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Biogeografia Marcão - BIOGEOGRAFIA DE MANGUEZAIS E ESTUÁRIOS

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIABAIANO
CURSO:Licenciatura em Geografia2012.2
Docente: Marco Antônio Reis Rodrigues
Componente curricular: Biogeografia
Discentes: ADRIANA LIMA
CRISTIANO M. GRILLO
IRLANDERSON CARDOSO
LEONARDO FONSECA
BIOGEOGRAFIA DE MANGUEZAIS E ESTUÁRIOS
O QUE SÃO OS MANGUEZAIS?
Os manguezais são ecossistemas que portam comunidades vegetais típicas de ambientes alagados, resistentes à alta salinidade da água e do solo. Colonizam as costas tropicais e subtropicais, estando presentes nas Américas, África, Ásia e Oceania.
O QUE É ESTUÁRIO?
O estuário é a faixa de transição entre os ambientes terrestres e marinhos. É onde a água salgada do mar se encontra com a água doce do rio. Dessa mistura surge um solo alagado, salino, rico em nutrientes e em matéria orgânica.
ORIGEM DOS MANGUEZAIS	
Explica a paleontologia que o reino vegetal teve sua origem no mar, há 500 milhões de anos, a partir de algas.
Aos poucos, as plantas foram conquistando o meio terrestre e se adaptando a ele.
Uma mudança fundamental foi o desenvolvimento de vasos condutores de seiva.
Grupo
Geração Dominante
Vasos Condutores*
Estruturas Reprodutoras**
Possuem Semente?
Fruto
Briófitas
Gametofítica
Avasculares
Criptógamas
Não
Não
Pteridófitas
Esporofítica
Vasculares
Criptógamas
Não
Não
Gimnospermas
Esporofítica
Vasculares
Fanerógamas
Sim
Não
Angiospermas
Esporofítica
Vasculares
Fanerógamas
Sim
Sim
Em torno de 60 milhões de anos, no atual Sudeste Asiático, as plantas angiospermas fizeram uma experiência: voltar a viver em ambiente mais salino e mais úmido que os encontrados em meio terrestre.
Ao molhar novamente os pés na praia e fixá-los num ambiente que haviam abandonado, o reino vegetal inventou as diversas espécies que denominamos de mangue. 
PROBLEMAS MAIS DRAMÁTICOS DE ADAPTAÇÃO
1) lidar com excesso de água.
2) com excesso de sal.
 3) carência de ar no solo.
As espécies de mangue encontraram solução para tais problemas, mas não conseguiram se adaptar a climas temperados e frios. Assim, elas se limitaram ao ambiente costeiro entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio, pouco acima de um e pouco abaixo de outro.
Para diluir a salinidade, as espécies de mangue se instalaram, preferencialmente, na foz de rios junto ao mar, pois as águas fluviais diluem o sal, criando água salobra. Este ambiente nem doce nem muito salino é chamado de estuário. O manguezal, contudo, pode também se desenvolver em lagoas costeiras e em praias onde a salinidade e a força do mar são baixas.
PARA LIDAR COM O EXCESSO DE SAL, AS ESPÉCIES DE MANGUE CRIARAM TRÊS MECANISMOS: 
Barrar a entrada dele no organismo da planta.
Diluí-lo no interior da planta.
Expelir o excedente por glândulas existentes nas folhas.
 O suporte terrestre para as árvores de mangue, chamado de substrato, normalmente é formado por partículas muito finas. 
Para respirar, as plantas de mangue, ao lado das raízes alimentadoras, que existem em todas as angiospermas, desenvolveram também raízes respiratórias, que, em vez de se dirigirem para o fundo da terra, vêm à tona, em busca do ar. Estas raízes chamam-se pneumatóforos. Na ponta delas, existem pequenos poros, denominados lenticelas, que absorvem o ar quando a maré baixa e se fecham quando ela sobe. 
REPRODUÇÃO DAS PLANTAS EXCLUSIVAS DE MANGUEZAL
Quanto à reprodução, as plantas exclusivas de manguezal se propagam por meio de sementes que ficam presas na árvore-mãe até estarem prontas para a germinação, tão logo caiam no chão. Os cientistas as denominam de propágulos. Se caírem na água, elas apresentam a faculdade de permanecer muito tempo com capacidade germinativa. 
Os propágulos são sementes apropriadas para navegar. Foi assim que os manguezais conquistaram o mundo intertropical a partir do Sudeste Asiático, seu lugar de origem.
Origem dos Manguezais
MANGUEZAIS NO BRASIL
LOCALIZAÇÃO DOS MANGUEZAIS NO BRASIL
No mundo existem cerca de 162.000 km2 manguezais.
No Brasil existem cerca de 25.000 km2 manguezais.
Em Pernambuco existem cerca de 270 km2 manguezais.
No Brasil, existem cerca de 25.000 km2 de florestas de mangue, que representam mais de 12% dos manguezais do mundo inteiro.
Os manguezais estão distribuídos desde o Amapá até Laguna, em Santa Catarina, no litoral brasileiro.
