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Ficha de leitura cartas a um jovem terapeuta

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TÉCNICAS PSICANALÍTICAS
ALUNA: MARIANA COLLAZZO DA SILVA
FICHA DE LEITURA – CARTAS A UM JOVEM TERAPEUTA
1) VOCAÇÃO PROFISSIONAL 
	Neste capítulo, o autor faz uma comparação entre a forma como os pacientes tratam os médicos (e usou como exemplo o seu pai) e a forma como tratam os psicoterapeutas. Os médicos ganham agrados, presentes, e são venerados quiçá a vida inteira (o autor diz que seu pai escolheu essa profissão que envolve todo esse investimento nele mesmo, para ter sempre um olhar para si – no caso um olhar de admiração, o olhar da mãe). Já os psicoterapeutas, primeiramente, são vistos como alguém que sabe mais do outro do que o próprio outro, sendo assim, alvos de prejulgamentos. Também não são fonte eterna de adorações, visto que em algum momento da terapia o terapeuta deixa de ser idealizado, caso contrário o paciente estaria fadado a uma eterna dependência afetiva. O autor compara a psicoterapia com uma medicação, que quando faz efeito, deixa de ser útil e é colocada de lado (até porque a psicoterapia não objetiva ser eterna). 
	O autor também enumera algumas características que um futuro terapeuta deve ter:
Gosto pronunciado pelas palavras e carinho espontâneo pelas pessoas, sem distinções. 
Extrema curiosidade pela variedade da experiência humana com o mínimo possível de preconceito. Não deixar que suas crenças de bem e mal e preocupações morais interfiram no respeito à singularidade do seu paciente, caso contrário, encaminhe seu paciente para outro psicoterapeuta. 
Capacidade de considerar a variedade das vidas e das condutas com carinho e indulgência, vinda ao terapeuta da variedade animada de sua própria vida. 
Boa dose de sofrimento psíquico. Ser paciente para experimentar na prática que, de fato, a psicoterapia funciona e, se no futuro, se deparar com um paciente que parece não melhorar, lembra-se de que esse método funciona, pois já curou você.
2) QUATRO BILHETES
	Bilhete 1: O autor responde a um questionamento: Poderia um travesti ser psicoterapeuta ou psicanalista? E você iria num ou numa terapeuta travesti? 
O autor descreve que escolheria um analista em que tivesse confiança, e que essa confiança seria advinda da recomendação de um amigo, decoração do consultório, por algo que escreveu em alguma matéria de psicanálise, seriam motivos imponderáveis. E que quando escolheu seu analista, nem pensou se escolheria um heterossexual, pois a preferência sexual do seu analista é algo que não o define, é irrelevante.
Ao escolher um terapeuta travesti, é preciso que o paciente não faça parte da cultura dominante, que vê o travesti como um tarado sexual e o defina justamente por seu desejo sexual, pois dessa forma a terapia não funcionará.
	Bilhete 2: O autor responde a um questionamento: Um pedófilo poderia ser terapeuta ou analista?
	O autor descreve que a fantasia do pedófilo é impor seus desejos a um sujeito que mal entende o que está sendo feito com ele e com seu corpo. É uma fantasia de domínio pelo saber e essa fantasia não é compatível com o exercício da psicoterapia ou da análise.
Bilhete 3: Veem outros questionamentos para o autor: Qual é seu limite? Qual é o paciente que você recusaria e encaminharia alhures? E será que existem limites, por assim dizer, universais? Ou seja, sujeitos que nenhum terapeuta ou analista deveria aceitar?
O autor menciona o entendimento de Lacan, que não se deveria oferecer tratamento a parricidas, mas não explicou por quê. O autor suspeita se tratar de um limite pessoal de Lacan. Para o autor, seu limite está naqueles sujeitos que conseguem se autorizar a cometer pequenos ou grandes horrores participando de aventuras coletivas que os absolvem de antemão. Seu limite decorre de uma antipatia atávica por todos os grupos que nos fornecem a ocasião de agir como instrumentos de uma causa (essas eram as ordens; essa é a regra; isso é o que manda nossa fé), adormecendo os espectros da consciência. 
