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Prof.: Me. Thairone Conti Serafini Aguiar VARGINHA, M.G. Centro Universitário do Sul de Minas Tecnologia da Soldagem 2 INTRODUÇÃO: SMAW – Shielded Metal Arc Welding Tecnologia da Soldagem 3 INTRODUÇÃO: O consumível deste processo, o eletrodo revestido, consiste de uma vareta metálica longa, chamada de alma do eletrodo ou, simplesmente, arame. Esta vareta pode ser trefilada ou fundida e é através dela que a corrente elétrica é conduzida. Tecnologia da Soldagem 4 INTRODUÇÃO: A alma do eletrodo tem pequeno diâmetro (1,5 a 8 mm) e é revestida por uma camada de material apropriado (0,5 a 5 mm), chamada de revestimento do eletrodo. Em uma das extremidades do eletrodo é estabelecido o arco elétrico e na outra, de aproximadamente 20 mm de comprimento, não há revestimento e é o ponto de contato entre o eletrodo e o equipamento de soldagem. Tecnologia da Soldagem 5 INTRODUÇÃO: Dos processos de soldagem a arco elétrico, o processo SMAW é o mais simples. O investimento em equipamentos é relativamente baixo e os eletrodos são facilmente encontrados no mercado. Através do controle da composição química do revestimento, se consegue uma vasta gama de consumíveis, possibilitando a soldagem de diversos materiais e em todas as posições. Tecnologia da Soldagem 6 INTRODUÇÃO: Devido à rigidez do eletrodo, seu comprimento é limitado, sendo necessária a troca constante do eletrodo durante a soldagem, caracterizando-o como um processo intermitente. Tecnologia da Soldagem 7 INTRODUÇÃO: Quando comparada com outros processos, particularmente com a soldagem com eletrodo consumível e proteção gasosa ou com a soldagem a arco submerso, a soldagem com eletrodos revestidos apresenta como principal limitação uma baixa produtividade. Tecnologia da Soldagem 8 INTRODUÇÃO: BAIXA PRODUTIVIDADE Em termos de taxa de deposição (entre 1,5 e 5 kg/h para eletrodos de aço carbono) Em termos de ocupação do soldador, (porcentagem total de tempo de soldagem com o arco em operação) geralmente inferior a 40%. Treinamento específico, que é demorado e oneroso, particularmente para certas aplicações de maior responsabilidade Necessidade de cuidados especiais para os eletrodos Grande volume de gases e fumos gerados no processo, que são prejudiciais à saúde, particularmente em ambientes fechados. Tecnologia da Soldagem 9 INTRODUÇÃO: Processo usado basicamente manual e existe somente uma variação “mecanizada” a soldagem por gravidade. Tecnologia da Soldagem 10 INTRODUÇÃO: A soldagem com eletrodos revestidos é usada mais frequentemente para espessuras entre 3 a 40mm em aços. Para espessuras inferiores a 2mm o material é facilmente perfurado pelo calor do arco em caso de manipulação indevida Tecnologia da Soldagem 11 Grande versatilidade de ligas soldáveis, características operacionais, mecânicas e metalúrgicas do metal depositado; custo relativamente baixo; simplicidade do processo e do equipamento; possibilidade de uso em locais de difícil acesso ou abertos, sujeitos à ação de ventos. Tecnologia da Soldagem 12 baixa produtividade (taxa de deposição entre 1,5 e 5 kg/h); baixo fator de ocupação do soldador, inferior a 40%; necessidade de um treinamento demorado e oneroso; necessidade de cuidados especiais com os eletrodos; grande volume de gases e fumos gerados no processo, que podem ser prejudiciais à saúde Tecnologia da Soldagem 13 Materiais soldáveis: aços-carbono, aços de baixa, média e alta liga, aços inoxidáveis, ferros fundidos, alumínio, cobre, níquel e ligas; Metais não soldáveis: os de baixo ponto de fusão como o chumbo, estanho e zinco e os refratários ou muito reativos, como o titânio, zircônio, molibdênio e nióbio. Diferentes combinações de metais dissimilares podem ser soldadas. Tecnologia da Soldagem 14 EM GERAL: mesa de soldagem (fora de campo) fonte de energia cabos porta-eletrodo eletrodos ferramentas equipamento de segurança Tecnologia da Soldagem 15 PORTA ELETRODO E GARRAS: O porta-eletrodos serve para prender o eletrodo e energizá-lo. O cabo do porta eletrodo deve ser bem isolado. As garras determinam a posição do eletrodo São projetadas para trabalhar dentro de uma determinada faixa de diâmetros Devem estar limpas e em boas condições para evitar problemas de superaquecimento. Tecnologia da Soldagem 16 CABOS: Os cabos têm a função de conduzir a corrente elétrica da fonte ao porta-eletrodos e à peça. podem ser de cobre ou de alumínio, devem ter boa flexibilidade recobertos por uma camada de material isolante, resistente à abrasão e à sujeira. Tecnologia da Soldagem 17 ESCOLHA DO CABO Três fatores devem ser considerados na escolha de cabos para uma dada aplicação: a corrente de soldagem; o ciclo de trabalho da máquina; o comprimento total dos cabos do circuito. Tecnologia da Soldagem 18 ESCOLHA DO