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Material Complementar de 
Química Tecnológica 
 
Elaborado por: 
Carmen L. R. Serrano 
 
 
 
 
 
 2007 
2º semestre 
 
 2
Este material foi elaborado pela Professora Carmen Luisa Reis Serrano com 
a finalidade de facilitar o processo de anotações dos alunos da disciplina de 
Química Tecnológica. De forma alguma deve ser considerado como fonte 
única de informações para o aprendizado. Alguns aspectos que não estão 
descritos aqui serão mencionados durante as aulas ou será indicada 
bibliografia correspondente. 
 
A base para a elaboração deste material foi proveniente dos seguintes autores: 
 
• Berins, Michael L.. Plastics Engineering Handbook of Plastics Industry 5 ed. New York: Van 
Nostrand Reinhold Company. 870 p. 
• Milby, Robert V. Plastcs Tecnology New York: Mc Graw Hill Book Company, 1973, 566p. 
• Crawford, R.J..Plastics Engineering – 2 ed. Oxford:Pergamon Press, 1987, 360 p. 
• Blass, Arno Processamento de Polímeros 2 ed. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1988. 312 p. 
• Tager, A, Physical Chemistry of Polymers, Moscow: Mir Publishers, 1972, 390 p. 
• Roman, A, Transformações do Polietileno, São Paulo: Érica, 1995, 265 p. 
• Mano, E.B, Polímeros como Materiais de Engenharia, SPaulo: Edgard Blucher Ltda, 1990, 250 p. 
• Mano, E.B, Introdução à Polímeros, São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1996, 185 p. 
Trudy A. Dickneider, Ph.D., Petretec – A Tecnologia da Dupont para Regeração de Poliésteres, acesso em 20/02/2006, 
http://academic.uofs.edu/faculty/CANNM1/industrialport.html 
 
 
Principais Recursos na Internet sobre Polímeros: 
 
Nota: Os sites do tipo portal são projetados de forma a não só oferecer informação própria 
sobre o assunto (polímeros), como também indicar os endereços de outros sites que tratam do 
tema. 
 
- Plástico (www.plástico.com.br): site brasileiro, do tipo portal, sobre plásticos; 
- Web Plastics (www.webplastics.com.br): site sobre atualidades no setor de plásticos e 
petroquímicos do Brasil. Possui base de dados para localização de páginas Internet a partir de 
palavras-chave fornecidas; 
- F.A.Q. (www.rapra.net/faq.htrnl): perguntas mais freqüentes sobre polímeros. Em inglês; 
- Polymers.com (www.polymers.com): o site portal mais importante sobre polímeros. Em inglês; 
- Macrogalleria (www.psrc.usm.edu/macrog/index.htrnl): um verdadeiro cyberlivro sobre 
noções básicos dos polímeros. Inclui animações. Em inglês. Recomendado! 
- Mais endereços da Internet sobre polímeros (gorni.cjb.net/polymer.html).Em inglês. 
- Search Engine sobre polímeros (www.polymer-search.com). Localiza páginas sobre 
polímeros na Internet a partir das palavras-chave fornecidas. Em inglês. 
 
 
Revistas sobre Polímeros: 
 
- Plástico Industrial (www.arandanetcom.br/pi/index.htrnl) 
- Plástico Moderno (www.qd.com.br/xpplastm.htm) 
- Plásticos em revista (www.plastico.com.br/revistajindex.htm) 
- Jornal dos plásticos (www.jorplast.com.br) 
- Modern Plastics (www.modplas.com) Em inglês. 
 
 3
 PETRÓLEO: 
 
1- DEFINIÇÃO: 
 
O nome vem do latim petro= pedra e oleum=óleo. O petróleo bruto é uma mistura complexa 
constituída principalmente por hidrocarbonetos, que varia de acordo com a procedência. 
 
 
2 - ORIGEM: 
 
Segundo a Divisão de Geologia e Engenharia de Reservatórios do CENPES, as mais antigas 
formações de petróleo do mundo têm aproximadamente 500 milhões de anos. Resultam de lento 
processo da natureza, que produziu depósitos de sedimentos em grandes depressões no fundo dos 
mares e dos lagos, acumulando durante milhares de anos camadas sucessivas de rochas 
sedimentares contendo microorganismos animais e vegetais. Essas camadas de matéria orgânica, à 
medida que se acumulavam, iam progressivamente afundando e sendo recobertas por outros tipos de 
sedimentos. Sem contato com o ar, ficaram protegidas contra o processo de oxidação, que teria 
provocado sua decomposição. Como o centro da Terra é muito quente, quanto mais profunda uma 
rocha, mais quente ela está. A ação do calor e do peso dessas camadas sobre os depósitos 
sedimentares mais profundos foi transformando essa matéria orgânica, através de reações 
termoquímicas, num hidrocarboneto, o querogênio, que é o estágio inicial do petróleo. À medida que 
a bacia sedimentar mergulhava em direção ao centro da terra e que mais e mais camadas se 
depositavam, a temperatura e a pressão aumentavam. Quando a temperatura passou dos 65ºC, as 
moléculas grandes e complexas de querogênio se quebraram, transformando aqueles depósitos em 
óleo e gás. A temperatura continuou a subir e, na faixa entre 65ºC e 165ºC, a geração de óleo tornou-
se predominante, embora também ainda apareça o gás metano. Acima dos 165ºC e até 210ºC, a 
quebra dos hidrocarbonetos líquidos e do querogênio restante passou a gerar quase que 
exclusivamente gás metano. Quando a temperatura passou dos 210ºC, os hidrocarbonetos 
desapareceram e ficaram apenas vestígios de carbono. O petróleo formado nesse processo, por ser 
menos denso que a água, migrou para a superfície. Nesse caminho, ao encontrar rochas porosas 
cheias de água, expulsou a água e ocupou os espaços vazios, ficando retido em verdadeiras 
esponjas de rocha abaixo da superfície. O petróleo continuaria a progredir em direção à superfície se 
sobre as rochas porosas não houvesse as chamadas rochas selantes, rochas impermeáveis que 
impediram a fuga do óleo e sua conseqüente deterioração ao expor-se à atmosfera. Porém, houve 
casos na natureza em que o petróleo não foi aprisionado nas rochas e chegou à superfície. 
 
Assim, os tipos de compostos presentes refletem a fonte de matéria-prima. Como resultado, a 
natureza do petróleo varia com a sua localização geográfica, fonte da matéria-prima, e história 
geológica. 
 
Existem outras teorias sobre a1 origem do petróleo. Alguns realçam que qualquer material orgânico, 
de qualquer natureza, pode ser transformado em petróleo, outros que há parentesco com o carvão de 
pedra. Há concordância geral em que o petróleo tenha sido formado a partir da matéria orgânica em 
depósitos marítimos nas vizinhanças de terra firme, num ambiente deficiente em oxigênio e associado 
a sedimentos que posteriormente se solidificaram em rochas calcárias e folhelhos, que impedem, 
hoje, seu escoamento. 
 
 
Segundo Brooks2: “As proteínas e os carboidratos solúveis são destruídos com rapidez, nos 
processos de decaimento, pelo ação bacteriana. Por isto, os óleos graxos (ácido graxos) são 
relativamente resistente à 
 
 
 
2 Brooks: Dusttan, Nash, Brooks e Tizard, Science of petroleum, v. 1, p. 32-56, Oxford, 1938 
ação das bactérias....são considerados a principal fonte onde se formou o petróleo.” 
 
 
 
 
 
 4
 
3 - CARACTERÍSTICAS: 
 
 
 
 
Vários tipos de hidrocarbonetos formam a base de todo o petróleo, mas diferem em suas 
configurações. Os átomos de carbono podem ser unidos em anel ou em cadeia, cada com um 
complemento cheio ou parcial de átomos de hidrogênio. Alguns hidrocarbonetos combinam facilmente 
com outros materiais, enquanto outros resistem. O número de átomos de carbono determina o "peso" 
relativo do óleo ou densidade. Gases têm até a quatro átomos de carbono, enquanto óleos pesados e 
ceras podem chegar a 50, e asfaltos, centenas. Hidrocarbonetos também diferem nas temperaturas 
de ebulição - um fato fundamental para refino , que separa os diferentes componentes do petróleo. 
 
 
 
4 - CLASSIFICAÇÃO: 
 
 
4.1 –Quanto ao Tipo de Hidrocarboneto presente 
 
• PARAFÍNICOS: 75% a 85% de ALCANOS. O resíduo da destilação contém parafina. É o caso 
do petróleo americano e brasileiro. 
• NAFTÊNICOS: Contém 75% ou mais de cicloalcanos (ciclopentano e ciclohexano) e seus 
derivados metilados. O resíduo contém asfalto. 
• AROMÁTICOS: Contém de 40 a50% de HC benzênicos. 
 
 
4.2 –Quanto à Densidade 
O Instituto Americano do Petróleo (API, do inglês American Petroleum Institute) desenvolveu 
um sistema universal para classificação dos óleos crus baseado em sua densidade. Em vez de 
expressar a densidade nos termos tradicionais de peso por unidade de volume, a gravidade API é 
descrita em graus da escala API. As características do petróleo em função da gravidade API são 
resumidas abaixo. 
Faixa API Descrição Viscosidade Cor Componentes 
0o – 22,3o PESADO Extrema Escuro Asfalto 
22,3o – 31,3o MÉDIO Média Marrom Gasolina e diesel 
31,3o – 47o LEVE Fluido Amarelo Claro Condensado/gasolina 
 
 5
Em geral, um óleo cru com uma gravidade API de 35º, poderia ter a seguinte composição: 
 
Estima-se que as reservas mundiais de petróleo atinjam um total de 2 trilhões de barris. 
Entretanto, as reservas totais conhecidas e comprovadas, em terra firme, somam 1034 milhões de 
barris. Isto é, apenas pouco mais de 1 bilhão de barris. Embora este possa parecer um número 
imenso, todos os combustíveis fósseis são fontes não-renováveis; assim, a conservação e o uso 
consciente do petróleo produzido são imperativos.² 
Os produtos que vêm do petróleo são quase tão numerosos que não se podem mencioná-los 
todos. Os produtos derivados do petróleo estão presentes na produção de bens usados em casa, no 
comércio, automóveis, fibras para tecidos, processamento e embalagem de alimentos, equipamentos 
médicos e na síntese de medicamentos. O caminho desde o óleo crú até casacos, CDs, pára-
choques de automóveis, toldos, etc. é longo, e envolve uma grande dose de química, chamada 
refinamento. Os produtos que podem ser obtidos a partir de um barril de óleo cru típico, que contém 
42 galões ou 159 litros, são mostrados abaixo. ³
 
 
 
 
 
 
 
 
A composição do óleo de cada uma dessas áreas é diferente e, portanto, seu valor comercial 
também é diferente. Óleos com graduação alta, que produzem diretamente grandes quantidades de 
gasolina, possuem maior valor comercial. Aqueles que necessitam de considerável reforma para 
produção de quantidade significativa de gasolina, ou que possuem quantidade de metal, como 
vanádio, maior que a usual (o vanádio envenena ou diminui a vida útil do catalisador usado na 
reforma) têm um menor valor comercial. 
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5 - EXPLORAÇÃO: 
 
A litosfera compõe-se de rochas eruptivas, originadas da consolidação do magma, metamórficas, resultante 
de sua transformação e, sedimentares, formadas pelo desgaste por intempéries de outras rochas, com 
idades geológicas da era Paleozóica (primária) a cenozóica (terciário). O petróleo ocorre nas dobras 
anticlinais das rochas sedimentares. 
 
