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CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Segundo Semestre 2017 Terceiro ano académico Mecânica de fluidos aplicada RELATÓRIO Prática no.2 Título: Perda de carga por fricção no interior de uma tubagem de área constante Turma_EQM6-M1 Equipa nº2 Constiuída por: 1. Dian Dasala-20151547 2. Mariana da Cunha-20151402 3. Giraúl Brito-20152351 4. Kátia Gáspar-20154315 Profº. Helena Nagacovié Data de elaboração do trabalho: 21 de Setembro de 2017 Índice SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA ....................................................................... 4 RESUMO ................................................................................................................ 5 ABSTRACT ............................................................................................................ 5 I- INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 Perda de carga distribuída ........................................................................................... 7 Perdas de carga Localizada ......................................................................................... 8 I.1-OBJECTIVOS ............................................................................................................. 8 Objectivo geral: ............................................................................................................ 8 Objectivos específicos: ................................................................................................ 8 II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 9 III. MATERIAIS E METODO ............................................................................ 10 Procedimento Experimental ........................................................................................... 10 IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................... 12 Respostas das questões: ............................................................................................... 16 V. Conclusão ...................................................................................................... 18 VI-BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 19 Índice de tabelas e figuras Fig.1.: Unidade medição de perda de carga por fricção( Fluid Friction Apparatus)- HM150.11. ............................................................................................................ 10 Tab.1. Dados relativos a constante k para as perdas por contracção. ................. 12 Tab.2. Dados adicionais utilizados nos cálculos. .................................................. 12 Tab.3. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga distribuídas para D=3cm. ................................................................................................................. 12 Fig.2.Gráfico perda de carga distribuída vs vazão primeira medição (d=3cm). .... 13 Tab.4. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga distribuídas para D=1.8cm. .............................................................................................................. 13 ............................................................................................................................. 13 Fig.3.Gráfico perda de carga distribuída vs vazão primeira medição (d=1.8cm). . 13 Tab.5. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga na expansão. ......... 14 Tab.6. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga nacontração. .......... 15 Fig.4.Gráficos perda de carga vs vazão (Expansão e Contracção rescpectivamente) ................................................................................................ 