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Métodos Prevencionistas 2018

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Gerência de Riscos
Métodos
(Principais Métodos)
Gerência de Riscos
Formas de Aplicação das Ferramentas 
de Análise de Riscos
Os estudos de perigos e riscos com técnicas 
de análise não serão por si sós uma solução 
sem uma adequada metodologia de aplicação 
e suporte de gestão (FANTAZZINI, 2005)
Gerência de Riscos
Roteiro para a aplicação das ferramentas:
• Cada estudo deve ter um líder conhecedor da
ferramenta e responsável pelo planejamento,
desenvolvimento e resultados;
• As equipes devem ser multidisciplinares, de forma a
entender e analisar perfeitamente cada processo
analisado;
• Os estudos devem ser documentados. Criar uma
estrutura de controle de documentos. Os relatórios
devem ser arquivados no setor estudado, com cópia
para o SESMT;
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Gerência de Riscos
• Os resultados devem ser comunicados a todos os
envolvidos, incluindo necessariamente os setores
analisados e seus colaboradores, os quais devem ser
eventualmente retreinados segundo os resultados dos
estudos. Se os eventos de riscos extrapolarem os
limites da empresa, a comunidade deve ser informada
e orientada;
Gerência de Riscos
• Deve haver um sistema administrativo de
seguimento dos estudos e das medidas de controle,
até que a última recomendação seja implementada,
com reporte à alta direção;
• Cada estudo deve ser apresentado à gerência em
reunião formal. Após análise, a gerência deve
formalizar a aceitação, modificação ou rejeição de
cada medida de controle sugerida.
Gerência de Riscos
Análise Preliminar de Perigos (APP)
Análise Preliminar de Riscos (APR)
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Gerência de Riscos
Características Básicas:
- Trata-se de uma técnica de Identificação de
perigos e análise de riscos que consiste em
identificar os perigos em potencial decorrentes da
instalação de novas unidades, novos projetos e
sistemas ou da própria operação da planta.
Gerência de Riscos
Aplicações Principais:
- Técnica básica e de primeiro ataque a uma
situação. Pode ser empregada para sistemas em
início de desenvolvimento ou na fase inicial do
projeto, quando apenas os elementos básicos do
sistema e os materiais estão definidos.
- O objeto de estudo da APP/APR pode ser área,
sistema, procedimento, projeto ou atividade. Serve
de revisão de segurança, desde a fase inicial de
um novo projeto.
Gerência de Riscos
Observações:
- Simplicidade; permite o uso geral e ampla
participação nos grupos de estudo. Documento de
fácil compreensão.
- A APR/APP não é uma técnica aprofundada de
análise de riscos e geralmente precede outras
técnicas mais detalhadas de análise de risco ou
confiabilidade a serem usadas posteriormente, já
que seu objetivo é determinar os riscos e as
medidas preventivas antes da fase operacional.
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Gerência de Riscos
1. Definir e descrever o objeto de estudo, fazendo
a subdivisão que julgar adequada. Se o objeto
for um processo, estabelecer o diagrama de
funções e analisar cada fase.
2. Selecionar um elemento do objeto*; 
3. Selecionar um evento perigoso ou indesejável*;
4. Identificar as causas possíveis do evento;
5. Identificar as consequências do evento;
Passos para a elaboração de uma APR
Gerência de Riscos
6. Estabelecer medidas de controle de risco e de 
controle de emergências;
7. Repetir o processo para outros eventos 
perigosos ou indesejáveis*;
8. Selecionar outro elemento do objeto e repetir o 
processo*.
Gerência de Riscos
Fonte: Cardella, 1999
5
Gerência de Riscos
Descreve-se o perigo identificado no módulo de
análise do objeto de estudo. Ou seja aqueles
identificados como fonte ou situação com
potencial para gerar danos.
1
Identificam-se as falhas observadas diretamente 
no sistema/equipamento bem como aquelas 
indiretas ligadas ao meio ambiente de trabalho e 
também às pessoas
2
Descrevem-se os efeitos dos possíveis
acidentes correlacionados à radiação térmica,
pressão excessiva, dose tóxica ou a outra
espécie de equilíbrio de energia.