 
 
 
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²Hunt, J. Petroleum Geochemistry and Geology, 2nd Edition, W. H. Freeman and Company (1996) in Chapter 3, 
Petroelum and its Products. 
³Facts and Figures on Oil, American Petroleum Institute, www.api.org/faqs, accessed August 2000. 
1. Rocha sedimentar 
2. Reservatório de óleo (folhelhos) 
3. Domo 
4. Falhas 
5. Dobras 
6. Dobra Anticlinal 
7. Geólogos 
8. Satélite 
9. Radar 
10. Gravimetria 
11. Magnetometria 
12. Canhão de ar 
13. Bomba aérea 
14. Geofones 
15. Sniffer (nariz) 
16. Terra 
17. Mar 
18. Hastes do sistema de rotativo 
 
Para prospectar petróleo faz-se necessário achar uma convergência de elementos geológicos capazes de 
formar óleo ou um campo de gás. Estes elementos incluem: uma fonte, que é rocha tipo sedimentar (1) 
necessária para gerar hidrocarboneto, mais especificamente folhelhos, que servem de reservatório poroso 
(2) presos num domo (3) que retém fluidos e impede o gás de escoar para fora. Domos tendem a existir em 
lugares previsíveis - por exemplo, ao longo de falhas e (4) e dobras (5) causadas por movimento da crosta 
da Terra ou próximo à superfície da dobra anticlinal (6). Achar estas características subterrâneas requer 
uma mistura cuidadosa de ciência e arte. Por exemplo, geologia estrutural envolve unir e interpretar 
 8
informações da superfície e deduzir o que há debaixo da terra. Geólogos (7) obtém esta informação 
examinando rochas expostas ou, quando terreno é difícil limitando o acesso, examinam imagens de 
satélites (8) e radar (9). Mudanças sutis dentro dos campos magnéticos e gravitacionais da Terra também 
podem sinalizar a presença de dobras anticlinais de petróleo. Para medir estas mudanças, usam 
instrumentos geofísicos sensíveis chamados gravímetros (10) ou arrastam um magnetômetro (11) de um 
avião em uma pesquisa aérea. Inspeção sísmica ocorre enviando-se ondas sonoras, medindo-se sua 
freqüência. Ondas produzidas por canhão de ar (13) ou pequenas explosões em terra (12). As ondas 
refletidas são registradas por dispositivos chamados geofones (14) e processadas através de 
computadores. Cientistas de terra usam os dados para criar modelos tridimensionais das rochas 
subterrâneas. Embora visão e som sejam os sensores mais comuns, freqüentemente o olfato também é 
usado para prospectar cheiro: um sniffer (15), um tipo de "nariz" de alta tecnologia pode descobrir rastros de 
hidrocarboneto gasosos que escapam de acumulações de subterrâneas. Pistas geológicas e geofísicas são 
indicativas, porém é a perfuração - em terra (16) e no mar (17) - o único modo para confirmar a presença 
de petróleo ou a existência de campo de gás. Uma vez perfurado, são as hastes metálicas (18) que trarão 
as informações do tipo de rocha e óleo presentes no poço. 
 
 Para encontrar petróleo os geofísicos baseiam-se em dois princípios: 
 
1. O petróleo acha-se nas jazidas, geralmente associado a água salgada, e ocupa sempre as partes mais altas 
de um compartimento rochoso poroso e fechado; 
 
2. As deformações sofridas pelas rochas no decorrer dos tempos geológicos proporcionam diversas formas de 
acumulação ou armazenamento de petróleo, em compartimentos fechados no subsolo. 
 
A 1ª etapa de um programa para localização de jazidas consiste em reconstituir as condições de formação e 
acumulação possível do petróleo em certa região. O ponto de partida é a fotografia aérea, as imagens de 
radares e satélites, pois registram os elementos naturais expostos à superfície. A partir dos dados 
levantados é que se traça o 1º esboço de um mapa geológico. Outros mapas se sucedem: das variações da 
natureza das camadas; da espessura de certas formações; da história geológica e ecológica de uma bacia. 
O conjunto destes dados indicam se devem ou não prosseguir com a pesquisa.Quando a localização de 
estruturas necessita de maiores detalhes do subsolo é confiada aos métodos geofísicos, como gravimetria, 
sísmica e magnetometria, que são instrumentos muito sensíveis, que determinam a ocorrência de domos 
e de depósitos a consideráveis profundidades , de 4 milhas (= 6,5 km). 
 
 
 
 
O topo de uma dobra anticlinal, ou de um domo, tem maior densidade que as rochas vizinhas, em virtude da 
compressão, que representa os diversos estratos em torno da rocha ou areia portadora de óleo. Os 
depósitos de óleo e sal também têm densidades diferentes (+ baixa) das rochas circundantes. Estas 
variações são medidas por meio de delicados instrumentos os gravímetros, que registram as variações na 
aceleração da gravidade. O método consiste da aplicação deste instrumento também denominado de 
balança de torção, na superfície do solo, visando à indicação precisa de pequenas variações da gravidade. 
Estas alterações são causadas pela distribuição no subsolo, de rochas com diferentes densidades e de 
profundidades diversas. As rochas pesadas e densas exercem maior atração do que as leves e menos 
 9
densas. Determina-se assim as anomalias gravimétricas subterrâneas. O gráfico dos resultados é o 
levantamento gravimétrico.Entre outros métodos de prever a localização das dobras anticlinais está o de provocar explosões de 
cargas, em intervalos pré-escolhidos, e o registro das ondas refletidas e refratadas iniciadas pela explosão, 
mediante a utilização de instrumentos localizados em diversos pontos das circunvizinhanças, os geofones 
(na sísmica marítima utiliza-se canhões de ar comprimido). Este método leva ao levantamento sísmico. 
Dos receptores os pulsos elétricos são transmitidos para os sismógrafos (computador de campo) onde são 
digitalizados em fitas magnéticas. Da análise desses dados resultam perfis e seções sísmicas que oferecem 
uma imagem aproximada da configuração geológica das diverss camadas da superfície. 
 
 
Obs.: 1 – Sísmica marítima: US$ 4 – 5 mil / km 
 Sísmica terrestre: US$ 200 mil / km 
 
 2 – Em Terra: 15 dias são necessários para um levantamento de 100 km de linha, enquanto 
que no mar, em menos de um dia se faz o mesmo percurso. 
 
 
Existe, ainda, a magnetometria, que se baseia na medida das variações do campo magnético causadas 
pelas rochas. Utiliza o magnetômetro, que consiste em determinar a distribuição de rochas com 
características magnéticas diversas, pelas variações locais da intensidade e direção do campo magnético 
da Terra. A natureza e a profundidade alteram a força do campo magnético. O magnetômetro é o 
instrumento usado para avaliar esta força quando a pesquisa é efetuada diretamente no solo. Usualmente, 
porém, o levantamento é efeito por instrumentos instalados em aviões (aeromagnetometria), o que permite 
cartografar, com rapidez, extensas regiões. 
 
 
 
As sobreposição das informações obtidas formam o mapa 3D abaixo: 
 
 
Estes estudos levam a perfuração de um posto pioneiro que, quando tem êxito, leva à abertura de um novo 
campo de óleo. 
 
 
 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 
 
 
 
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6 - PERFURAÇÃO: 
 
Hoje, o mais usado é o sistema rotativo, onde o trabalho é feito através de uma torre de ferro, com 45 m de 
altura. Sua principal função é permitir a movimentação do equipamento de sondagem. 
 
A torre tem como função, suportar o conjunto de hastes (tubos) em cuja extremidade inferior se encontra a 
broca. No alto da torre existe uma polia, e, na plataforma de sondagem, um guincho destinado a elevar 
ou descer o conjunto de hastes. No centro da plataforma da sonda, localiza-se a 
mesa rotativa. Nela há um orifício poligonal (hexagonal ou quadrado) através do qual passa uma haste 
com comprimento de 12 metros. A esse tubo de comando de rotação é que são presas as hastes que levam 
a broca na extremidade. 
 
 12
O motor acoplado à mesa transmite um movimento de 60 a 250 rpm à haste de perfuro. A ponta a broca vai 
triturando a rocha. A qualidade e as características da broca variam em função do tipo de rocha. Em 
terrenos duros emprega-se broca de diamante ou WC. Em terreno macio broca de dentes ou de lâminas. A 
vida útil de uma broca não ultrapassa a 40 h, o que obriga a mudança constante. Do fundo do poço sobe, 
pelo espaço anular, a lama que é automaticamente peneirada. Os detritos retirados são levados para 
análise quanto a sua natureza e profundidade. O restante da lama é devolvida aos tanques e daí 
bombeadas para o fundo do poço, através da coluna de perfuração, para lubrificar a broca utilizando-se dos 
esguichos aí existentes. Também serve para evitar que a pressão exercida pelas camadas rochosas, de 
fora para dentro, desmorone a parede do poço. Esta lama de perfuração, como é conhecida, é uma 
mistura de argila, aditivos químicos e água. Para isto a lama é injetada numa pressão igual à exercida 
pelas paredes do poço. 
 
Obs.: A 4 mil metros de profundidade o poço sofre uma pressão de 1000 atm, que equivale a 1 
ton/cm2. 
 
