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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.
Em seu Título I a constituição trás consigo os “Princípios Fundamentais” da República Federativa do Brasil, este está separado por quatro artigos que abordam desde a forma, estrutura e os fundamentos do Estado brasileiro (Art. 1°) até as relações internacionais (Art. 4°).
Princípios Estruturantes:
Princípio Republicano - Em 1889, ao fim do regime imperial teve início a história republicana no Brasil, mas que só foi consagrada dois anos depois, em 1891.
Antes de se espalhar pelo mundo essa forma de governo foi estudada e discutida por conta da sua aplicação prática, Aristóteles foi quem trouxe as ideias de monarquia, aristocracia e democracia ou república, e posteriormente foram desenvolvidas por filósofos como Maquiavel e Montesquieu.
A república tinha a finalidade de passar o poder que antes, era do Rei ao povo, e assim mostrou totalmente oposta a monarquia. Ela se caracteriza pela figura dos governantes e Chefe de Estado, por esses cargos não serem fixos e haver uma alternância de representante e pela responsabilização política, civil e penal de seus detentores, respectivamente: representatividade, temporariedade e responsabilidade.
A primeira constituição escrita na história é do ano de 1787, consagrada após a Revolução Americana de 1776 que construiu uma república e foi marcada como a principal contribuição para o republicanismo. O movimento serviu de incentivo a diversos outros países que entraram em processo de democratização, a partir daí a maioria dos povos vem se opondo contra a monarquia e este modelo de governo está cada vez menos presente.
Princípio Federativo – A federação de Estado surge a partir de um pacto entre Estados, a palavra “federação” vem do latim “foedus” que significa “aliança” ou “pacto”. 
Esse princípio tem como ideia central o respeito a autonomia conferida a cada integrante da federação.
Também é uma característica da federação ter mais de uma esfera de poder sobre a mesma população e dentro do mesmo território, isso se deriva a diferenças de culturas das regiões. No Brasil, receberam o nome de Estados todas as unidades federativas.
Em seu texto, a Constituição veda aos entes que compõe a federação brasileira o direito de secessão, e estará permitida a intervenção federal no estado que tentar a separação propensa a romper com a unidade da federação brasileira.
Princípio do Estado democrático de direito – Para uma melhor compreensão do significado de “Princípio do Estado democrático de direito” será feita uma abordagem das diferentes configurações adotadas pelo modelo.
Estado liberal: O Estado liberal nada mais é do quê o próprio Estado de direito, ele representa a institucionalização do sucesso da burguesia acima das classes privilegiadas do Antigo Regime. Um dos pontos que faz com que o Estado liberal se distinguir do modelo anterior (monárquico absolutista) é a “separação dos poderes”. As principais características do Estado literal são:
Os direitos fundamenteis correspondem aos direitos da burguesia (liberdade e propriedade), sendo consagrados apenas de maneira formal e parcial para as classes inferiores;
A intervenção da Administração Pública somente pode ocorrer dentro da Lei (princípio da legalidade da Administração Pública);
A limitação pelo Direito se estende ao soberano que, ao se transformar em “órgão do Estado”, também passa a se submeter ao império da lei (Estado limitado);
O papel do Estado se limita à defesa da ordem e segurança públicas, sendo os domínio econômicos e sociais deixados à esfera da liberdade individual e de concorrência (Estado mínimo).
Estado social: A ideia de Estado social surge com a divergência existente entre igualdade polícia e desigualdade social. Ao fim da Primeira Guerra Mundial houveram diversas crises no mundo, entre elas crise econômica e a do liberalismo, o número por direitos sociais também aumentou muito e esses fatores deram início a uma transformação na superestrutura do Estado liberal.
Por adotar vários sistemas de organização política (inclusive alguns antagônicos), diversos Estados, inclusive o Brasil, a partir de 1930, foram Estados sociais.
