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O que é o direito? jurisconsultos modernos inserção de preceitos humanos pensamento clássico problema agravado nos tempos atuais ambiguidade essencial do conceito de direito preocupação em escapar da equivocidade genealogia da emancipação daesfera jurídica sob o ponto de vista filosófico 3 ondas da maturação semântica cientificidade sistematização Jean Bodin direito identificado pela razão ideal de cientificidade direito romano como referência divisão: racionalidade tradição tendências antagônicas: sistematicidade casuísmo Hugo Grotius espírito da geometria evidência racional contra a disputatio escolástica e vassalagem teocrática HIPÓTESE: "mesmo se Deus não existir" emancipação da teologia Galileu Descartes independência só é possível por intermédio da razão humana autonomia racional do direito influências em Grotius três acepções do direito em Grotius Hobbes mantém a referência metajurídica construtivismo racional primeira onda não foi vencedora o dever-ser em questão autonomia em relação à moral direito e moral em Kant interno externo moral direito Fichte direito como possibilitador da coexistência das liberdades direito não precisa da moral equívocos do positivismo jurídico direito emancipado da moral contra o metajurídico base do positivismo teoria do direito positivo voluntarismo decisionista atitude cientificista determinismo explicativo contradição positivista nas vertentes sociologizante ou historicista direito é o não direito 2 problemas filosóficos do positivismo direito alheio ao justo e ao ideal direito absorvido pela política direito como mera técnica gerencial desencantamento o positivismo é antijurídico imprecisão do conceito de direitos humanos obsessão da felicidade e liberdade filosofema chave raízes no nominalismo direitos do homem metafísica do indivíduo eixo da modernidade direito na natureza de cada homem hipótese metodológica do estado de natureza conotação pessoalista do direito direitos naturalmente vinculados ao sujeito universalidade direitos naturais não têm efetividade jurídica Kant e a revolução copernicana do direito repúdio à dogmática dos direitos subjetivos presunções jurídicas importância do Estado na autentificaçãodos direitos direito só é direito por intermédio do Estado direitos mediados pelo direito direitos naturais absorvidos pelo direito positivo direitos do homem como direitos do cidadão os direitos e o direito teorias anarquizantes Declaração de 1789 direitos-liberdades oponíveis ao Estado liberalismo ético-político a parte humana ingovernável direitos-liberdades x direitos-créditos ideologia socializante Estado devendo direitos direito como dívida obrigação de assistência e serviço maior importância ao aspecto econômico e social dos direitos direito DE x direito A antinomia entre liberalismo e socialismo entretanto, um direito-liberdade já é um direito-crédito todo direito, para ser direito precisa ser assumido pelo Estado direitos-créditos tendem à absolutização do direito dois extremos da natureza dos direitos no direito direito entre os dois extremos funcionalidade recíproca desesperança não é força relações institucionais de ordem anfibolia multivalência maleabilidade diversidade pluralidade = polissemia pluralismo semântico escolástica Aristóteles definição pragmática = a função do direito maleável por natureza flexibilidade problemática da fundação do direito inversão do método realidade e idealidade pensadas juntas - de modo sintético investigação sobre as fundações como o pensamento sobre o direito se produz para nós PENSAR SOBRE O DIREITO pensar transcendentalmente razão de ser do direito clássica oposição jusnaturalismo juspositivismo permanente ideia de direito natural impossibilidade da neutralidade axiológica perseverança do positivismo postulam as fundações do jurídico evitar os dualismos simplistas conceito de direito natural MODERNIDADE> passagem da cosmologia para a antropologia Direito natural CLÁSSICO MODERNO menos especulação mais pragmatismo cidade antiga x estado moderno direito natural <-> filosofia physis e nomosnatureza encoberta pelas leis humanas 1ª tarefa da filosofia natureza como autoridade suprema ou subordinada às convenções debate essencial quando surgem as leis importância da escrita lei como um desafio à desordem e à arbitrariedade thesmos nomos isonomia nomos divino ambivalência: civil e natural ordem normativa (dever ser) ordem positiva (ser) leis escritas X leis não escritas (cosmos) insuficiências e limites da lei escrita plenitude axiológica da lei não escrita ou a lei escrita é imitação, ou é assumida como frágil e imutável Antígona, de Sófocles leis divinas eternas e universais moral e religião acima da