Bilhete 4: Uma última pergunta ao autor: Será que não deveríamos acrescentar entre os traços de caráter esperados num terapeuta, uma vontade de mexer com a vida dos outros, de ensiná-los, influenciá-los?
O autor admite que em momentos da terapia ou da análise, o analista é levado a apontar caminhos ou empurrar o paciente na direção que considera mais certa. A escolha da direção ou do caminho não deve ser decidida por uma norma, nem mesmo por uma sabedoria. Espera-se que o terapeuta empurre o paciente na direção do seu desejo (que às vezes leva tempo para se manifestar), e que não seja um “cagasenno” (defecador de sapiência), empurrando o paciente na direção que lhe parece certa à vista de seus conceitos e preconceitos.
3) O PRIMEIRO PACIENTE 
	Neste capítulo o autor conta sobre seu primeiro paciente à uma jovem colega recém formada. Disse que tornou-se psicanalista em 1974. Não tinha ambição de tornar-se psicanalista, mas fazia análise há 4 anos para curar-se de angústias e de uma gastrite crônica, onde obteve êxito. Seu primeiro paciente foi indicado por uma amiga, que era analista e bibliotecária da École Freudienne (instituição na qual o autor fazia parte). O critério que valeu para que ela o indicasse, também vale para o autor fazer indicações hoje: preferência por analistas cuja curiosidade com o mundo, com a vida e com a cultura, se estenda para além das quatro paredes do consultório.
	Com a chega do primeiro atendimento do primeiro paciente, na época, o autor preocupou-se em deixar o apartamento com cara de consultório, mas também que não tivesse cara de consultório no primeiro dia. Preocupava-se em não deixar o paciente perceber que era o primeiro, por isso deixou o consultório um pouco desorganizado, para dar a impressão de que outros pacientes já haviam passado por ali.
	Esse primeiro paciente continuou na análise durante 7 anos. Alguns anos, após o término de sua análise, eles se encontraram e foi quando veio a pergunta: “Eu fui seu primeiro paciente, não fui?”. Essa pergunta deixou o terapeuta perplexo, mas o ex paciente disse que achava ter sido o primeiro, pois havia pedido para Nicolle (amiga do terapeuta) lhe indicar um terapeuta do qual seria o primeiro paciente, porque considerava que seus problemas eram banais e acreditava que somente um terapeuta debutante o escutaria com toda atenção, mas seu pensamento estava errado pois o terapeuta tratava todos os seus pacientes com a mesma paixão e interesse desde o primeiro dia. A escolha de um terapeuta é sempre guiada por razões um pouco mais complexas e reveladoras do que o próprio paciente imagina, seguem então alguns ensinamentos:
Nem sempre é verdade que os pacientes preferem terapeutas experientes.
Podem ser inúmeros os motivos que levam um paciente a escolher um terapeuta, por isso o mais simples é o terapeuta ser ele mesmo.
A experiência ajuda no processo de cura, mas é bom guardar algumas características do espírito debutante, tais como, curiosidade, vontade de escutar e achar extraordinário alguém lhe depositar confiança.
4) AMORES TERAPÊUTICOS
	O capítulo inicia com uma pergunta ao terapeuta: O que faço se me apaixono por uma paciente? O terapeuta diz que tanto o ódio quanto o amor facilitam o trabalho psicoterápico, mas é a presença do amor que assegura o começo de uma psicoterapia, ou seja, frequentemente um/uma paciente se apaixona por seu terapeuta. Isso é o que a psicanálise entende por “amor de transferência”, ou seja, o afeto seria direcionado ao terapeuta, mas o verdadeiro alvo era outra pessoa.