CABO Tecnologia da Soldagem 19 Alma: diâmetro entre 1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm. Revestimento: composição determina as características operacionais e influencia a composição química e as propriedades mecânicas da solda efetuada. realizar ou possibilitar reações de refino metalúrgico, (desoxidação, dessulfuração, etc..); formar uma camada de escória protetora; facilitar a remoção de escória e controlar suas propriedades físicas e químicas; facilitar a soldagem nas diversas posições; dissolver óxidos e contaminações na superfície da junta; reduzir o nível de respingos e fumos; diminuir a velocidade de resfriamento da solda; possibilitar o uso de diferentes corrente e polaridade; aumentar a taxa de deposição. Tecnologia da Soldagem 20 REVESTIMENTO Eletrodo ideal cumpre todas estas funções, a um custo de produção satisfatório, e não apresenta problemas de conservação e manuseio. Tal eletrodo não existe • Os eletrodos comerciais procuram atender a um conjunto de exigências, em detrimento de outras, de modo a torná-los adequados a determinadas aplicações, a um custo razoável. Existe no mercado um grande número de tipos de eletrodos e que produzem soldas com diferentes características, que são classificados de acordo com sistemas propostos por diferentes sociedades (AWS, DIN, AFNOR, ABNT, ISO, etc.) Tecnologia da Soldagem 21 ESPECIFICAÇÕES: Para um maior domínio dos sistemas de classificação, recomenda-se uma consulta direta às normas. Mais usadas AWS Tecnologia da Soldagem 22 COMPOSIÇÕES DOS REVESTIMENTOS: Celulose e dextrina: gerar atmosfera redutora, constituída principalmente por CO e H2, que protege o arco; Carbonatos (CaO3): controlam a basicidade da escória (basicidade tende influenciar nos teores de oxigênio, enxofre e fósforo no metal depositado, influenciando assim as propriedades mecânicas) e fornecem atmosfera protetora com sua decomposição; Dióxido de titânio (rutilo): reduz a viscosidade da escória e o seu intervalo de solidificação, além de estabilizar o arco; Ferro-manganês e ferro-silício: promovem a desoxidação da poça de fusão e ajustam sua composição; Pó de ferro: aumenta a taxa de deposição e o rendimento do eletrodo, além de estabilizar o arco. Tecnologia da Soldagem 23 COMPOSIÇÕES DOS REVESTIMENTOS: Outras adições metálicas: controlam a composição do metal depositado; Argilas: formam escória e facilitam a fabricação do eletrodo por extrusão; Fluoreto de cálcio: ajuda a controlar a basicidade da escória e diminui sua viscosidade; Silicatos: formam escória e os silicatos de potássio ou sódio agem como ligante do revestimento e Óxidos de ferro e manganês: formam escória, controlam a sua viscosidade e estabilizam o arco. Tecnologia da Soldagem 24 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Oxidante: Constituído principalmente de óxido de ferro e manganês, produz escória oxidante, abundante e fácil de destacar. O eletrodo pode ser utilizado em CC ou CA, apresentando baixa penetração. O metal depositado possui baixo teor de carbono e manganês e propriedades inadequadas para aplicações de responsabilidade Aparência do cordão muito boa Este tipo de revestimento é pouco usado atualmente Tecnologia da Soldagem 25 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Ácido: Constituído principalmente de óxido de ferro e manganês e sílica, produz escória ácida abundante e porosa de fácil remoção. O eletrodo pode ser utilizado em CC ou CA Apresenta penetração média e alta taxa de fusão, causando uma poça de fusão volumosa, e em consequência disto, é indicado para aplicação nas posições plana e de filete horizontal. As propriedades da solda são consideradas boas para diversas aplicações, embora sua resistência à formação de trincas de solidificação seja baixa. Este revestimento produz um cordão com aparência muito boa. Tecnologia da Soldagem 26 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Rutílico: Este revestimento contém grandes quantidades de rutilo (TiO2 - óxido de Titânio), e produz uma escória abundante, densa e de fácil destacabilidade. O eletrodo pode ser utilizado em CC ou CA Estes eletrodos caracterizam-se por serem de fácil manipulação, e por poderem ser utilizados em qualquer posição, porém com penetração média ou baixa. Estes eletrodos são considerados de grande versatilidade e de uso geral. Cordão de bom aspecto Tecnologia da Soldagem 27 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Básico: Este revestimento contém grandes quantidades de carbonatos (de Cálcio ou outro material) e fluorita. Estes componentes são os responsáveis pela geração de escória que além de proteger a solda do contato com atmosfera, exerce uma ação benéfica dessulfurando- a e reduzindo o risco de trincas de solidificação. Este revestimento desde que armazenado e manuseado