3
Fonte: Adaptado de: AGUIAR, L.A.A. et al, 2001
DESCRIÇÃO DOS CAMPOS DA PLANILHA APP/APR
Fonte: Adaptado de: AGUIAR, L.A.A. et al, 2001
A
Conceitualmente possível, mas 
extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil do processo/instalação
Extremamente 
Remota f < 10 
-4
B Não esperado ocorrer durante a vidaútil do processo/instalaçãoRemota 10 
-4 < f < 10 -3
C Pouco provável de ocorre durante a Vida útil do processo/ instalação.Improvável 10 
-3 < f < 10 -2
D
Esperado ocorrer até uma
vez durante a vida útil do
processo/ instalação.
Provável 10 -2 < f < 10 -1
E
Esperado ocorrer até uma
vez durante a vida útil do
processo/ instalação.
Freqüente f > 10 -1
Categoria Descrição/Características Denominação Freqüência Anual
Categorias de Freqüências de Cenários de Acidentes4
Fonte: Adaptado de: AGUIAR, L.A.A. et al, 2001
I
- Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos,
à propriedade e/ ou ao meio ambiente;
- Não ocorrem lesões/ mortes de funcionários, de
terceiros (não funcionários) e/ ou pessoas (indústrias e 
comunidade);o máximo que pode ocorrer são casos de
primeiros socorros ou tratamento médico menor;
Extremamente 
Remota
II
- Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ ou
ao meio ambiente (os danos materiais são
controláveis e/ ou de baixo custo de reparo);
- Lesões leves em empregados, prestadores de
serviço ou em membros da comunidade;
Marginal
III
- Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao meio
ambiente;
- Lesões de gravidade moderada em empregados,prestadores de
serviço ou em membros da comunidade (probabilidade remota de
morte);
- Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento 
em catástrofe;
Crítica
IV
- Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ ou ao 
meio ambiente (reparação lenta ou impossível);
- Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas 
(empregados, prestadores de serviços ou em membros
da comunidade).
Catastrófica
Categoria de Severidade dos Perigos Identificados5
6
Fonte: Adaptado de: AGUIAR, L.A.A. et al, 2001
2
Matriz Classificação de Riscos Freqüências X Severidade
3 4 5 5
1 2 3 4 5
1 1 2 3 4
1 1 1 2 3
A B C D E
IV
III
II
I
Se
ve
rid
ad
e
Frequência
Quadro Legenda Matriz Classificação de riscos – Frequência X Consequência
6
As recomendações deverão expressar as
propostas de caráter preventivo e/ou da
redução dos riscos a um nível tolerável.
7
Nesta coluna pode-se registrar os links
relativos a parâmetros já desenvolvidos
anteriormente, seja em fórmula de módulos
instrucionais ou outra forma de codificação.
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Gerência de Riscos
Failure Mode And Effects Analisyis 
(FMEA)
ou
Análise de Modos de Falhas e Efeitos
(AMFE)
7
Gerência de Riscos
A FMEA/AMFE foi desenvolvida por
engenheiros de confiabilidade para permitir
aos mesmos, determinar a confiabilidade de
produtos complexos. Para isto é necessário o
estabelecimento de como e quão
frequentemente os componentes do
equipamento/produto podem falhar, sendo
então a análise estendida para avaliar os
efeitos de tais falhas.
Características Básicas:
Gerência de Riscos
Características Básicas:
- Análise que busca os principais modos de falha de
um dispositivo equipamento ou sistema, verificando
ainda os efeitos, modos de detecção e ações de
compensação a serem tomadas em cada caso.
- Pode incluir também a análise das causas das
falhas e sistemas de classificação semi-
quantitativos.
- Propicia o estabelecimento de mudanças e
alternativas que possibilitem uma diminuição das
probabilidades de falha, aumentando a
confiabilidade do sistema.
Gerência de Riscos
Aplicações principais:
- Dispositivos;
- Mecanismos;
- Equipamentos em geral;
- Sistema de controle de processos;
- Engenharia de confiabilidade e Qualidade;- Útil na definição de ações nas emergências 
operacionais oriundas de equipamentos.
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Gerência de Riscos
Observações:
Os efeitos considerados incluem a
possibilidade de lesões ao pessoal,
dano ambiental e problemas de
continuidade operacional.