	O amor de transferência é a mola da cura, pois possibilita que a cura continue e permite ao paciente viver ou reviver, na relação com o terapeuta, afetos e paixões que são ou foram dominantes em sua vida, e modificar os rumos e o desfecho de padrões afetivos. O paciente também pode querer livrar-se do sofrimento por amor ao terapeuta e faze-lo feliz, mas por essa razão também pode nunca mais largar o tratamento, pois deixar de amar seria voltar a sofrer.
	É possível ter carinho e simpatia por seu/sua paciente, mas transformar a relação terapêutica em relaçãoamorosa e sexual é mais que desaconselhável, visto que o apaixonamento de um/uma paciente é o que podemos chamar de quiproquó, ou seja, um equívoco/engano, pois ela/ele idealiza o/a terapeuta. 
	Agora em relação ao terapeuta. Por que um terapeuta toparia a proposta amorosa de uma paciente? Por que ele se declararia disponível e proporia um amor quase irrecusável a uma paciente já seduzida pela situação terapêutica? Existem 3 possibilidades:
Porque ele pode. Transar pelo prazer de poder. Se o consultório do terapeuta é tomado por essa fantasia de abuso, todo seu trabalho terapêutico fica comprometido, ele não analisa nem aconselha, ele dirige e manda, pois ele goza de e com o seu poder.
Há terapeutas que se apaixonam pelas pacientes e até casam, mas em regra esses terapeutas são recidivistas, ou seja, já casaram com várias pacientes, uma atrás da outra. O terapeuta, seduzido pela idealização da sua pessoa, acreditando no que diz o amor da sua paciente, que ele é o remédio da sua felicidade, torna-se vítima de uma obstinada esperança de voltar a ser o bebê que no passado teria feito sua mãe feliz. A paciente, ao descobrir que o terapeuta não é o remédio da sua felicidade, desfaz o casamento, deixando infeliz o bebê caprichoso com quem se casou. Ao tentar uma nova terapia, esse tipo de paciente fica procurando uma nova relação erótica, pois acredita que a cura vem de um amor correspondido com seu terapeuta; ou podem nunca mais conseguir confiar, impedindo a possibilidade de um novo tratamento. 
Pode acontecer de terapeuta e paciente realmente se apaixonarem de forma saudável, mas isso ocorre apenas uma vez na vida.
Bilhete 1: Esses desastres amorosos acontecem mais com terapeutas homens e pacientes mulheres, pois os homens acreditam terem sido, ao nascer, a única e inigualável satisfação de suas mães. 
Bilhete 2: Caso se apaixone por uma paciente, e não tem certeza se se encaixa na hipótese 2 ou 3, consulte seu analista ou, na dúvida, abstenha-se. 
5) FORMAÇÃO
	Uma peça chave da formação de um psicoterapeuta é o tratamento ao qual ele mesmo se submete. Espera-se que o futuro terapeuta se depare com a complexidade de suas motivações, sintomas e fantasias conscientes e inconscientes. É uma introdução à variedade do sofrimento humano descobrir que ele pode encontrar pensamentos, palavras, lembranças, razões parecidas com aquelas que atormentam seus pacientes. É necessário que o terapeuta conheça o essencial das teorias sobre o sofrimento psíquico, as motivações humanas e os caminhos terapêuticos possíveis, visto que essa história apresenta respostas que o ser humano construiu para entender quem é.
	É importante que o terapeuta tenha instrumentos diagnósticos para não confundir as doenças. Também é imprescindível que o terapeuta tenha conhecimento dos princípios ativos dos remédios psicotrópicos mais comuns, pois poderá lidar com pacientes que precisam de medicação ou que já estão sendo medicados. O terapeuta deve, também, conhecer os princípios do DSM.
	Uma formação policiada para ficar circunscrita a uma prática só e ao ensino que lhe corresponde está levando gerações de terapeutas e analistas a valorizar não o compromisso com os pacientes, mas a reprodução e a preservação da doutrina na qual se formaram. 
6) CURAR OU NÃO CURAR
	Nesse capítulo o autor relata que muitos psicanalistas não aceitam a psicanálise como uma psicoterapia, recusam a ideia de que o psicanalista se proponha a curar, de uma maneira ou de outra, o sofrimento de seus pacientes. 