corretamente, produzirá soldas com baixos teores de hidrogênio minimizando com isto os problemas de fissuração e fragilização induzidos por este elemento. A penetração é média e o cordão apresenta boas propriedades mecânicas, particularmente em relação a tenacidade. Tecnologia da Soldagem 28 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Básico: Os eletrodos com este revestimento são indicados para aplicações de alta responsabilidade, para soldagens de grandes espessuras e para estruturas de alta rigidez Para além disto, é recomendado para soldagem de aços de pior soldabilidade como por exemplo os aços de alto teor de Carbono e/ou Enxofre ou aços de composição química desconhecida. Requer cuidados especiais com o armazenamento, secagem e manuseio. Tecnologia da Soldagem 29 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Celulósico: O revestimento celulósico contém grandes quantidades de material orgânico, como por exemplo celulose, que, quando decomposta pelo arco, gera quantias consideráveis de gases protetores do metal líquido. A quantidade de escória produzida é pequena e o arco é muito violento, causando grande volume de respingos e alta penetração, se comparado a outros tipos de revestimento. Tecnologia da Soldagem 30 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Celulósico: As características mecânicas da solda resultante do trabalho com revestimento celulósico são consideradas boas. Os eletrodos com revestimento celulósico são particularmente recomendados para soldagens fora da posição plana, tendo grande aplicação na soldagem circunferencial de tubulações e na execução de passes de raiz em geral. Devido à elevada penetração e às grandes perdas por respingos, não são recomendados para o enchimento de chanfros. O aspecto do cordão produzido pelos eletrodos com este tipo de revestimento não é dos melhores, apresentando escamas irregulares. Tecnologia da Soldagem 31 TIPOS DE REVESTIMENTOS: Revestimento Celulósico: As características mecânicas da solda resultante do trabalho com revestimento celulósico são consideradas boas. Os eletrodos com revestimento celulósico são particularmente recomendados para soldagens fora da posição plana, tendo grande aplicação na soldagem circunferencial de tubulações e na execução de passes de raiz em geral. Devido à elevada penetração e às grandes perdas por respingos, não são recomendados para o enchimento de chanfros. O aspecto do cordão produzido pelos eletrodos com este tipo de revestimento não é dos melhores, apresentando escamas irregulares. Tecnologia da Soldagem 32 REVESTIMENTOS COM ADIÇÃO DE PÓ DE FERRO: Revestimentos de diferentes tipos podem conter adições de pó de ferro. Durante a soldagem, o pó de ferro é fundido e incorporado à poça de fusão, de modo a melhorar o aproveitamento da energia do arco, aumentar a estabilização do arco no caso de adições no revestimento que correspondam a até 50% do peso do metal depositado Torna o revestimento mais resistente ao calor, permitindo a utilização de correntes de soldagem com valores mais elevados, e aumentar a taxa de deposição do eletrodo. No entanto, ocorre o aumento da poça de fusão e maior dificuldade em controlar a poça, dificultando ou mesmo impossibilitando a soldagem fora da posição plana. Tecnologia da Soldagem 33 ESPECIFICAÇÕES: Tecnologia da Soldagem 34 ESPECIFICAÇÕES: Tecnologia da Soldagem 35 Tecnologia da Soldagem 36 Tecnologia da Soldagem 37 A absorção de umidade pode comprometer o desempenho do eletrodo Um teor excessivo de umidade pode levar à: Instabilidade do arco Formação de respingos Porosidades Fragilização Fissuração pelo hidrogênio Tecnologia da Soldagem 38 Tecnologia da Soldagem 39 VARIÁVEIS OPERATÓRIAS: tipo e diâmetro do eletrodo; tipo, polaridade e valor da corrente de soldagem; tensão e comprimento do arco; velocidade de soldagem; técnica de manipulação do eletrodo e a sequência de deposição e soldagem. Tecnologia da Soldagem 40 O diâmetro do eletrodo, seu tipo e espessura do revestimento determinam a faixa de corrente em que este pode ser utilizado. A seleção do diâmetro é baseada na espessura do metal a ser soldado, na posição de soldagem e no tipo da junta. Eletrodos de maior diâmetro são usados em materiais de maior espessura. Eletrodo excessivamente grande para uma dada espessura pode levar a perfuração da peça durante a soldagem. Tecnologia da Soldagem 41 A corrente de soldagem é o principal parâmetro que controla o volume da poça de fusão e a penetração da solda no metal base. Corrente influencia: Largura, penetração, reforço da solda volume da poça de fusão Tecnologia da Soldagem 42 Tecnologia da Soldagem 43 Tecnologia da Soldagem44 Tecnologia da Soldagem 45 Tecnologia da Soldagem 46 Tecnologia da Soldagem 47
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