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TEORIA DO DIREITO – part.3 Antinomias: Conceito: duas normas incompatíveis, pertencente ao mesmo ordenamento e tendo o mesmo âmbito de validade (territorial, temporal, pessoal e material). Podem ser de dois tipos: próprias e impróprias. Próprias: ocorre quando há incompatibilidade entre normas. Impróprias: podem deixar dúvidas, mas nem sempre são identificadas como tais. Sendo elas de princípios, de valoração e teleológica. Critérios de eliminação: hierárquico, cronológico, especialidade e discricionariedade (elimina as duas normas, elimina apenas uma norma ou conserva as duas normas conciliando-las). SUBSISTEMAS JURÍDICOS: Subsistemas são subdivisões do sistema jurídico, que se desdobram em microssistemas correspondendo aos ramos do Direito Positivo. Podem ser chamados de dicotomias ou binômios, que são outras formas de classificação. DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL Elaborado, criado, posto Espontâneo Temporal Atemporal Territorial Aespacial Formal Informal Impositivo Não impositivo Escrito e não escrito Não escrito DIREITO OBJETIVO DIREITO SUBJETIVO Norma agende Facultas agende Law Right Princípio diretor conduta Faculdade de agir Previsão da lei em vigor Individual Genérico Concreto Abstrato Dinâmico Hipotético Ação/atuação DIREITO MATERIAL DIREITO FORMAL Fixa o que é obrigatório ou permitido Como elaborar, integrar e aplicar as normas instrumentais Critério de julga Critério de proceder Normas de conduta Normas instrumentais Primárias Secundárias Direito substantivo Direito instrumental adjetivo FONTES DO DIREITO: Costume: Conceito: norma jurídica não escrita, marcada pela prática constante, acompanhada da convicção de sua necessidade jurídica. Mais antiga fonte do Direito, gerando polemicas sobre a origem, validade e importância. “Os costumes são o tácito do consenso do povo, inveterado por longo uso.” ”Direito se origina dos fatos.” “Onde está a sociedade, aí está o Direito.” “O que é o costume? Lei não escrita. O que é a lei? Costume escrito.” Espécies de costume jurídico: Secundum Legem: confirma ou dá mais validade ao texto da lei. Praeter Legem: juiz recorre ao costume para o preenchimento das lacunas. Contra Legem: costume visa negar a validade à lei (sem validade no nosso ordenamento). Jurisprudência: Conceito: conjunto de decisões uniformes e repetidas dos juízes e tribunais sobre um ponto controverso do Direito Positivo, servindo de molde para outras decisões. Requisitos: uniformidade (todas em um mesmo sentido) e repetição (frequentes, constantes). A jurisprudência sinaliza os novos rumos que a Lei irá tomar quando sofrer modificações, criando novas soluções acompanhando as necessidades sociais de cada época. Espécies: Jurisprudência secundum legem: se limita à aplicação da Lei, clarificando seu conteúdo, quando obscura. Jurisprudência praeter legem: se desenvolve diante da necessidade de preenchimento de lacunas da Lei. Jurisprudência contra legem: as decisões que contrariem a lei não prevalecem. Doutrina: Conceito: corresponde ao conjunto de teorias, propostas, pareceres, obras, etc, gerado pela comunidade jurídica, de natureza cientifica, com finalidade de construir o conhecimento do Direito. Digesto é o exemplo mais claro do valor da doutrina para a evolução do saber jurídico. Há controvérsias quanto à inclusão da doutrina como fonte formal do Direito, em razão de não possuir forca impositiva. Natureza: Não é fonte porque não possui força impositiva, a não ser que a lei ou a jurisprudência a recepcionem. É fonte secundaria, possuindo natureza subsidiária, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema jurídico. É fonte como as demais, tendo natureza própria; suas conclusões carecem de força obrigatória. Lei: Conceito: espécie de norma jurídica, obrigatória, geral e escrita, elaborada de acordo com procedimento previamente estabelecido no sistema jurídico ao qual pertencerá. Norma escrita, geral e abstrata, garantida pelo poder público, aplicável por órgãos do Estado. Finalidade: instrumentar a realização da Justiça, mediante a efetivação das liberdades individuais e da proteção dos interesses coletivos. Fases de elaboração: iniciativa oficial ou popular, discussão/votação, sanção/veto, promulgação, publicação. A aprovação da lei denomina-se “sanção”, a rejeição “veto”. Características da lei: Norma geral e permanente, editada pela autoridade soberana, dirigida coativamente à obediência dos cidadãos. É uma ordem, que obriga, proíbe ou permite, sendo um comando/ determinação. É geral e abstrata, dirigindo-se a todos. É permanente, porém não perene (pode ser revogada). É provida de sanção. Planos de validade: validade formal, validade social e validade ética. Os princípios no tempo e no espaço e os limites que a Lei deve respeitar são garantias ao exercício da liberdade do cidadão. A lei tem na publicidade oficial a presunção de conhecimento de todos, embora sua linguagem nem sempre seja de fácil compreensão.
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