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A HISTÓRIA DA FARMÁCIA

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CURSO DE FARMÁCIA
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL
Disciplina: Introdução a ciências farmacêuticas
ILHÉUS-BA
09/2018
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL
O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal por Thomé de Souza (governador geral nomeado pela coroa portuguesa). Sua vinda se deu a partir da observação pela coroa portuguesa, de que as pessoas no Brasil só tinham acesso ao medicamento quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, e nestas havia algum cirurgião-barbeiro ou tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
Os jesuítas que vieram para o Brasil colocavam em seus colégios de catequização uma pessoa para cuidar dos doentes e outra para preparar os remédios. Quem mais se destacou foi José de Anchieta, jesuíta que pode ser considerado o primeiro boticário de Piratininga (São Paulo).
A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se transformar em comércio, dirigidas por boticários aprovados em Coimbra. Esses boticários que obtinham sua carta de aprovação eram profissionais empíricos, às vezes analfabetos, possuindo apenas conhecimentos corriqueiros de medicamentos.
A passagem do nome de comércio de botica para farmácia surgiu com o Decreto 2055, de dezembro de 1857, onde ficaram estabelecidas as condições para que os farmacêuticos e os não habilitados tivessem licença para continuar a ter suas boticas no país.
Do ponto de vista da terapêutica, a grande inovação foi o aparecimento da farmácia química, que surgiu em oposição à tradicional, a galênica. O primeiro brasileiro fabricante industrial de extrato fluído foi o farmacêutico João Luiz Alves, no Rio de Janeiro.  
O ensino farmacêutico nos tempos do Brasil colonial não existia, o aprendizado dava-se na prática, nas boticas. Adquirida a experiência, os boticários se submetiam a exames perante os comissários do físico-mor do Reino para obtenção da "carta de examinação". Concorriam, assim, com os físicos e cirurgiões no exercício da medicina. Alguns, inclusive, chegaram a trocar de profissão, tornando-se cirurgiões-barbeiro.
Em 1809 foi criado dentro do curso médico, a primeira cadeira de matéria médica e farmácia ministrada pelo médico português José Maria Bomtempo. Somente a partir da reforma do ensino médico de 1832, foi fundado o curso farmacêutico, vinculado, contudo, às faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Por esta reforma, ficou estabelecido que ninguém poderia "curar, ter botica, ou partejar", sem título conferido ou aprovado pelas citadas faculdades. 
No Brasil, o conceito de medicamento ainda não passa de uma mercadoria qualquer. As farmácias e drogarias (principalmente), transformaram-se em mercearias e estão mais sujeitas às regras de mercado que as regras sanitárias. Nelas comete-se a aviltante e irresponsável "empurroterapia", em que o balconista do estabelecimento oferece qualquer medicamento ao paciente, à revelia de prescrição médica e da dispensação do farmacêutico, atendendo exclusivamente aos apelos do negócio e do lucro.
O medicamento é um bem social e corresponderá ao farmacêutico continuar desenvolvendo seu trabalho em qualquer das etapas relacionadas com ele, desde a sua obtenção até sua dispensação e seguimento, assegurando à população o acesso a fármacos eficazes, seguros e de qualidade, independentemente do tipo de farmacoterapia empregada e do paciente que a recebe.
 A verdadeira vocação da farmácia é a de ser um estabelecimento prestador de serviços farmacêuticos e não mais um mero ponto de dispensação. Os serviços farmacêuticos orientados para atenção ao paciente, farmacovigilância e uso racional de medicamentos, oferecem melhoria na qualidade da saúde da população.
AS BOTICAS DO BRASIL
No começo, a botica era uma caixa de madeira onde se levavam os primeiros remédios. Foi com este nome que a farmácia se tornou conhecida em Portugal. 
No Brasil colonial, a caixa era transportada pelos mascates, que percorriam as povoações e as fazendas levando medicamentos capazes de curar as mazelas mais comuns.
Conhecidos como boticários, os donos das boticas eram profissionais de alto gabarito, conhecedores da arte do fabrico de remédios, prestigiados na corte portuguesa e nas armadas e fortalezas.
A CRIAÇÃO DOS CONSELHOS
Em 1808, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, ganhou impulso a atividade farmacêutica no país.
Em 1832, o Brasil viu surgir as suas primeiras faculdades de Medicina e, com elas já funcionava um curso de farmácia, com duração de três anos.
Em 1839, o governo provincial de Minas Gerais fundava, em Ouro Preto, a primeira Escola de Farmácia, pioneira para o ensino exclusivo da profissão no país.
Em 1916 é criada a Associação Brasileira de Farmacêuticos, destinada a unir os profissionais de norte a sul do país. A sede funciona no Rio de Janeiro. A associação foi o embrião do que hoje é o Conselho Federal de Farmácia.
ESTUDOS DE FARMÁCIA
        No Brasil, a Academia Imperial de Medicina (1829 – 1889) foi o principal fórum de debates sobre o ensino médico e a saúde pública imperial e a principal trincheira voltada a defender o modelo anátomo-clínico francês e as ideias higienistas. A formação médica no ambiente hospitalar se tornou fundamental.
            No final do Império, as reformas do ensino médico levantaram a bandeira do ensino experimental. Nesse contexto, a fisiologia experimental e a patologia celular, que viriam a produzir da medicina de laboratório, medicina sem doentes, estavam se consolidando no horizonte da clínica.
            A reforma do ensino em 1832 previa a criação do curso farmacêutico junto às faculdades de medicina do Império. As disciplinas a serem ministradas eram divididas em três anos. Para obter o título de farmacêutico, o aluno deveria praticar, pelo mesmo período de três anos, numa botica de um boticário diplomado.
            Em 1838, Manoel Francisco Peixoto, farmacêutico diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano anterior, em discurso pronunciado na Academia Imperial de Medicina, reclamava a respeito do esvaziamento do curso farmacêutico em contraste com o curso médico. Os farmacêuticos pertencentes a Academia Imperial de Medicina e às associações farmacêuticas que se formaram a partir de 1850 reivindicavam que as faculdades deveriam ter o monopólio da concessão de diplomas como forma de restringir o exercício da farmácia aos homens de ciência de formação acadêmica.
 
