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LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS / INGLÊS ESTUDOS DISCIPLINARES V TRABALHO EM GRUPO POEMA “REINVENÇÃO” CECÍLIA MEIRELES ALANN SANTANA BATISTA - RA 1617525 EMERSON JOSÉ DE ANDRADE - RA 1641723 HELENY CAROLINE DAMASCENO GERMANO - RA 1606570 MIRIAN CELESTE BARBOSA - RA 1633650 NICOLLY DA SILVA DIAS FERREIRA - RA 1611559 POLO Três Corações 2017 Introdução O trabalho a seguir, tem como finalidade analisar o poema “Reinvenção”, da jornalista e poetisa brasileira Cecília Meireles, que foi publicado originalmente no livro “Vaga Música” em 1942. � Reinvenção A vida só é possível reinventada. Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas... Ah! tudo bolhas que vem de fundas piscinas de ilusionismo... - mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços cheios da tua Figura. Tudo mentira! Mentira da lua, na noite escura. Não te encontro, não te alcanço... Só - no tempo equilibrada, desprendo-me do balanço que além do tempo me leva. Só - na treva, fico: recebida e dada. Porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. Cecília Meireles Como você interpreta a “reinvenção” da vida, proposta no refrão do poema pela autora? Explique o sentido para a repetição do vocábulo “vida” no refrão: “Porque a vida, a vida, a vida, / a vida só é possível / reinventada”. Composto por vinte e seis versos com rimas alternadas e livres, “Reinvenção”, de Cecília Meireles se estrutura em três estrofes e três refrãos. O eu poético da autora evidencia a batalha do ser humano que busca uma vida à parte da negatividade que rodeia seu cotidiano, como a solidão, a mentira e desilusão. Logo nos primeiros versos, o leitor é apresentado a uma alma condicionada a um intenso pessimismo, consequência de decepções e sofrimentos. Porém, a obra não se resume às três estrofes cheias de dúvidas e desânimo. Os refrãos carregam todo o sentido do poema: “A vida só é possível/ reinventada. /”; “Mas a vida, a vida, a vida, / a vida só é possível / reinventada. /” e “porque a vida, a vida, a vida / a vida só é possível / reinventada. /”. Dispostos no início, meio e fim do poema, as palavras propõem uma saída para os estados negativos relatados, onde o título da obra se encaixa. O dicionário define reinventar como: criar algo a partir do que já existe, transformar a si, a algo ou outrem, transformar o cotidiano, sair da rotina. De acordo com o eu poético, é preciso reinventar a vida, buscando novas motivações, renovando energias e fazer tudo como se fosse uma primeira experiência. Reinventar-se é uma questão obrigatória para sobrevivência, resultando em uma vida plena. A autora recorre aos sonhos como reinvenção da realidade, transcendendo assim, do real ao imaginário, levando todo o peso da vida. No segundo refrão: “Mas a vida, a vida, a vida , / a vida só é possível / reinventada. /”. O “mas” que inicia o refrão é uma ideia oposto ao que foi dito na estrofe anterior: “Anda o sol pelas campinas / e passeia a mão dourada / pelas águas, pelas folhas... / Ah! tudo bolhas / que vem de fundas piscinas / de ilusionismo... - mais nada.” Desconsiderando o tamanho da decepção sentida pela alma, a vida sempre será possível com a reinvenção. Decorrente da magnitude dos sentimentos negativos, vividos pelo e poético, ocorre a anáfora da expressão vida. A redução desta palavra destaca a voz otimista e amortece o pessimismo vivenciado pela alma. Finalizando, o terceiro refrão diz: “Porque a vida, a vida, a vida/ a vida só é possível/reinventada. ”, que possui uma simples explicação: viver demanda uma atitude mental de dar um novo significado a tudo que é realizado, em todo decorrer da vida. Exige-se também uma postura positiva diante dos acontecimentos, sem nunca perder o ânimo e a vontade de viver. A proposta de reinvenção da autora, pode tornar o ser humano melhor e por consequência, tornar pessoas e profissionais melhores em suas funções no mundo. Conclusão Refletindo sobre o poema, o leitor pode concluir que trata de uma obra literária repleta de riquezas. Esteticamente, dá ao leitor uma obra composta de versos rítmicos, com rimas e diversos recursos de figuras de linguagem como metáforas, anáforas, personificação e metonímia. O poema também apresenta função para reflexão de cunho pessoa e social, cumprindo assim, uma importante missão de pratica social. Reforça o autoconhecimento e sugere novas mudanças durante todo o percurso da vida, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JÚNIOR, Arnaldo Nogueira. Cecília Meireles. Projeto releituras. Disponível em: <http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp>. Acesso em 10/04/2017. DELVAJE, Raquel. Análise do poema de Cecília Meireles – Reinvenção. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4214009>. Acesso em 10/04/2017. ANDRADE, Alexandra. Vaga Música. Disponível em: <http://ceciliameireles2009.blogspot.com.br/2009/04/o-livro.html> Acesso em 09/04/2017. DI. Reinventar. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/reinventar/ > Acesso em: 09/04/2017.
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