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Num cenário global, a Química Ambiental Associa a poluição com o desenvolvimento sócio-econômico ÁGUA... Tecnicamente, as águas naturais não são puras (sais) A água é um bem natural de alto valor agregado Vários tipos de substâncias tóxicas podem ser encontradas na água Diferentes processos químicos ocorrem, naturalmente, nas águas e definem suas características pH, cor, presença de sais e matéria orgânica dissolvida Leituras sugeridas ??? Recapitulando ... 2 Usados para a MONITORAÇÃO e FISCALIZAÇÃO ambiental com base na legislação CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Secretaria de Meio Ambiente de SP) - http://www.cetesb.sp.gov.br/ IGAM: Instituto Mineiro de Gestão das Águas - http://www.igam.mg.gov.br/ INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Parâmetros de qualidade: propriedades/características da água Verificar a qualidade e adequação para o uso 3 O APORTE de substâncias nos mananciais Origina-se de várias FONTES: - Efluentes domésticos e industriais - Escoamentos superficial urbano e agrícola Cada uma dessas FONTES possui características próprias quanto aos poluentes que transportam, como: - Contaminantes orgânicos (que deveriam ser biodegradáveis) - Nutrientes (que podem causar eutrofização) - Bactérias ... - Relação com o tipo de uso e ocupação do solo INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS PRECEDENTES: 4 Mesmo separando os poluentes em grupos, a diversidade das indústrias existentes aumenta, ainda mais, a variabilidade dos contaminantes aportados nos corpos de água INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Torna-se praticamente impossível a determinação sistemática de todos os poluentes que possam estar presentes nas águas superficiais, em tempo relativamente curto... Existem parâmetros de qualidade de água, levando em conta os POLUENTES mais REPRESENTATIVOS Físicos Químicos Microbiológicos Bioensaios ecotoxicológicos 5 PRECEDENTES: Os Parâmetros de Qualidade: Classificação 1) PARÂMETROS FÍSICOS Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Temperatura Medida na fonte - O aumento da T diminui a solubilidade de gases**, como o O2 - Favorece processos anaeróbicos Mau cheiro (produtos de degradação) ** VIDE “Material de Apoio” para mais informações INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 6 PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez É ocasianada pelas substâncias dissolvidas que se dissociam ou ionizam e cuja dissolução/ ionização também é função da temperatura Muitos sais encontrados nas águas são de origem antropogênica - Descargas industriais - Consumo de sal nas residências - Fluidos biológicos da população e animais MONITORAÇÃO IDENTIFICAR MODIFICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO 7 PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Impurezas na água contribuem para o aumento na quantidade de sólidos Corresponde às diversas partículas, sedimentáveis ou não e que podem ser separadas por FILTRAÇÃO A MEDIÇÃO DOS SÓLIDOS (não dissolvidos) é o “peso” dos sólidos filtráveis, expresso em mg/L 8 Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Cor NATURAL: teor de matéria orgânica decomposta e íons ( principalmente de Fe e Mn ) ALTERADA: ações antropogênicas ... Fotocolorímetro da ALFAKIT Turbidez É uma medida que representa o quanto uma amostra de água interfere na luz que passa por ela Águas turvas desfavorecem a fotossíntese de vegetações submersas (menos vegetação menos peixes) 9 Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez 10 http://www.fazforte.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/06/stockvault-the-boy132921.jpg, acesado 22-08-17 http://cimentonacional.com.br/wp-content/uploads/2010/07/corregoi.jpg, acesado 22-08-17 2) PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS Coliformes fecais e totais -.Bactérias encontradas principalmente nos intestinos de animais de “sangue quente” Não representam, por si só, perigo à saúde - Dentre as cepas: Escherichia coli é de origem fecal Estreptococos totais - Bactérias patogênicas “importantes” e não patogênicas - Classificadas em grupos diferentes (sinais clínicos e sintomas) Escherichia coli 11 3) BIOENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS (ENSAIOS DE TOXICIDADE) Determinação do potencial tóxico de um agente químico ou de uma mistura Efeito (resposta) de poluentes sobre organismos vivos Métodos O crustácio Ceriodaphnia dubia é colocado em contato com a água contendo as substâncias em avalição 12 http://cfb.unh.edu/cfbkey/html/Organisms/CClad ocera/FDaphnidae/GCeriodaphnia/Ceriodaphnia _dubia/ceriodaphniadubia.html; acessado 13-09-16 3) BIOENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS (ENSAIOS DE TOXICIDADE) Determinação do potencial tóxico de um agente químico ou de uma mistura Efeito (resposta) de poluentes sobre organismos vivos Métodos O crustácio Ceriodaphnia dubia é colocado em contato com a água contendo as substâncias em avalição Os efeitos observados definem o grau da toxicidade: Aguda (efeito de 0 a 96 horas) observação principal é o efeito morte Crônica (efeito de 1/10 do ciclo vital até a totalidade da vida do organismo) resposta causa mudanças comportamentais, alterações fisiológicas, reprodutivas, etc 13 4) PARÂMETROS QUÍMICOS 1. Alcalinidade, dureza, pH 2. Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO) 3. Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito) 4. Fósforo total 5. Surfactantes 6. Óleos e graxas 7. Cianetos 8. Fenóis e demais contaminantes orgânicos 9. Ânions (cloretos, sulfetos) 10. Íons metálicos (ferro, potássio, sódio, magnésio, manganês, alumínio, zinco, bário, cádmio, níquel, chumbo, cobre, cromo (III), cromo (VI), selênio, mercúrio), arsênio e boro INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 14 PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO) Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito) Fósforo total Surfactantes Óleos e graxas Cianetos Fenóis e demais contaminantes orgânicos Ânions (cloretos, sulfetos) Íons metálicos (ferro, potássio, sódio, magnésio, manganês, alumínio, zinco, bário, cádmio, níquel, chumbo, cobre, cromo (III), cromo (VI), selênio, mercúrio), arsênio e boro INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 15 PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH Relacionados com as espécies CO2, CO32-, Ca2+, Mg2+ e H+ p. ex. Águas mais alcalinas geralmente “dureza moderada” a “muito dura” pouca quantidade de íons H+ Dureza pode ser expressa de várias formas dureza de cálcio, dureza de magnésio e dureza total ([Ca 2+] + [Mg 2+]) IMPORTÂNCIA desses parâmetros Seres vivos necessitam de água em pH próximo à neutralidade Tubulações de água (domésticas ouindustriais) podem ser entupidas (águas duras) ou ter elementos metálicos lixiviados ... Níveis fora dos padrões Água com sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos 16 PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH Método titulométrico Dureza mg/L de CaCO3 Classificação da água <15 muito branda de 15 a 50 branda de 50 a 100 moderadamente branda de 100 a 200 dura >200 muito dura Ex de classificação da dureza total da água, expressa em quantidade de CaCO3 17 E a “nossa água” ? Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio* (DBO), demanda química de oxigênio* (DQO) Expressam o TEOR DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO e *indicam os tipos possíveis de poluentes Demanda bioquímica de oxigênio, DBO “É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por meio de processos bioquímicos (e que podem ser monitorados no laboratório)” Demanda química de oxigênio, DQO “É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica através de um agente químico” Útil para detectar substâncias resistentes à degradação biológica => Os valores obtidos são geralmente maiores do que os da DBO e podem ser conseguidos em menos tempo 19 Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito) NH3 é geralmente encontrada em baixas concentrações ... EMBORA SEJA TÓXICA, não é persistente Em concentrações baixas não causa danos aos seres humanos mas pode ocasionar sufocamento de peixes Já as demais espécies... Fósforo total: medida pouco seletiva Usam-se métodos espectroscópicos (espectrofotometria e espectrometria) Teores relativamente altos de espécies desta classe indicam poluição por efluentes industriais e/ou domésticos 20 Ânions (cloretos, sulfetos) - Constituem sais presentes na água Aumento na concentração poluição doméstica (Cl-) e industrial