política Interpretação de Hegel consciência ética consciência político-jurídica duas consciências de si que recusam o reconhecimento mútuo duas essências do espírito antigo síntese: declínio da individualidade antinomia irresolúvel physis como limite à autoridade da lei ou costume relativismo de Protágoras nomoi como convenção, artifício, contingente e relativo o estado de natureza entre os gregos sofistas superioridade da lei civil civilidade inteligência usada de maneira útil justiça é conformidade às regras/convenções herança dos sofistas: par nomos-physis Sócrates e Platão: subordinação à natureza a necessidade aproxima os homens "cidade das necessidades" relação entre a lei/convenção e a lei/cósmica natureza e finalidade das leis investigação baseada na política cotidiana mito da caverna idealismo platônico não nega o mundo filósofo- legislador união entre saber e poder governo da inteligência dever de governo da inteligência legislação como capacidade e competência apoiadas em uma ciência legislar não é privilégio, é dever filósofo-rei deve ser desinteressado delibera sobre fins e valor poder não é potência, nem tecnicistapoder não pode ser objeto de disputa leis com valor de transcendência finalidade tripla da lei pluralismos querelantes cidade dos desejos necessidade une; desejo separa lei sela a unidade da Cidade o político necessita de um ordenamento jurídico problema do Uno e do Múltiplo: Estado X Sociedade jusnaturalismo clássico: COMPARAÇÃO Cidade ideal e ordem mundana há paralelos entre as ordens busca do princípio da harmonia governo da necessidade pela razão lei natural como modelo para a lei civil influência em Jean Bodin Platão impõe um padrão de correção às leis - devem impedir danos e divisões legalidade ligada ao justo natural: O QUE É JUSTO É LEGAL justiça não está no indivíduo, somente na Cidade boa justiça não é aritmética ou igualitária. ela é hierárquica justiça supõe a desigualdade cada qual com uma função na totalidade anti-individualismo leis visam o Todo direito injusto é uma contradição lei degenerada não é lei competênciassegundo as capacidades regra de equilíbrio leis possuem virtude ética: melhora o estado das coisas lei dá ao indivíduo o seu lugar certo na comunidade legislação dá mostras na Cidade da ordem que a funda ordem é participaçãonointeligível eterno lirismo axiológico da apologia da lei lei enquanto intermediação direito natural como arquétipo leis nunca serão definitivas nem perfeitas a idealidade impede a arbitratiedade idealidade é mais real do que a realidade da regra positiva síntese Hegel lei só tem sentido na totalidade ética visão organicista da cidade contra todas as facções separação política como separação ontológica natureza enquanto paraíso político foiesquecida pelos modernos críticas anglo-saxônicas 1920, 1933... contexto do regime soviético e facismo/nazismo B. Russell K. Popper "sociedade fechada" mas o contexto de Platão era filosófico influência emAristóteles e Cícero sociabilidade natural politéia Aristóteles a "natureza das coisas" natureza é matéria e é forma ao mesmo tempo a lei é por natureza diferença entre as artes e as leis lei é sabedoria prática - prudência (phronesis) lei conforma-se à ordem natural das coisas politeia como "regime" de uma Cidade fundador da ciência política a virtude moral desigualdade natural como justificativa para a não igualdade de condições na Cidade justo político é em parte natural e em parte legal leis civis são naturais, mesmo que variem entre as cidades lei se particulariza em decorrência das particularidades da natureza lei é IMANENTE à realidade objetiva leis são meios de concretização da natureza direito natural integra o direito político natureza como padrão direito natural não é ideal caráter principial do direito natural antes das leis feitas, existem relações de justiça possíveis direito natural enquanto dimensão substancial do ser Cícero falar sobre o direito estabelecer o direito ecletismo lei enquanto sensatez natureza enquanto antecedente de tudo 3 ideias-forças da tradição jusnaturalista clássica contra o convencionalismo, por não visar o bem-comum ontologia: buscar o que convémà natureza do homem, dentro da ordem do cosmos política enquanto triunfo da inteligência naturalismo não é empirismo nem materialismo grandes filosofemas do jusnaturalismo clássico cristianismo substitui o cosmologismo pelo teologismo direito natural continua sendoa base CRISTIANISMO Agostinho Aquino criação de um modelo sobrenatural da ordem justa por ser racional, o homem deve assumir o que lhes dita o direito natural busca do bem comum contenção do direito positivo e proteção contra arbitraridade maior precisão semântica do direito natural teológico o justo tem