As principais características do Estado social são:
Intervenção no âmbito social, econômico e laboral, com o abandono da postura obstencionista;
Papel decisivo na produção e distribuição de bens;
Garantia de um mínimo bem-estar, por exemplo, com a criação de um salário social para os mais carentes;
Estabelecimento de um grande convênio global implícito de estabilidade econômica
Princípio do Estado democrático de direito – Este modelo surgiu após a Segunda Guerra Mundial e tem como notas distintivas a introdução de novos mecanismos de soberania popular, a garantia jurisdicional da supremacia da Constituição, a busca pela efetividade dos direitos fundamentais e ampliação do conceito de democracia. O princípio da soberania popular é uma base para esse modelo de governo que busca conexão entre democracia e Estado de direito, pois impõe organização e exercício democrático do Poder.
Esse princípio tem o propósito de enfoque a mudança do paradigma de Estado, que antes era visto como “Estado de direito” passa a ser “Estado constitucional” ou “Estado constitucional democrático”, nesse Estado a constituição é a norma mais elevada, não apenas formalmente, mas também substancialmente. 
Princípio da Separação dos Poderes – Este princípio foi formulado nos tempos modernos por John Locke, porém apenas com dois poderes, o Legislativo e Executivo, de acordo com ele, esses dois poderes unidos “seria provocar uma tentação muito forte para a fragilidade humana, tão sujeita à ambição”. Mais tarde, Montesquieu inspirado na obra de Locke escreveu “L’Esprit des lois”, e sustenta que a limitação a um poder só é possível se houver um outro poder capaz de limitá-lo. A obra de Montesquieu espalhou-se não só pela Europa, mas também pela América e serviu de influência para a Constituição da Filadélfia, em sua criação a faculdade de decidir ou estatuir deve ser ampliada também a impedir abusos por parte dos demais poderes.
A Constituição brasileira de 1988 protege o princípio da separação de poderes como cláusula pétrea e garante a independência entre eles como forma de estabelecer um sistema de “freios e contrapesos” e evitar o abuso e arbítrio por qualquer dos três Poderes.
Dignidade da Pessoa Humana – A Dignidade da pessoa humana está escrita expressamente no inciso III do artigo 1° da CF/88. Ela é considerada o valor constitucional supremo e deve servir como razão para decisão de casos concretos e principalmente como o caminho para elaboração, interpretação e aplicação das normas. Após a Segunda Guerra Mundial diversos países implementaram e reforçaram a ideia de dignidade da pessoa humana na constituição, como forma de reação a todo o ocorrido durante o período de nazismo e fascismo. Todas as crueldades feitas aos seres humanos durante esse período fizeram alertaram quanto a importância de proteção da pessoa.
A dignidade não pode ser considerada como relativa, ela não é um direito, mas um qualidade intrínseca a todos, ela é indestrutível e inamissível. Enquanto fundamento da República Federativa do Brasil, possui uma tripla dimensão normativa, ou seja, é possível retirar três diferentes espécies de normas: a) uma metanorma; b) um princípio; c) uma regra.
Objetivos Fundamentais – Diferente dos fundamentos presente no artigo primeiro os objetivos fundamentais, do artigo terceiro, trata de algo exterior a ser perseguido na maior medida possível. Trata-se de uma norma exemplificativa, ou seja, não acaba no inciso IV. Seu prazo de vigência que inicialmente era até 2010 foi prorrogado por prazo indeterminado.
Princípios das Relações Internacionais – O Artigo 4° da Constituição estabelece tanto orientações quanto limites que devem ser adotados pelo Brasil diante de outros Estados e organismos internacionais. Para José Afonso da Silva existem quatro inspirações para estes princípios, a de caráter: a) nacionalista; b) internacionalista; c)pacifista; d) comunista. 
Existe nove princípios adotados no artigo 4°, entre eles: Princípio da Independência Nacional, Princípio da Prevalência dos Direitos Humanos, Princípio da Autodeterminação dos Povos, Princípio da não Intervenção, Princípio da Igualdade Entre os Estados, Princípio da Defesa da Paz, Princípio da Solução Pacífica dos Conflitos, Princípio do Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo e Princípio da Integração Latino-Americana.
A organização desses princípios foi inspirada na Constituição portuguesa de 1976 e podem autorizar um trabalho decisivo entre Estados, que aplica não somente no âmbito interno, mas no da política internacional.

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