 
6.1 - PERFURAÇÃO NO MAR: 
 
Na plataforma continental (0 - 200 m) a perfuração se realiza com utilização de plataformas fixas ou 
flutuantes. Os mais comuns são as fixas, tipo auto-elevável. Dispõem de três ou mais pernas que se 
apoiam no fundo do mar. As pernas são movimentadas por sistema hidráulico ou elétric 
As plataformas semi-submersíveis são munidas de flutuadores sustentados por espécie de pequenos 
submarinos. 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
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Há ainda o navio sonda que tem a aparência de navios convencionais com a característica que possui no 
centro uma torre e uma abertura pela qual é feita a perfuração. 
 
 
 
 
 
As Plataformas 
Nos 100 mil quilômetros quadrados da Bacia de Campos, a Petrobras tem hoje 40 unidades de produção de 
petróleo, operando 546 poços, com uma produção média diária de 1 milhão 265 mil barris. Essas 40 
unidades se dividem basicamente em três tipos de sistemas definitivos de produção: as plataformas fixas, 
as semi-submersíveis e os navios adaptados FPSO (da sigla em inglês para Floating, Production, Storage 
and Offloading, ou Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Escoamento). 
Inicialmente os primeiros poços produziam para os chamados sistemas antecipados de produção, que 
utilizavam plataformas semi -submersíveis. As 14 plataformas fixas foram as responsáveis pelo início da 
saga da produção na Bacia de Campos nos assim chamados sistemas definitivos. Suas colunas são fixadas 
 14
em profundidades em torno dos 100 metros, na parte rasa da bacia. Carapeba 1 e 3 e Pargo 1 e 2 têm a 
particularidade de serem plataformas duplas, instaladas sobre o mesmo conjunto de poços, ligadas por uma 
passarela. Uma unidade concentra os equipamentos para a produção enquanto a outra tem as instalações 
de hotelaria e administração dos poços. Todas as plataformas fixas têm árvores-de-natal (os equipamentos 
que controlam o fluxo nos poço) secas, isto é, acima da linha d'água. 
Como 75% das reservas de óleo brasileiras estão em água profundas (entre 400 e mil metros) e 
ultraprofundas (a partir de mil metros), a Petrobras é hoje a empresa que tem o maior número de sistemas 
flutuantes no mundo, as plataformas semi-submersíveis e os navios FPSO. 
 
Na Bacia de Campos há 16 plataformas semi-submersíveis. Para se manter no mesmo lugar, em 
profundidades superiores aos mil metros, elas contam com sofisticados sistemas de amarração, que 
incluem oito âncoras, num sistema desenvolvido no Brasil. Balançam como um navio, ao sabor das ondas, 
e têm árvores de natal molhadas, apoiadas sobre o solo marinho. Algumas têm capacidade para processar 
até 180 mil barris por dia. 
Há também hoje, na Bacia de Campos, nove navios FPSO's. Alguns são capazes de armazenar até 2 
milhões de barris nos seus reservatórios, como a unidade P-32. Nesse caso específico, a P-32 não tem 
capacidade de produção, não tem nenhum poço ligado a ela. O "P" da sigra FSPO aí significa 
processamento (process, em inglês). Plataforma estratégica, a P-32 recebe e trata o óleo vindo de quatro 
plataformas semi-submersíveis, num total de 250 mil barris diários. 
Plataformas de Perfuração: 
• Petrobras: P-10 P-17 P-23 P-16 
• Contratadas: SS-37 SS-39 SS-40 SS-41 SS-43 SS-45 SS-46 SS-47 
 
7 - PRODUÇÃO: 
 
Após descoberta, uma jazida de petróleo passa por um processo de avaliação para se determinar sua 
extensão e rentabilidade. Decidindo-se pela sua exploração, são perfurados os poços de desenvolvimento. 
Para cada poço, após a perfuração, é descida uma tubulação de aço da superfície até o fundo, chamada de 
revestimento. O espaço entre as rochas perfuradas e o revestimento é preenchido com cimento, com o 
objetivo de não permitir a comunicação entre as várias zonas porosas que foram atravessadas pelo poço. 
 
Em seguida, é descido pelo interior do revestimento umaferramenta chamada canhão, que serve para 
perfurar o revestimento e o cimento e assim comunicar a jazida de petróleo com o interior do poço. Para 
produzir os fluidos que migram da rocha produtora, é descida por dentro do revestimento uma tubulação de 
menor diâmetro, chamada de coluna de produção. Na cabeça do poço é instalado um equipamento 
composto por um conjunto de válvulas para controlar a vazão dos fluidos. Devido ao seu formato, este 
equipamento é chamado de árvore de natal. 
 
 15
 
 
A pressão subterrânea diminui proporcionalmente à exploração do campo. Após certo tempo desce a um 
ponto tal, que se torna insuficiente para trazer o petróleo à superfície. Em alguns poços o óleo emerge à 
superfície devido unicamente à energia do reservatório (pressão). São os chamados poços surgentes. Na 
grande maioria, porém, é necessário suplementar a energia do reservatório para que os fluidos sejam 
produzidos. O processo de suplementar a pressão do reservatório chama-se elevação artificial. Os métodos 
de elevação artificial mais comumente utilizados na indústria do petróleo são: Bombeio Mecânico, Bombeio 
por Cavidades Progressivas, Bombeio Centrífugo Submerso, Bombeio Hidráulico e Elevação Pneumática 
ou Gas-Lift. 
 
 
 1 - Elevação por gás, onde é injetado gás, sob pressão entre o revestimento e a tubulação. 
Misturado ao petróleo, o gás irá conduzi-lo até a superfície. É um método de elevação artificial que utiliza a 
energia contida em gás comprimido para elevar fluidos do fundo do poço até a superfície. O gás é injetado 
pelo espaço anular existente entre a coluna e o revestimento de produção e, junto ao fundo do poço, entra 
na coluna de produção. Quando a injeção de gás é contínua o fluido produzido pelo reservatório é 
gaseificado e o método é conhecido por Gas-Lift Contínuo. Quando a injeção de gás é cíclica, o fluido 
produzido do reservatório é deslocado para a superfície em golfadas, e o método é conhecido por Gas-Lift 
Intermitente.sejam retiradas as partículas mais pesadas. Também conhecido como gás pobre, composto 
por metano e etano. 
 
 
 16
 
 
 
 2 - O Bombeamento mecânico É um método de elevação artificial em que a energia é transmitida 
ao fluido a ser produzido através de uma bomba alternativa posicionada junto ao fundo do poço. A bomba é 
acionada por uma coluna de hastes, que transmite o movimento alternativo gerado por uma Unidade de 
Bombeio na superfície (bomba de recalque provida de pistão oco e móvel). O movimento da unidade que 
fica na superfície e que comanda a bomba no fundo, assemelha-se ao de uma gangorra. É conhecido por 
“cavalo de pau”, e constitui um elemento característico na maior parte dos campos petrolíferos. 
 
 
 
 
Bombeio Por Cavidades Progressivas - método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao 
fluido a ser produzido através de uma bomba de cavidades progressivas posicionada junto ao fundo do 
poço. A bomba é acionada por uma coluna de hastes, que transmite o movimento de rotação gerado por um 
motor elétrico ou a combustão interna posicionado na cabeça do poço. 
 
 17
Bombeio Centrífugo Submerso - método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluido a 
ser produzido por uma bomba centrífuga com vários estágios posicionada próximo ao fundo do poço. A 
bomba é acionada por um motor elétrico acoplado à bomba. A energia é transmitida ao motor posicionado 
no fundo do poço através de um cabo elétrico, que desce entre a coluna e o revestimento de produção. 
 
Bombeio Hidráulico - método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluido a ser 
produzido através de uma bomba alternativa ou centrífuga, posicionada junto ao fundo do poço. A bomba é 
acionada por fluido injetado no poço a alta pressão. Este fluido, após acionar a bomba, retorna para a 
superfície juntamente com o fluido produzido do reservatório. 
 
 
 
Extraído, o petróleo passa por vasos separadores, que separam o gás natural e, em alguns casos, também 
a água salgada nele contida. O óleo é armazenado para ser levado às refinarias ou terminais. O gás natural 
passa então por um processo que permite retirar as partículas mais pesadas, que irão produzir o gás 
liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, além de gasolina. Depois de 
processado, o gás residual é distribuído às indústrias ou utilizado como combustível automotivo. Parte dele 
é reinjetada nos poços para manutenção de pressão e aumento da recuperação de petróleo. 
 
 
 
7.1 - SISTEMA FLUTUANTE DE PRODUÇÃO: 
 
Este sistema atende de um a vários poços produtores marítimos. Devido a sua grande flexibilidade e 
mobilidade, independente da lâmina d`água, seu emprego reduziu sensivelmente o prazo para extração. 
Nas bacias marítimas, da descoberta de novas jazidas até a produção comercial, o tempo média decorrido 
é de 6 anos com plataforma fixa. 
 