por base a filosofia direito não é uma soma de convenções participação num horizonte de idealidade direito decorre da capacidade de inteligência condenação dos sofistas justiça não é mera técnica de discurso convencionalismo provoca o desaparecimento do sentido direito como linguagem do verdadeiro e do bem cidade como lugar da necessária interdependência jusnaturalismo clássico traz um paradigma irrealizável, mas de inesgotável força delírios praxeopositivistas dos modernos mutações endógenas provocaram a condenação da teoria jusnaturalista descoberta metafísica do homem natureza das coisas é substituída pela natureza do homem antropologização do jusnaturalismo - modernização Escoto e Occam voluntarismo absoluto glosadores desarticulação da "república cristã" prevalência da positividade da vontade humana em vez da ordem das coisas reabilitação da convenção e do "artifício" vontade/razão humana se exprimiam por intermédio de deduções da lei natural divina a ordem jurídica era estabelecida pela lei papel primordial do homem antropologia e humanismo Renascimento- transição autores hesitantes ambiguidade e indecisão conceitual direito natural ligado à natureza humana desnaturalização por antropologização autoridade crescente do homem direito fundamentado no próprio homem não se funda mais nas harmonias naturais poder racional do homem razão humana coincide com a vontade de Deus filosofema moderno: HUMANISMO INDIVIDUALISMO RACIONALISMO 3 ondas da modernidade autosuficiência racionalista Cartesianismo metafísica antropocêntrica esclarecimento da natureza humana realismo de Maquiavel psicologia empírica sobre o homem intuição individualista de Maquiavel novo tipo de inteligibilidade da ciência mecanicista intuições > conceitos > análises > sínteses sistemáticas mundo ordenado segundo as exigências da razão problema da ordem jurídica torna-se uma questão de filosofia do conhecimento, em lugar da finalidade ética rigor precisão clareza sistema monolítico de Hobbes novos instrumentos conceituais constituição dos axiomas básicos individualismo contra a ideia de comunidade realismo analítico de Hobbes direito natural fruto de uma ciência rigorosa filosofia enquanto "ciência" Leviatã com base em um cálculo teleológico de interesses soberano como único legislador concepção legalitária do direito só o Estado define o direito é jurídico o que se conforma à lei civil dupla metamorfose da filosofia do direito fundamento nãoestá no horizonte metafísico está no poder do Estado soberano resgate do convencionalismo dos sofistas transformação do conceito de direito natural direito natural enquanto poder do indivíduo de usar de suas capacidades para sobreviver direito natural da comunidade substituído pelo direito natural do indivíduo início da corrente do individualismo Deus não é mais o legislador imediato fundamentos do direito na racionalidade do homem-sujeito início do direito natural moderno artificialismo e individualismo como vetores da modernidade jusnaturalismo moderno reviravolta na filosofia e na concepção do direito convencionalismo como fonte da juridicidade metamorfose antinaturalista como princípio do positivismo jurídico cálculos de interesse da razão razão construtiva que disciplina a autoridade de coerção legicentrismo estatal divisão antigos X modernos é especiosa e envolta numa falsa clareza várias compreensões sobre o direito natural no pensamento moderno plurivocidade do jusnaturalismo moderno hipótese metodológica do estado de natureza direito-poder ou um querer-viver que é igual em todos desprovido de juridicidade necessidade de represar as pulsões renúncia ao direito de natureza instauração da paz e civilidade Espinoza direito de natureza como capacidade de perseveração do ser em seu ser em Espinoza, a natureza é Deus necessitarismo do direito de natureza necessidades apetite, desejo ontologianaturalistalegitimação está na perseveração estado conflituoso do estado de natureza conatus para Hobbes e Espinoza limites da intuição positivista de Hobbes impossibilidade de eliminação da lei da natureza leis civis e da natureza se contém mutuamente não há autolimitação constitucional eficácia da lei precisa de um valor teleologia para cumprir não se abre mão das exigências da normatividade Grotius não é um moderno mas um pensador de transição Pufendorf qualidade moral como conteúdo do direito natural críticas a Hobbes e Espinoza por não darem dimensão moral ao direito natural razão prescreve ações apenas para os seres morais superioridade da lei moral sobre a física a todo direito corresponde um dever direito natural como exigência moral dever de igual tratamento remissão ao transcendente e divinoresistências à modernidade ideia tradicionalde lei natural