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Novação: Conceito, Pressupostos e Modalidades

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Direito Civil II 
 
 
 
 
 
Tema: Novação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor: Carlos Alberto Hackbardt 
 
Alunos (Grupo 6): 
André Giestas Ferreira 
Bruna Lemos Souza 
Brunella Pompermayer Gusman 
Luana Fernandes de Carvalho 
Rosany Maria Pelissari Lucas 
 
1. Contextualização 
 
 
A novação é meio de cumprimento indireto e extinção das obrigações. 
Esta ferramenta é considerada um sucedâneo de pagamento, assim 
como a compensação, a confusão, e a remissão (Gonçalves, 2017 p. 
657). 
 
2. Base Legal 
 
 
A novação está, no Código Civil atual, na Parte Especial, como 
demonstrado a seguir: 
 
a) Livro I (Dos Direitos e Obrigações) 
b) Título III (Do adimplemento e Extinção das Obrigações 
c) Capítulo VI (Da novação) 
d) Artigos 360 a 367 
 
3. Conceito 
 
Segundo Gonçalves (2017, p. 657), “Novação e a criação de 
obrigação nova para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida 
por outra, extinguindo-se a primeira. [...] Não se trata propriamente de uma 
transformação, ou a conversão de uma dívida em outra, mas sim de um 
fenômeno mais amplo, abrangendo a criação de nova obrigação para 
extinguir uma anterior.” 
 Desta forma, percebe-se a existência de duas figuras: 
 
• Uma obrigação (a antiga) que se extingue. 
• Uma obrigação (a nova) que é gerada em substituição à 
antiga. 
 
Gonçalves (id. ib. p. 657) deixa claro que a ideia da novação não é 
extinguir uma obrigação para criar outra, mas sim, justamente o contrário: 
“criar para extinguir”. 
 É importante compreender que a novação não satisfaz a obrigação 
anterior, como é o caso do pagamento. 
 
4. Pressupostos 
 
Gonçalves (2017, p. 658 a 659), trata os três pressupostos da 
novação, a saber: 
I. Existência de obrigação jurídica anterior (obligatio novanda) 
É necessário que uma obrigação anterior de fato exista e seja 
válida para que seja novada. É importante salientar o Art. 367, 
CC: 
 
“Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem 
ser objeto da novação obrigações nulas ou extintas.” 
Obrigações nulas ou extintas não podem ser novadas, pois, 
não há o que ser novado. A obrigação anulável, por outro lado, 
pode ser novada, enquanto não rescindida judicialmente. 
 
II. A constituição de nova obrigação (aliquid novi) 
 
Esta nova obrigação será criada e substituirá a anterior. A nova 
obrigação deve possuir diferença substancial em relação à 
antiga. Havendo tão somente alterações de segunda ordem na 
obrigação (exemplo: modificação de prazo para pagamento), 
não há que se falar em novação. 
 
III. Animus novandi, ou intenção de novar 
 
Pressupõe-se, portanto, um acordo de vontades para criar uma 
nova obrigação que substituta uma que lhe seja anterior. O artigo 
361 do Código Civil diz: 
 
“Não havendo animo de novar, expresso ou tácito, mas 
inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a 
primeira.” 
 
No caso do Art. 361 do Código Civil coexistem, portanto, ambas 
as dívidas que não se excluem. Dessa forma, se concluir que o 
acordo de vontades é elemento integrante da novação, ainda 
que de forma tácita. 
 
 
 
 
5. Modalidades 
 
Gonçalves (2017, p. 661) enumera três modalidades de novação: 
 
I. Novação Objetiva ou Real 
 
É aquele em que se altera o objeto da prestação, tendo previsão 
no Artigo 360, inciso I do Código Civil. Pode ocorrer por mudança 
no objeto principal da obrigação, em sua natureza (dar; fazer) 
ou em sua causa jurídica. 
Exemplo disso é quando o devedor tem dívida em dinheiro, mas 
está com dificuldades de saldá-la e propõe ao credor criação de 
nova obrigação em substituição à primeira, cujo novo objeto será 
a prestação de serviços. 
 
