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aula1 farmacologia

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Prof. Daniel Castro da Costa
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“ O desejo de ingerir medicamentos e a principal característica que distingue o homem dos animais”
William Osler ( médico canadense )
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Por que?
 MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA
 ALIVIAR OU SE POSSÍVEL ABOLIR A DOR
 PROLONGAR A VIDA
...
1. Nem sempre logram o resultado desejado
2. Muitas vezes só alcançam o alívio ou consolo do paciente
3. Do ponto de vista histórico existem relatos muito antigos sobre o uso de drogas no tratamento de enfermidades
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É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico ( medicamento ).
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Farmacogenética: trata-se do estudo das influências genéticas sobre as respostas a fármacos. Originalmente, a farmacogenética tratava das reações farmacológicas idiossincrásicas familiares, em que os indivíduos afetados exibiam uma resposta anormal – habitualmente adversa – a uma classe de fármaco. Hoje em dia, abrange variações mais amplas da resposta genética aos fármacos.
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Farmacogenômica: Este novo termo superpõe-se à farmacogenética, descrevendo o uso da informação genética para orientar a escolha da terapia farmacológica numa base individual. A pressuposição de base é a de que o possível prever diferenças na resposta a agentes terapêuticos entre indivíduos a partir de sua constituição genética. A partir deste princípio, a descoberta das variações gênicas específicas associadas a uma resposta terapêutica boa ou inadequada a determinado fármaco deverá permitir a individualização das escolhas terapêuticas com base no genótipo do indivíduo. A farmacogenômica é, em sua essência, um ramo da farmacogenética com boa dose de liberdade. Até o momento, o conceito é, em grande parte, teórico; entretanto, se for comprovada a sua validade, as consequências para a terapêutica serão de longo alcance.
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Farmacoepidemiologia: Trata-se do estudo dos efeitos dos fármacos em nível populacional. Ocupa-se com a variabilidade dos efeitos farmacológicos entre indivíduos de uma determinada população e entre populações. Constitui um tópico cada vez mais importante para as autoridades regulamentadoras, que decidem se um novo fármaco pode ou não ser aprovado para uso terapêutico. A variabilidade entre indivíduos ou populações tem um efeito adverso sobre a utilidade de um fármaco, embora seu nível de efeito médio possa ser satisfatório. Os estudos farmacoepidemiológicos também consideram a aderência do paciente ao tratamento e outros fatores pertinentes quando o fármaco é utilizado em condições reais.
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Farmacoeconomia: Este ramo da economia da saúde visa quantificar, em termos econômicos, o custo e o benefício das substâncias utilizadas terapeuticamente. Surgiu em decorrência da preocupação de muitos governos em fornecer uma assistência à saúde a partir dos impostos de renda. Levando questões sobre quais os tipos de procedimentos terapêuticos mais convenientes em termos monetários. 
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Fármaco: substância de estrutura química definida que quando em um sistema biológico, modifica uma ou mais funções fisiológicas.
Droga: matéria-prima de origem mineral, vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos.
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Farmacologia
FARMACODINÂMICA
FARMACOCINÉTICA
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FARMACOCINÉTICA: ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO DE FARMACOS
FARMACODINÂMICA: ESTUDA OS EFEITOS FISIOLÓGICOS, BIOQUÍMICOS E MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS
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VEÍCULO FARMACOLÓGICO: meio em que a droga se encontra dispersa
FORMA FARMACÊUTICA: forma como a droga se apresenta para uso
EX:
 COMPRIMIDOS
 CÁPSULAS
 DRÁGEAS
 INJETÁVEIS
 LÍQUIDOS
 POMADAS OU CREMES
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DOSE: é a quantidade de droga administrada 
BIODISPONIBILIDADE: é a fração de um fármaco administrado que é evado à circulação sistêmica
BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clínicas adversas.
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TEMPO 1/2 VIDA: é o tempo ncessário para que a concentração plasmática do fármaco chegue em 50 %. É utilizado para o cálculo da posologia.