relações complexas entre direito natural e lei natural diferença entre leis da natureza (mundo físico) e leis naturais (regras divinas de governo do mundo) Lei natural em Bodn mais tarde, a lei natural gera uma indecisão vertiginosa lei natural em Grotius não é reflexiva diferença da lei natural em Hobbes e Espinoza em Hobbes, é um teorema Em Espinoza, o necessarismo estrutural do mundo HOBBES positivismo ESPINOZA naturalismo Pufendorf Cumberland Locke - outro perfil Cumberland lei natural imposta por deus, com valor eminente e exemplarPufendorf ordem racional do Criador supre as deficiências da natureza humana relação entre direito natural e lei natural Locke alia a modernidade à tradição da lei divina Burlamaqui todos se afastam de Hobbes reatam com o voluntarismo divino substituem a REVELAÇÃO pela RAZÃO Montesquieu tudo manifesta a "razão primitiva" do Deus Júpiter também contrário a Hobbes regras não se justificam no poder de decisão dos homens nenhuma lei humanapode ir contra os ditames da Justiça divina razão não precisa da revelação não há dualidade entre o mundo natural e o humano inseparabilidade entre moral e direito hesitações conceituais decorrem da persistência da tradição clássica resistência metafísica ao tratamento geométrico do direito natural autonomia do sujeito ainda não se desligou da relação com deus incerteza semântica do conceito de direito natural autonomia da vontade humana ainda não estava firmada enquanto projeto paradoxos do racionalismo moderno processo de legalização do direito paradoxalmente, pende para o positivismo indecisões do racionalismo moderno em síntese, formaram-se dois jusnaturalismos o confronto entre eles fornece mais dificuldades do que esclarecimentos destino das duas correntes triunfo do convencionalismo jusnaturalismo moderno abriu caminho ao positivismo as indecisões metodológicas provam a necessidade de ser menos taxativo com as interpretações maior clareza do pensamento sobre o direito intenção de unificação formal menor realismo privilegiando a noção de lei direito atrelado ao aparelho estatal e ao indivíduo estatismo e objetivismoculminam na eliminação do valor maior desenvolvimento do positivismo foi no início do séc XX premissa do positivismo pluralidade dos positivismos ideia-força: prioridade do direito positivo assimilação do direito à lei estatal esquemas de procedimentos para o estabelecimento das regras legislador atrelado ao procedimento ênfase no componente formal negação de qualquer pressuposto material como obrigatório ao direito aquisição definitiva da ciência do direito tendência de sistematização características do positivismo reflexo do espírito de época: emancipação do homem simplismo do antagonismo entre antigos e modernos falsa simetria: o "contrapeso positivista" não é a antítese do jusnaturalismo arqueologia do positivismo jurídico positivismo não seria a mera antítese do direito natural preparação para o positivismo Hobbes noção de soberania limites da intuição positivista de Hobbes não se supera a necessidade das leis da natureza soberania não pode ser limitada ou regulada não rompe com o a-historicismo Hobbes conseguiu especificar as exigências da forma e força jurídicas profanação do universo jurídico o jurídico é o jus civile só o jus civile introduz a normatividade revisão da noção do justo coação como o critério do jurídico direito privado subsumido no direito público motivos da demora na aceitação da teoria de Hobbes obsessão prática mal-estar teórico nomofilia das assembleias reolucionárias interesse pelas finalidades práticas inflação legislativa Rousseau importância da retidão formal da lei nem jusnaturalista nem juspositivista leis como apoio aos homens corrompidos forçam o homem a ser livre e justo a lei é anterior à justiça direito natural continua a existir mas precisa seguir as vias da razão organizadora do Estado lei civil com função dialética inversão das teses jusnaturalistas leis civis é que tornam as leis naturais acessivas e efetivas homem, antes de mais nada, é cidadão forte civismo racionalismo crítico de Rousseau é substituído pelo dogmatismo e ideologia militantista dos jacobinos normatividade formal é substituída pela busca de eficiência concreta religião civil intensa atividade jurídica no pós Revolução Francesa tendência objetivista que levaria ao positivismo o direito depois da Revolução exigem do legislador uma vontade de sistematicidade finalidade prática função dos Códigos não é um universalismo abstrato e metafísico juridicização do sujeito de direito implica uma atitude objetivista Declaração dos direitos... exemplo da igualdade igualdade já é um sonho desde muito tempo constituintes dão à igualdade um estatuto jurídico objetivo na