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aula 1 introdução à cinesiologia e biomecânica (1)

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Professora Lidiane Meyre
lidianesilvafisio@gmail.com
Cinesiologia e Biomecânica 
aplicada à Educação Física e 
ao esporte
Aula 1: Introdução à cinesiologia e 
biomecânica
Introdução
Cinesiologia do grego: Kinesis (mover), ologia
(estudar);
 O enfoque da Cinesiologia e Biomecânica é o 
movimento humano;
 Mudança de lugar, de posição ou postura em 
relação a algum ponto do ambiente;
(Neumann, 2006)
Introdução
 Cinesiologia é o estudo do movimento humano.
 Biomecânica é o estudo da aplicação da 
mecânica a sistemas biológicos. A biomecânica 
avalia o movimento de um organismo vivo e o 
efeito de determinadas forças sobre esse 
organismo.
(HALL, 2005)
 A biomecânica pode ser definida como a
ciência que estuda o corpo e o movimento
humano com base em leis e métodos da
mecânica. Como tal, deriva da biofísica, a área
da física que estuda os sistemas biológicos.
 Tem uma abordagem multidisciplinar
Introdução
(SALVINI etal 2005)
 A biomecânica busca avaliar objetivamente o 
desempenho relacionado à estrutura do corpo 
humano e de seu movimento:
–Como o movimento é gerado no corpo humano;
–Como o ambiente influencia e modifica o movimento;
–Quais fatores que determinam as cargas que atingem o 
aparelho locomotor;
–Como a execução de um movimento influencia nas 
estruturas corporais.
(SALVINI etal 2005)
Introdução
Pesquisas em Biomecânica
 Problemas estudados em biomecânica:
–Exemplos
 Gastos energéticos em crianças entre os três anos
de idade e a fase de adulto jovem;
 Efeitos da microgravidade sobre o sistema
musculoesquelético humano;
 Osteoporose;
 Fatores biomecânicos que permitam os indivíduos
evitarem de sofrerem quedas;
 Amputações;
 Minimização de lesões desportivas. (HALL, 2005)
Problemas qualitativos versus 
quantitativos
 Análise do movimento:
–Análise qualitativa: é uma avaliação não
numérica do movimento com base na observação
direta.
Questões gerais:
–O movimento está sendo realizado com forma
adequada?
–O movimento está sendo realizado através de uma
amplitude de movimento apropriada?
(HALL, 2005)
Problemas qualitativos versus 
quantitativos
Questões gerais:
–A sequência dos movimentos corporais é apropriada (ou
ótima) para a execução da atividade?
– Porque essa mulher idosa tende a cair?
–Porque esse arremessador não está tomando mais
distância?
(HALL, 2005)
Problemas qualitativos versus 
quantitativos
 Análise Qualitativa
 Questões específicas poderiam incluir:
–Estará havendo flexão plantar excessiva durante a fase de apoio
da marcha?
–A liberação da bola está ocorrendo por ocasião da extensão
plena do cotovelo?
–Será que o fortalecimento seletivo do músculo vasto medial
oblíquo elimina o trajeto anormal da patela?
 Análise quantitativa: é uma avaliação numérica do
movimento com base nos dados coletados durante o
desempenho.
(HALL, 2005)
Introdução
 Anatomia versus anatomia funcional
–A anatomia é a ciência da estrutura do corpo;
–A anatomia funcional é o estudo dos
componentes do corpo necessários para obtenção
ou realização de um movimento ou função
humana.
(HALL, 2005)
Cinemática versus cinética
 Cinemática: examina o movimento a partir de
uma perspectiva espacial e temporal, sem
referência às forças causadoras do movimento.
–Posição e velocidade são os componentes de
interesse da cinemática
 Cinética: é a área de estudo que examina as
forças que atuam num sistema (corpo
humano). A cinética tenta definir as forças
causadoras de um movimento.
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Estática versus Dinâmica
 Estática: é o ramo da mecânica que examina
sistemas que não se encontram em movimento
ou que se movimentam numa velocidade
constante.
–Os sistemas estáticos estão em equilíbrio
 Dinâmica: é o ramo da mecânica que examina o 
movimento de sistemas que estão sendo 
acelerados.
–A dinâmica lança mão de uma abordagem cinemática ou cinética para 
analisar o movimento
(HALL, 2005)
Professora Lidiane Meyre
Cinemática
Osteocinemática versus 
Artrocinemática
 Osteocinemática se preocupa com os 
movimentos dos ossos
 Artrocinemática se ocupa dos movimentos 
que ocorrem entre as superfícies articulares.