	Freud recomendava que os psicanalistas não tivessem pressa de curar, porque se um paciente vem e menciona um problema bem definido e o terapeuta está com pressa, vai tratar prontamente aquele problema sem investigar mais a fundo, pois acredita que é esse problema mesmo que está trazendo sofrimento ao paciente. Nem sempre é bom suprimir os sintomas antes que a doença se declare. 
	Uma psicoterapia é uma experiência que transforma; pode-se sair dela sem o sofrimento do qual a gente se queixava inicialmente, mas ao custo de uma mudança. Na saída, não somos os mesmos sem dor; somos outros, diferentes. 
	A palavra paciente ainda é malvista em alguns meios psicanalíticos. Paciente é o chato que se queixa e quer ser curado, enquanto quem faz análise é “analisando” ou “analisante”, pois ele deve esperar análise e não cura. O autor faz uma ressalva, espera que todos sejamos impacientes com o sofrimento desnecessário que, eventualmente, estraga nossos dias. 
7) O QUE FAZER PARA TER MAIS PACIENTES?
	O autor recebe o seguinte questionamento: “Receber um primeiro paciente é fácil; fazer que o consultório da gente cresça e se torne viável é uma outra história, não é?”
	Faça-te conhecer. Foi essa resposta que o autor ouviu quando lançou essa mesma pergunta ao secretário (analista) da École Freudiene tempos atrás. Mas nessa época, fazer-se conhecer não significava fazer com que as pessoas saibam que você existe, mas impor respeito aos colegas da instituição. Nesse sentido, mostrar-se digno de confiança não significava dar provas práticas da capacidade de ajudar pacientes, significava dar prova de uma “excelência” teórica que “impressionaria” os colegas.
	No entendimento do autor, seu primeiro compromisso é com as pessoas que confiam em você e trazem para o seu consultório uma queixa que pede para ser escutada e, por que não, resolvida. Ou com a comunidade na qual você presta serviço. 
	“Se o seu compromisso for com os pacientes, não se preocupe, eles vão ficar sabendo”.
Bilhete: Os textos psicanalíticos obscuros são geralmente concebidos para produzir e alimentar amores de transferência. Os autores escrevem não para transmitir o que sabem, mas para serem idealizados. Numa terapia ou numa análise, espera-se que algum dia a idealização do terapeuta acabe, e que ele queira que isso aconteça.
8) QUESTÕES PRÁTICAS
	O autor inicia esse capítulo respondendo a uma questão sobre como expor as regras ao paciente, e cita como exemplo a regra da associação livre na psicanálise. Ele ressalta a importância de não decorar a fala na hora de explicar a regra, mas deixar fluir livremente. Quando falamos, opera uma lógica interna que nós não percebemos, então quanto menos intervenções nós fizermos na organização da nossa fala, mas essa lógica interna nos levará a dizer coisas inesperadas e descobrir algo que estava em nossos pensamentos e nós não sabíamos. Essa é a associação livre. Enunciar a regra deve servir para autorizar o paciente a falar, não para obriga-lo a falar o que o terapeuta quer ouvir. 
	O autor também cita outras duas regras: 1) que o paciente, durante a análise ou terapia, evite tomar decisões cruciais ou irreversíveis na condução da sua vida, em razão das fortes emoções que surgem; 2) que o paciente se comprometa a não falar de sua terapia com os seus próximos, familiares e amigos, para não sofrer hostilizações. 
	Setting. Como, quando e por que propor a um paciente que deite no divã ou como, quando e por que deixar ou pedir que ele continue sentado. Talvez essa decisão possa depender simplesmente de uma questão de conforto, seu e de seu paciente. 