ESTADO DE EQUILIBRIO ESTÁVEL: indica quando o fármaco atinge a concentração terapêutica.
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Atua sobre proteínas-alvo:
Enzimas
Transportadores
Canais de ions
Receptores
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Especificidade: Recíproca entre substâncias e ligantes. (subst. se liga somente em determinados alvos e os alvos só reconhecem determinada substância)
Nenhum fármaco é totalmente específico: o aumento da dose faz com que ele atue em outros alvos diferentes provocando efeitos colaterais. 
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Interação Fármaco – Receptor:
A tendência de um fármaco se ligar a um receptor é determinada pela sua afinidade, enquanto a tendência, uma vez ligada, de ativar o receptor é indicada pela sua eficácia
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Droga A agonista
Droga B antagonista
+
+
R
R
AR
AR
AR
Resposta
Nenhums Resposta
Ocupação regulada pela afinidade
Ativação regulada pela eficácia
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Agonistas: causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos.
Antagonistas. Substância que se liga ao receptor sem causar ativação impedindo consequentemente a ligação do agonista.
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Antagonismos:
Antagonismo químico: duas substâncias se combinam em solução , perdendo-se o efeito do fármaco ativo. Ex: Uso de agentes quelantes (dimercaprol)que se ligam a metais pesados reduzindo sua toxicidade
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Antagonismo farmacocinético: o Antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. Podendo ser:
Através do aumento da velocidade de degradação do fármaco ativo. Ex: Warfarin + Fenobarbital = - efeito do warfarin;
Redução da velocidade de absorção da susbstância ativa ;
Aumento na taxa de excreção renal
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Antagonismo competitivo: ambos os fármacos se ligam aos mesmos receptores (reversível ou irreversível)
Antagonismo fisiológico: substâncias de ações opostas tendem anular uma o efeito da outra. Ex: histamina atua sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção de ácido, enquanto o omeprazol bloqueia esse efeito ao inibir a bomba de prótons.
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Dessensibilização e Taquifilaxia:
Diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de modo contínuo ou repetidamente.
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Mecanismos envolvidos
Alterações nos receptores
Perda de recepores: exposição prolongada reduz o número de receptores expressos na superfície celular.
Aumento do metabolismo da substância. Substâncias como etanol e barbitúricos quando administradas repetidamente, aparecem em concentrações plasmáticas reduzidas.
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Exaustão de mediadores : a dessensibilização está associada à depleção de uma substância intermediária essencial. Ex: Anfetaminas atuam através da liberação de aminas nas termnações nervosas, portanto apresentam elevada taquifilaxia devido à depleção das reservas de aminas.
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Adaptação fisiológica: Pode ocorrer uma diminuição do efeito de um fármaco, devido à sua anulação por uma resposta homeostátia. Ex: Redução de efeitos colaterias como náuseas e sonolência de alguns fármacos quando se dá a administração contínua.
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Via oral
Absorção intestinal
Absorção sublingual
Via Parenteral 
Via intradérmica
Via sucutânea
Via intramuscular
Via endovenosa
Via inalatória
Outras vias
Retal
Ocular
Intranasal
Dérmica 
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Absorção sublingual
São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos. 
A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. 
A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porquea absorção é, em geral, incompleta e errática.
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Administração Enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco.
Vantagens: 
mais seguro, 
mais conveniente,
mais econômico. 
Desvantagens: 
irritação da mucosa gástrica;
interferência na digestão;
dificuldade de deglutir. 
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Pode ser dividida em diversas vias de administração, considerando como as mais importantes:
Intradérmica
Subcutânea
Intramuscular
Intravenosa
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Vantagens: a disponibilidade é mais rápida e mais previsível. No tratamento de emergências.
Desvantagens: Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação.