II. Novação Subjetiva ou Pessoal 
 
É quando se promove a substituição do sujeito da relação 
jurídica. O devedor pode ser substituído (Art. 360, II, do CC) 
bem como o credor (Art. 360, III, do CC). Em ambas situações 
é necessária a criação de nova relação obrigacional, sob risco 
de não haver novação, e sim cessão de crédito ou assunção 
de dívida. 
 
 
III. Mista 
 
Trata-se de fusão das duas outras modalidades, apesar de não 
estar mencionada no Código Civil. 
 
6. Efeitos Jurídicos da Novação 
 
Gonçalves (2017, p. 665), resume os efeitos da novação: 
 
I. O principal efeito da novação consiste na extinção da primitiva 
obrigação, substituída por outra; 
II. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida 
sempre que não houver estipulação em contrário (art. 364, CC) 
III. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a 
hipoteca ou a anticrese se os bens dados em garantia 
pertencerem a terceiro que não foi parte na novação (Art. 364, 
2ª parte, CC); 
IV. A nova obrigação não tem nenhuma vinculação com a anterior, 
senão de uma força extintiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Caso Concreto 
José deve a Maria 30 sacas de café em decorrência de um contrato 
de parceria rural que celebram entre si. Ocorre que José utilizou toda a 
colheita do produto para satisfazer outros compromissos que possuía. 
Cobrado por Maria, o pai de José, cidadão de ilibada conduta e caráter 
exemplar de honestidade, lhe propõe um acordo em que o mesmo ficará 
obrigado a entregar para Maria, dentro de 6 meses, justamente na época 
da colheita da safra de arroz, 60 sacas deste produto. Maria aceita e 
celebram o contrato sem que José tenha qualquer participação. Antes do 
tempo ajustado, o pai de José vem a falecer, não chegando nem a colher 
o arroz e também não deixando quaisquer bens de herança. Morreu pobre 
como veio ao mundo. Agora Maria deseja mover ação de cobrança em face 
de José para cobrar dele as 30 sacas de café, já que do falecido nada mais 
poderá receber. 
 
 
José lhe procura para obter as seguintes orientações: 
 
a) Que espécie de negócio jurídico celebraram Maria e o pai de José? 
 
Houve novação mista, haja vista que se trocou um dos sujeitos – o 
devedor – bem como houve troca no objeto da prestação – era café e 
passou a ser arroz. 
 
b) O negócio jurídico que celebraram é juridicamente válido, sem que 
José tivesse conhecimento? Sob qual fundamento? 
 
A substituição do devedor sem a anuência do devedor primitivo é 
possível com base no Art. 362, CC: 
 
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser 
efetuada independentemente de consentimento deste. 
 
c) Nesse caso, poderá agora Maria mover ação contra José para haver 
seu crédito? 
 
Com base no Art. 363, CC, Maria não pode mover ação contra o 
credor primitivo, uma vez que não houve má fé na substituição. 
 
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que 
o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este 
obteve por má-fé a substituição. 
 
 
 
 
d) No negócio inicial entre José e Maria o Sr. Joaquim e esposa eram 
fiadores de José. O Sr. Joaquim também não tomou conhecimento 
do negócio realizado por Maria e o Pai de José e agora ela está 
ameaçando que, se José não pagar, ele também irá mover ação 
contra o Sr. Joaquim e esposa. Procede? Fundamente. 
 
Com base no Art. 366, CC, não procede, pois não houve consenso do 
fiador com o devedor original. 
 
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu 
consenso com o devedor principal. 
 
 
 
e) Caso o pai de José tivesse deixado herança e fosse José o único 
herdeiro, como ficaria a situação jurídica perante Maria? 
Fundamente. 
 
Com base no Art. 1.792, CC, Maria poderá propor ação no Judiciário 
pleiteando o valor combinado, desde que não superior às forças da 
herança. 
 
Art. 1.792. O herdeironão responde por encargos superiores às 
forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, 
salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor 
dos bens herdados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil 1 esquematizado: parte geral, 
obrigações, contratos [2017.

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