15 SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA Simbologia Grandeza Unidade v Velocidade m/s V Volume L 𝜗 Viscosidade cinemática m2/s Qv Vazão volumétrica L/s hf(exp) Perda de carga experimental num tubo devido a fricção ou expansão e contracção súbita m hf(calc) Perda de carga teórica num tubo devido a fricção ou expansão e contracção súbita d,D Diâmetro da tubulação mm T Tempo s ∆P Variação de pressão Pa K Constante da tabela de Massey adimencional G Constante da gravidade m/s2 𝜌 Densidade Kg/m3 Erp Erro percentual relativo % Re Número de Reynolds adimencional 𝜀 Rugosidade absoluta mm 𝜀/D Rugosidade Relativa adimencional f Factor de atrito ou de fricção de fanning adimencional L Comprimento da tubulação m 𝜇 Viscosidade cinemática Pa/s RESUMO No nosso dia a dia o cálculo das perdas de carga são muito utilizadas, principalmente em instalações hidráulicas. O líquido ao escoar em um conduto é submetido a forças resistentes exercidas pelas paredes da tubulação e por uma região do próprio liquido denominada camada limite. Sabendo que quanto maior são as perdas de carga em uma instalação de bombeamento, maior será então o consumo de energia da bomba. Este trabalho teve como objetivo aplicar os conceitos teóricos de perda de carga, e de demonstrar a importância de suas aplicações em sistemas hidráulicos, levando-se em conta as perdas distribuídas e por expansões e contracção súbitas no equipamento Fluid Friction Apparatus (HM150.11) disponível no laboratório de mecânica de fluídos do ISPTEC variando-se os diâmetros e vazões. Nestas condições verificamos que os tubos de maior valor resultaram em velocidades maiores e por consequência maiores perdas. Ainda o valor do factor de atrito estimado apresentou uma baixa dispersão em cada 7 medições de cada tubo anlisado rondando em torno de f=0.02. Ao compararmos os gráficos de perdas vs vazão verificamos a semelhança entre o comportamento ideal e o real, e ainda, a directa proporcionalidade entre estas duas grandezas. Palavras-chave: Perda de carga, factor de atrito, contracçõe e expansões súbitas; ABSTRACT In our day to day calculation of the load losses are widely used, especially in hydraulic installations. The liquid flowing in a conduit is subjected to strong forces exerted by the walls of the pipe and by a region of the liquid itself called the boundary layer. Knowing that the larger the load losses in a pumping installation, the greater the energy consumption of the pump. The objective of this work was to apply the theoretical concepts of load loss and to demonstrate the importance of its applications in hydraulic systems, taking into account the distributed losses and sudden expansions and contractions in the equipment Fluid Friction Apparatus (HM150.11) available at the fluid mechanics laboratory of ISPTEC varying the diameters and flows. Under these conditions we found that the higher value tubes resulted in higher speeds and consequently higher losses. Still the value of the estimated friction factor presented a low dispersion in every 7 measurements of each anlisated tube around f = 0.02. When comparing the graphs of losses vs flow, we verified the similarity between the ideal behavior and the real one, and also, the direct proportionality between these two quantities. Keywords: Load loss, friction factor, contraction and sudden expansions; 5 I- INTRODUÇÃO A Mecânica dos fluidos trata do comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento e das leis que regem este comportamento. 1 Podemos definir um fluido como sendouma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa sob acção de uma força tangencial por menor que ela seja. Tal conceito engloba líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes: Líquidos é toda a substância que adquire a forma do recipiente que a contem possuindo volume definido, e praticamente incompressível; Gás é uma substância que ao preencher o recipiente não forma superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.1 O aperfeiçoamento de uma instalação hidráulica e seus componentes, tais como, válvulas e principalmente de bombas hidráulicas depende em muito das dimensões e da correta disposição da tubulaçãoo a serem utilizadas Abordaremos a perda de pressão, conhecida como perda de carga de uma rede hidráulica. Condutos hidráulicos são classificados de acordo com a pressão de funcionamento: Condutos livres: tem a superfície livre e atua a pressão atmosférica. Ex.: Cursos de água, redes de esgoto, calhas. Condutos forçados: A pressão interna é diferente da pressão atmosférica. Ex.: redes de água, instalações prediais, tubulações de sucção. 