Técnica detalhada, vai ao nível dos
componentes do sistema analisado.
Gerência de Riscos
Etapas para a elaboração de uma FMEA/AMFE
1-Selecionar um sistema (ex. sistema elétrico de um
equipamento);
2-Dividir o sistema em componentes (fios, disjuntor,
etc.);
3-Descrever as funções dos componentes(conduzir
corrente, interromper circuito, etc.);
4-Aplicar a lista de modos de falha aos
componentes, verificando as falhas possíveis (por
ex. falha temporal; o disjuntor não interrompendo
a tempo o circuito);
Gerência de Riscos
Etapas para a elaboração de uma FMEA/AMFE
5- Verificar os efeitos das falhas para o sistema,
ambiente e o próprio componente (se o
disjuntor não abrir, haverá queima do fusível e
risco de queima de todo o circuito se ele
(fusível) também falhar)
6- Verificar se há meios de tomar conhecimento de
que a falha está ocorrendo ou tenha ocorrido
(constatação por ex. do fusível queimado e do
disjuntor na condição fechado).
7- Estabelecer medidas de controle de risco e
controle de emergências (especificar disjuntor
adequado e com confiabilidade garantida; ter
fusíveis de reserva e colocar alerta para não
religar todas as cargas)
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Gerência de Riscos
Fonte: Cardella, 1999
Exemplo de AMFE
Gerência de Riscos
Exemplo de AMFE : Sistema Ferro Elétrico Automático
Fonte: DE Cicco; Fantazzin1, 1994
Gerência de Riscos
FMEA de Projeto
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Gerência de Riscos
Conceito
A FMEA de projeto é usada pelo projetista, durante
o desenvolvimento de um projeto para assegurar
que todas as falhas em potencial causadas por
deficiência do projeto sejam identificadas e
analisadas, e tomadas as necessárias ações
preventivas antes da liberação dos desenhos.
Objetivo: evitar ocorrência de falhas de execução
ou uso.
Gerência de Riscos
Preparação da FMEA de Projeto
Gerência de Riscos
1- Identificação dos termos do formulário
2- Característica/Função:
É a especificação do projeto que será analisado e a
função do mesmo. Indicar de forma simples, clara e
concisa a função da peça ou conjunto em análise.
Quando houver diferentes funções com vários tipos
de falha em potencial, é recomendável listar as
funções separadamente.
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Gerência de Riscos
3- Definição de função:
- Expressão da necessidade que deve ser satisfeita;
- Atividade ou uso para a qual um objeto se destina;
Para a definição clara da função, deve-se fazer a 
pergunta:
Para que serve?
A resposta deve ser da seguinte forma:
verbo no infinitivo + substantivos + dados técnicos 
(quando aplicáveis)
Gerência de Riscos
3.1 Exemplos de funções:
- Resistir a esforços mecânicos;
- Reduzir consumo;
- Permitir fixação; 
- Resistir à temperatura;
- Permitir visualização;
- Fornecer proteção.
Gerência de Riscos
4. Tipo de falha:
É a forma pela qual a peça ou o conjunto deixa de 
atender aos requisitos do projeto.
Resultam diretamente do não cumprimento da 
função.
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Gerência de Riscos
Exemplos de tipo de falha
Componente Conjuntos/Sistemas
- deformação
- achatamento
- enfraquecimento
- rasgamento
- trinca
- amolecimento
- etc
- engripamento
- afrouxamento
- entupimento
- vazamento
- curto-circuito
- folga excessiva
- etc
Gerência de Riscos
5. Efeito da falha
É a descrição do que o cliente (interno/externo) sofre 
supondo-se acontecida a falha em questão
Exemplos de efeito da falha
- perda da visibilidade
- ruidoso
- choque elétrico
- desconforto
- difícil operação
- dificuldade de movimentos.
Gerência de Riscos
6. Causa da falha
É a deficiência de projeto que pode causar o tipo de 
falha em questão.
Listar todas as causas possíveis para cada tipo de 
falha.
As causas devem ser clara e concisamente listadas, 
de forma a permitir ações preventivas para cada uma 
delas.