	
	Escola de Farmácia de Ouro Preto.

            Além dos cursos farmacêuticos oferecidos pelas duas únicas faculdades de medicina no Império – a do Rio de Janeiro e da Bahia -, em 1839 foi criada pela Assembleia Legislativa Provincial de Minas Gerais, a Escola de Farmácia de Ouro Preto.
            
            A partir da promulgação da Primeira Constituição Republicana, 1891, que propôs um sistema educacional descentralizado, o ensino farmacêutico estendeu-se a outros estados.
DE BOTICÁRIO A FARMACÊUTICO
Em 1875, o farmacêutico Manoel Hilário Pires Ferrão proferiu conferência intitulada “Da farmácia no Brasil e de sua importância: meios de promover a seu adiantamento e progresso”. Nessa ocasião, chamou a atenção para a distinção que deveria ser feita entre boticário e farmacêutico. Boticário podia ser qualquer um que resolvesse abrir uma botica e comercializar a retalho vários remédios sem ter direito para isso. Citava a França como exemplo a ser seguido, pois desde finais do século XVIII adotara o nome farmacêutico para designar aqueles que eram formados em cursos regulares de farmácia. Oficina ou laboratório farmacêutico substituía o termo botica. Acreditava que naquele país a farmácia mantinha “um paralelismo de dignidade e proficiência com a classe médica”. Pires Ferrão assinalava a importância da farmácia como estabelecimento que lidava com a saúde, e que por isso deveria ter um tratamento diferenciado de outras casas comerciais, no que se refere à cobrança de impostose jurisdição. Nota-se assim, o desenvolvimento de uma elite farmacêutica ansiosa em equiparar-se aos médicos e diferenciar-se dos outros curadores e do estigma das velhas boticas.
            A designação “boticário” continuou a ser usada pela população para se referir ao farmacêutico diplomado. Apesar da lei de 03 de outubro de 1832 estabelecer que ninguém poderia “curar, ter botica, ou patejar” sem título conferido ou aprovado pelas faculdades de medicina, muitos proprietários de boticas pagavam farmacêuticos diplomados para dar nome a seus estabelecimentos, prática que se estendeu até o século XX.
            As boticas ou farmácias, mesmo nos centros urbanos da época, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Ouro Preto e Recife, acabavam funcionando como locais de assistência médica e farmacêutica, incluindo a prescrição e manipulação dos medicamentos e, provavelmente, a aplicação de procedimentos terapêuticos usuais na época, tais como sangrias, com o emprego de ventosas, lancetas ou sanguessugas, instrumentos que se encontravam à venda nas próprias farmácias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária. 
História da Farmácia no Brasil
Acesso em: 13/09/2018 – 11:12h.
http://www.sbfc.org.br/site/paginas.php?id=2
Conselho Federal de Farmácia
Aspectos históricos
Acesso em: 13/09/2018 – 12:10h.
http://www.cff.org.br/50anos/?pg=aspectoshistoricos
Estudos de Farmácia
De boticário a farmacêutico
TEXTOS EXTRAÍDO DE: EDLER, FLÁVIO COELHO. BOTICAS & PHARMACIAS – UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DA FARMÁCIA NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CASA DA PALAVRA, 2006.

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