1 Perdas de Carga O escoamento interno em tubulações sofre forte influencia das paredes dissipando energia devido ao atrito. As partículas em contacto com a parede adquirem a velocidade da parede, ou seja, velocidade nula, e passam a influenciar as partículas vizinhas através da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. Tal dissipação provoca uma baixa na pressão total do fluido ao longo do escoamento denominada ‘’perda de carga’’.2 Classificação das perdas de carga As perdas de carga podem ser classificadas como: a) Perdas de carga distribuída; b) Perdas de carga localizada. 6 Perda de carga distribuída A parede dos dutos causam uma perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo, fazendo com que a Pressão total vá diminuindo gradativamente ao longo do comprimento e por isso é denominada de perda de carga distribuída. Dependem do diâmetro D e do comprimento L do tubo, da rugosidade 𝜀 da parede, das propriedades do fluído, da massa específica 𝜌, da viscosidade 𝜇 e da velocidade V do escoamento. Dentre as propriedades do fluido a viscosidade é a mais importante na dissipação de energia. Além de ser proporcional a perda de carga, sua relação com as forças de Inércia do escoamento fornece um numero adimensional o número de Reynolds, Re, que é o parâmetro que indica o regime de escoamento. 2 𝑹𝒆 = 𝝆. 𝑽. 𝑫 𝝁 (1) Formula geral de Darcy-Weisbach 𝒉𝒇 = 𝟒𝒇 𝑳𝑽𝟐 𝟐𝒈𝑫 (2) Sendo: f = Coificiente de atrito de fanning. Equação de Hazen-Williams A formulação empírica de Hazen-Williamns é uma das mais comummente usadas, sua expressão é dada por : 𝒉 = 𝑳 𝟏𝟎,𝟔𝟒𝟏 𝑪𝟏,𝟖𝟓 . 𝑸𝟏,𝟖𝟓 𝑫𝟒,𝟖𝟕 (3) Onde : Q = É a vazão (𝑚3 ∕ 𝑠) C = é o coeficiente de rugosidade que depende da natureza de estado das paredes do tubo (𝑚0,367 ∕ 𝑠) A equação de Hazen-Williams é recomendada, preliminarmente para: Escoamento turbulento de transição; Liquido: água a 20°𝑐, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑛𝑎𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑜 Diametro: em geral maior ou igual a 50mm Aplicação : redes de distribuição, adutoras, sistemas de recalque. 7 Perdas de carga Localizada As canalizações que transportam água sob pressão, de qualquer porte, são constituídos por tubos ligados em sequencia, unidos por acessórios diversos como válvulas, registros, etc., eventualmente uma maquina hidráulica (bomba ou turbina). A perda de carga localizada ocorre sempre que um acessório é inserido na tubulação seja para promover a junção de 2 tubos, ou para mudar a direção do escoamento, ou ainda para controlar a vazão. A ocorrência da perda de carga é considerada concentrada no ponto provocando uma queda acentuada de pressão no curto espaço compreendido pelo acessório. Tal facto ocorre pelo acréscimo de turbulência que produz perdas de carga que devem ser acrescidas as perdas distribuídas, devido ao atrito, ao longo dos trechos retilineos das tubulações. 3 Expressão Geral das perdas localizadas As perdas localizadas em acessórios podem ser expressas pela seguinte equação: 𝒉𝒇loc = 𝒌 𝑽𝟐 𝟐𝒈 (4) I.1-OBJECTIVOS Objectivo geral: Avaliar a perda de carga devido ao atrito e expansões e contrações súbitas em tubos PVC de secção recta, em funçãodos diferentes caudais volumétricos aplicados ao escoamento da água. Objectivos específicos: Avaliar os regimes (laminar ou turbulento) de escoamento de água ao longo da tubagem; Determinar o factor de atrito para cada caudal volumétrico; Calcular perda de carga teórica e comparar com a medida experimental; Calcular queda de pressão ao longo do escoamento; Traçar gráficos de perda de carga em função do caudal volumétrico; 8 II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Poucos problemas