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Gerência de Riscos
Exemplos de causa de falha
- material inadequado
- instrução de montagem incorreta
- lubrificação insuficiente
- tensão de trabalho excessiva
- dimensões inadequadas
- proteção contra intempéries, insuficiente
- etc
Gerência de Riscos
Formas de controle
Descrever as formas de controle previstas que 
deverão atuar sobre o tipo de falha e sobre as 
causas apontadas.
Aplicar os planos de verificação de projeto;
- Revisão de projeto
- Estudos de viabilidade
- Ensaios em protótipos
- Revisão de segurança 
Gerência de Riscos
Exemplos de formas de controle
- Normas de projeto
- Especificações técnicas
- Testes de envelhecimento/durabilidade
- Análise de tolerância
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Gerência de Riscos
Índice de ocorrência
É a estimativa da probabilidade da causa, em 
questão, ocorrer ou ocasionar o tipo de falha 
considerada.
Estima-se através de uma escala de 1 a 10 para 
cada causa de um mesmo tipo de falha 
considerando:
- as modificações são significativas?
- o objeto é completamente diferente das 
existentes?
- Quais são as modificações feitas?
Gerência de Riscos
Índice de Ocorrência
Fonte: QPB, 1994
Gerência de Riscos
Índice de severidade
A severidade aplica-se ao efeito e retratará qual 
será a gravidade das consequências da falha 
(supondo que a falha ocorreu) com relação aos 
seguintes pontos:
- Custo para a empresa
- Riscos para a segurança pessoal durante o 
processo bem como para o usuário final
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Gerência de Riscos
Índice de Severidade
Fonte: QPB, 1994
Gerência de Riscos
Índice de detecção
É a estimativa da probabilidade de se detectar o
tipo de falha, no ponto previsto (ou existente) e
com a precisão e exatidão necessárias.
Baseando-se nas formas de controle previsto;
Gerência de Riscos
Índice de Detecção
Fonte: QPB, 1994
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Gerência de Riscos
Índice de Risco
É o produto dos índices de ocorrência,
severidade e detecção. É um valor que determina
as prioridades para as tomadas de ação.
Gerência de Riscos
Critérios de priorização para a 
tomada de ações
PRIORIDADE 0
Item vulnerável e importante. Requer 
ações corretivas e/ou preventivas 
imediatas
PRIORIDADE 1
Item importante e vulnerável. Requer 
ações corretivas e/ou preventivas a 
curto prazo
PRIORIDADE 2
Item pouco vulnerável e importante. 
Podem ser tomadas ações corretivas 
e/ou preventivas a longo prazo
Índice de Risco
301 a 1.0000
71 a 300
1 a 70
Fonte: QPB, 1994
Gerência de Riscos
Fonte: QPB, 1994
Exemplo de FMEA/AMFE - Projeto
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Gerência de Riscos
FMEA de Processo
Gerência de Riscos
Conceito
A FMEA de processo é usada por Engenheiros e
Técnicos durante o desenvolvimento de um
processo, para assegurar que todos os riscos em
potencial e suas respectivas causas sejam
analisadas e tomadas as ações
preventivas/corretivas necessárias.
Objetivo: Identificar ao longo do fluxo produtivo
os riscos de incidentes e acidentes que uma
máquina, componente ou produto possam
apresentar devido ao seu processo.
Gerência de Riscos
Os demais tópicos seguem os mesmos 
critérios da FMEA de projeto, sendo que o 
seu detalhamento parte da descrição de 
uma lista dos componentes do processo e 
os respectivos riscos, evidenciados na 
descrição da sequência operacional 
assemelhando-se a uma ITO.
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Gerência de Riscos
Técnica de Incidentes Críticos 
(TIC)
Gerência de Riscos
Introdução
Os acidentes com lesão são uma
consequência do comportamento do
trabalhador, dentro das condições
específicas de um sistema como tal, nos
dizem muito pouco sobre o comportamento
anterior e sobre o mau funcionamento dos
equipamentos e do ambiente, que sãocontribuintes importantes para atuais e
futuros problemas de acidentes. (DE CICCO;
FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
 Efetivamente, então, as nossas medidas de desempenho
de Segurança devem nos ajudar a prevenir, e não a
registrar acidentes.