Revolução, há a igualdade NA e PELA lei legalização da igualdade lei deve emanar de todos e valer para todos tornar os homens iguais em direitos significa proteger-lhes a liberdade superação do Antigo Regime "civilizar" o direito natural indivíduo torna-se cidadão humanismo jurídico enquanto civismo o sujeito de direito não é o indivíduo, simplesmente qualificação objetiva do indivíduo indivíduo não se confunde com o sujeito de direito simplificação chamar de "individualismo jurídico" TODO DIREITO DO SUJEITO É UM CRÉDITO JUNTO AO ESTADO apropriação do direito privado pelo direito público TODO direito é concedido pelo Estado ao indivíduo o que é o direito objetivo? a efetividade do direito é um dos traços mais marcantes do positivismo o direito dos sujeitos só depende da instância normativa do Estado apropriação do fato pelo direito direito não nasce dos fatos confere aos fatos a juridicidade direito nasce do próprio direito HEGEL exclui o transjurídico e o metafísico o racional é real e o real é racional direito não pode ser isolado da filosofia preocupação com o conceito de Estado preocupação com a alienação do homem moderno gravidade da alienação depende do grau de liberdade política alienação e infelicidade infelicidade é contingente destino dos homens é ligado à positividade empírica o espírito objetivo o espírito através do direito liberdade que se faz "universal concreto" tomada de consciência necessita do Estado Estado enquanto totalidade organizada realização efetiva do conceito de direito, sem recorrer ao direito natural a Constituição os "poderes públicos" só a lei confere determinação ao direito direito é positivo pela forma e conteúdo direito encontra sua verdade na positividade formal da lei e na efetividade nos casos concretos o que é legal é a fonte do conhecimento do direito interesse de Hegel pelo Código civil francês jurisdição é quem revela verdadeiramente o direito individualização do direito questão central da positividade do direito ausência de ordem jurídica é despotismo A. Kojève diferenças entre ordem jurídica e política o homem se faz homem nem toda lei é um direito justiça não é uma ideia natural justiça brota daluta antropogênica "justiça de equivalência! a lei é a própria essência da instituição estatal moderna positivismo repetindo Hegel sintomas do positivismo imprecisão sobre o que é o positivismo diferença entre "dogmática jurídica" e "doutrina" positivistapositivismo, em sentido estrito, seria o estudo do direito positivo introdução de elementos externos acabam inserindo conteúdo ideológico ou axiológico 3 incertezas que minam o positivimos 1) pretende-se a-filosófico 2) rebaixa o direito às condições que o motivaram, negando o caráter especificamente jurídico do direito 3) racionalidade exacerbada leva a uma sistematização rígida e sem vida contradições dos dualismos impasse assumiu feições de crise Nietzsche Husserl refundação humanista do direito fragilidade da ideia de modernidade afastar-se da metafísica razão instrumental novas premissas >> constitucionalismo ressurgimento: O QUE É O DIREITO? 3 TENDÊNCIAS QUE LEVAM À ENCRUZILHADA: neoconstitucionalismo sociologismo redutor ontologia jurídica encruzilhada de tendências busca de um "núcleo de certeza" do direito centralidade do constitucionalismo ideia mestra >> supremacia constitucional sistematicidade racionalidade normatividade importância na época da Rev. Francesa exemplaridade do direito romano relações entre o direito privado e o público sistematicidade diferente de espírito de sistema princípios gerais inteligibilidade afasta incertezas sistematicidade se personifica no código lógica substancial fenomenalidade jurídica homogeneidade e unidade lógica centralismo estado moderno lógica formal e autorreferencial validade da legalidade formalismo sistema autocriador Estado = direito perspectivas: fenomenalista e cognitivista direito positivo ciência do direito Kelsen modelo estrutural articulação sistêmica hierarquização e funcionalidade lei de composição criação é aplicação aplicação é criação pan-normativismo critério objetivo: ausência de contradição constitucionalismo e racionalização exigências de metodologia jurídica Hobbes racionalização e coercitividade revolução e paixão político-jurisladora legitimidade da força constituinte ESTADO DO CÁLCULO Constituição como fundamento do público e do privado Assembleias revolucionárias francesas e a centralidade da constituição fixação das competências institucionais limitação ao poder investidura Estado de direito Kant "republicanismo" kantiano direito X moral não há direito de resistência Constituição e coação autoridade incondicional da Constituição independência eidética do direito o sistema é logicamente coercitivo