A BUSCA DA REALIZAÇÃO DO HOMEM NO MUNDO.doc

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A BUSCA DA REALIZAÇÃO DO HOMEM NO MUNDO 
Bruno Matos Araújo
Eva Regina
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Logística (RHU0431) – Prática do Módulo I 
25/10/2017
RESUMO
Este trabalho visa demostrar a busca do homem para a realização pessoal que vem através do conhecimento. O ser humano, assim como o universo, está em constante evolução e a dúvida sobre o que o cerca é que instiga seu interesse em investigar e conhecer sobre o planeta. Com esse conhecimento o homem torna sua vida um projeto, onde o foco principal é a felicidade como um estado de satisfação, utilizando-se de sua razão e liberdade de escolhas para chegar ao seu ideal de evolução.
Palavras-chave: Conhecimento; Evolução; Documental.
1 INTRODUÇÃO
Vamos descrever o conhecimento como principal processo de evolução disponível ao homem e que esse processo varia de homem para homem, a capacidade de aprender e desenvolver-se é dependente da diversidade e da natureza de cada um, cada indivíduo tem ações de sua própria iniciativa, não podendo atribuir a qualquer outra fonte as consequências que seu destino tem através das suas escolhas.
A falta de certeza a respeito das coisas desperta no homem a dúvida, junto a dúvida vem o desejo de conhecer, o conhecimento sobre as coisas leva o homem a fazer escolhas assim a partir das escolhas feitas o homem defini sua essência tornando sua vida um projeto de busca continua por evolução e consequentemente felicidade.
Num segundo momento vamos identificar o estado de satisfação do indivíduo com a sua evolução, com o atendimento das suas necessidades, com sua liberdade de escolha em detrimento a busca da felicidade como realização de si mesmo em uma evolução continua.
2 DESENVOLVIMENTO 
Vivemos em um planeta com uma extensa biodiversidade, tanto de fauna quanto de flora, nosso planeta está submetido há mudanças diárias nessa biodiversidade. “Em suas obras sobre a natureza, Aristóteles tentou descobrir uma hierarquia de classes e espécies (…). Ele estava convencido de que a natureza tinha uma finalidade e que cada traço específico de um animal existia para cumprir uma determinada função”. (Strathern, 1997, p.24). O ser humano, que vive neste planeta e por consequência está incluído nesta biodiversidade a enxerga de uma forma diferente dos demais seres vivos do planeta, o ser humano, visto na figura do homem, sente uma necessidade interior de buscar conhecer sobre o planeta e a biodiversidade que o cerca. “Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”(Cocco, 1984, p.6).
A falta de compreensão, a inquietude, a falta de certeza a respeito das coisas despertaram no homem a dúvida, agitando seu interesse em investigar e questionar a realidade que o cerca.“(...) Assim prosseguindo, a própria realidade mostrou-lhes o caminho e obrigou-os a um estudo(...)” (Cocco, 1984, p.17). O desejo de conhecer, de saber como funciona essa realidade, é que impulsiona o homem ao conhecimento. O homem vê a biodiversidade do planeta e o planeta em si a partir de si mesmo, mas se vê a partir do outro, isto é, o homem precisa de modelos e referências para avaliar e orientar seu conhecimento e a sua evolução. Todo o universo está em constante evolução e o ser humano não é uma exceção, conforme Vallandro; Bornheim (1984, p.50) “(...)todo conhecimento e todo trabalho visa a algum bem(...)”. 
O conhecimento é o principal fator de evolução disponível ao homem, este conhecimento não é construído sobre verdades estáticas, é um processo lento, dinâmico e gradual que tem como característica poder ser manifestado e transferido por meio do ensinamento, ou seja, a capacidade de aprender e desenvolver o conhecimento é exclusiva da natureza de cada homem. Todos os homens tem algo em comum: o desejo de ser feliz e tudo o que o homem faz está relacionado à busca da satisfação deste desejo. “Aristóteles, fiel aos princípios de sua filosofia especulativa, e após ter feito uma análise e um estudo da psicologia humana, verifica que em todos os seus atos o homem se orienta necessariamente pela ideia de bem e de felicidade(...)” (Costa,1993, p.67). O homem está sempre focado na busca da felicidade e não fará de bom grado nada que possa dificultar a conquista desse desejo, por isso usa sua razão e a sua liberdade de escolhas para chegar o mais rápido possível ao seu ideal de evolução. “Para Aristóteles,  a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a atividade prática da razão. Em sua opinião,  a capacidade de pensar é o que há de melhor no ser humano, uma vez que a razão é nosso melhor guia e dirigente natural.” (SOUZA, Michel Aires de. Disponível em<https://filosofonet.wordpress.com/2011/07/02/aristoteles-a-felicidade-como-sabedoria-pratica/>Acesso: 09/11/2017 23:50). 
