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Antibioticoterapia em Odontologia Prof. Dra. Adriana Magalhães Andrade de Menezes Alexander Fleming, 1928. Antibióticos Substâncias produzidas por microrganismos vivos ou através de processos semi-sintéticos, as quais inibem o crescimento de outros microrganismos e, podem, eventualmente, destruí-los. Qua?ndo usar Quando as manobras odontológicas e a resistência do paciente não são suficientes para debelar a infecção Antibiótico Ideal Aquele que exerce sua ação sobre o microorganismo invasor, sem causar danos ao hospedeiro: Toxicidade Seletiva Toxicidade seletiva tóxicos ou preferencialmente letais para os MO invasores Inibição da síntese de ácido Inibição da Mecanismo de ação das drogas antimicrobianas síntese da parede celular (Penicilinas, cefalosporinas, vancomicina) Alteração da membrana celular (Polimixinas, nistatina, anfotericina B) nucléico (ciprofloxacina, rifamicina, aciclovir) Inibição da síntese protéica (eritromicina, clindamicina) Antimetabólitos (Sulfonamidas, ácido aminossalicílico, sulfonas) Classificação dos Antibióticos quanto à ação biológica Bactericida x Bacteriostático Mecanismo de ação Concentração do fármaco Tipo de microrganismo Bactericida x Bacteriostático Antibioticoterapia não promove a erradicação da infecção, mas a redução no número de microrganismos Tratamento com bacteriostáticos pode levar mais tempo Os bacteriostáticos precisam manter a CIM durante o tratamento Em casos específicos, a antibioticoterapia visa eliminar todos os patógenos Bactericidas Bacteriostáticos Aminoglicosídios Clindamicina Cefalosporinas Cloranfenicol Monobactâmicos Macrolídios Fluoroquinolonas Sulfonamidas Metronidazol Tetraciclinas Penicilinas Trimetropima Polimixinas Vancomicina Variáveis que influenciam o tratamento antimicrobiano Diagnóstico e escolha do antibiótico Concentração do antibiótico no local de infecção Idade, tipo e extensão da infecção Fatores do hospedeiro I. Diagnóstico e escolha do antibiótico Sucesso da terapia Diagnóstico correto Fármaco mais específico e eficaz Conhecimento das bactérias associadas com a patologia Anaeróbios (principalmente Gram-negativos) Aeróbios Gram-positivos II. Concentração do antibiótico nos sítios de infecção A) Via e horário de administração V.O. Presença de alimentos Absorção 1h antes ou 2 horas depois II. Concentração do antibiótico nos sítios de infecção B) Dose/Intervalo/Duração da terapia Concentrações inadequadas de Antibiótico Resistência Bacteriana Duração inadequada da terapia Recorrência da infecção Resistência bacteriana II. Concentração do antibiótico nos sítios de infecção C) Adesão do paciente Preço do medicamento Desaparecimento dos sintomas clínicos Efeitos colaterais desagradáveis Interrupção do tratamento II. Concentração do antibiótico nos sítios de infecção Distribuição do antibiótico no organismo Os agentes quimioterápicos diferem na sua capacidade de penetrar em certos compartimentos do corpo Metabolismo e excreção dos antibióticos Antibiótico no local da infecção Velocidade de inativação da droga III. Idade, tipo e extensão da infecção Tratamento local Incisão e drenagem de abscessos Infecção antiga crescimento lento Antibióticos menos eficazes Maior extensão menor eficácia ( n° bactérias) Duração do tratamento Remoção da causa primária da infecção (raspagem, drenagem, exodontia, etc) Uso do antimicrobiano até 48 h após a remissão dos sinais e sintomas: 5 – 7 dias Infecções mais graves ou imunodepressão: maior período e ajuste da dose Insucessos da antibioticoterapia Escolha incorreta do antibiótico Falha no cálculo da dosagem Antibiótico não atinge o sítio de infecção Antagonismo entre os antibióticos Microrganismos resistentes ao antibiótico Infecção com taxa de crescimento muito baixa Insucessos na antibioticoterapia Vascularização ou fluxo sangüíneo reduzido Paciente com baixa resistência às infecções Falta de adesão ao tratamento pelo paciente Custo do tratamento Antibióticos só devem ser usados se realmente houver necessidade Avaliação correta do paciente com histórico de alergias, efeitos tóxicos e comorbidades Não usar dose menor que a terapêutica recomendada Paciente deve apresentar resposta benéfica no período de 24 a 48 horas IMPORTANTE: Manutenção do tratamento por 3 dias após o desaparecimento da sintomatologia Se a