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OUTROS DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE DOIS TERMINAIS OPTOELETRÔNICA - FUNDAMENTOS ENG.º EDERSON ZANCHET 2 INTRODUÇÃO Exitem diversos dispositivos semicondutores de dois terminais com aplicações e características diferenciadas do diodo retificador podemos citar entre eles: 1. Diodo LED; 2. Diodo de Shottky; 3. Diodo túnel; 4. Diodo Laser; 5. Varactor; 6. Fotodiodo; 7. Célula Solar; 8. Célula Fotocondutiva; 9. Termistor. OPTOELETRÔNICA Trata-se do estudo e aplicação de equipamentos eletrônicos que fornecem, detectam e controlam luz. No que remete a utilização da luz, inclui-se todas as faixas do espectro desde formas invisíveis de radiação como raios gama, raios - X, ultravioleta e infravermelho, como também a faixa de luz. Aparelhos optoeletrônicos são transdutores elétricos óticos ou óticos para elétricos, ou instrumentos que usam tais aparelhos em sua operação. 3 Figura 1 – Lâmpadas LED Fonte: http://blog.giacomelli.com.br/wp-content/uploads/2012/12/led.jpg DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) LED é a sigla em inglês para Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz (Figura 2). Sua funcionalidade básica é a emissão de luz em locais e instrumentos onde se torna mais conveniente a sua utilização no lugar de uma lâmpada. Como o diodo led é um dispositivo de junção PN, sua característica de polarização direta é semelhante à de um diodo semicondutor. Sendo polarizado, a maioria dos fabricantes adota um "código" de identificação para a determinação externa dos terminais A (ânodo) e K (cátodo) dos led’s. 4 Figura 1 – Corte e indicacao de polaridade LED Fonte: [tudoemecatronica.blogspot.com] 4 DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) Ao contrário dos diodos comuns não é feito de silício, que é um material opaco, e sim, de elementos como gálio, arsênico e fósforo. É amplamente usado em equipamentos devido a sua longa vida, baixa tensão de acionamento e boa resposta em circuitos de chaveamento. De maneira ampla, os diodos emissores de luz operam com nível de tensão na faixa de 1,6 a 3,3V, sendo compatíveis com os circuitos de estado sólido. 5 DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) Observa-se que a tensão é dependente do comprimento da onda emitida (Figura 3). Assim, os led’s: A potência necessária está na faixa típica de 10 a 150 mW, com um tempo de vida útil de 100.000 ou mais horas. 6 Figura 3 – Características típicas dos LED‘s Fonte: http://www.electronics-tutorials.ws/diode/diode_8.html DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) SIMBOLOGIA Da mesma forma que o diodo retificador, o LED por tratar-se de uma junção PN, tem simbologia semelhante sendo acrescido a indicação da emissão de luz através de setas conforme a Figura 4. 7 Figura 4 – Simbologia Led e Curva Caracterítica i vs V Fonte: http://www.electronics-tutorials.ws/diode/diode12.gif DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) RESISTOR LIMITADOR Como o diodo, o LED não pode receber tensão elétrica diretamente entre seus terminais, caso isso ocorre-se, o diodo teria seu comportamento como uma chave em curto tendendo a elevar o nível de corrente elétrica para o infinito, dessa forma se faz necessário a utilização de um sistema limitador, normalmente emprega-se uma resistência em serie com o LED conforme apresentado na figura 5. 8 Figura 5 – Circuito com resitor limitador R1 LED1V1 1 2 0 Fonte: Autor DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) FOLHA DE DADOS Para obtermos o valor da resistência limitadora serão necessários alguns dados característicos, como tensão de operação característica em função do comprimento de onda. Os dados podem ser obtidos através da folha de dados (datasheet) do componente, O modelo 383-2UBC/C470 da EVERLIGHT, de acordo com a Figura 4: 9 Figura 6 – Características Elétricas modelo 383-2UBC/C470 Fonte:[Everlyght datasheet LED modelo 383-2UBC/C470] DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) EXEMPLO Sabendo o valor da tensão da fonte e conhecendo as características do LED podemos obter o ponto de operação do mesmo. Partindo de uma fonte de 15Vcc e sabendo que a tensão de operação do LED é VD=VF=3.5V e a corrente neste ponto será 20mA, temos: 10 575 10.20 5.315 3 R R it VDV R FOTO DIODO - FUNDAMENTOS O fotodiodo (Figura 7) é um dispositivo semicondutor de junção PN cuja região de operação é limitada pela região de polarização reversa e caracteriza-se por ser sensível à luz. A aplicação de luz à junção resultará em uma transferência de energia das ondas luminosas incidentes (fótons) para a estrutura atômica, resultando em um aumento do número de portadores minoritários e um aumento do nível da corrente reversa. A corrente retornará a zero somente se for aplicada uma polarização positiva igual a Vo. 11 FOTO DIODO - FUNDAMENTOS Em resumo, podemos dizer então que um fotodiodo é um dispositivo que converte a luz recebida em uma determinada quantidade de corrente elétrica. 