Na busca do conhecimento para conseguir satisfazer suas necessidades o homem passou a acreditar que a existência vem antes da essência dele mesmo, isto é, não existe uma essência humana definida pela natureza que determine como o homem será, mas sim uma construção onde o homem pode constituir a sua essência na sua própria existência. Essa construção vem a partir das escolhas feitas, o homem escolhe como definir sua essência, tornando sua vida um projeto existencial em busca da sua felicidade, sendo assim, o homem não pode atribuir a qualquer outra fonte as consequências que seu destino tem através das suas escolhas, “(...)pois é próprio do homem culto buscar a precisão, em cada gênero de coisas(...)”(Vallandro; Bornheim, 1984, p.50).
(...)E assim, a felicidade deve ser alguma forma de contemplação(...)(Vallandro; Bornheim, 1984, p. 231) ou algum estado de satisfação do indivíduo com a sua evolução ou, em outras palavras, com o atendimento das suas necessidades, para conseguir atender suas necessidades basta o indivíduo fazer escolhas e ter ações de sua própria iniciativa, pois o que somos ou o que fazemos não é produto de nossa infância, de nossa criação, do destino ou da divindade e sim um reflexo das escolhas feitas para atingir a satisfação dessas necessidades. 
A vida do ser humano é uma caminhada solitária e finita, ao longo da qual vão se sucedendo as oportunidades para a satisfação de suas necessidades, necessidades que o homem busca atender durante toda a sua vida promovendo assim a sua evolução, evolução feita através das suas escolhas, que consequentemente são feitas pelo conhecimento adquirido desse homem durante sua vida, “(...)Ora, alguns pensam que nos tornamos bons por natureza, outros pelo hábito e outros ainda pelo ensino.(...)” (Vallandro; Bornheim, 1984, p.232). O destino de cada homem é promover a própria evolução, visando poder gozar em vida da felicidade plena alcançada. O ser humano é um ser individual por natureza então estamos sozinhos lançados ao mundo para nos inventar e reinventar da maneira que acreditamos estar corretos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim do trabalho com a certeza de que o conhecimento é o principal processo de evolução disponível ao homem e que a busca da realização pessoal esta intimamente ligada as escolhas que o homem faz durante sua vida, utilizando-se do conhecimento adquirido. 
O homem busca através do conhecimento que adquiri uma forma de realizar-se no mundo ao qual faz parte, dentro da sociedade, no convívio com os demais seres humanos e no convívio consigo mesmo. Alguns filósofos já explanaram sobre esse assunto, alguns escritores escreveram sobre, alguns roteiristas escreveram peças e filmes e em todos os casos é possível verificar que a busca do homem primitivo ou moderno é pela sua felicidade plena, uma felicidade que não é palpável, que não é encontrada em objetos ou em outros homens, mas sim, vivida e sentida em todos os aspectos do homem.
A realização do homem no mundo está interligada as suas escolhas e o resultado que essas escolhas fazem pelo homem durante sua evolução em busca da sua felicidade. Essa evolução é continua, feita através das escolhas, e que quandoacertada pode trazer a, tão esperada e buscada, sensação de realização ao homem, fazendo-o sentir uma satisfação com sua vida e uma sintonia com o mundo que o rodeia.
REFERÊNCIAS
COCCO, Vinzenzo. Metafisica Livro I. São Paulo: Abril, 1984.
VALLANDRO, Leonel; BOMHEIM, Gerd. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril, 1984.
STRATHEM, Paul. Aristóteles em 90 minutos.  Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1997.
COSTA, José S. Tomás de Aquino: a razão a serviço da fé. São Paulo: Moderna, 1993.
SOUZA, Michel Aires de. Aristóteles: a felicidade como sabedoria prática. Disponível em <https://filosofonet.wordpress.com/2011/07/02/aristoteles-a-felicidade-como-sabedoria-pratica/> Acesso 09/11/2017.