(HALL, 2005)
Posição anatômica
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Posição de referencia
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Classificação planar da posição e 
do movimento (osteocinemática)
 Posição anatômica do corpo
–Plano Frontal
–Plano sagital
–Plano horizontal
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Planos e eixos de movimento
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Planos de movimento
 Verticais 
–Plano sagital mediano
–Plano frontal
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Planos de movimento
 Horizontal
–Plano horizontal
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Eixos de movimento
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Eixos de movimento
 Horizontais
–Eixo látero-lateral ou
transversal
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Eixos de movimento
 Horizontais
–Eixo ântero-posterior
ou sagital
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Eixos de movimento
 Vertical
–Eixo longitudinal ou 
súpero-inferior
(MATTIELLO-ROSA etal, 2005)
Movimentos articulares
(flexão e extensão)
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Movimentos articulares 
(abdução e adução)
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Movimentos articulares
(rotação)
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Movimentos especiais
(HAMILL; KNUTZEN, 2008)
Graus de liberdade
Nº de planos Nº de eixos Graus de 
liberdade
Exemplos
Um plano Um eixo Um grau de 
liberdade
Cotovelo
Rádio-ulnar
Dois planos Dois eixos Dois graus de 
liberdade
Metacarpofalan-
geanas
Radiocárpica
Três planos Três eixos Três graus de 
liberdade
Glenoumeral
Coxofemoral
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Cadeias cinemáticas
 É uma combinação de várias articulações 
unindo segmentos sucessivos.
 Tipos de cadeia cinemática:
–Aberta
O segmento distal da cadeia cinemática move-
se no espaço.
–Fechada
 O segmento distal está fixo e as partes 
proximais movem-se.
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Artrocinemática
 A artrocinemática ocupa-se com a
movimentação das superfícies articulares em
relação à direção do movimento da
extremidade distal do osso.
 Movimentos das superfícies articulares:
–Três tipos de movimentos:
 Rolamento ou balanço;
 Deslizamento ou escorregamento;
 Rotação ou giro.
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Artrocinemática
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Artrocinemática
 Movimentos
(Neumann, 2006)
Artrocinemática
 Falha no componente de deslizamento
(Neumann, 2006)
Artrocinemática
 Componente de rotação
(Neumann, 2006)
Artrocinemática
 Relações convexo-côncavas:
 Se a parte que se move é convexa, a 
superfície articular se move na direção 
oposta à do segmento ósseo.
 Se a parte que se move é côncava, a 
superfície articular se move na mesma 
direção do segmento ósseo.
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Artrocinemática
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Artrocinemática
 Rolamento e deslizamento na articulação do 
joelho
(Neumann, 2006)
Artrocinemática
(Neumann, 2006)
Artrocinemática
 Posições de ajuste máximo e ajuste frouxo:
 Este ponto de congruência é chamado de 
ajuste máximo.
 Ocorre a área máxima de contato das superfícies;
 As inserções dos ligamentos estão a maior distância 
e sob tensão.
 As estruturas capsulares estão esticadas;
 A articulação está mecanicamente comprimida e é 
difícil tracioná-la.
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)Artrocinemática
 Movimentos acessórios
 As superfícies articulares podem ser movidas 
passivamente;
 Tração
 Deslizamento lateral
 Deslizamento ântero-posterior
 Rotação.
(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997)
Revisão articulações
 Sinartrose 
 Anfiartrose
 Diartrose
 Suturas Plana
Denteada
Escamosa
 Sindesmose
 Gonfoses
Sinartrose 
 Sincondroses Inter ósseas
Intraósseas
 Sínfise
Anfiartrose 
 Monoaxiais Gínglimo ou dobradiça
Trocóide ou Pivô
 Biaxiais Condilar ou elipsoide
Selar
 Triaxiais Esferóide
 Não axiais Artródia ou plana
Diartrose 
Referências
 SMITH; WEISS; LEHMKUHL Cinesiologia Clínica de
Brunnstrom, Manole 5º edição 1997.
 NEUMANN ; Cinesiologia do aparelho musculoesqueletico
Guanabara, 2006.
 JOSEPH HAMILL, KATHLEEN M. KNUTZEN, Bases
biomecânicas do movimento humano, 2ª edição Manole, 2008.
 HALL, S. J. Biomecânica básica. 4 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005
 SALVINI et al. Movimento articular: aspectos morfológicos
funcionais. São Paulo: Manole, 2005.

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