mereceram tanta atenção ou foram tão investigados quanto o da determinação das perdas de carga nas canalizações. As dificuldades que se apresentam ao estudo analítico da questão são tantas que levaram os pesquisadores às investigações experimentais (AZEVEDO NETO ET AL., 2003). Com base na prática efectuada na Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; (Silva, Andreia; ANJOS, Leandro; TAMIOSSO, Marilia) determinaram para diferentes condições de vazão e diâmetro, as perdas de carga ao longo do comprimento de tubulações retilíneas feitas em material PVC soldável e compararam os resultados experimentais com métodos empíricos utilizados na bibliografia. A análise foi feita através da montagem de um sistema de tubulação de água fria em uma bancada, onde se variou a vazão para cada medição de pressão feita nos pontos requeridos. As medições de pressão foram feitas com uso de manômetro, acoplado nos pontos para leitura de pressão no sistema. Verificaram ao fim do procedimento que a equação que melhor representou a perda de carga nos condutos analisados foi a equação de Darcy- Weisbach. Para além disso observaram a relação entre diâmetro e perda de carga unitária. Para diâmetros menores, verificou-se maior perda de carga. Para seções menores, e sendo a vazão constante, a velocidade do escoamento foi maior e, portanto, maior será sua perda de carga. As perdas verificadas para as equações de Hazen-Williams e Fair-Whipple-Hsiao obtiveram desempenho semelhante. Verificou-se através dos valores de número de Reynolds para os experimentos a ocorrência de escoamento turbulento de transição, viabilizando a aplicação dos métodos, sendo Hazen-Williams preferencialmente aplicável para grandes diâmetros. A equação de Darcy-Weisbach apresentou o resultado mais próximo dos dados experimentais observados. 9 III. MATERIAIS E METODO Tivemos como base o aparelho HM150.11 para realização da experiência o equipamento de medição de carga por fricção é formado por uma moldura em aço com várias tubagens montadas em secções que se podem fecharou abrir individualmente , permitindo assim que se faça o estudo isolado de determinadas secções sem que haja influência das outras secções. Esta unidade está equipada com dois medidores de pressão e uma bomba para fazer circular a água nas tubagens. Fig.1.: Unidade medição de perda de carga por fricção( Fluid Friction Apparatus)-HM150.11. Legenda 1. Estrutura de aço tubular com ventosas 2. Secção de tubagem em uso 3. Válvulas para desligar secções de peça 4. Câmaras anulares com sensores para leitura de pressão 5. Manómetro duplo 6. Sistema de medição ajustável 7. Objectos de medição- medição de fluxo 8. Objectos de medição-Dispositivos para abertura ou fecho do fluxo 9. Entrada do fluido 10. Descarga do fluido Procedimento Experimental a) Medição de perdas de carga localizadas( Expansão –Compressão) e distribuidás (Tubulação 1) 1. Começamos por verificar se todo material necessário para realização da nossa prática constava na bancada . 10 2. Ligamos os 4 tubos flexíveis nos pontos de medição onde se encontravam os sensores dos manómetros duplos e as outras extremidades das mangueiras em cada uma das câmaras anelares presentes na tubagem em estudo . 3. Verificamos se no tanque existia água suficiente tal como com auxilio do termometro foi medida a sua temperatura 4. Abrimos completamente a válvula de entrada da tugabem em estudo mantendo as demais fechadas 5. Ligamos o quadro életrico do equipamento 6. Accionamos a bomba de circulação de água . 7. Com auxílio da válvula de descarga situada no lado direito do equipamento realizamos o golpe de Arite para eliminar as possíveis bolhas de ar que podeiam ter se formado dentro da tubulação. 8. Ainda com auxílio da válvula de descarga foi feita a calibragem dos manómetros até ambos terem o mesmo nível . 9. Abrindo ligeiramente a válvula de descarga efectuamos a primeira medição de perda de carga 10. Fechamos a válvula de descarga do tanque , quando o nível do líquido atingiu 5 L começamos a cronometar o tempo necessário para atingir 10L. 11. Durante a prática foram registados as perdas de carga dos manometros. 