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Via restrita
Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros
Usadas em reações de hipersensibilidade
Provas de PPD
Provas alérgicas
Aplicação de vacinas: BCG
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Local mais apropriado: face anterior do antebraço
Pobre em pelos
Possui pouca pigmentação
Possui pouca vascularização
Ter fácil acesso a leitura
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A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme
Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura
O volume não deve ultrapassar 3 mililitros
Usada para administração
Vacinas (rábica e sarampo)
Anticoagulante (heparina)
Hipoglicemiantes (insulina)
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O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado
Ângulo da agulha
90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos
45°C – Agulhas normais e pacientes magros
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Complicações
Infecções inespecíficas ou abscessos
Formação de tecido fibrótico
Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões
Lesão de nervos
Úlceras ou necrose de tecidos
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Via muito utilizada, devido a absorção rápida
Músculo escolhido
Deve ser bem desenvolvido
Ter fácil acesso
Não possuir grande calibre e nem nervos 
Volume injetado
Região deltóide – de 2 a 3 mililitros
Região glútea – de 4 a 5 mililitros
Músculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 mililitros
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Quando não devemos utilizar a região glútea?
Crianças < 2 anos
Pctes com atrofia da musculatura
Paralisia de membros inferiores
Complicações
Deve-se evitar o nervo ciático
Injeções intravasculares: embolias
Infecções e abscessos 
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Locais apropriados
Melhor local: face anterior do antebraço 
Membros superiores
Evitar articulações
Indicações
Necessidade imediata de ação 
Grandes volumes – hidratação
Coleta de sangue para exames 
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Tipos de medicamentos injetados na veia
Soluções solúveis na veia
Líquidos hiper, iso ou hipotônicos
Sais orgânicos
Eletrólitos
medicamentos
Não oleosos
Não deve conter cristais visíveis em suspensão
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Adesivos e implantes subdérmicos  Fornecem liberação sustentada dos ativos ao longo do tempo e fluxo constante do medicamento diminuindo o risco de efeitos colaterais, pois mantém o nível do princípio ativo no sangue constante 
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Com freqüência, a via retal é utilizada quando a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. 
A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas vezes, o supositório penetra um pouco mais, situando-se em uma região drenada por veias que drenam ao fígado e, dessa forma, não evitam o efeito de primeira passagem. Muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal.
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Via Intra-arterial: é raramente empregada, quer seja pelas dificuldades técnicas em aplicá-la, quer seja pelos riscos que oferece. A justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação cardio-respiratória. 
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Via Intratecal: empregada quando se deseja efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções agudas do SNC. Os fármacos algumas vezes são injetados diretamente no espaço subaracnóideo espinhal.
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Fonte: www.abc.med.br
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Via Intraperitoneal: por essa via, os fármacos penetram rapidamente na circulação através da veia porta. A injeção intraperitoneal é um procedimento laboratorial comum, embora raramente seja empregado na prática clínica. 
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Via Pulmonar: os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea absorção para o sangue, ausência de perda hepática de primeira passagem e, no caso das doenças pulmonares, a aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado. 
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PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS 
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ABSORÇÃO
Passagem da droga do seu local de aplicação até a corrente sangüínea.
Fatores Envolvidos da Absorção:
Ligados aos Medicamentos
Ligados ao Organismo
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 Membranas Celulares (Revisão)
Dupla camada (lipídeos) com cadeias de hidrocarboneto orientadas para dentro, (característica hidrofóbica). 
As proteínas exercem função de receptores que proporcionam vias de sinalização elétricas ou químicas e alvos seletivos para a ação de fármacos. 
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Transporte passivo
Transporte ativo 
Transporte facilitado
Pinocitose (líquidos)
Fagocitose (sólidos)
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Transporte através de Membranas (Fármacos)
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DIFUSÃO
Fonte: http://farm3.static.flickr.com
Difusão Facilitada: Participação de molécula transportadora (permeases), não há consumo de energia , substância move-se de acordo com o gradiente de concentração
Transporte Passivo/filtração (Lipossolubilidade)
Difusão Facilitada
Utilizadas por Moléculas apolares
Ex: Anestésicos, tranquilizantes, 
Antibióticos, hormônios e sedativos.