constitucionalismo como topologia do direito positivo constitucionalismo no período pós-revolucionário preocupação dos juristas é processual constituição como norma fundamental expressão da vontade nacional manifestação da racionalidadeprática atos legislativos são atos normativos coação como critério do direito não têm conotação axiológica dever-ser x ser não é boa em si, nem verdadeira ou falsa vocação instrumental e diretiva neutralidade ética do normativismo constitucionalista validade não é valor filosofia do direito articulada com uma teoria do Estado existência e validade formalizadas nas competências normatividade é geográfica Carré de Malberg Kelsen Estado = Direito impossibilidade lógica de separação conceitual entre estado e direito soberania é normatividade especificidade de uma organização é seu caráter coativo todo Estado é um Estado de(do) direito inovação da concepção kelseniana rompimento com a tradição contra a metafísica contra o positivismo estrito contra jusnaturalismo x juspositivismo monismo sem reservas controle de constitucionalidade autocriação criação é aplicação aplicação é criação pan-normativismo exclusão das contradições, conflitos e lacunas hipótese lógic-transcendental norma fundamental não é a constituição positiva não elimina a supraconstitucionalidade problema da ordem internacional aplicação e especificação do sentido do texto problema da interpretação discricionariedade em Kelsen revisão da constituição flexibilidade não é instabilidade impossibilidade de formalização total fabilidade elasticidade limitada autonomia interpretativa é estreita proibição do "governo dos juízes" revisão constitucional é prevista pela própria constituição eclipse da razão superação da legalidade abertura do sistema pragmatismo intervenção externa crise dos órgãos habilitados abertura para o contexto social inflação legislativa piora na qualidade do direito obrigatoriedade e efetividade em decréscimo diluição do efeito normativo multiplicação leva à particularização aumento da política instabilidade leva à desordem crise do princípio de legalidade concorrência entre os poderes tendência geral de instabilidade reformismo permanente estratégia pragmática ética da discussão ou negociação "leis experimentais" invasão do direito pelos fatos direito mais dúctil e flexível duas lógicas em tensão: constitucionalismo e pragmatismo influência crescente da sociologia impossibilidade de redução ao mero formal Gény escola do direito livre dinamismo davida o dado e o construído o "construído" o "dado" norma determinada pelo social "Natur der Sache" Duguit dogma da soberania erro do individualismo liberal indivíduo inserido na sociedade influência de Comte e Durkheim teoria do direito social hábitos sociais fazem a norma tomar consciência papel do estado não há separação do público e privado crença na consciência coletiva fé sociológica pretensão crítica positivismo sociológico rejeição ao constitucionalismo formalista Hauriou teoria da instituição ideia do consentimento críticas ao objetivismo e subjetivismo as instituições é que criam as regras vitalismo social oposição à autonomia da vontade como fonte estado como coorporação papel secundário das leis Gurvitch experiência jurídica como a base pluralismo de fontes fundamento do caráter obrigatório o direito não cria o direito autoridade + eficiência insuficiência das fontes tradicionais fontes primárias e secundárias fontes espontâneas e estratificadas visão dualista das fontes a fonte das fontes pluralismo dos fatos normativos3e o direito é social força da união social privilégio à dinâmica social direito deve buscar a realidade contra metafísica dogmatismo formalismo falsos dualismos Roscoe Pound encolhimento da dogmática vocação funcional das regras realismo e pragmatismo fundamento do direito ataque filosófico ao racionalismo libertar o direito do domínio estatal anti-racionalismo anti-humanismo tendência reducionista sociedade contra o Estado precariedade de uma filosofia do direito marxista direito como superestrutura infraestrutura burguesa ilusão legalista mentira da liberdade e igualdade formal instrumento de opressão alienação radicalismo morte do direito Pasukanis instrumento da classe dominante direito é um não-direito relação econômica é a fonte desavenças e litígios caracterizam o direito Althusser inexistência do direito fraude do formalismo do direito direito não é autônomo E. Bloch direito natural princípio de esperança HISTORICISMO Burke tradição e história movimentocontra- revolucionário conservadorismo romântico contra o individualismo igualitário Burke direito da nação se funda na história herança inalienável legado natural da história contra o construtivismo geométrico