 Elas precisam ser dirigidas no tempo e no espaço
 Devem nos dizer quando e onde esperar o problema, e
nos fornecer em linhas gerais no que diz respeito ao que
deveríamos fazer sobre o problema.
 É importante que não nos equivoquemos, pensando que
o simples registro de acidentes nos dá um quadro
verdadeiro do nível de segurança dentro da
organização. Estando, na maioria dos casos medindo a
falta de segurança ao invés da presença de segurança.
(DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
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Gerência de Riscos
 Aceitando a posição de que a gravidade das
consequências do acidente é, em grande parte, uma
ocorrência fortuita ou casual, então, uma técnica de
medida, que identificasse a relativamente alta frequência
do acidente sem lesão, poderia ser usada para identifcar
problemas potenciais de perda no estágio sem perda. (DE
CICCO; FANTAZZINI, 1994)
 Essa informação poderia ser então utilizada como base
para um programa de prevenção, destinado a eliminar
ou controlar esses problemas, antes que ocorram
acidentes mais graves. (DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
 A Técnica de Incidentes Críticos surgida na década de
90, vem cumprindo plenamente os pontos anteriormente
descritos.
 Esta técnica é o resultado de estudos no Programa de
Psicologia de Aviação da Força Aérea dos Estados
Unidos.
 Como um dos primeiros estudos, utilizando a técnica,
examinou problemas de sistemas homem-máquina, e os
problemas psicológicos envolvidos no uso e operação
de equipamentos de aviões.
Os investigadores perguntaram a um grande número de
pilotos se eles tinham alguma vez feito, ou visto alguém
fazer, um erro de leitura ou interpretação de um
instrumento de vôo, na detecção de um sinal ou no
entendimento de instruções.
(DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
Durante esse estudo, foram colhidos 270
incidentes de “erros de pilotos” e
encontradas muitas informações
similares, indicando que deveriam ser
feitas alterações nos tipos de desenhos
dos equipamentos, a fim de reduzir o erro
humano, melhorar os controles e
incrementar a efetividade do Sistema. (DE
CICCO; FANTAZZINI, 1994)
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Gerência de Riscos
Procedimentos utilizados:
A Técnica de Incidentes Críticos (TIC) é
um método para identificar erros e
condições inadequadas, que
contribuem para os acidentes com
lesão, tanto reais como potenciais,
através de uma amostra aleatória
estratificada de observadores
participantes selecionados dentro de
uma população. (DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
Características Básicas:
- Técnica que desenha uma sistemática
organizacional para o relato, pelo próprio
trabalhador, dos incidentes que ocorrem em uma
empresa, para sua posterior análise e gestão de
perigos por ele representados.
Os relatos são voluntários, resguardando-se o
anonimato e sem qualquer tipo de represália.
Deve-se divulgar os avanços e dar retorno
adequado às informações recolhidas, permitindo
uma retroalimentação positiva do
processo.(FANTAZZINI, 2006)
Gerência de Riscos
Observações:
Os incidentes ocorrem em quantidade
muito superior aos acidentes, mas
representam os mesmos perigos, sem
redundar em danos, daí seu enorme
potencial preventivo.
A técnica deve ser bem implantada,
para que se consiga sua perenização
como um valor de prevenção. (FANTAZZINI,
2006)
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Gerência de Riscos
Aplicação Prática
 Uma aplicação desta ferramenta foi realizada
na fábrica da Westinghouse de Baltimore, no
Estados Unidos:
 População da fábrica  200 funcionários com
dois turnos de trabalho tanto do sexo
masculino como do feminino;
 A população considerada 155 pessoas;
 Amostra selecionada foi de 20 trabalhadores
(DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
Aplicação Prática
 Os fatores incluíam: o turno de trabalho, a
localização da fábrica, o diferencial
masculino/feminino, tipo de equipamento
envolvido ou serviço específico
desempenhado pelo trabalhador. (DE CICCO;
FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
Aplicação Prática
 Resultados obtidos:
 Os 20 observadores-participantes identificaram
389 incidentes, pefazendo um total de 14 horas
e 10 minutos de gravação.
 A análise dos dados obtidos revelou que 117
tipos diferentes de incidentes estavam
ocorrendo durante o ano estudado.