Plataformas de Produção Petrobras 
• Flutuantes: P-7 P-8 P-9 P-12 P-15 P-18 P-19 P-20 P-25 P-26 P-27 P-31 P-32 P-33 P-34 P-40 
• Fixas: PCE-1 PCH-1 PCH-2 PCP-1-3 PCP-2 PGP-1 PNA-1 PNA-2 PPG-1 PPM-1 PVM-1 PVM-2 PVM-
3Contratada:SS-6 
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Nota : 
¾ - O campo que mais produziu Água Grande (BA) 42,9 milhões de m3 (274 milhões de barris) 
¾ - 7,5 Barris = 1 tonelada 
¾ - Um barril = 159 litros 
Desde 1984, a Petrobras vem realizando importantes descobertas em águas profundas e ultraprofundas. 
Essas descobertas ocorreram, inicialmente, na Bacia de Campos e incluem os campos de Albacora, Marlim, 
Marlim Sul, Marlim Leste, Barracuda, Caratinga, Espadarte e Roncador. Desde 1999, nas bacias de Santos 
e do Espírito Santo também têm ocorrido descobertas nessa faixa de lâmina d'água. No fim de 1999, as 
reservas de petróleo e gás da Petrobras chegaram a 17,3 bilhões de boe, distribuídas da seguinte forma: 
14% em terra firme, 11% em águas rasas e 25% em águas profundas. Os 50% restantes encontravam-se 
em águas ultraprofundas. Em resumo, as reservas equivalentes de petróleo e gás da Empresa em águas 
ultraprofundas representavam 75% do total. 
Como reflexo dessa distribuição, sua produção em águas profundas e ultraprofundas vem aumentando 
proporcionalmente em relação à produção total: de 1,7% em 1987 para mais de 55% no primeiro semestre 
de 2000. Em 30 de dezembro de 2000, o pico da produção diária interna de petróleo da Petrobras era de 
1.531.364 bopd, distribuídos da seguinte maneira: 17% em terra firme, 19% em águas rasas e 64% em 
águas profundas e ultraprofundas. Para aumentar sua produção interna, a Petrobras precisa desenvolver 
seus campos em águas profundas e ultraprofundas. Em 2005, a Empresa planeja atingir a produção de 
1.85-milhões bopd no Brasil, e cerca de 75% dos quais serão provenientes de águas profundas e 
ultraprofundas. Além do mais, a maior parte das expectativas de descobertas de novas reservas se 
concentra em águas ultraprofundas. Atualmente a Petrobras detém concessões para exploração de 99 
blocos no Brasil, 72 dos quais estão situados no mar e 75% deles em lâmina d'água de além de 400m. 
Assim sendo, a Petrobras está empenhada com afinco em um esforço de exploração com várias 
plataformas DP em operação em lâminas d'água que variam de 1.800 a 3.000m. 
Fonte: Petrobras 
 
 
8 - ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE 
 
Nos campos de produção o petróleo é armazenado em tanques de 795 m3 de capacidade, quando se trata 
de subestações, de onde são transferidos para as estações centrais de estocagem, cuja capacidade é 
muitas vezes maiores (Os tanques de estocagens de refinarias têm capacidade para 80 mil m3. Dessas 
estações o óleo é transferido por vários meios: oleodutos, navios e embarcações fluviais, vagões e carros- 
tanque, que o leva para outras estações, refinarias ou terminais marítimos. 
 
 No transporte do óleo desempenha a função principalo oleoduto, que possibilita economia e 
segurança através de longas distâncias. As estações de recalque, localizadas em determinados pontos ao 
longo dos oleodutos, a intervalos regulares, têm a finalidade de impulsionar o óleo para a transposição de 
variações topográficas. Quando o terreno é plano os espaçamentos podem atingir 200 km. O diâmetro do 
oleoduto pode variai de 5 a 90 cm. Pode ser terrestre ou marítimo. Este último pode ser efetuado pôr 
petroleiros, navios que se diferenciam pelo bojo dividido em compartimentos, possibilitando a carga de 
vários tipos de óleo. O convés é pontilhado de tubos e válvulas que permitem a carga e descarga do óleo 
bruto ou refinado. 
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9 - REFINO 
A escolha da melhor maneira de refinação do petróleo liga-se às características químicas do petróleo 
bruto disponível. Assim, não existe um sistema único de refino. Por outro lado, há passos obrigatórios que 
todo refino deve seguir. A primeira etapa no tratamento do óleo bruto é a DESSALINIZAÇÃO, na qual ele é 
lavado para remover água suspensa, sal, barro e outras impurezas inorgânicas que podem ser parte do 
óleo ou que podem tê-lo contaminado durante a produção. O óleo dessalinizado entra então no processo de 
REFINO, onde ele é destilado tanto sob condições de pressão atmosférica como sob vácuo. Esta destilação 
fornece alguns produtos comercializáveis, mas muitos componentes requerem conversões, nas quais a 
composição dos produtos, suas estruturas moleculares, são modificadas. . Isto é conhecido como 
REFORMA. Os produtos reformados sofrem então a MISTURA, um processo que combina alguns dos 
produtos obtidos pela destilação direta com porções de produtos obtidos convertidos 
para obtenção de gasolina e outros produtos cujas composições precisam ser 
projetadas para fornecer as propriedades comerciais necessárias. Essas operações são 
conduzidas numa refinaria, em geral um complexo muito grande, ocupando uma área de 
muitos metros quadrados, contendo torres de destilação, tanques de processamento e 
armazenamento e reatores de grande escala, todos conectados por quilômetros de 
tubulações. Enquanto a dessalinização e a mistura são processos diretos, o refino e a 
reforma, que são onde a química acontece, necessitam de um melhor detalhamento 
 
 
 
 
Princípio do Método: 
 
O petróleo cru, ou bruto, assim como é encontrado na natureza pode conter muitas substâncias 
inconvenientes, tais como areia, ácidos, compostos de enxofre e nitrogênio, sal, etc. A água e a areia são 
eliminadas por tratamento mecânico. Mas, para obter-se todas as frações do petróleo, o mesmo é 
submetido à um processo de refino. A destilação é um processo físico de separação, baseado na diferença 
de pontos de ebulição entre os compostos coexistentes na mistura. Os pontos de ebulição aumentam com o 
crescimento dos pesos moleculares dos compostos. 
 
Etapas do fracionamento: 
 
1º - Pré-aquecimento e dessalinização: 
O óleo passa por um conjunto de permutadores de calor para pré-aquecer. Antes do fracionamento o 
petróleo deverá ser dessalinizado para remoção de sais (sais de cloro – MgCl2), água e suspensões de 
partículas, que podem causar corrosão acentuada nas torres de fracionamento e linhas, através da 
deposição nos trocadores de calor e dutos provocando entupimento e baixa eficiência de troca térmica. 
 
Processo: o óleo crú pré aquecido recebe uma corrente de água de processo, misturando-se aos sais e 
sedimentos. Passa-se através de um campo elétrico de alta voltagem mantida através de pares de 
eletrodos metálicos. A força elétrica do campo provoca a coalescência das gotículas de água formando 
muitas gotas grandes que por diferença de densidade separam-se do óleo. A água carrega dissolvidos sais 
e sedimentos. 
 21
 
2º Destilação atmosférica: 
 
Com a finalidade de aumentar a temperatura a carga é introduzida em fornos tubulares, com temperatura 
máxima (371 ºC) para que não haja decomposição térmica das frações). À saída dos fornos boa parte do 
petróleo já se encontra vaporizado e é introduzido na torre. Esta zona de vaporização é conhecida como 
zona de flash. É onde ocorre a separação das frações vaporizadas, que sobem ao topo da torre, e das 
frações líquidas que descem em direção ao fundo. As torres possuem em seu interior bandejas ou pratos 
que permitem a separação do crú em cortes pelos seus pontos de ebulição, porque, à medida que os pratos 
estão mais próximos ao topo, suas temperaturas vão decrescendo. Assim, o vapor ascendente, ao entrar 
em contato com cada bandeja, tem uma parte de seus componentes condensados. À medida que o vapor 
se encaminha em direção ao topo, troca calor e massa com o líquido existente em cada prato. Os 
hidrocarbonetos cujos pontos de ebulição são maiores ou iguais à temperatura de uma determinada 
bandeja, aí ficam retidos, enquanto a parte restante do vapor prossegue em direção ao topo até encontrar 
outra bandeja, mais fria, onde o fenômeno se repete. Como o líquido existente em cada prato está no seu 
ponto de ebulição e existe sempre uma diferença de temperatura entre dois pratos vizinhos, pode-se 
concluir que a composição do líquido varia de prato à prato, tornando-se o líquido mais pesado à medida 
que se aproxima do fundo da torre. 
 
É importante salientar que o rendimento dos produtos depende unicamente da composição do petróleo, e 
não do grau de fracionamento. 
 
 
 22
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 
 
 
 
3º - Destilação à vácuo: 
 
O subproduto da destilação atmosférica do petróleo é um corte de alto peso molecular e de baixo valor 
comercial. É usado como óleo combustível. Contudo, acham-se nele contidas frações de elevado potencial 
econômico, como o gasóleo, que não podem ser separados por meio de destilação usual, devido a seus 
altos pontos de ebulição. Como a temperatura de ebulição varia diretamente com a pressão, se baixarmos a 
pressão, os pontos de ebulição das frações cairão. Assim são obtidos óleos lubrificantes e gasóleo pesado 
para carga da unidade de craqueamento catalítico. 
 
Método: o cru reduzido que deixa o fundo da torre de fracionamento atmosférico é bombeado e enviado 
aos fornos da seção de vácuo, para que sua temperatura seja aumentada. É comum injetar-se nos fornos 
uma pequena quantidade de vapor d’água. A presença do vapor aumenta a turbulência da corrente de cru 
reduzido que está sendo aquecido e diminui o tempo de resistência da carga nos fornos. A carga aquecida, 
após deixar os fornos, tem à zona de flash, da torre de vácuo, a pressão de 100 mmHg, o que provoca a 
vaporização da carga. A torre de vácuo tem grande diâmetro, uma vez que o volume ocupado por uma 
determinada quantidade de vapor é maior em pressões reduzidas que a pressão atmosférica. Como na 
destilação convencional, os hidrocarbonetos vaporizados atravessam bandejas de fracionamento e são 
coletados em duas retiradas laterais: gasóleo leve (GOL) e gasóleo pesado (GOP). No topo sai somente 
vapor d’água. O GOP é usado para o craqueamento catalítico ou pirólise. O GOL pode ser usado misturado 
ao óleo diesel. 
 
O produto residual do vácuo é constituído por Hidrocarboneto com elevadíssimo peso molecular, pode ser 
vendido como óleo combustível ou asfalto. 
 
 
 23
 
 
 
4º - Craqueamento catalítico: 
 
Nesta etapa, o gasóleo pesado (GOP), entra em contato com um catalisador à uma temperatura elevada, 
ocorrendo a ruptura (“cracking”) das cadeias moleculares, dando origem a uma mistura de hidrocarbonetos 
que são posteriormente fracionados. Sua finalidade é produzir principal é produzir GLP e gasolina de alta 
octanagem. 
 
A reforma envolve a transformação químicados produtos obtidos na destilação. As reações que ocorrem 
modificam o tamanho e a estrutura das moléculas nas frações da destilação, produzindo materiais úteis a 
partir do resíduo e convertendo outros produtos a compostos com maior valor comercial 
As reações de processamento ou de conversão são projetadas para quebrar moléculas grandes em 
moléculas menores, combinar moléculas pequenas para formar moléculas maiores através de reações de 
alquilação e polimerização, e rearranjar a estrutura das moléculas através de reações de reforma e 
isomerizações. Os mecanismos para estas reações envolvem tanto processos de radicais livres como 
iônicos, com as condições de temperatura e pressão muitas vezes determinando o caminho mecanístico. A 
importância destas reações pode ser vista no fato de que, nos Estados Unidos, 70% do óleo cru sofre algum 
processo de conversão. 
As reações de craqueamento (ou de quebra) incluem tanto processos catalíticos quanto térmicos, 
entretanto, o craqueamento térmico foi quase totalmente substituído por processos catalíticos.11 O processo 
catalítico consiste, basicamente, de uma reação de pirólise controlada, na qual hidrocarbonetos de cadeia 
longa são quebrados em hidrocarbonetos menores, na faixa da gasolina, através da clivagem de ligações 
carbono-carbono na presença de um catalisador. 
 
