é 
calculada por: 
 
 
 
• Onde: 
• Pe = população equivalente, em habitantes. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Pe = 
Carga
CPC
 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Definição da situação desejável: 
• Os requisitos de qualidade da água dependem dos seus usos. 
 
• Após a definição dos usos, classifica-se o manancial, e, então, adotam-se 
medidas para o atendimento aos requisitos da classe estabelecida. 
 
• Deve-se determinar as cargas poluidoras que o recurso hídrico pode 
receber em função de sua capacidade de autodepuração (ex.: definição 
de padrões de lançamento de efluentes). 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Medidas de controle: 
• Implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto; 
• Coleta e destino adequado dos resíduos sólidos; 
• Controle da utilização de fertilizantes e pesticidas; 
• Disciplinamento do uso e da ocupação do solo; 
• Preservação de terras úmidas; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Medidas de controle: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Medidas de controle: 
• Proteção das margens de recursos hídricos; 
• Controle de erosão do solo; 
• Reuso da água; 
• Afastamento das fontes de poluição; 
• Modificações no processamento industrial. 
UFC DEHA - Departamento de EngenhariaHidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Medidas de controle: 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Programas de acompanhamento: 
• A OMS sugere três tipos para acompanhamento da qualidade das águas: 
• Monitoramento: locais e frequência de avaliação previamente 
determinados. 
 
• Vigilância: avaliação praticamente contínua da qualidade da água. 
 
• Estudo especial: levantamento de uma situação momentânea 
(necessidade específica) para uma rápida tomada de decisão. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Poluição da água 
• Controle da poluição da água 
•Suporte institucional e legal: 
• Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA); 
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA); 
• Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA); 
• Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE); 
• Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA). 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Sistemas de 
saneamento 
Introdução 
• O Saneamento tem como objetivo, por meio da adoção 
de várias medidas, garantir às pessoas um ambiente 
com as condições que proporcionem o seu bem-estar 
físico, mental e social, ou seja, a sua saúde. 
• As atividades do Saneamento compreendem: 
•Abastecimento de água; 
•Sistemas de esgoto; 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Introdução 
• As atividades do Saneamento compreendem: 
•Coleta e destino final do lixo; 
•Drenagem de águas pluviais; 
•Controle de insetos e roedores; 
•Controle dos alimentos; 
•Controle da poluição ambiental. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Introdução 
• Logo, são necessários profissionais de diversas áreas. 
• Saneamento básico: 
•Abastecimento de água; 
•Esgotamento sanitário; 
•Gestão de resíduos sólidos; 
•Drenagem. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Sistemas de 
saneamento 
Abastecimento e tratamento de água 
Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•Os sistemas de abastecimento de água têm como objetivo 
proporcionar o suprimento desse recurso na qualidade e na 
quantidade necessárias aos seus diversos usos. 
 
•A água destinada ao consumo humano não deve conter 
impurezas em níveis superiores aos valores dos padrões de 
potabilidade, os quais foram fixados, no Brasil, pela Portaria 
nº. 2.914/2011 do Ministério da Saúde. 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•Os padrões de potabilidade são limites máximos de 
impurezas físicas, químicas e biológicas que podem estar 
presentes na água, sem causar danos à saúde humana. 
 
•O abastecimento de água deve ser feito considerando a 
quantidade necessária aos seus diversos usos nos domicílios: 
• Ingestão; 
• Preparação de alimentos; 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•O abastecimento de água deve ser feito considerando a 
quantidade necessária aos seus diversos usos nos domicílios: 
• Lavagem de utensílios; 
• Higiene corporal; 
• Lavagem de roupas; 
• Afastamento de dejetos; 
• Higiene do ambiente. 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•O consumo de água, por habitante, varia em função de vários 
fatores: 
• Hábitos; 
• Poder aquisitivo; 
• Nível de educação sanitária; 
• Tipo de cidade; 
• Características climáticas. 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•Nos sistemas públicos, são adotados consumos per capita 
médios de água, variáveis em função do porte da cidade. 
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Cidades População (hab) Consumo (L/hab·dia) 
Povoado rural < 5.000 90 – 140 
Vila 5.000 – 10.000 100 – 160 
Pequena 10.000 – 50.000 110 – 180 
Média 50.000 – 250.000 120 – 220 
Grande > 250.000 150 – 300 
Fonte: Von Sperling (2005) 
Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•No Nordeste do Brasil, têm sido adotados valores menores 
para pequenos aglomerados urbanos (80 L/hab·dia). 
 
•O abastecimento de água pode ser individual ou coletivo. 
 
•As soluções individuais se aplicam às zonas rurais, mas ainda 
são utilizadas em cidades devido à inexistência de sistemas 
coletivos, o que tem resultado em problemas sanitários. 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•A água para consumo humano pode ser obtida de várias 
formas: 
• Captação da água de chuva (cisternas); 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
• Mananciais subterrâneos (fontes de encostas, poços); 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
• Mananciais superficiais (rios, riachos, lagos, lagoas, açudes). 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Introdução 
•Nem sempre a água está disponível nos mananciais com a 
qualidade recomendada para o consumo humano, havendo 
necessidade de tratamento para torná-la potável. 
 
•As águas de fontes de encostas e de poços profundos estão 
menos sujeitas à contaminação do que as de poços rasos e de 
mananciais superficiais. 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Cisternas 
•São utilizadas, principalmente, em 
zonas rurais, em regiões onde há 
carência de água (regiões semiáridas). 
 
•São reservatórios construídos para 
acumular água durante o período de 
precipitações pluviométricas para 
utilização na época de estiagem (secas). 
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Sistemas de abastecimento de água 
• Cisternas 
•Dimensionamento (volume): 
 
 
• Onde: 
• V = volume da cisterna (L); 
• k = coeficiente correspondente às perdas (valor usual = 1,1); 
• N = número de consumidores; 
• C = consumo unitário de água (L/consumidor·dia); 
• D = tempo de armazenamento de água (dias; valor usual = 240 dias). 
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V = k∙N∙C∙D 
Sistemas de abastecimento de água 
• Cisternas 
•Dimensionamento (volume): 
UFC DEHA - Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 
Consumidor Consumo mínimo (L/consumidor·dia) 
Homem* 14 
Bovino 53 
Equino 41 
Caprino, ovino ou suíno 6 
Ave (galinha) 0,2 
* Água para beber, cozer alimentos e higiene do corpo, exceto banho. 
Fonte: Embrapa/Cpatsa (1984) 
Sistemas de abastecimento de água 
• Cisternas 
•Dimensionamento (área de captação): 
 
 
 
• Onde: 
• A = área de captação (m2); 
• V = volume da cisterna (m3); 
• Cs = coeficiente de escoamento superficial; 
• p = precipitação média anual dos anos mais secos (m). 
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A = 
V
Cs∙p
 A captação de água para as cisternas pode ser feita a 
partir das coberturas das edificações ou do próprio 
reservatório, ou em área do solo adjacente. 
Sistemas de abastecimento de água 
• Cisternas 
•Dimensionamento (área de captação): 
• O coeficiente de escoamento superficial (Cs) é a relação entre o volume 
escoado e o volume precipitado, e depende do tipo de material. 
 
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