 O número de incidents diferentes revelados por
pessoa various de 4 a 41 com uma media de 19
por pessoa. Quatro pessoas revelaram 30 ou
mais incidentes cada
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Gerência de Riscos
Aplicações Principais:
Todo tipo de empresa, em qualquer
fase do seu ciclo de vida, para o
reconhecimento constante de perigos e
seu controle. (FANTAZZINI, 2006)
Gerência de Riscos
Conclusões:
- A TIC revela com confiança os fatores causais,
em termos de erros e condições inadequadas, que
conduzem a acidentes industriais;
- A técnica é capaz de identificar fatores causais,
associados tanto a acidentes com lesão, como
acidentes sem lesão;
- A técnica revela uma quantidade maior de
informação sobre causas de acidentes, do que os
dos métodos convencionais para o estudo dos
acidentes e fornece uma medida sensível de
desempenho de segurança. (DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
Gerência de Riscos
Conclusões:
- As causas de acidentes sem lesão, como as
reveladas pela TIC, podem ser usadas para
identificar a origem de acidentes potencialmente
com lesão.
- A TIC tem o potencial de fornecer o
conhecimento necessário, permitindo-nos, assim,
melhorar significativamente a nossa capacidade
de controle e identificação de problemas de
acidente. (DE CICCO; FANTAZZINI, 1994)
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Gerência de Riscos
Análise Por Árvore de Falhas (AAF)
Gerência de Riscos
Características Básicas:
- Técnica que permite analisar e quantificar a
ocorrência de um evento indesejado, partindo-se
do fato catastrófico e questionando-se,
retroativamente, os eventos que levariam ao
mesmo. O processo evolui de forma muito
detalhada até as causas básicas das diferentes
“ramificações” geradas. Utilizam-se comportas ou
módulos lógicos, Álgebra Booleana e Estatística
para as aplicações quantitativas.
Gerência de Riscos
Aplicações Principais:
Eventos altamente indesejados em sistemas
complexos, incluindo interações operacionais.
Aplicações em confiabilidade de sistemas em
geral.
Obtenção da probabilidade de eventos de risco,
como parte de estudos de risco social e individual
em um entorno industrial, para fins de proteção
ambiental.
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Gerência de Riscos
Observações:
Aplicação limitada, pois sua profundidade e
detalhamento demandam maiores esforços e uso
de software especializado.
Grandes benefícios podem ser obtidos mesmo na
fase qualitativa (1° Nível).
Estudos completos permitem gerenciar a alocação
de verbas de controle, onde sua eficiência seja
máxima na redução dos riscos (estudo de custo-
benefício).
Algumas empresas utilizam a técnica para a
análise e gestão de acidentes fatais.
Gerência de Riscos
Níveis de Complexidade:
1° Nível:
Desenvolver a árvore e simplesmente analisá-la, 
sem efetuar qualquer cálculo.
2° Nível:
Desenvolver a árvore e efetuar os cálculos por 
meio de calculadoras portáteis.
3° Nível:
Desenvolver a árvore e utilizar-se de softwares.
Gerência de Riscos
Descrição do Método:
Passos:
1- Seleciona-se o evento indesejável, ou falha,
cuja probabilidade de ocorrência deve ser
determinada;
2- São revisados todos os fatores intervenientes,
como ambiente, dados do projeto, exigências do
sistema, etc., determinando-se as condições,
eventos particulares ou falhas que poderiam
contribuir para a ocorrência do eventoindesejado;
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Gerência de Riscos
3- É preparada uma “árvore”, através da
diagramação dos eventos contribuintes e falhas
de modo sistemático, que irá mostrar o inter-
relacionamento entre os mesmos em relação ao
evento “topo” em estudo.
O processo se inicia com os eventos que
poderiam diretamente causar tal fato, formando
o “primeiro nível”; à medida que se retrocede
passo a passo, as combinações e efeitos
contribuintes irão sendo adicionadas. Os
diagramas assim relacionados são chamados
“árvores de falhas”. O relacionamento entre os
eventos é feito através de comportas ou
módulos lógicos.
Gerência de Riscos
4- Através da Álgebra Booleana, são
desenvolvidas expressões matemáticas
adequadas, representando as “entradas” das
árvores de falhas.