 24
As reações para combinar moléculas incluem reações de alquilação e polimerização. Nas reações 
de alquilação, alcenos são ligados a um alcano ou a um composto aromático. Estas reações também 
permitem a obtenção de alcanos ramificados através da combinação de um alcano de cadeia não 
ramificada com um isoalcano. Os dois tipos de reação são mostrados abaixo. 
 
 
As moléculas também podem se combinar através de reações de polimerização, nas quais os 
alcanos são ligados uns aos outros pela ação de calor, pressão e um catalisador. Uma reação 
ilustrativa é mostrada abaixo. 
 
Muitas vezes é necessário, nas reações de conversão, modificar a estrutura molecular, não 
pela adição de fragmentos alquila ou pela quebra de cadeias, mas sim pelo rearranjo da estrutura 
original. Isto pode ser conseguido pelas reações de reforma. As reações de reforma catalítica e 
isomerização são utilizadas para aumentar o número de octanas dos produtos da destilação e formar 
compostos aromáticos para a indústria química. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
 
Um fluxograma completo de uma refinaria, pode ser observado abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
 
FLUXOGRAMA DA REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) 
 
 
A Refinaria Alberto Pasqualini, de canoas, tem como principais produtos : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAÇÃO DO BARRIL 
 27
Um pouco de história: 
Risco petróleo Barril ultrapassa os US$ 58 e põe em alerta economia mundial 
(Fernando F. Kadaoka ) 
Na segunda-feira 4 de julho, a cotação nominal do barril de petróleo cru negociado em Nova York 
ultrapassou pela primeira vez na história a barreira dos US$ 58. Apesar de o valor não ter se mantido – 
fechou na quinta-feira 7 a US$ 54 –, o fato de o preço permanecer em um patamar alto acendeu a luz 
de alerta na economia mundial. Há um ano, o mesmo barril era cotado na casa dos US$ 30, ou seja, 
nesse período subiu 80%. Até o final deste ano, analistas do setor prevêem que a alta acumulada deve 
ser de 43%. Em uma sociedade cujo sistema de produção é visceralmente ligado à matriz energética 
gerada pelo ouro negro, petróleo caro significa inflação alta e, consequentemente, crescimento 
econômico menor. 
 
Julho de 2006-07-31 
 
Preço do barril da Opep: US$ 68,97 
 
 (notícia extraída de http://jbonline.terra.com.br/extra/2006/07/31/e310718187.html) 
 
 
 
XISTO 
 
Definição: É uma das principais rochas metamórficas, de origem sedimentar de textura foliácea e de lâminas 
muito delgadas. 
 
Em 1800, obtinha-se querosene de xisto betuminoso. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
 XISTO BETUMINOSO: Rochas compactas de origem sedimentar, impregnada de betume (mistura de 
Hidrocarbonetos naturais), que pode ser extraída de por solventes comuns. 
 
XISTO PIRO-BETUMINOSO: Rochas compactas, de origem sedimentar, que contém complexo orgânico, de 
composição indefinida, chamada QUEROGÊNIO (mistura complexa de matéria orgânica) disseminado em 
seu meio mineral e que não pode ser extraído por solventes comuns, mas que se transforma em betume 
quando aquecido à temperatura elevada. 
 
A matéria orgânica do xisto quando decomposta termicamente (retortagem ou pirólise), fornece: 
 - água 
 - óleo, que por refino obtêm-se todos os produtos de petróleo. 
 - gás, que por tratamento especial produz gás combustível, GLP, nafta e enxofre. 
 - resíduo carbonoso sólido, conte C, H2 e S, naõ decomposto e não extraíveis durante a 
 retortagem. 
 
 
 
 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 
PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL 
 
 28
Sistema de suprimento: hoje, o gás natural consumido no Brasil provém de jazidas nacionais, da 
importação de gás da Bolívia e, futuramente, da importação de gás da Argentina, entre outras. Um 
sistema de suprimento de gás natural pode ser dividido nas seguintes atividades interligadas: 
exploração, produção, processamento, transporte e distribuição. 
 
Exploração 
 
A exploração é a etapa inicial do processo e consiste em duas fases: a pesquisa, onde é feito o 
reconhecimento e o estudo das estruturas propícias ao acúmulo de petróleo e/ ou gás natural, e a 
perfuração do poço, para comprovar a existência desses produtos em nível comercial. 
 
Produção 
 
Ao ser produzido, o gás deve passar inicialmente por vasos separadores, que são equipamentos projetados 
para retirar a água, os hidrocarbonetos que estiverem em estado líquido e as partículas sólidas (pó, 
produtos de corrosão, etc.). Daí se estiver contaminado por compostos de enxofre, o gás é enviado para 
Unidades de Dessulfurização, onde esses contaminantes serão retirados. Após essa etapa, uma parte do 
gás é utilizada no próprio sistema de produção, em processos conhecidos como reinjeção e gás lift, com a 
finalidade de aumentar a recuperação de petróleo do reservatório. O restante do gás é enviado para 
processamento, que é a separação de seus componentes em produtos especificados e prontos para 
utilização. 
 
A produção do gás natural pode ocorrer em regiões distantes dos centros de consumo e, muitas vezes, de 
difícil acesso, como, por exemplo, a floresta amazônica e a plataforma continental. Por esse motivo, tanto a 
produção como o transporte normalmente são atividades críticas do sistema. Em plataformas marítimas, por 
exemplo, o gás deve ser desidratado antes de ser enviado para terra, para evitar a formação de hidratos, 
que são compostos sólidos que podem obstruir os gasodutos. Outra situação que pode ocorrer é a re-
injeção do gás no reservatório se não houver consumo para o mesmo, como na Amazônia. Atualmente, dez 
Estados da Federação possuem sistemas de produção de gás natural, sendo o Rio de Janeiro o maior 
deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processamento 
 
 
Nesta etapa, o gás segue para unidades industriais, conhecidas como UPGN (Unidades de Processamento 
de Gás Natural), onde ele será desidratado, isto é, será retirar o vapor d’água e ser fracionado, gerando as 
seguintes correntes: metano e etano (que formam o gás processado ou residual); propano e butano (que 
formam o GLP – gás liqüefeito de petróleo ou gás de cozinha); e um produto na faixa da gasolina, 
denominado C5+ ou gasolina natural. A figura abaixo apresenta um esquema simplificado de uma UPGN, 
comrepresentação de suas principais correntes e produtos. 
 
 
 
 
 29
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema simplificado de uma Unidade de Processamento de Gás Natural. 
 
 
Transporte 
 
No estado gasoso, o transporte do gás natural é feito por meio de dutos ou, em casos muito específicos, em 
cilindros de alta pressão (como GNC – gás natural comprimido). No estado líquido (como GNL – gás natural 
liqüefeito), pode ser transportado por meio de navios, barcaças e caminhões criogênicos, a – 160º C, e seu 
volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando o armazenamento. Nesse caso, para ser utilizado, o 
gás deve ser revaporizado em equipamentos apropriados. 
Distribuição 
 
A distribuição é a etapa final do sistema, quando o gás chega ao consumidor, que pode ser residenciais, 
comerciais, industriais ou automotivos. Nesta fase, o gás já deve estar atendendo a padrões rígidos de 
especificação e praticamente isento de contaminantes, para não causar problemas aos equipamentos onde 
será utilizado como combustível ou matéria-prima. Quando necessário, deverá também estar odorizado, 
para ser detectado facilmente em caso de vazamentos. 
 
 
 
 
 
INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
 30
 
 
 
 
A indústria petroquímica é a fonte da maior parte dos artigos plásticos e de borrachas disponíveis no mundo 
moderno. Tecidos e fibras sintéticas, como a microfibra, são produzidos com matérias-primas 
petroquímicas. A química fina, base para medicamento e insumos agrícolas, também vem da petroquímica. 
 
Embora seja um dos setores industriais mais recentes da história da humanidade, a petroquímica 
desenvolveu-se rapidamente, tanto em termos tecnológicos como de ocupação de mercado. Seu 
aparecimento data no final do século 19, quando uma resina, a baquelite, foi desenvolvida para substituir o 
marfim na produção de bolas de bilhar. Sua origem está também na Primeira Guerra Mundial, quando 
cientistas das nações em conflito começaram a pesquisar um substituto para a borracha natural. Mais tarde. 
Por volta de 1930, foi desenvolvida a tecnologia que possibilitou pela primeira vez a produção de polietileno, 
resina termoplástica empregada na fabricação de embalagens para alimentos, brinquedos, utilidades 
domésticas e muitos outros produtos. 
 
Derivada do petróleo, a petroquímica substitui com vantagens uma série de matérias-primas utilizadas pelo 
homem há milhares de anos, como vidro, madeira, algodão, celulose e metais. Ao substituir matérias-primas 
de origem animal, como couro, lã e marfim, possibilita o acesso a bens de consumo pela população de 
baixa renda. 
 
Além disso, a petroquímica ensejou o surgimento de novas demandas, como os produtos descartáveis, 
artigos para o lazer e os novíssimos eletro-eletrônicos. Na área médica, por exemplo, as aplicações são 
inúmeras e revolucionárias: próteses plásticas, bolsas de sangue, material descartável, artigos cirúrgicos, 
entre outros. 
 
 
 
 
PÓLO PETROQUÍMICO DO SUL 
 
Pólos Petroquímicos
America Latina
SAO PAULO
ARGENTINA
VENEZUELA
TRIUNFO
BRASIL
CAMAÇARICAMAÇARI
STO ANDRE
TRIUNFO
B. BRANCA
VENEZUELA
RJ
 
 31
Uma área verde de 3.600 hectares no município de Triunfo, a 52 quilômetros de Porto Alegre, abriga o Pólo 
Petroquímico do Sul. Implantado no início dos anos 80, é formado pela Central de Matérias Primas - 
Copesul e oito indústrias de Segunda geração. Cerca de 6.300 pessoas trabalham no local. 
 
