Buscar

Questões migratórias: diálogo e compreensão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atualmente, as questões imigratórias são um assunto a ser pensado e discutido tanto pelos líderes das nações, quanto pelos próprios imigrantes, além das sociedades pelas quais estão passando pelo processo de recebimento de pessoas e pela saída de pessoas em seu país.
É certo que o aumento do movimento migratório tem se realizado devido às questões econômicas e políticas de países que sofrem com a guerra, negligência e as mais variadas formas de abuso.
Portanto, a única perspectiva de melhora destas pessoas, se dá pelo fato de que elas possam se refugiarem em locais aonde estes tipos de problemas ainda não chegaram. Geralmente, são os países de primeiro mundo.
Neles, seria possível então o recomeço de uma vida. A construção e reconstrução familiar e oportunidade de crescimento profissional e econômico. Motivos que por si só fazem com que a maioria destas pessoas passem por situações sub-humanas e não digas para que possam chegar aos seus destinos.
Por outro lado, aqueles países que recebem estas pessoas podem sofrer sérias consequências, como o aparecimento de doenças, aumento da fome e da miséria, queda no índice de desenvolvimento humano.
Pode haver aumento da criminalidade, além de pouco espaço para o crescimento dos cidadãos nativos destes países.
 Movimentos de migração sempre estiveram presentes na história do ser humano e na sua relação com o meio que se encontra, desde os indivíduos nômades de mais de 300 mil anos atrás até a recente crise de imigração irregular para Europa, a busca por melhores condições de vida sempre foi um motor para tais pessoas mudarem de lar. Mas não devemos encarar isso como algo normal, na atual crise tem razões especificas que nos fazem pensar sobre o acesso a condições de vida adequadas ao mesmo tempo como o medo da recepção dos refugiados pode acarretar. 
Ao se pensar nessa relação de migrações é importante encara-la como algo diverso e não homogêneo e com consequências habituais, pois se o número cresce de maneira tão intensa, coisa especifica estão ocorrendo e precisam ser conhecidas. Existem famílias que fogem dos conflitos da Guerra Civil na Síria ou vindas dos ataques de Boco Haram no Chade, logo, cada uma com sua história, cultura e com desejos de um presente melhor, são diferentes umas das outras e por isso merecem ser tratadas com compreensão, para que tal problema não se intensifique. Mas infelizmente são tratados sem o direito ao diálogo, como acontece em muitos veículos de comunicação, ocultando a história do problema, apresentando toda a questão como algo que acontece somente agora, mas não com a história e os processos envolvidos que resultaram nisso, isto é, que boa parte desses problemas são reflexos de políticas imperialista de muitos países europeus.
            Assim sendo, mesmo com muita compreensão e empatia, a recepção pode não ser como esperada, ou talvez pior, como aconteceu na Turquia e a famosa foto de uma criança curda morta numa praia, dificultando a situação já extremamente delicada dessas pessoas. O receio de destruição de sua cultura nacional, o medo por receber pessoas potencialmente violentas e a desconfiança pela inserção dos refugiados ao mercado de trabalho são alguns motivos dessas políticas de extremo protecionismo. E com a intensificação da condição migratória fez surgir muitos grupos radicais que encaram tais refugiados como uma ameaça, como o Alternativa para a Alemanha (AfD) que ganhou um amplo espaço no Parlamento defendendo abertamente ideias islamofóbicas. Percebemos que muitos imigrantes desejam fugir de um local de guerra para entrar em outra que é ocultada por grandes organizações europeias. 
Tendo esses panoramas, os que desejam melhores condições de vida em meio a um mundo que parece ter diferentes mundos e os que desejam proteger seu país (ou seu mundo), entendemos que o simples diálogo é algo extremamente difícil, pois a migração nunca é planejada, ela acontece de maneira rápida e a recepção dos países europeus se torna muito complicada com amplas políticas de contenção. Nesse espaço entre esses dois grupos há uma ampla necessidade para o diálogo e compreensão, apenas são necessárias novas ideias, como a agencia Frontex, que tenta construir um diálogo, mas sempre se encontra presa aos mecanismos da União Europeia. Fica imprescindível assim uma nova política migratória e uma consciência ética é essencial para a resolução desse problema, pois assim estaríamos construindo realmente um espaço para dialogo e não para imposições, ou seja, um mundo que seja apenas um e em benefício de todas as pessoas.

Outros materiais