12. Repitimos os procedimentos acima mencionados para diferentes caudais . b) Medição de perdas de cargas distribuidas( tubulação 2) A segunda prática baseou-se nos prodecimentos anteriores tendo em conta as seguintes alterações : Não fez-se o uso dos 2 manómetros duplos apenas 1. A vávula de entrada aberta era a da tubulação em estudo enquanto que as outras de mantiveram fechadas. 11 IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a aquisição dos dados, construímos as tabelas e gráficos que se prosseguem, tendo sido utilizadas as seguintes equações para as respectivas grandezas: Tab.1. Dados relativos a constante k para as perdas por contracção. 𝑓 = 1,6364 ∗ [𝑙𝑛 ∗ ( 0,35𝜀 𝐷 + 6,5 𝑁𝑅𝑒 )]−2 (5) ℎ𝑓 = 4𝑓 𝐿 𝐷 ∗ 𝑣2 2𝑔 (6) ℎ𝑓𝑒𝑥𝑝 = 𝑘𝑒 ∗ 𝑣𝑎2 2𝑔 onde 𝑘𝑒 = (1 − 𝑆𝑎 𝑆𝑏 )2 (7) ℎ𝑓𝑐𝑜𝑚𝑝 = 𝐾𝑣22 2𝑔 onde k é retirado da tabela de Massey por interpolação (8) Para além disso usaram-se os seguintes dados alguns dados e outros medidos Experimentalmente (na temperatura de 24ºC): Tab.2. Dados adicionais utilizados nos cálculos. Grandeza Valor 𝜀 0.0001mm 𝜗(viscosidade cinemática) 9*10-7m2/s Tab.3. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga distribuídas para D=3cm. Perdas distribuídas: D=0,03m, L=50cm , A=0,00071m2 Nº t (s) /5L Q (L/s) v(m/s) Re f hf(exp)(m) hf(calc)(m) ∆P (Pa) Erp% 1 10,15 0,49 0,70 23230 0,02 0,03 0,04 245,00 38,12 2 11,25 0,44 0,63 20959 0,03 0,02 0,03 166,60 49,60 3 16,82 0,30 0,42 14018 0,03 0,01 0,02 98,00 40,15 4 11,49 0,44 0,62 20521 0,03 0,02 0,03 176,40 44,62 5 16,00 0,31 0,44 14737 0,03 0,01 0,02 132,30 25,94 6 10,96 0,46 0,65 21513 0,02 0,02 0,04 235,20 32,03 7 9,36 0,53 0,76 25191 0,02 0,04 0,05 362,60 20,57 Com base nos dados adquirido, construímos os gáficos de Perda de carga em função da vazão, colocando ambas perdas, isto é, experimental e calculada, comparando assim os seus perfis. 12 Massey (2006) d2/D1=0,423 k 0 0,5 0,2 0,45 0,4 0,38 0,6 0,28 0,8 0,14 1 0 Fig.2.Gráfico perda de carga distribuída vs vazão primeira medição (d=3cm). De forma análoga, construímos tabelas e gráficos semelhantes aos anteriores, para as outras duas medições: Tab.4. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga distribuídas para D=1.8cm . Perdas distribuídas: D=0,018m, L=80cm , A=0,0003m2 Nº t (s) /5L Q (L/s) v(m/s) Re f hf(exp)(m) hf(calc)(m) ∆P (Pa) Erp% 1 12,35 0,40 1,35 44984 0,02 0,51 0,35 4998,00 47,34 2 29,30 0,17 0,57 18961 0,03 0,09 0,08 833,00 12,60 3 13,88 0,36 1,20 40026 0,02 0,35 0,28 3420,20 24,03 4 10,08 0,50 1,65 55115 0,02 0,52 0,50 5047,00 3,70 5 18,97 0,26 0,88 29286 0,02 0,16 0,16 1519,00 4,32 6 34,78 0,14 0,48 15973 0,03 0,06 0,06 539,00 1,70 7 17,95 0,28 0,93 30950 0,02 0,18 0,18 1734,60 0,89 Fig.3.Gráfico perda de carga distribuída vs vazão primeira medição (d=1.8cm). 13 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,25 0,35 0,45 0,55 p ER D A D E C A R G A ( m ) Vazão (L/s) Perda de carga vs vazão Perdas exp Perdas ideais 0 0,2 0,4 0,6 0 0,2 0,4 0,6 P er d a d e ca rg a (P a) Vazão (L/s) Perda de carga vs Vazão Perdas exp Perdas ideais Os dados e gráficos apresentados anteriormente, fazem unicamente menção as perdas distribuídas, e portanto serão analisadas em simultaneamente ao contrário da expansão e contração. Foi verificado em ambos gráficos a directa proporcionalidade entre perda de carga, onde embora tenham ocorrido alguns desvios com relação a recta ideal, fundamentalmente no gráfico 4. No entanto comparando os 2 gráficos foi possível verificar que a influência da vazão volumétrica nas perdas, onde, tratando-se em ambos casos de perdas distribuídas e que na equação de Darcy (equação 6) as duas variáveis que iram fundamentalmente influenciar na perdas foram o comprimento e o diâmetro da tubulação sendo que a vazão para estas duas perdas foi a mesma. Assim a tubulação de maior diâmetro ,implicou uma menor área e consequentemente maior velocidade pelo teorema dam continuidade, desta forma o quadrado desta velocidade, assim como o maior comprimento e menor tubulação resultaram numa maior perda na tubulação de 1.8 cm. Os devios a idealidade poderão ser justificados por: Envelhecimento ou aglomeração de resíduos (lodo) no interior da tubulação. Erros de operador durante a leitura das pressões. Erros de operador durante a calibração dos manómetros. Agora iremos analizar as perdas de carga por expansão e contrãção súbitas: Tab.5. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga na expansão. Perdas por expansão: D1=0,018m; D2=0,03m ; L=10,5cm ; A1=0,0003m2 ;A2=0,00071m2 Nº t (s) /5L Q (L/s) v(m/s) Re f hf(exp)(m) hf(calc)(m) ∆P (Pa) Erp% 1 10,15 0,49 1,64 32841 0,02 0,06 0,05 627,20 39,51 2 11,25 0,44 1,48 29630 0,02 0,03 0,04 333,20 8,95 3 16,82 0,30 0,99 19818 0,03 0,01 0,02 98,00 40,14 4 11,49 0,44 1,45 29011 0,02 0,044 0,04 431,20 22,91 5 16,00 0,31 1,04 208330,03 0,01 0,02 137,20 24,16 6 10,96 0,46 1,52 30414 0,02 0,05 0,04 490,00 27,09 7 9,36 0,53 1,78 35613 0,02 0,07 0,05 715,40 35,33 14 Tab.6. Dados de Reynold, Factor de atrito Perdas de carga nacontração. Perdas por contração: D1=0,018m; D2=0,03m ; L=10,5cm ; A1=0,0003m2 ;A2=0,00071m2 Nº t (s) /5L Q (L/s) v(m/s) Re f hf(exp)(m) hf(calc)(m) ∆P (Pa) Erp% 1 10,15 0,49 1,64 54735 0,02 0,07 0,05 637,00 21,15 2 11,25 0,44 1,48 49383 0,02 0,04 0,04 392,00 8,41 3 16,82 0,30 0,99 33029 0,02 0,03 0,02 274,40 43,32 4 11,49 0,44 1,45 48351 0,02 0,04 0,04 372,40 9,24 5 16 0,31 1,04 34722 0,02 0,03 0,02 303,80 43,58 6 10,96 0,46 1,52 50689 0,02 0,05 0,05 480,20 6,49 7 9,36 0,53 1,78 59354 0,02 0,08 0,06 765,38 23,79 Fig.4.Gráficos perda de carga vs vazão (Expansão e Contracção rescpectivamente) Para os dois últimos casos a justificativas para as perdas é muito diferente dos dois primeiros, onde as perdas eram maioritariamente consequências dos atritos entre o fluído e a parede da tubulação mas sim justificam-se com base em fenómenos distintos: O fluxo de fluido através de uma contração (diminuição do diâmetro do tubo) resulta em um aumento na velocidade e conseqüentemente, uma queda de pressão maior do que o valor para o tubo direto equivalente. A dissipação de energia causada por estas regiões de recirculação significa que nem toda a queda de pressão é convertida em energia cinética (e daí recuperável em um aumento posterior) e os componentes reversíveis e irreversíveis da queda de pressão devem ser considerados. Se a contração for usada para criar energia cinética a partir da pressão, é necessário empregar uma mudança de diâmetro mais gradual (tubo de Venturi por exemplo) para eliminar ou minimizar as recirculações e, portanto, as perdas. No caso da expanção ( aumento do diâmetro do tubo ), resulta na diminuição da velocidade e como consequencia, leva há um aumento da pressão. A dissipação de energia cinética no processo de desaceleração que provoca perdas. 15 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,25 0,35 0,45 0,55 P er d a d e ca rg a (m ) Vazão (L/s) Perda de carga vs Vazão Perdas exp Perdas Ideais 0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450 0,500 0,550P er d as d e ca rg a (m ) Vazão (L/s) Perda de carga vs vazão Em suma podemos afirmar que os resultados obtidos foram positivos, conseguimos nas quatro medição estimar o factor de atrito com uma boa precisão tendo rondado este valor em torno de 0,02. As diferenças com relação a idealidade, para a expansão e contração podem ser justificadas por um comportamento por parte da dissipação de energia cinética/energia de pressão que não possa ser exactamente modelado pelas equações 7 e 8. Respostas das questões: 1. Ilustre graficamente a relação existente entre a perda de carga e o caudal volumétrico? R: Gráficos visíveis nas figuras 2,3 e 4. 