Íons metálicos (Al, Sb, Ba, Be, Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Fe, Li, Mn, Hg, Ni, Ag, U, V e Zn), arsênio, selênio e boro - Toxidade: depende do elemento e da forma química (especiação química) - Fontes: despejo de efluentes e lixiviação de fertilizantes 22 Surfactantes Óleos e graxas 24 Fenóis e demais contaminantes orgânicos Compostos orgânicos... Surfactantes São os constituintes dos detergentes i) aniônicos (R-SO3-)Na+ i) catiônicos (RMe3-N+)Cl- ii) não iônicos Diminuem a tensão superficial da água geram espuma e deixam a “sujeira” em suspensão inconvenientes estéticos e para a biota Óleos e graxas (parâmetro “OG”) - Substâncias orgânicas pouco encontradas em águas superficiais - MAS por serem pouco solúveis em água, dificultam tanto o tratamento de efluentes (processos biológicos) como o da água de abastecimento 25 Fenóis e demais contaminantes orgânicos Ocorrem em consequência de despejos industriais Além de afetarem o sabor dos peixes e da água, podem causar: - Lesões na pele - Indisposições físicas de diversos tipos Grau de toxicidade - Depende da substância (e da quantidade) ... 26 para facilitar a interpretação das informações sobre a qualidade da água de forma abrangente e útil, a CETESB e o IGAM adotaram o Índice de Qualidade das Águas - IQA O IQA incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas: - Oxigênio dissolvido - Coliformes fecais - pH - Demanda bioquímica de oxigênio - Nitratos - Fosfatos - Variação na temperatura - Turbidez - Resíduos totais Nesse contexto, 27 Cálculo do IQA e aplicação Produto ponderado de parâmetros de qualidade Valor varia de 0 a 100 ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA IQA = qi wi 9 i=1 qi qualidade do parâmetro “i” obtido através da curva média específica de qualidade (parâmetro gráfico) usado como referência wi peso atribuído ao parâmetro “i” função de sua importância na qualidade (valor tabelado) 28 Utilizado para avaliar águas destinadas ao abastecimento público de modo preliminar e rápido Cálculo do IQA – “qualidade” dos parâmetros Exemplo: INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 29 Parâmetro Peso - wi Oxigênio Dissolvido – OD (%OD Sat) 0,17 Coliformes fecais (NMP/100mL) 0,15 pH 0,12 Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO (mg/L) 0,10 Nitratos (mg/L NO3) 0,10 Fosfatos (mg/L PO4) 0,10 Variação na temperatura (0C) 0,10 Turbidez (NTU) 0,08 Resíduos Totais (mg/L) 0,08 Cálculo do IQA – “pesos” dos parâmetros INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 30 Nível de Qualidade Faixa Excelente 90 < IQA 100 Bom 70 < IQA 90 Médio 50 < IQA 70 Ruim 25 < IQA 50 Muito Ruim 0 < IQA 25 O IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros materiais orgânicos, nutrientes e sólidos ... INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Valores de referência do IQA 31 Sendo a poluição das águas um fato “real”, Necessidade de tratamento de águas e efluentes (causa histórica) O aumento da população e o desenvolvimento industrial Poluem a água usada no abastecimento Poluem também o solo ... Existem PROCESSOS físicos, químicos e biológicos para tratar ÁGUAS POLUÍDAS Águas usadas para abastecimento Efluentes em geral (esgotos) 32 REFERÊNCIAS CONSULTADAS 1 – BAIRD, C., Química Ambiental, Bookman, 2002, p. 483-524. 2 - http://www.igam.mg.gov.br (Qualidade das Águas Superficiais do Estado de Minas Gerais em 2004: Superficiais na Bacia do Rio Jequitinhonha em 2004. Belo Horizonte: IGAM Monitoramento das Águas, 2004, 116p). 3- Manual de Procedimentos e Técnicas Laboratoriais Voltado para Análises de Águas e Esgotos Sanitário e Industrial. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004. 4- http://www.emite.com.br/orbeco/611_a.html, acessado em 30-05-13. 5- http://www.quimis.com.br/produtos.php?cat=5&sub=2&prod=21, acessado em 30-05-13. 6- Nascentes, C. C.; Costa, L. M. Química Ambiental. UFMG, 2011. 7- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/coliformes/coliformes.php, acessado 02-06-13 8– Pita, F. A. G. Armazenamento e tratamento de resíduos. Vol. II – Tratamento de Águas Residuais Domésticas, Universidade de Coimbra, 2002. 9- http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf, acessado 13-11-12. 33
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