12 Figura 7 – Modelos de fotodiodos http://img.alibaba.com/photo/596390725/Remote_control_IR_receiver_diode.jpg FOTO DIODO - FUNDAMENTOS A corrente negra é a corrente que existirá sem nenhuma iluminação aplicada. A corrente reversa e o fluxo luminoso variam quase que linearmente, ou seja, um aumento na intensidade luminosa resultará em um aumento semelhante na corrente reversa. Podemos admitir que a corrente reversa é essencialmente nula na ausência de luz incidente. Seguindo os mesmos moldes da simbologia do LED na figura 8 temos a simbologia do foto diodo. 13 Figura 8 – Simbologia utilizada para foto diodo Fonte: [2] FOTO DIODO - SIMBOLOGIA No gráfico da figura 9 é apresentada a relação de corrente elétrica vs comprimento de onda para um fotodiodo. 14 Figura 9 – Relação da Corrente elétrica pelo comprimento de onda Fonte: http://img79.imageshack.us/img79/4786/photo1.png ACOPLADORES OPTICOS Um acoplador ótico (também chamado isolador ótico ou isolador com acoplamento ótico) contém um IRED (Infra Red Emitter Diode) e um fotodetector em um mesmo bloco. Estes dispositivos são encapsulados de tal maneira que a energia irradiada por um IRED é transmitida eficientemente ao detector através de um meio dielétrico de isolação e rodeado por um material opaco, o qual proporciona proteção contra a luz ambiente. Na figura 10 podemos observar o diagrama de um acoplador optíco. 15 ACOPLADORES OPTICOS 16 Figura 10 – Diagrama básico acoplador optíco Fonte:[http://www.mecatronicaatual.com.br/files/image/MF28_pg50_figura12.png] ACOPLADORES OPTICOS A grande vantagem é que não existe nenhuma conexão elétrica entre a entrada e a saída. Com um acoplador ótico, o único contato entre a entrada e a saída é o feixe de luz. Por isso, é possível obter um isolamento resistivo entre os dois circuitos da ordem de MΩ. Um isolamento desse tipo é útil em aplicações de alta tensão nas quais os potenciais dos dois circuitos podem diferir em milhares de volts conforme com a figura 11 onde podemos observar a aplicação em um circuito como estrutura física. 17 ACOPLADORES OPTICOS 18 Figura 11 – Circuito Isolado e modelo de encapsulamento Fonte: [http://www.alfa-connect.com/productos/soluciones/fibra/images/atenuador.jpg] ACOPLADORES OPTICOS Algumas aplicações típicas dos fotoacopladores são, por exemplo, a prevenção de laços fechados de terra, deslocamento de níveis de corrente contínua e controle lógico de circuitos de potência. A capacidade de isolamento de um fotoacoplador de transferir eficientemente o sinal desejado é definido como Relação de transferência de corrente (Currente Transfer Ratio- CTR). Esta relação depende da eficiência radiativa, da distância entre o IRED e o detector, da área de superfície ea sensibilidade do detector e o ganho de amplificação do mesmo. 19 ACOPLADORES OPTICOS A capacidade acoplador optíco em proporcionar proteção de isolamento é geralmente expressa em relação a sobretensão transitória de isolação. Sobretensão é a medida da solidez da cápsula e da rigidez dielétrica dos materiais isolantes. Os três parâmetros críticos de isolação são: 1.Resistência de isolação: Valor ôhmico de resistência em corrente contínua entre a entrada e saída do acoplador. 2.Capacitância de isolação: Capacitância parasita do dielétrico desde a entrada até a saída. Os valores típicos variam de 1 e 2,5 pF. 3.Rigidez dielétrica: Esta relacionado ao valor de tensão que o material suporta antes do ponto de ruptura. 20 ACOPLADORES OPTICOS Existem diversos modelos de acordo com a necessidade de cada projeto, entre eles podemos citar: 1.Fotoacoplador a base de fotodiodo; 2.Fotoacoplador a base de Transistor; 3.Fotoacoplador a base de Triac; 4.Fotoacoplador a base de Transistor de Darlington; 5.Fotoacoplador a base de MOSFET's; Como mencionado existem diversos modelos, com características de rigidez dielétrica, capacidade de transferência, frequência de chaveamento e capacidade de isolação, pontos que devem ser levados em conta na escolha do tipo de acoplamento. 21 ACOPLADORES OPTICOS 22 Figura 12 – Tipos de acopladores opticos quanto ao funcionamento interno Fonte: [http://www.siteews.xpg.com.br/led6.gif] ACOPLADORES OPTICOS 23 Figura 12 – Tipos de acopladores ópticos quanto ao funcionamento interno Fonte: [http://dc147.4shared.com/doc/d6XM6Cgn/preview_html_m4025360d.png] EXERCÍCIOS CAPITULO 20 Página 589. 20.6 Foto diodos: Exercícios 23, 24 e 26. 20.8 Emissores de IV Exercício 33 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. Vol. I - 4.ª; Ed. Makron Books: São Paulo, 1995. [2] BOYLESTAD, R. L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos; Ed. Prentice Hall: São Paulo, 2004. [3] BERTOLI, Roberto Angelo. Eletrônica; UNICAMP, 2000. [4] BARBI, Ivo, Eletrônica de Pôtencia – 6ª edição, Ed. Do autor: Florianópolis, 2005. [5] Diodos Semicondutores II, disponível em http://www.mspc.eng.br/eletrn/semic_220.shtml#diodo_tunel acesso em 27 ago. 2012. EDERSON ZANCHET Mestrando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial - UTFPR Engenheiro de Controle e Automação - FAG Departamento de Engenharia – FAG Docente Disciplina de Eletronica Analógica ederson.zt@gmail.com ezanchet@fag.edu.br www.fag.edu/professores/ederson
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