 
 
 
 
A Copesul é uma empresa de classe mundial que produz e comercializa petroquímicos básicos como eteno, 
propeno, butadieno e benzeno, solventes, MTBE e também, a partir de 2000, gasolina. O benzeno, os 
solventes (tolueno, xilenos, C9, refinado C6C8) e o aditivo para gasolina MTBE atendem a um perfil variado 
de mercado, que compreende a indústria química, de tintas, calçadista e de combustíveis. 
 
 
A nafta provém da refinaria Alberto Pasqualini situada a 25 km do pólo, em Canoas, sendo transportada por 
tubulações (naftadutos). A Copesul, a partir da nafta e outras utilidades, produz os produtos petroquímicos 
básicos (eteno, propeno, butadieno, BTX, etc.) e os encaminha, por tubovias, às unidades de 2ª geração 
para produção de polímeros (polietileno, polipropileno, elastômero SBR, etc.). É em torno da Central 
Petroquímica que o pólo se expande, sendo, portanto, o coração do projeto. A nafta recebida da REFAP é 
transformada nos produtos petroquímicos através do craqueamento de suas moléculas. A redução das 
moléculas ocorre sob efeito de altas temperaturas. Todas as operações são feitas à custa de vapor, energia 
2ª
GERAÇÃO
ESTIRENO (ET)
POLIESTIRENO (PE)
DSM PETROFLEX OXITENOIPIRANJA 
PETROQUIMICA
OPP - PE - BRASKEN
INNOVA
METIL ETIL 
CETONA
(MEK)
BORRACHA 
(EPDM)
POLIE TILENO 
DE ALTA DENSIDADE
(PEAD)
POLIE TILENO
DE BAIXA DENSIDADE
(PEBD)
POLIE TILENO LINEAR
DE BAIXA DENSIDADE
(PELBD)
POLIPROPILENO (PP)
BORRACHA 
(SBR)
IPIRANJA 
PETROQUIMICA
OPP – PP - BRASKEN
PRODUTOS
REFINARIA
NAFTA
1ª
GERAÇÃO
COPESUL - CENTRAL DE MATÉRIAS-PRIMAS
GASOLINA
CONDENSADO
IMPORTADO
MTBEETENO BENZENO PROPENO BUTADIENO C4
BUTENO1
PROPANO C6 C8 C9
PRODUTOS
TOLUENO 
XILENO C7
PRODUTOS
FINAIS
ANTIDETONANTE
GASOLINA
COMBUSTIVEL
SOLVENTE
GASOLINA
TINTA, ADESIVOS
GASOLINA
TINTA, ADESIVOS,
THINNER, DEFENSIVOS 
AGRICOLAS,
GASOLINA
COPOS DESC, COMP 
ELETRONICOS, 
BORRACHAS, 
ESPUMAS, ETC
EMBALAGENS 
ALIMENTOS, 
BRINQUEDOS, 
UTILIDADES 
DOMESTICAS, ETC
SOLVENTES 
TINTA
PNEUS, 
SOLADOS
AUTOPEÇAS, 
SACARIAS, FIOS, 
TEXTEIS, ETC
AUTOPEÇAS, 
BORRACHAS
EMBALAGENS 
COSMÉTICOS E 
PRODUTOS DE 
LIMPEZA, 
SACOLAS, ETC
CADEIA PETROQUÍMICA
NAFTA É AQUECIDA A ALTAS TEMPERATURAS 
OCORRENDO A DESIDROGENAÇÃO E POSTERIOR 
RUPTURA DA LIGAÇÃO CARBONO - CARBONO
CRAQUEAMENTO PIROLÍTICO (CRACKING):
CRAQUEAMENTO PIROLÍTICO
REAÇÃO ENDOTÉRMICA
 
 32
elétrica, água, ar comprimido e outras utilidades. É a Central de Utilidades que fornecem condições para 
que as indústrias operem no Pólo. 
 
 
 
Cadeia Produtiva 
 
 
1ª Geração: 
 
Localização: Pólo Petroquímico 
 
Aqui no Sul, a Copesul é uma empresa de primeira geração, pois a partir das matérias-primas derivadas de 
petróleo (nafta, GLP, condensado), produz eteno, propeno, butadieno, benzeno, solventes e combustíveis, 
que por sua vez serão matérias-primas para grandes cadeias produtivas: 
 
2ª Geração: 
 
Localização: Pólo Petroquímico 
 
- Cadeia das resinas termoplásticas: produzidas a partir de eteno e propeno pelas indústrias de Segunda 
geração do Pólo Petroquímico do Sul (Ipiranga Petroquímica, OPP Petroquímica, Petroquímica Triunfo e 
Innova), são comercializadas com as indústrias de transformação plástica. 
 
- Cadeia dos elastômeros: também produzidos por empresas do Pólo do Sul (Petroflex e DSM 
Elastômeros), são comercializados com as indústrias de transformação de borracha. 
 
3ª Geração: 
 
Localização: Em locais diversos, foras dos Pólos Petroquímicos 
 
São as indústrias de transformação que processam resinas termoplásticas e elastômeros produzindo 
artefatos e componentes diversos. 
 
Ainda existem: 
 
- Cadeia dos solventes: abrange indústria de tintas, calçados, móveis, agroindústria e outros setores que 
processam petroquímicos básicos para produzir solventes, adesivos e outros. 
 
- Cadeia dos combustíveis: abrange distribuidores de combustíveis e outros. 
 
 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 
 
 
 
INDÚSTRIA DE 1ª 
GERAÇÃO 
INDÚSTRIA DE 2ª 
GERAÇÃO 
INDÚSTRIA DE 3ª 
GERAÇÃO 
MATÉRIAS 
PRIMAS 
 
Nafta Produtos Petroquímicos 
Básicos. Ex. Eteno. 
Propeno. Butadieno. 
Polímeros. Ex. 
PE. 
PP. 
PRODUTOS 
 
 
Produtos PetroquímicosBásicos. Ex. Eteno. 
Propeno. Butadieno 
Polímeros. Ex. 
PE. 
PP. 
Produtos acabados 
Embalagens. Frascos. 
 
CLIENTES 
 
Indústria de 2ª Geração 
 
Indústria de 3ª Geração 
 
Consumidores 
 33
 
 
1ª geração 
petroquímica 
Produtos Copesul 
2ªgeração 
petroquímica 
Clientes Copesul no 
Pólo 
 2º geração petroquímica Produtos 
Produtos finais da 
Cadeia Produtiva 
(3º geração) 
 
 Ipiranga PetroquimicaBraskem PE 
---
- 
Polietileno de alta 
densidade (PEAD) 
--
> 
Sacolas, embalagens de 
cosméicos e produtos de 
limpeza, outros. 
 Ipiranga PetroquimicaBraskem PE 
---
- 
Polietileno linear de baixa 
densidade (PELBD) 
--
> 
Embalagens para alimentos, 
brinquedos, utilidades 
domésticas, outros. 
ETENO Ipiranga PetroquimicaBraskemPE 
---
- 
Polietileno de baixa 
densidade (PEBD) 
--
> 
Embalagens para alimentos, 
brinquedos, utilidades 
domésticas, outros. 
 Innova ---- 
Estireno
(ES) 
------
> 
Poliestireno
(PS) 
--
> 
Copos descartáveis, 
componentes eletrônicos, 
outros. 
 DSM ---- Borracha EPDM 
--
> Borrachas, autopeças. 
PROPENO ---- Ipiranga PetroquímicaBraskem PP 
---
- Polipropileno (PP) 
--
> 
Autopeças, sacarias, potes, 
fios têxteis, outros. 
BUTADIENO ---- Petroflex ---- Borracha SBR 
--
> Pneus, solados de calçados 
RAFINADO, C4 ---- Oxiteno ---- Metil etil cetona (MEK) 
--
> Solvente para tintas 
BUTENO-1, PROPANO ---- Braskem PE Ipiranga Petroquímica 
---
- 
Polietileno linear de baixa
densidade (PELBD) 
--
> 
Embalagens para alimentos, 
brinquedos, utilidades 
domésticas, outros. 
BENZENO ---- Innova ---- 
Estireno
(ES) 
------
> 
Poliestireno
(PS) 
--
> 
Copos descartáveis, 
componentes eletrônicos, 
borrachas, espumas, outros. 
TOLUENO,XILENOS,C7+ ----------------------------------------------------------------------------------> 
Tintas, thinner, adesivos, 
defensivos agrícolas, gasolina. 
MTBE ----------------------------------------------------------------------------------> Gasolina 
C6C8 RAFINADO ----------------------------------------------------------------------------------> Tintas, adesivos, gasolina 
C9 SOLVENTE ----------------------------------------------------------------------------------> Solventes, gasolina 
RARO ----------------------------------------------------------------------------------> 
Óleo combustível, negro de 
fumo 
GASOLINA, GLP ----------------------------------------------------------------------------------> Combustível 
 
 
 
 
 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 
 34
 
 
 
 
MATERIAIS POLIMÉRICOS 
 
 
1. BREVE HISTÓRICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
2. CONCEITO DE POLÍMERO 
 
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim, um polímero é 
uma macromolécula composta por muitas (dezenas de milhares) unidades de repetições denominada 
meros, ligada por ligação covalente. A matéria-prima para a produção de um polímero é o monômero, isto é, 
uma molécula com uma (mono) unidade de repetição. p 
 
Portanto, polímero é um composto químico de peso molecular elevado, formado por muitas moléculas 
pequenas iguais, chamadas monômeros (do grego monos = um), unidas umas a outras por ligações 
covalentes, resultantes de muitas reações de adição consecutivas. 
 
 
Segundo o número de moléculas de monômero que se unem entre si, originam-se diferentes tipos de 
compostos: 
 
Monômero M M1 do grego monos = 1 
Dímero M-M M2 do grego di = 2 
Trímero M-M-M M3 do grego tri = 3 
Tetrâmero M-M-M-M M4 do grego tetra = 4 
Pentâmero M-M-M-M-M M5 do grego penta = 5 
Oligômero M-M-M-M-M-... Mm (m = poucos) do grego oligos = poucos 
Polímero M-M-M-M-M-... ... Mn (n = muitos) do grego polys = muitos 
 
Os monômeros, para poder dar reações de adição, devem ter ligações duplas, ligações triplas ou 
determinados ciclos. 
 