Entrevistas preliminares. Duas perguntas que surgem no primeiro encontro: 1) Será que eu serei de algum auxílio? (o terapeuta pergunta para si mesmo ao final da primeira entrevista) É de importância a possibilidade de criar uma aliança terapêutica com o paciente e que o terapeuta consiga identificar algumas características que delimitam o seu atendimento com determinado paciente (tom de voz – se irrita, agradam ou dá sono, tipo de transtorno, tema que prevalece na conversa); 2) O que você espera da terapia que começa? (pergunta direcionada do terapeuta ao paciente). A resposta, em geral, manifesta por quais caminhos o paciente está bem decidido a obstaculizar seu desejo. 
Duração da sessão. A maneira de medir o tempo da sessão revela modelos terapêuticos diferentes. A duração das sessões não parece ter sido um fator decisivo no sucesso ou insucesso das curas. É necessário que o terapeuta invente asua melhor maneira de atender.
Pagamento. Quando o autor ainda era um jovem analista, vigia a ideia de que uma terapia/análise deveriam ser pagas pelo bolso do próprio paciente, desvalorizando os atendimentos por convênio. As resistências de um paciente ao seu próprio tratamento não são vencidas pelo esforço de pagar. A frequência das sessões deveria depender das necessidades da cura.
Supervisor. A supervisão não deve custar mais do que você ganha atendendo o paciente cujo caso você decidiu supervisionar. A função da supervisão deve ser autorizar o terapeuta, inspirar-lhe a confiança em seus próprios atos, sem a qual nenhuma cura vai ser possível. 
9) CONFLITOS INÚTEIS 
	Em regra, a disputa entre psicoterapia ou psicanálise de um lado e biopsiquiatria ou neurociências do outro é uma falsa disputa. O autor acredita que quem alimenta essa oposição não conhece quase nada de psicoterapia ou psicanálise ou sabe menos ainda de farmacologia ou neurociência. 
	O fármaco age sobre o sintoma e não sobre a causa do sintoma. O autor cita como exemplo a tristeza pela morte de um amigo. Se tomar um fármaco, a tristeza vai embora, mas algum dia essa dor do luto terá que ser enfrentada, a não ser que passe o restante da vida dependente de um medicamento. 
10) INFÂNCIA E ATUALIDADE, CAUSAS INTERNAS E CAUSAS EXTERNAS
Deveríamos sempre procurar somente na infância as razões do sofrimento psíquico, mesmo que nosso paciente afirme o contrário? É certo insistir na evocação do passado diante de uma catástrofe atual? O autor entende que os acontecimentos da infância não sejam de uma natureza diferente do que nos acontece hoje. Qualquer evento nos marca e nos transforma num segundo momento, em que ele é evocado, retomado, revivido. Um trauma é um evento mais ou menos difícil, que, num segundo momento, não consegue ser integrado na história do sujeito. Os fatos de nossa vida agem em nós pela história em que se integram ou, melhor, pela história em que conseguimos ou não integrá-los. Reinterpretar o passado, descobrir (ou inventar) novos sentidos para o que aconteceu é quase sempre uma maneira de mudar nosso presente. Há duas razões para evocar o passado em cada cura: reinventar o sentido de uma história e amenizar o peso do futuro, devolvendo assim, quem sabe, seu justo lugar ao presente de nossas vidas. 
11) QUE MAIS?
	É bom que os pacientes idealizem os terapeutas, e que suponham que estes sabem mais do que de fato sabem. Isso ajuda a cura a funcionar. Caso o terapeuta sinta responsabilidade diante da tendência de seus pacientes se identificarem com ele, o autor sugere: ser você mesmo, agir quanto mais próximo do seu desejo. 
	O autor preza da qualidade da experiência vivida, a intensidade com a qual nos permitimos viver. Mas ele antagoniza os artifícios pelos quais desistimos de ser sujeitos, ou seja, as estratégias que encontramos para evitar aquelas dificuldades de viver que fazem parte de nossa cultura. 
	Última recomendação: que o terapeuta seja humilde na aceitação das condições impostas por seus pacientes. Uma mudança não é coisa que possa ser imposta. Para que uma mudança aconteça um dia, é necessário que uma relação comece; e uma relação só pode começar nas condições que são irrenunciáveis pelo paciente. 
	Avance desarmado.

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