antibioticoterapia falhar, usar outro antibiótico baseado no antibiograma Avaliação de possíveis efeitos tóxicos É aconselhável a administração ½ hora antes ou 2 a 3 horas após as refeições Resistência bacteriana A antibioticoterapia exerce uma pressão genética, inibindo ou destruindo os microrganismos mais sensíveis e permitindo o crescimento dos menos suscetíveis. A resistência bacteriana surge em decorrência de alterações genéticas da célula bacteriana Efeitos Adversos Alergias Toxicidade gastrintestinal Hepatotoxicidade Nefrotoxicidade Neurotoxicidade Distúrbios na microflora do hospedeiro Toxicidade dos tecidos hematopoiéticos Usos terapêuticos em Odontologia risco de Tratamento de infecções orodentais Profilaxia em pacientes com endocardite bacteriana Prevenção de complicações sistêmicas em pacientes imunocomprometidos Prevenção de infecções pós-operatórias Melhora do processo de cicatrização Antibióticos comumente usados em Odontologia Penicilinas Cefalosporinas Macrolídeos Lincosaminas Metronidazol Tetraciclinas Aminoglicosídeos Vancomicina Rifamicinas Amoxilina 500mg 8/8h Amoxilina+clavulanato deK 500mg/125mg 875mg/ 125mg 8/8h 12/12h Claritromicina 500mg 12/12h Azitromicina 500mg 24/24h Cefalexina 500mg 6/6h Metronidazol 400mg 8/8h Esquema posológico dos principais antibióticos utilizados em Odontologia Casos clínicos Caso clínico 1: Paciente 32 anos, sexo masculino, chega ao consultório relatando dor latejante na região dos molares inferiores. Ao exame radiográfico, há uma radioluscência no ápice do elemento 36. Ao exame clínico, o dentista detecta restauração extensa fraturada com cárie no referido dente e aumento de volume na vestibular do mesmo com características de abscesso periapical já com flutuação. Casos clínicos Caso clínico 2: Paciente chega ao Posto de Saúde relatando dor na região superior, sangramento gengival e com gosto ruim na boca. Ao exame clínico, observa-se abscesso periodontal nos elementos 24 e 25 decorrente de acúmulo de tártaro subgengival. Casos clínicos Caso clínico 3: Criança chega ao Posto de Saúde com febre alta. A mãe relata que a criança não consegue comer nada pois queixa-se de muita dor na boca. Ao exame clínico, são detectadas lesões vesiculosas e ulceradas na mucosa oral e gengiva. Agentes Antifúngicos Nistatina Amplo espectro de atividade Fungicida ou fungistática Concentração, pH (6-7,5) e tipo de fungo Administração via oral (NUNCA parenteral) Efeitos adversos (distúrbios GI) Tratamento da candidíase oral Nistatina 2 a 3ml de suspensão 100.000UI/ml 6/6 hs – 10 dias 1 a 2 pastilhas 200.00 UI 4 a 5 vezes/dia Prescrição Desde 28 de novembro de 2010 venda de antimicrobianos apenas com a receita A ANVISA publicou no Diário Oficial da União (DOU), no dia 9 de maio de 2011, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 20/2011 que estabelece novos critérios sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, revogando todas as resoluções anteriores sobre o tema. Prescrição As prescrições somente poderão ser dispensadas quando apresentadas de forma legível, sem rasuras e em duas vias (1ª via se destina à FARMÁCIA e a 2ª via ao PACIENTE) A prescrição de antibióticos deve ser feita em receituário privativo do prescritor (simples) ou do estabelecimento de saúde, desde que ela tenha os dados necessários do paciente e do medicamento - identificaçãodo paciente: nome completo, idade e sexo; - nome do medicamento ou da substância: nome, dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade; - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); e - data da emissão (validade 10 dias) Prescrição Nome do profissional - n° CRO - endereço - telefone Para: Sexo: Idade: Uso interno: 1. Amoxilina 500 mg-------------------- 21 cápsulas Tomar 1 (uma) cápsula de 8/8 horas durante 7 (sete) dias. Data , assinatura e carimbo do profissional Dr. Adriana Magalhães Andrade de Menezes CRO –CE 3020 Idade: 35 anos Para: Maria da Silva Sexo: feminino Uso interno: 1. Metronidazol 400 mg-------------------- 21 cápsulas Tomar 1 (um) comprimido de 8/8 horas durante 7 (sete) dias. Fortaleza, 12/05/12 Data , assinatura e carimbo do profissional Clínica José França Neto Rua Carlos Vasconcelos, 1650 – CEP 60115-170 – Aldeota – Fortaleza - CE Fone: (85) 3261.2779 / 3261.1010 / 9924.8474 Obrigada!
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