Exemplo 1. 
Monômero: Etileno. Polímero: Polietileno = PE. 
Este é um dos casos mais simples. Uma ligação da ligação dupla do etileno quebra, e cada molécula de 
etileno se une a outras duas, constituindo um elo na cadeia do polímero. 
 
n CH2=CH2 ——> –CH2–CH2—CH2–CH2—CH2–CH2–··· ——> –[CH2–CH2]n– 
 
 
Exemplo 2. 
Monômero: Cloreto de vinila. Polímero: Poli(cloreto de vinila) = PVC. 
 
n CH2=CHCl ——> –[CH2–CHCl]n– 
 
Exemplo 3. 
Monômero: Isopreno. Polímero: Poliisopreno = Elastômero IR = IR (Isoprene Rubber). 
 
n CH2=C(CH3)–CH=CH2 ——> –[CH2–C(CH3)=CH–CH2]n– 
 
 
 
 36
Assim, cada monômero deve ser capaz de se combinar com outros dois monômeros no mínimo, para 
ocorrer a reação de polimerização. O número de pontos reativos por molécula é chamado de 
funcionalidade. Portanto, o monômero deve ter, no mínimo, funcionalidade dois (2). Esta 
bifuncionalidade pode ser obtida com a presença de duplas ligações reativas ou grupos funcionais 
reativos. 
 
a) Duplas ligações reativas 
 
Moléculas com duplas ligações reativas podem ter a ligação dupla instabilizada, dissociada com a formação 
de duas ligações simples. 
 
 
 
 
 
b) Grupos funcionais reativos: moléculas com dois ou mais grupos funcionais reativos podem, em 
condições propícias, reagir entre si muitas vezes, produzindo uma macromolécula (i.e., um polímero). Ex.: 
Glicol + Diácido = Poliéster + Água . A molécula de éster formada ainda contém dois grupos funcionais 
reativos, que podem reagir levando à extensão da cadeia polimérica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
3. CONCEITOS IMPORTANTES 
 
 
Na área técnico-científica de polimeros, é usada uma extensa série de termos técnicos cujos conceitos são 
internacionalmente aceitos. Abaixo apresentamos uma lista dos mais importantes, sendo que no transcorrer 
deste livro outros serão adicionados no momento apropriado: 
 
 
Polímero - material orgânico (ou inorgânico) de alta massa molecular (acima de dez mil, podendo chegar a 
dez milhões), cuja estrutura consiste na repetição de pequenas unidades (meros). Macromolécula formada 
pela união de moléculas simples, ligadas por ligação covalente. 
Macromolécula - uma molécula de alta massa molecular, mas que não tem necessariamente em sua 
estrutura uma unidade de repetição. 
Monômero - molécula simples que dá origem ao polímero. Deve ter funciona lidade de no mínimo 2 (ou 
seja, ser pelo menos bifuncional). 
Mero - unidade de repetição da cadeia polimérica. 
Grau de polimerização (Gp) - número de unidades de repetição da cadeia polimérica. Normalmente o grau 
de polimerização é acima de 750. 
Massa molecular do polímero (MM) _ MM = GP x MMmero. – polímeros de interesse comercial 
apresentam geralmente MM > 10.000. 
Massa molecular média (MM) - durante a reação de polimerização há a formação de cadeias poliméricas 
com tamanhos diferentes (umas crescem mais que outras, de maneira estatística). Pode-se estimar a 
massa molecular média da amostra conhecendo-se o grau de polimerização médio, i.e., MM = GP.MMmero. 
Oligômero - polímero de baixa massa molecular (normalmente para MM < 10.000). 
Homopolímero - polímero cuja cadeia principal é formada por um único mero (ou polímero formado a partir 
de um único monômero). Ex.: PE, PP, PVc. 
Copolímero - polímero onde a cadeia principal é formada por dois meros diferentes. Ex.: SBR (borracha 
sintética de estireno-butadieno). 
Terpolímero - polímero onde a cadeia principal é formada por três meros diferentes. Ex.: ABS (acrilonitrila-
butadieno-estireno). No meio industrial, terpolímeros são usualmentereferenciados como copolímeros. 
Polimerização ou síntese de polímeros - conjunto de reações químicas que provocam a união de 
pequenas moléculas por ligação covalente, com a formação de um polímero. 
Polímeros de cadeia carbônica - polímeros que apresentam somente átomos de carbono na cadeia 
principal. (Obs.: Heteroátomos podem estar presentes em grupos laterais da cadeia). 
Polímeros de cadeia heterogênea - polímeros que apresentam, além de carbono, outros átomos 
(heteroátomo) na cadeia principal (formando um heteropolímero). 
Polímeros naturais orgânicos - polímeros sintetizados pela natureza. Ex.: bor 
racha natural, celulose, etc. 
Polímeros artificiais - polímeros naturais orgânicos modificados pelo homem 
através de reações químicas. Ex.: acetato de celulose, nitrato de celulose, etc. 
Polímeros sintéticos - polímeros sintetizados pelo homem. Ex.: PE, PS, PVC, etc. 
Polímeros naturais inorgânicos - ex.: diamante, grafite, etc. 
Polímeros sintéticos inorgânicos - ex.: ácido polifosfórico, etc. 
Polímeros semi-inorgânicos sintéticos - ex.: silicone. 
Biopolímeros - esta terminologia pode assumir dois significados: Polímeros biologicamente ativos, como 
por exemplo, proteínas, ou polímeros sintéticos utilizados em aplicações biológicas ou biomédicas, como 
por exemplo, o silicone, Teflon. 
Plásticos - material polimérico de alta massa molecular, sólido como produto acabado. 
 Os plásticos podem ser subdivididos em: 
i) Termoplásticos – polímero com a capacidade de amolecer e fluir quando sujeito a um aumento de 
temperatura e pressão. Quando é retirado desse processo, o polímero solidifica em um-produto com forma 
definida. Novas aplicações de temperatura e pressão produzem o mesmo efeito de amolecimento e fluxo. 
Essa alteração é uma transformação física, reversível. Quando o polímero é semicristalino, o amolecimento 
se dá com a fusão da fase cristalina. São fusíveis, solúveis e recicláveis. Ex. polietileno (PE), poliestireno 
(PS), poliamida (NYLON), etc. 
ii) Termofixo (ou Termorrigido) - polímero que com o aquecimento amolece uma vez, sofre o processo de 
reticulação (cura), transformação química irreversível, tornando-se rígido. Posteriores aquecimentos não 
alteram mais seu estado físico (não amolece mais). Após a reticulação, ele é infusível e insolúvel. Ex.: 
baquelite, resina epóxi, poliuretano. 
Cura - mudança das propriedades físicas de uma resina por reação química, pela ação de um catalisador 
e/ou calor e um agente de cura. A cura gera a formação de ligações cruzadas(reticulações) entre as cadeias 
poliméricas, formando uma rede tridimensional. Antes da cura, o termorrígido é um oligômero (MM < 
 39
10.000) na forma de um líquido viscoso ou em pó. Este termo é preferencialmente utilizado para termofixos. 
Fibra - termoplástico orientado com a direção principal das cadeias poliméricas posicionadas paralelas ao 
sentido longitudinal (eixo maior). Deve satisfazer a condição geométrica do comprimento ser no mínimo cem 
vezes maior que o diâmetro (L/D > 100). 
Elastômero - polímero que à temperatura ambiente pode ser deformado repetidamente a pelo menos duas 
vezes o seu comprimento original. Retirado o esforço, deve voltar rapidamente ao tamanho original. 
Borracha - um elastômero natural ou sintético. 
Borracha crua - borracha que ainda não sofreu o processo de vulcanização; sem nenhum aditivo. Nesta 
fase ela é um termoplástico. 
Reticulação (Vulcanização) - processo químico de fundamental importância às borrachas introduzindo a 
elasticidade e melhorando a resistência mecânica. Esta se dá por meio da formação de ligações cruzadas 
entre duas cadeias. O enxofre é o principal agente de reticulação. 
Borracha vulcanizada - borracha após passar pelo processo de vulcanização. 
Borracha regenerada - borracha vulcanizada, que por processos químicos pode ser novamente 
processada e reaproveitada. Processo químico que visa à destruição da rede tridimensional formada 
durante a vulcanização. Esse processo nem sempre é econômico. 
 
 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DE POLÍMEROS: 
 
 
Além dos polímeros clássicos produzidos e comercializados há alguns anos, a cada dia, novos polímeros 
surgem oriundos das pesquisas científicas e tecnológicas desenvolvidas em todo o mundo. Logo, devido a 
grande variedade de materiais poliméricos existentes, torna-se necessário selecioná-los em grupos que 
possuam características comuns, que facilitem a compreensão e estudo das propriedades desses materiais. 
Portanto, com este objetivo, os polímeros foram classificados de acordo com suas estruturas químicas, 
características de fusibilidade, comportamentos mecânicos, tipos de aplicações e escala de produção. 
A seguir, veremos estas classificações, bem como os conceitos, correlacionados a elas. 
 
4.1 Classificação Quanto ao Tipo de Estrutura Química 
 
Existem três classificações dos polímeros em função de sua estrutura química: 
 
4.1.1. Em relação ao número de diferentes meros presentes no polímero 
 
A composição de um polímero pode apresentar apenas um único tipo de mero (CADEIA homogênea) ou 
dois ou mais meros (cadeia heterogênea). Quando a cadeia é homogênea, diz-se que o polímero é um 
homopolímero, caso a cadeia seja heterogênea, o polímero é designado copolímero. 
Logo, temos: 
HOMOPOLÍMERO – É O POLÍMERO CONSTITUÍDO POR APENAS UM TIPO DE UNIDADE 
ESTRUTURAL REPETIDA. 
Ex.: Polietileno, poliestireno, poliacrilonitrila, poli (acetato de vinila). 
 
Se considerarmos A como o mero presente em um homopolímero, sua estrutura será: 
 
~~A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A~~ 
 
 
COPOLÍMERO – É O POLÍMERO FORMADO POR DOIS OU MAIS TIPOS DE MEROS. 
 
Ex.: SAN, NBR, SBR. 
 
Supondo que A e B sejam os meros de um copolímero, podemos subdividir os copolímeros em: 
 
♦ Copolímeros estatísticos (ou aleatórios) – Nestes copolímeros os meros estão dispostos de forma 
desordenada na cadeia do polímero. 
 