Difusão Simples
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Transporte Ativo
Há gasto de ATP (adenosina trifosfato) perdendo um fosfato e virando ADP (adenosina difosfato) – Contra o Gradiente de Concentração (Bomba Na+/K+) 
Fonte: http://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/09/ativo.jpg
Transporte ativo: células do túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica e TGI.
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drogas ácidas: ionizam-se pouco no estômago, portanto são bem absorvidas. Ionizam-se quase completamente no intestino ou no sangue, permanecendo nesses compartimentos.
drogas básicas: ionizam-se quase completamente no estômago, não sendo bem absorvidas pela mucosa estomacal. Ionizam-se muito pouco no intestino ou no sangue, sendo absorvidos pela mucosa intestinal.
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a droga que atinge a corrente sanguínea será distribuída a diferentes partes do organismo, em uma taxa que depende de vários fatores.
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Determina a quantidade máxima de droga que pode ser distribuída por minuto para órgãos e tecidos específicos, para uma dada concentração plasmática.
Tecidos mais ou menos irrigados receberão diferentes quantidades da droga; também o tempo de permanência das drogas nos tecidos irá variar.
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Inicialmente, fígado, rins, cérebro e outros órgãos com boa perfusão recebem a maior parte do fármaco.
A liberação para músculos, a maior parte das vísceras, pele e gordura a liberação é mais lenta.
Essa 2ª fase de distribuição pode levar minutos ou várias horas antes que a concentração do fármaco nos tecido esteja em equilíbrio com o sangue. 
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A segunda fase também envolve uma parte maior de massa corporal que a inicial e geralmente responde pela maior parte do fármaco distribuído.
A lipossolubilidade é um importante fator para a difusão do fármaco.
Oprincipal fator é a ligação do fármaco com proteínas plasmáticas. 
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Barreira hematoencefálica → Dificulta a passagem principalmente de substâncias hidrossolúveis, ionizadas ou polares. Glicose, aminoácidos, aminas, purinas e ácidos orgânicos → transporte ativo.
A menos que contrariamente comprovado, deve-se pressupor que todas as drogas atravessam a placenta e também penetram nas glândulas mamárias.
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As principais proteínas são: Albumina (ácidos) e α1- glicoproteína ácida (bases). 
O grau de ligação proteica das drogas depende de:
Afinidade entre droga e proteínas;
Concentração sanguínea da droga;
Concentração sanguínea das proteínas.
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Contribui para as diferenças nas concentrações das drogas em diferentes compartimentos corporais. 
A ligação às proteínas impede a ação do fármaco e geralmente limita o metabolismo do mesmo. 
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 A extensão da ligação plasmática (proteínas) também podem ser alterada por fatores relacionados com a doença. Por exemplo:
A hipoalbuminemia secundária a doença hepática grave ou a síndrome nefrótica levam à diminuição da ligação e o aumento da fração livre.
Desnutrição.
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 Do mesmo modo, as afecções que levam a uma resposta de reação de fase aguda (câncer, artrite, infarto do miocárdio) levam a altos níveis de α1- glicoproteína ácida e aumento da ligação de fármacos básicos. 
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O metabolismo é um processo alternativo que pode levar ao término da atividade biológica ou à sua alteração. Em geral os xenobióticos lipofílicos são transformados em substâncias mais polares e, portanto passível de excreção mais fácil.
Drogas e toxinas são agentes estranhos ao organismo.
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Drogas podem ser metabolizadas nos pulmões, sangue e fígado
O organismo converte as drogas em formas menos ativas e aumenta a sua hidrossolubilidade para melhorar a eliminação
Como por exemplo, barbitúricos lipossolúveis como o tiopental e o pentobarbital, teriam meias-vidas extremamente longas, não fosse seu metabolismo.
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Fígado – principal via do metabolismo das drogas
Fígado pode também converter pró-drogas (inativas) na sua forma ativa
Tipos de reações
Fase I (sistema do Citocromo P450)
Fase II
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Reações não-sintéticas ou catabólicas.