e racionalista reabilitação da vox populi tradição e costume dificuldades internas da posição de Burke conservadorismo teológico defesa da sabedoria prática contra a especulação abertura para o historicismo influência na Alemanha romantismo alemão contra o 'Esclarecimento' HugoPuchta Savigny Savigny Hugo continuidade histórica do direito direito romano como base Escola do Direito Histórico crítica a Thibault contra a codificação francesa direito positivo é UM momento de um povo não é organicista e vivo direito histórico é natural e positivo Puchta Volksgeist necessidade histórica superior irracionalismo romântico contra o direito natural crítica de Hegel história mediada pelo pensamento necessidade da filosofia historicismo não compreende a racionalidade do desenvolvimento histórico sensibilidade à vida concreta e à particularidade filosofia "da terra" princípios objetivos de explicação direito surge na história exclui a explicação metafísica crítica de Popper relativismo e mobilismo das culturas significado filosófico: crítica à racionalidade dos modernos "direitos históricos" ideologia militante Hayek método explicativo e redutor axiomaempirista hermenêutica alemã existencialismo heterogeneidade metodológica halo de indecisão prisão intelectual duas críticas ao historicismo jurídico K. Popper legalidade imanente que prediz o futuro pobre método dupla ilusão história não tem leis contradição do profetismo negação da inventividade e criatividade abertura para ideologias totalitárias Leo Strauss não faz distinção entre fatos e valoresnão-filosofia rejeição da transcendência do normativo ciência determinista do mutável provisoriedade do historicismo dissolução da filosofia abolição da teleologia e axiologia norma é mero controle tribunal da história dessubstanciali zação do mundo vitalismo: em nome da vida, contra a legalidade e o direito tirania do normativo valorização da diferença crítica nietzschiana do estado moderno auge da crítica à razão triunfo do niilismo contra a corrosão da vida direito é uma forma demorte direito penal como lição de moral do ressentimento direito civil tem obsessão pela economia vontade de poder é vontade de morte Foucault historiografia genealógica forças são o acaso da luta eventualidade do acontecimento dois modelos de poder Estado não é o centro do poder Estado se exprime em termos de forças disciplina e vigilância normalização do cotidiano, o cerne do direito toda lei é repressão caricatura extrema do direito positivismo foucaultiano toda concepção jurídica é insensata terror que acompanha o racionalismo direito como forma de poder contra as potências da vida Estado como novo ídolo "positivismo feliz" direito deve ser destruído poder e contrapoder força da resistência e dissidência instrumentos de análise das humanas caricatura do universo jurídico direito é feito de não-direito Habermas mais críticas que construtivas testemunhos da crise da metafísica da subjetividade racionalização como algo pernicioso direito como razãoinstrumental antiracionalismo vingativo Revolução do cálculo engano da fé racionalista ideologia de robô exagero tecnicista exacerbação do direito gerou sua hipertrofia contradições da racionalidade filosofia reativa: devolver o direito à vida relativismo como temor do normativo novo niilismo a "era do vazio" pós- modernidade traição dos intelectuais erosão da razão denúncia dos efeitos perversos da racionalidade volta aos fundamentos Heidegger esquecimento do Ser ruptura com a racionalização afasta o conceito para reencontrar o Ser Condição: crítica da modernidadedesconstrução primado do cogito sobre o real não é o resgate da metafísica ontológica clássica sujeito pensante não é o princípio de todas as cpoisas retorno à ontologia dificuldades conceituais sobre a ontologia 3 orientações ontológicas: - objetivismo - subjetivismo - posição intermediária Villey e Dworkin Luhmann direito é imanente às coisas denúncia contra o postulado kelseniano volta à Roma O Ser é o lugar do direito individualismo como doença moderna movimento inflacionista do individualismo necessidade de resgate do realismo 4 erros modernos individualismocontra a sociabilidade fé racionalista contra a equidade humanismo voluntarista utilitarismo dogma humanista da modernidadehomem comoo fim do direito relações jurídicas vertigens idealistas recuperar as virtudes do realismo renúncia ao positivismo jurídico recuperação do direito natural retirado da natureza e não da razão autêntico naturalismo relações entre os homens, as coisas e os animais renúncia ao antropocentrism o o direito está fora do homem naturalismo aristotélico ordem dos fins resgate da noção de justiça em Aristóteles o justo não está na consciência justo tem uma