Buscar

AÇÃO DECLARATÓRIA INEXISTÊNCIA RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA CC REPETIÇÃOINDÉBITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL – RN
IGREJA SÃO FRANCISCO, entidade religiosa com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., na Cidade de Natal - RN, CEP nº ..., regularmente inscrita no CNPJ sob nº: ..., endereço eletrônico ...., por seu representante legal que esta subscreve ao final, vem mui respeitosamente, à presença de vossa Excelência, com fulcro no artigo 19, inciso I do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA COMBINADA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO
em face do MUNICÍPIO DE NATAL, representado por seu ilustre Procurador com endereço na Rua ..., nº ..., Município de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, CEP nº ..., regularmente inscrita no CNPJ sob nº ..., pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
I – DOS FATOS
A Autora é uma organização sem fins lucrativos de natureza religiosa, regida pelo Código Civil. A mesma possui diversos imóveis alugados, cuja renda é revertida na sua totalidade para a manutenção e finalidades essenciais da igreja. Por entender que o aluguel dos imóveis afastava da imunidade constitucional, o administrador da igreja realizou o pagamento do IPTU referente a todos os imóveis alugados. 
Contudo os pagamentos realizados do IPTU foram indevidos, ante a autora ser uma entidade religiosa amparada pela imunidade tributária consagrada no artigo 150, VI, alínea “b” da Constituição Federal, a qual também está prevista no âmbito infraconstitucional, artigo 9º, inciso IV, alínea “b” do Código Tributário.
II – DO DIREITO
A imunidade tributária está prevista na Constituição Federal, no capítulo das limitações de tributar, notadamente no artigo 150, onde está regulamentado de que modo será aplicada a tributação pela União, Estados e Municípios.
O princípio jurídico da imunidade tributária é a não incidência da norma, sendo assim, esse comando constitucional exerce influência nas hipóteses de incidência, impedindo o nascimento da obrigação. Desta forma, os entes tributantes estão impedidos de exercer qualquer atividade administrativa na cobrança de certos tributos, conforme estabelece o artigo 150, VI, alínea “b” da Constituição Federal.
Sendo a imunidade tributária uma limitação constitucional no poder de tributar, qualquer pessoa ou bem constante no rol do artigo 150 da Constituição Federal, não podem ser tributados, e ainda encontramos no artigo 9º, inciso IV, alínea “b” do Código Tributário a imunidade tributária para as entidades religiosas.
Portanto, a Constituição Federal assegura a imunidade tributária dos templos de qualquer culto religioso, sendo vedado ao legislador infraconstitucional instituir ou cobrar tributo relativo ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas atividades essenciais. 
Desta feita, constata-se que não era devido o recolhimento do IPTU. Assim tendo em vista o disposto no artigo 165, inciso I do Código Tributário Nacional, a Autora REQUER que seja reconhecida a inexistência da relação jurídico tributária com o Município de Natal e que seja determinada a restituição dos valores pagos indevidamente do IPTU.
III – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, a Autora REQUER:
a) Que a presente ação seja julgada PROCEDENTE para reconhecer a inexistência de relação jurídico tributária e determinar que o Município de Natal promova a restituição do valor r$ ... com fulcro no artigo 165, inciso I do Código Tributário Nacional, devidamente atualizado nos termos da lei, em razão da Autora gozar da imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “b” da Constituição Federal;
b) seja determinada a citação da Ré, para que, querendo, conteste a presente ação nos termos dos artigos 247 e 306 do Código de Processo Civil; 
c) seja reconhecida a aplicabilidade do artigo 373, inciso II do Código de Processo Civil, tenso em vista que a imunidade tributária decorre da Constituição Federal;
d) Requer produção de provas em direito admitidas, conforme artigo 369 e seguintes do Código de Processo Civil;
e) seja condenada a Ré ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios que deverão ser fixados nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil.
Dá-se à causa o valor de R$ .... .
Termos em que,
pede deferimento.
Local/ Data
Advogado (a)
OAB nº....

Continue navegando