Em geral as reações de fase I convertem a droga original num metabólito mais polar, ao introduzir ou expor um grupo funcional (-OH, -NH2, -SH). Com freqüência, esses metabólitos são inativos, ou sua atividade é apenas modificada. 
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Hidrólise
Oxidação
Redução
Demetilação
Metilação
Metabolismo da Álcool-desidrogenase
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Grupo Polar (substância endógena) é conjugado com a droga
Resulta no aumento da polaridade da droga
Tipos de Reacções
Conjugação glucoronídio
É a reação de fase II mais importante, compostos que possuem grupos hidroxílicos ou carboxílicos conjugam-se facilmente com o ácido glicurônico, que é um derivado da glicose.
Conjugação da glicina
O reagente endógeno é a glicina Ex: ácido salicílico.
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Diferenças individuais na expressão gênica das enzimas hepáticas resultam em diferenças individuais na resposta a um medicamento.
 
Ausência de enzimas – resposta exacerbada à droga; 
Excesso de enzimas – resistência inata.
Outros fatores podem interferir no metabolismo das drogas:
 Dieta e fatores ambientais
 Idade e sexo
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A síntese enzimática elevada como resultado da presença de um composto exógeno é chamado de indução.
Drogas que promovem indução do seu próprio metabolismo → alto potencial de desenvolvimento de dependência (ex.: barbitúricos, nicotina, etc.).
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Quando duas drogas competem pela mesma enzima para o metabolismo para uma ou ambas as drogas, chamamos de inibição.
Um exemplo clinicamente importante dessa situação são as arritmias cardíacas, ou convulsões, produzidas pela teofilina quando essa droga é administrada concomitantemente com um antibiótico macrolídeo como a eritromicina.
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Indutores
Etanol, omeprazol, fenibarbital, rifampicina, tabagismo
Inibidores
Cimetidina, eritromicina, suco de pomelo, cetoconazol, quinidina
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Os fármacos são eliminados do organismo por biotransformação e excreção .
Rins e fígado:
Fígado: biotransformação – enzimas capazes de reduzir, oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos.
Rins: excreção dos fármacos e seus metabólitos.
Fármacos excretados na bile são eliminados nas fezes
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GLOMÉRULO
TUBO CONTORCIDO PROXIMAL- secreção ativa 
 (medicamento livre e ligado)
Reabsorção passiva (medicamento lipossolúvel não ionizado)
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Medicamento Livre
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 A figura anterior dá uma representação da estrutura funcional do rim: o néfron. A formação da urina se faz pela atuação de três mecanismos:
1. Filtração glomerular ao nível do glomérulo, não permitindo a difusão de compostos de ALTO peso molecular, excluindo as proteínas, principalmente a albumina. 
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2. Secreção tubular permitindo a passagem direta de substâncias de células em direção ao tubo onde se forma a urina.
3. Reabsorção tubular que permite às substâncias que tenham sido filtradas, passar novamente pelas células e desaparecer da urina.
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A excreção renal de metabólitos está diretamente relacionada à capacidade de excreção de creatinina.
 
Alterações no pH ou no fluxo urinário interferem na excreção renal das drogas. 
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Variação do pH pode aumentar, por exemplo, a fração da droga não-ionizada, promovendo reabsorção tubular. 
O aumento do fluxo diminui o tempo de contato, diminuindo a reabsorção tubular.
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Alguns metabólitos de drogas excretados na bile são hidrolisados, liberando a droga original, resultando em reabsorção e prolongamento do efeito → circulação enterohepática. 
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É grande a semelhança entre este mecanismo e aquele relacionado à secreção urinária dos medicamentos. Ele:
- Necessita de um aporte energético.
- Pode estar saturado
- Pode induzir a fenômenos de competição.
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Via principal de eliminação dos anestésicos gerais. 
O etanol também, mas não preferencialmente (teste do “bafômetro”).
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Filtração Glomerular amadurece com a idade, valores dos adultos atingidos pelos 3 anos de idade
Recém-nascido = fluxo sanguíneo renal, filtração glomerular e função tubular diminuídas, o que atrasa a eliminação das drogas.

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