dimensão objetiva direito in re escutar as leis naturais direito é prudência direito romano foi uma ciência autônoma direito existe previamente às regras direito é uma coisa e não poder sobre as coisas individualismo é narcisismo senso profundode ontologia dos romanos ordem natural cósmica: o direito nas coisas prática social Levando os Direitos à Sério ontologia objetivista dim, já contra Hart regra de reconheciment o positivismo sociológico há princípios por trás das regras tudo ou nada princípios possuem outra estrutura hard cases interpretativismo consenso estabelecido comportamento do juiz teoria narrativista contra o convencionalis mo e opragmatismo the right answer processo interpretativo complexo integridade do direito resolução: lacunas hard cases princípios introduzem a dimensão moral político x jurídico juiz Hércules contraponto discreto ao Iluminismo paradigma hermenêutico da prática à teoria problemas epistemológic s reducionismo ópio do consenso despreocupação filosófica diferenciação funcional subsistemas autonomos o que o direito define como direito autogeração sistêmica direito como sistema normativo fechado diferenças de Kelsen sistema substituiu a autoridade política o justo é um critério interno do direito o direito no pensamento o espírito como o topos do direito regras possuem natureza puramente psíquica direito não é uma coisa tecido ideal conceito do pensamento não há fenomenalidad e ontologia particular mundo inteligível atos de linguagem necessidadeda interpretação concepção expressiva necessidade da especificidade científica do direito renúncia de Kelsen ao logicismo ciência x direito atos de vontade voluntarismo kelseniano definição estipulativa decisão definição do direito definição metodológica modelização e significação influência estruturalista teoria dos sistemasbusca da inteligência das estruturas base está na crença papel do homem direito feito pelo homem não se esgota no formalismo positivismo institucionalista relação entre a regra e o valor textura aberta proposta de um positivismo enfraquecido teoria analítica com fundamento normativista a textura aberta não oferece nenhum núcleo de certeza texto e conteúdode regra insuficiência do racionalismo Rawls panlogismo ou empirismo uma outra filosofia do direito Hegel Husserl Hegel e o método dialético complexidade do método dialético atitude fenomenológica de Husserl ruptura com a dialética e fenomenologia retorno a Kant critério teleológico da Crit da Faculdade de Julgar reflexão sobre a legitimação filosofia do direito X ciência do direito critério antidogmático da Crit. da Razão Pura tudo no direito é relação dialética expõe a dinâmica obscura do direito compreender o direito é compreender a si mesmo O que é uma coisa? falta subjetividade à coisa centralidade do homem espírito subjetivo e objetivo início do trato jurídico mutação da coisa colocar-se do lado das coisas início da realização da liberdade da pessoa a propriedade coisa ganha finalidade transferência do querer sentido e dependência processo de animação a coisa é interpretação as não-coisas troca dialética do sujeito e objeto jogo dos contrários e o domínio das contradições prosseguimento sintético lógica hegeliana do direito recusa do direito natural só há direito positivo condições de possibilidade da existência exterior da liberdade estatuto jurídico símbolo da vida do espírito a coisa jurídica é cultura a segunda natureza do espírito a relação é a essência constitutiva do direito visão dialética da vida social eliminação dos dualismos problema da Rev. Francesa tarefa da filosofia função do direito é a comunhão Adorno e Horkheimer autodestruição da razão instrumentalização pela tecnocracia e pela burocracia sentimento de crise terceira via fim dos dualismos desvelamento ontologia jurídica da promessa momentos da análise fenomenológi ca 1. momento da redução 2. momento 3. momento essência do direito está em sua estrutura apriorística estrutura do pensamento o direito a priori função transcendental vocação do direito positivo carátr enigmático do ego transcendental descreve, mas não explica introdução comunicação Crítica da Faculdade de Julgar juízo reflexivo como fundamentar a vida ética? filsofia prática normativismo crítico volta da filosofiaprática teoria da ação fatos capitais de nossa época problemas de justificação e de legitimação - validade teoria do sentido dos enunciados método reflexivo viragem linguística formação pública da vontade omissão da fundação erro liberal comunidade de comunicação pressuposição factum da razão prática fundamento último falibilismo crítica a Apel intercompreensão direito privado direito público direito cosmopolita
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