~~A—A—B—A—B—B—B—A—A—B—B—A—A—A~~ 
 
♦ Copolímeros alternados – Os meros estão ordenados de forma alternada na cadeia do copolímero. 
 
 40
~~A—B—A—B—A—B—A—B—A—B—A—B—A—B~~ 
 
♦ Copolímeros em bloco – O copolímero é formado por seqüências de meros iguais de comprimentos 
variáveis. 
 
~~A—A—A—A—B—B—B—A—A—A—B—B—B—B~~ 
 
♦ Copolímeros grafitizados (ou enxertados) – A cadeia principal do copolímero é formada por um tipo de 
unidade repetida, enquanto o outro mero forma a cadeia lateral (enxertada). 
 
 
 
~~A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A~~ 
 | | | 
 B B B 
 | | | 
 B B B 
 | | | 
 B B B 
 ≀ | 
 B 
 ≀ 
 
 
Geralmente, os copolímeros constituídos por três unidades químicas repetidas diferentes são denominados 
terpolímeros. Um exemplo típico deste tipo de polímero é o ABS, ou melhor, o terpolímero de acrilonitrila 
butadieno-estireno. 
A reação de formação de um copolímero é conhecida como copolimerização, e os monômeros envolvidos 
nesta reação são chamados de comonômeros. Ao se variar os comonômeros e suas quantidades relativas 
em uma copolimerização, os copolímeros obtidos adquirem propriedades químicas e físicas diferentes. 
 
 
 
 
4.1.2. Em relação à estrutura química dos meros que constituem o polímero 
 
Esta classificação é baseada no grupo funcional a qual pertencem os meros presentes na cadeia do 
polímero. Assim, temos como exemplos: 
 
♦ Poliolefinas – polipropileno, polibutadieno, poliestireno. 
 
♦ Poliésteres– poli (tereftalato de etileno), policarbonato. 
 
♦ Poliéteres – poli (óxido de etileno), poli (óxido de fenileno). 
 
♦ Poliamidas – nylon, poliimida. 
 
♦ Polímeros celulósicos – nitrato de celulose, acetato de celulose. 
 
♦ Polímeros acrílicos – poli (metacrilato de metila), poliacrilonitrila. 
 
♦ Polímeros vinílicos – poli (acetato de vinila), poli (álcool vinílico) 
 
♦ Poliuretano 
 
♦ Resinas formaldeídicas – resina fenol-formol, resina uréia-formol. 
 
 
 
 
 
 41
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
4.1.3. Em relação à forma da cadeia polimérica 
 
Nos TERMOPLÁSTICOS, a cadeia polimérica pode assumir as formas: 
 
¾ Lineares – A cadeia do polímero não possui ramificações. 
 
 
¾ Ramificada: o polímero se apresenta ramificado, ou seja, com pequenas cadeias 
laterais 
 
 
 
 
Nos TERMOFIXOS a cadeia polimérica pode assumir a forma: 
 
¾ Reticulada – os polímeros possuem estruturas tridimensionais, onde as cadeias 
estão unidas por ligações químicas (ligações cruzadas). 
 
4.2. Classificação Quanto às Características de Fusibilidade 
 
Dependendo do comportamento ao serem aquecidos, os polímeros podem ser designados: 
 
• Termoplásticos – São polímeros que fundem ao serem aquecidos e que se solidificam ao serem 
resfriados. Ex.: Polietileno, poli (tereftalato de etileno), poliacrilonitrila, nylon. 
 
• Termorrígidos – São polímeros que formam ligações cruzadas ao serem aquecidos, tornando-se 
infusíveis e insolúveis. Ex.: Resina fenol-formol, resina melamina-formol, resina uréia-formol. 
 
4.3.Classificação Quanto ao Comportamento Mecânico 
 
• Plásticos (do grego: adequado à moldagem) – São materiais poliméricos estáveis nas condições 
normais de uso, mas que, em algum estágio de sua fabricação, são fluídos, podendo ser moldados por 
aquecimento, pressão ou ambos. Ex.: Polietileno, polipropileno, poliestireno. 
 
• Elastômeros (ou borrachas) – São materiais poliméricos de origem natural ou sintética que, após 
sofrerem deformação sob a ação de uma força, retornam a sua forma original quando esta força é 
removida. Ex.: Polibutadieno, borracha nitrílica, poli (estireno-co-butadieno). 
 
• Fibras – São corpos em que a razão entre o comprimento e as dimensões laterais é muito elevada. 
Geralmente são formadas por macromoléculas lineares orientadas longitudinalmente. Ex.: Poliésteres, 
poliamidas e poliacrilonitrila. 
 
 
 42
 
4.4.Classificação Quanto à Escala de Fabricação 
 
Os plásticos, quanto à escala de fabricação podem ser classificados como: 
 
• Plásticos de comodidade (commodieties) – Constituem a maioria dos plásticos fabricados no Mundo. 
Ex.: Polietileno, polipropileno, poliestireno, etc. 
 
• Plásticos de especialidade (specialities) – Plásticos que possuem um conjunto incomum de 
propriedades produzidos em menor escala. Ex.: Poli (óxido de metileno) e poli (cloreto de vinilideno). 
4.5. Classificação Quanto ao Tipo de Aplicação 
 
Um plástico pode ter um uso geral ou ser um plástico de engenharia. 
 
• Plástico de uso geral – São polímeros utilizados nas mais variadas aplicações, como o polietileno, o 
polipropileno, o poliestireno, o poli (metacrilato de metila), e poli ( cloreto de vinilideno), baquelite, etc. 
 
• Plásticos de engenharia - São polímeros empregados em substituição de materiais clássicos usados 
na engenharia, como por exemplo, a madeira e os metais. Ex.: Poliacetal, policarbonato e poli (tetrafluor-
etileno). 
 
Além das classificações descritas para os polímeros o termo resina é muito empregado na indústria de 
plásticos. As resinas naturais são compostos orgânicos AMORFOS secretados por certas plantas ou 
insetos; geralmente insolúveis em água, mas solúveis em vários solventes orgânicos. As resinas sintéticas 
são originalmente descritas como um grupo de substâncias sintéticas cujas propriedades se assemelham às 
das resinas naturais. Geralmente, à temperatura ambiente, as resinas apresentam um aspecto de líquido 
viscoso, que amolece gradualmente ao ser aquecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 43
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PLÁSTICOS QUANTO A SUA APLICAÇÃO 
 
 
Aplicação Grupo Principais plásticos Sigla 
 
 
 
Termoplástico 
 
Polietileno 
Polipropileno 
Poliestireno 
Poliestireno de alto impacto 
Copoli (estireno-acrilonitrila) 
Copoli (acrilonitrila-butadieno-estireno 
Copoli (etileno-acetato de vinila) 
Poli (cloreto de vinila) 
Poli (acetato de vinila) 
Poli (acrilonitrila) 
Poli (cloreto de vinilideno) 
Poli (metacrilato de metila) 
 
PE 
PP 
PS 
HIPS 
SAN 
ABS 
EVA 
PVC 
PVAC 
PAN 
PVDC 
PMMA 
 
 
 
 
Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Termorrígido 
 
Resina epoxídica 
Resina de fenol-formaldeído 
Resina de uréia-formaldeído 
Resina de melamina-formaldeído 
Poliuretanos* 
 
ER 
PR 
UR 
MR 
PU 
 
 
 
Uso Geral 
 
Polietileno de altíssimo peso molecular 
Poli (óxido de metileno) 
Poli (tereftalato de etileno) 
Poli (tereftalato de butileno 
Policarbonato 
Poliamidas alifáticas 
Poli (óxido de fenileno) 
Poli (fluoreto de viilideno) 
 
UHMWPE
POM 
PET 
PBT 
PC 
PA 
PPO 
PVDF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engenharia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso especial 
 
Poli (tetraflúor-etileno) 
Poliarilatos 
Poliésteres líquido-cristalinos 
Poliamidas aromáticas 
Poli-imidas 
Poli (amida-imida) 
Poli (éter-imida) 
Poli (éter-cetona) 
Poli (éter-éter-cetona) 
Poli (éter-sulfona) 
Poli (aril-sulfona) 
Poli (sulfeto de fenileno) 
 
PTFE 
PAR 
LCP 
PA 
PI 
PAI 
PEI 
PEK 
PEEK 
PES 
PAS 
PPS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNISINOS – Material Complementar da Disciplina de Química Tecnológica 
 44
Também, há a classificação quanto à natureza: 
 
 
 POLÍMEROS 
 
 Natural Sintético 
 
 ♦ Proteínas ♦ Termopláticos 
 ♦ Polissacarídeos ♦ Termofixos 
 ♦ Gomas e Resinas 
 ♦Elastômeros 
 
 
 
Entre os elastômeros se destacam: 
 
Família Características ASTM 
Borracha Natural uso geral NR 
Poliisopreno uso geral IR 
Polibutadieno uso geral BR 
Poli-estireno butadieno uso geral SBR 
Poli etileno-propileno-dieno resistente a ozônio EPDM 
Poliisobutileno-isopreno resistente a solvente IIR 
Polissulfeto (Tiokol) resistente a solvente T 
Poliacrilonitrila-butadieno resistente a solventes NBR 
Policloropreno resistentes a solventes CR 
Poliuretano AU,EU 
Epicloridrina resistente a solventes CO 
Siliconas resistentes ao calor MQ 
Polietilenoclorossulfonado 
(Hypalon resistente ao calor, óleo, ozônio CSM 
Poliacrilatos resistente ao calor ACM 
Borracha Fluorada resistente ao calor CFM 
 
 
c) Quanto ao grau de polimerização: 
 
É a razão entre o peso molecular do polímero e a massa do monômero 
 
DP = PM Peso Molecular do Polímero 
 M Massa do monômero 
 
 
d) Quanto à FUNCIONALIDADE: 
 
É a capacidade de uma molécula combinar-se com um certo nº de outras moléculas. 
 
Para que ocorra polimerização a funcionalidade do monômero deve ser, no mínimo igual a dois. 
 
Funcionalidade 2 : Polímeros lineares ou ramificados 
Funcionalidade > 2: Polímeros ramificados ou reticulados 
 
 
Funcionalidade Residual: é a capacidade de uma molécula polimérica combinar-se com um certo nº de 
outras moléculas, mesmo após a polimerização. 
 
 
 
 45
 
NOMENCLATURA DOS POLÍMEROS 
 
Tipos

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