Cada comporta lógica tem implícita uma
operação matemática, estas podem ser
traduzidas em última análise por ações de
adição ou multiplicação. A expressão é então
simplificada, o mais possível, através de
postulados da Álgebra Booleana;
Gerência de Riscos
5- Determina-se a probabilidade de falha de cada
componente, ou a probabilidade de ocorrência
de cada condição ou evento, presentes na
equação simplificada. Estes dados podem ser
obtidos de tabelas específicas, dados dos
fabricantes, experiência anterior, comparação
com equipamentos similares, ou ainda obtidos
experimentalmente para o específico sistema em
estudo.
6- As probabilidades são aplicadas à expressão
simplificada, calculando-se a probabilidade de
ocorrência do evento indesejável investigado.
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Gerência de Riscos
Simbologia Lógica da AAF
Gerência de Riscos
Módulo AND (E). Relação lógica AND-
A. Output ou Saída A existe apenas se
todos os B1, B2, ....Bn existirem
simultaneamente
Módulo OR (OU). Relação lógica
inclusiva OR-A. Output ou Saída A
existe se qualquer dos B1, B2, ....Bn ou
qualquer combinação dos mesmos
existir
Gerência de Riscos
Um evento que normalmente se
espera que ocorra; usualmente um
evento que ocorre sempre, a menos
que se provoque uma falha.
Um evento não desenvolvido, mas à
causa de falta de informação ou de
consequência suficiente. Pode ser
usado também para indicar maior
investigação a ser realizada, quando
se puder dispor de informação
adicional.
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Gerência de Riscos
Indica ou estipula restrições. Com um
módulo AND, a restrição deve ser
satisfeita antes que o evento possa
ocorrer. Com um módulo OR, a
estipulação pode ser que o evento
não ocorrerá na presença de ambos
ou todos os inputs simultaneamente.
Um símbolo utilizado para indicar
conexão com outra parte da árvore de
falhas, dentro do mesmo ramo
mestre. Tem as mesmas funções,
sequências de eventos , e valores
numéricos.
Idem, mas não tem valores
numéricos.
Gerência de Riscos
Gerência de Riscos
Exemplo:
“Sistema domiciliar de alarme contra fogo”
Dados:
Diagrama esquemático, com sensores no
primeiro e segundo pisos, com fiação
conectada ao alarme, o qual é energizado
através de potência doméstica (110 V).
Evento indesejável (Evento topo)
“Um incêndio sem alarme” 
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Gerência de Riscos
Diagrama Esquemático
Fonte: DE Cicco; Fantazzini, 1994
Gerência de Riscos
Análise da Árvore
a) O evento poderá sobrevir se houver um
incêndio no primeiro piso sem alarme OU
um incêndio no segundo piso sem alarme;
b) Um incêndio no primeiro piso sem alarme
significa ter-se um incêndio no primeiro
piso E o alarme incapaz de responder à
existência do fogo;
c) O alarme poderá falhar em responder ao
fogo se o sensor do primeiro piso falhar,
OU se o alarme estiver inoperante;
Gerência de Riscos
d) O alarme tornar-se-á inoperante, se o
mesmo falhar, ou seja, se a “sirene”
falhar, OU se não houver potência a ele
fornecida, OU ainda se as linhas do
sensor falharem.
e) Não haverá potência para o alarme, se a
linha de potência falhar OU se não houver
potência elétrica domiciliar.
De forma semelhante o ramo que envolve
o segundo piso pode ser desenvolvido
com as mesmas considerações. Coloca-se
então o símbolo de transferência.
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Gerência de Riscos
Árvore de Falhas Para Alarme 
de Incêndio Domiciliar
Fonte: DE Cicco; Fantazzini, 1994
Gerência de Riscos
Árvore de Falhas Para 
Alarme de Incêndio 
Domiciliar com Notação
dos Módulos
Fonte: DE Cicco; Fantazzini, 1994
Gerência de Riscos
Árvore de Falhas Para Alarme 
de Incêndio Domiciliar: 
Árvore Simplificada
Fonte: DE Cicco; Fantazzini, 1994
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Gerência de Riscos
Árvore de Falhas : 
Superaquecimento de motor 
elétrico
Fonte: Cardella, 1999

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