2. Analise os resultados obtidos experimentalmente para perda de carga. R: As perdas de carga obtidas em cada caso foram aceitáveis uma vez que com base nos valores calculados com as equações disponíveis, foram obtidos erros percentuais relativos abaixo de 50%. Como foi esperado, as perdas de carga distribuídas foram superiores as perdas por expansão e contração, uma vez que os fenómenos moleculares chegam a ser menos abrangentes que a influência das forças viscosas. 3. Compare e explique as razões da diferença entre os resultados experimentais e os teóricos para perda de carga. R: Explicação presente na discussão. 4. Explique o impacto do Número de Reynolds nos resultados obtidos para a perda de carga. R: Embora que pelo diagrama de Moody possamos interpretar que fixando uma rugosidade absoluta e variando os números de Reynolds podemos verificar que o factor de atrito descresce, podemos ainda verificar tal comportamento na tabela 5 (quinta medição) onde a medição com menor número de Re correspondeu ao maior valor de factor de atrito, no entanto, a este mesmo número de Re correspondeu a uma das menores perdas , um comportamento meio diferente do esperado quando olhamos para a equação de Darcy pois ℎ𝑓 ∝ 𝑓 ; non entanto devemos levar em conta que outro termo que influência bastante e apresenta proporcionalidade directa tanto no número de Reynolds como no termo das perdas , isto é a velocidade, assim, podemos concluir que existe uma proporcionalidade directa entre o número de Reynolds e as perdas. 5. Explique o impacto do caudal volumétrico nos resultados obtidos para a perda de carga. R:Como já é do nosso conhecimento, pelo princípio da continuidade um aumento da vazão volumétrica implica um aumento do quadrado da velocidade na equação de Darcy e como consequência resultara numa maior perda. 16 6. Explique o impacto da viscosidade nos resultados obtidos para a perda de carga. R: A viscosidade pela lei de Newton ela exprime a proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade durante o escoamento do fluído entre duas placas ou no interior de uma tubulação. Desta forma maior viscosidade resulta numa maior tensão cisalhante, daí que maior será a tendência a oposição do movimento por parte do fluído o que resulta num maior factor de atrito e por final maior perda. 7. Que outros parâmetros influenciaram, ou poderiam ter influenciado, os resultados obtidos para a perda de carga? R:Alguns destes parâmetros podem ser: A rugosidade do material, o comprimento e o diâmetro da tubulação, as súbitas variações do diâmetro da tubulação, em alguns casos como nas expansões e contrações, o uso da velocidade média e não pontual, isto é no exacto momento que ocorre a variação do diâmetro. 17 V. Conclusão A metodologia proposta para a determinação das perdas de carga mostrou-se bastante satisfatória, uma vez que os erros percentuais relativos foram convincentes. Conseguimos representar e verificar pelos gráficos a proporcionalidade directa entre as perdas de carga e o caudal volumétrico (vazão), embora atingindo em alguns casos erros de aprocimadamente 50%. Conseguimos analisar a influência de várias grandezas no cálculo das perdas, e ainda fomos capazes de estimar um factor de atrito com uma boa precisão que rondou quase que de uma forma unânime em torno de 0.02. Fomos ainda capazes de compreender a distinção fundamental entre as perdas distribuídas e as perdas por expansão e contracção. Embora os resultados obtidos tenham sido satisfatórios, não chegamos a analisar as perdas de carga em regime laminar. 18 VI-BIBLIOGRAFIA CANTUÁRIA, C. Perda de carga. Universidade do Estado do Amapá. Amapá. 2009.3 CARVALHO, J. Viscosidade da Água. Ebah. Disponivel em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfh7oAI/viscosidade-agua>. Acesso em: 20 Setembro 2017. GOMES, M. Apostila De Mecânica Dos Fluidos. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, p. 80.1 BARRY, A. contraction, flow and pressure loss in. Thermopedia. Disponivel em: <http://www.thermopedia.com/content/659/>. Acesso em: 21 Setembro 2017. ÇENGEL, Y; CIMBALA, J. MECÂNICA DOS FLUIDOS. McGraw-Hill. 5ª ed. 836p. São Paulo.2012.219
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