FAUNA
O ecossistema de manguezal apresenta um elevado índice de diversidade biológica, uma vez que sua estrutura propicia um grande número de nichos ecológicos que são utilizados por inúmeras espécies nos diferentes estágios de desenvolvimento.
FLORA
Sendo o manguezal um ecossistema que apresenta características peculiares quanto à salinidade, nível de oxigenação, inundação pela maré e composição do substrato, as espécies vegetais que conseguem ali sobreviver possuem adaptações próprias para enfrentar tais características.
No Brasil ocorrem apenas três gêneros e na região sudoeste apenas três espécies, 
Mangue Vermelho ( Rhizophora Mangle)
Mangue Preto ou Seriba ( Avicennia Schaueriana)
Mangue Branco ( Laguncularia racemosa).
Além dessas três espécies, algumas bromélias, orquídeas e liquens também estão presentes e outras espécies arbóreas.
Espécies Típicas de Mangue
MANGUE-PRETO
As folhas do mangue-preto possuem pecíolos avermelhados com glândulas de reserva de sal. Trata-se também de uma espécie vivípara, em que suas sementes, ainda presas a planta mãe, originam um propágulo, que dará origem a uma nova planta. As raízes radiais podem apresentar pneumatóforos, que ajudam nas trocas gasosas no solo lodoso.
MANGUE-BRANCO
As folhas do mangue-branco possuem bordas arredondadas e raízes radiais. Possuem um grande número de estruturas anatômicas chamadas de lenticelas, cuja função é a troca gasosa.
Recebem também, popularmente, os nomes de: Siriba e Siriúba.
MANGUE-VERMELHO
O mangue-vermelho, também conhecido como sapateiro, é uma espécie típica de manguezal. O nome da árvore é assim dado, pois, quando sua casca é raspada, apresenta uma coloração avermelhada, típica da espécie.
A respiração da planta é feita através de rizóforos, que também
auxiliam a sua sustentação. Nesse tipo de raízes (pneumatóforas), há estruturas especiais (lenticelas), cuja função é a respiração.
A espécie reproduz-se através de sementes (propágulos), que germinam ainda presas à planta-mãe, aumentando as
chances da espécie se propagar.
IMPACTOS NOS MANGUEZAIS
IMPACTOS AMBIENTAIS
Consideram-se impactos ambientais as alterações no meio ambiente causadas por atividades naturais ou antrópicas (causadas pelo homem ).
Os manguezais são muito vulneráveis às alterações, por se encontrarem em áreas litorâneas, onde existe a maior concentração populacional e atividades econômicas.
Os fatores que mais interferem no meio ambiente estão o desmatamento de mangues, para a construção de casas, cercas, camas e lenha, ou objetivando a construção estradas, portos, marinas e tanques para viveiros de camarões.
Os despejos de lixo urbano e industrial, o carreamento de resíduos de pesticidas e fertilizantes utilizados em lavouras e as descargas de águas servidas oriundas da carcinocultura, tem contribuído significativamente para a destruição e contaminação dos manguezais
CARCINOCULTURA
CONSTRUÇÕES NOS MANGUEZAIS
A IMPORTÂNCIA DOS MANGUEZAIS
Os mangues são a espinha dorsal das costas dos oceanos tropicais, são muito mais importantes para a biosfera do oceano global do que anteriormente previsto. E, embora essa mata de mau-cheiro lamacento não tenha o encantamento de florestas tropicais ou recifes de corais, uma equipe de pesquisadores observou que a linha costeira de plantas lenhosas fornecem mais de 10 por cento do carbono orgânico dissolvido fornecido ao oceano a partir da terra.
As árvores de manguezal, cujas raízes pneumatóforas protegem as zonas úmidas costeiras contra o oceano, formam um importante habitat, berçário para inúmeras espécies de peixes, crustáceos, mamíferos, aves e insetos. Cobrem menos de 0,1 por cento
da superfície terrestre global, e mesmo assim são responsáveis por um décimo do carbono orgânico dissolvido (COD) que flui da terra para o mar. Instituições alemãs de pesquisas, analisaram a saída de carbono a partir de uma floresta de manguezal no Brasil e sugerem que a sua vegetação é uma das principais fontes de matéria orgânica dissolvida no oceano.
REFERÊNCIAS
SANTOS, Janaína. Manguezais. São Paulo, 2014. Disponível em:<http://www.moisesneto.com.br/janainamanguezal.pdf>, acessado em: 21/02/2014.
GARIBA, Amanda at all, O ecossistema do manguezal com sua fauna e sua flora características, curiosidades
e ainda passatempos divertidos. 2010, Disponível em: <http://www.colmagno.com.br/Mostra/7_B.pdf>, acessado em: 21/02/2014.
COELHO, Marcos de Amorim, Geografia do Brasil. 4ª ed. Ver., atual e ampl. – São Paulo: Moderna, 1996. – (Série Sinopse).
BORGES, Giselle Ferreira. A problemática que envolve a questão do Manguezal. 2010. Disponível em: <file:///C:/Users/Irlanderson/Downloads/download(927).PDF>, acessado em: 24/02/2014.

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