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ATIVIDADE ACADÊMICA: QUÍMICA GERAL DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA PROF.: Gabriel Meneghetti Faé Gomes COMPORTAMENTO ELETRÔNICO A partir do conhecimento básico da estrutura do átomo, algumas questões passam a surgir: - Como podemos prever quais reações têm probabilidade de ocorrer? - O que define o comportamento dos átomos para formação dos compostos? Para entender estas questões, primeiramente temos que refinar o nosso entendimento acerca dos átomos. Para tanto, o estudo do seu comportamento eletrônico é uma etapa fundamental. O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO A luz visível que os nossos olhos conseguem detectar compreende apenas uma fração de todo um espectro eletromagnético que descreve uma série de radiações com propriedades e comportamentos distintos sobre as substâncias e os materiais. Tal espectro compreende radiações como a luz visível, os Raios X, as microondas, a radiação UV, entre outras: Como pode ser observado acima, as diferentes radiações do espectro eletromagnético diferem no seu comprimento de onda (λ) e na sua frequência (f). Mas o que vem a ser o espectro eletromagnético? É o intervalo completo da radiação eletromagnética, que contém desde as ondas de rádio, as microondas, o infravermelho, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, até a radiação gama. Sabendo a velocidade da luz (c) de 3,0 x 108 m/s, este valor pode ser aproximado para todas as radiações do espectro eletromagnético. Ao mesmo tempo, temos que: c = λ x f Isto é, podemos relacionar velocidade, comprimento de onda e frequência de cada uma das radiações acima mencionadas. A LEI DE PLANCK Max Planck, no início do Século XX, começou a explicar a relação entre a intensidade da radiação emitida e o seu comprimento de onda (ou frequência). Ele supôs que os átomos, vibrando em um objeto aquecido, causam a emissão de radiações do espectro eletromagnético. Mais ainda, a intensidade da energia liberada é quantizada, ou seja, a energia chega em pacotes de um certo valor que depende da frequência da radiação (ou do comprimento de onda). Para explicar quantitativamente, ele introduziu uma lei e uma constante, h, sendo esta a chamada constante de Planck, com um valor de 6,62 x 10-34-J.s. Na Lei de Planck, a constante relaciona a energia, E, de um pacote de quantum com a frequência da radiação eletromagnética: E = h x f. EINSTEIN E O FÓTON Até aqui, a luz e as outras radiações do espectro eletromagnético eram vistas como funções de onda, apenas. Einstein, a partir do seu experimento do efeito fotoelétrico (abaixo), incorporou alguns novos conceitos ao quantum de Planck. Resumidamente, o efeito fotoelétrico ocorre quando uma frequência mínima de certa radiação do espectro eletromagnético (que está relacionada com a energia, segundo a Lei de Planck), incidindo sobre um metal, provoca a ejeção de elétrons. Einstein então combinou estas observações experimentais com a Lei de Planck postulando que, para que isto pudesse ocorrer, a luz deveria ter propriedade de partículas, também. Estas partículas sem massa receberam o nome de fótons, que se comportam como pacotes de energia. Agora a luz, além de se comportar como onda, também se comporta como partícula; esta veio a ser o chamado comportamento dual da luz. Mas o que tudo isto tem a ver com a distribuição eletrônica dos átomos? O ESPECTRO DE LINHAS DOS ÁTOMOS Se uma elevada tensão á aplicada sobre os átomos, eles absorvem energia a passam ao chamado “estado excitado”. Os átomos excitados rapidamente emitem uma luz através de espectros de linhas, que é característico para cada tipo de átomo: MODELO ATÔMICO DE BOHR O físico dinamarquês Niels Bohr conseguiu, então, fornecer uma explicação acerca do fóton e da Lei de Planck com os espectros atômicos. Estudando o átomo mais simples, o hidrogênio, Bohr postulou que: I. os elétrons orbitando ao redor do núcleo poderiam ocupar apenas determinadas órbitas, ou níveis de energia, nos quais ele é estável; II. cada um desses níveis tem um valor determinado de energia; III. um elétron pode passar de um nível de energia a outro desde que absorva energia externa – quando isto ocorre, dizemos que o elétron foi excitado IV. a transição de retorno do elétron ao nível inicial ocorre via liberação de energia na forma de ondas eletromagnéticas. Os possíveis níveis de energia são 7, sendo descritos por letras e cada nível comporta um número máximo de elétrons: Nível N° máximo elétrons K 2 L 8 M 18 N 32 O 32 P 18 Q 8 Segue uma representação simplificada do modelo atômico após a contribuição de Bohr: SUBNÍVEIS DE ENERGIA Os níveis de energia (ou camadas) ao redor do núcleo são, por sua vez, formados por subdivisões, chamadas de subníveis. Cada subnível também recebe uma letra e comporta um número máximo de elétrons: Subnível N° máximo elétrons s 2 P 6 d 10 F 14 Os subníveis são ordenados em uma sequência crescente de energia e estão distribuídos conforme a figura abaixo em cada nível de energia: No entanto, considera-se que, na distribuição dos elétrons nos subníveis, há uma distribuição natural que faz com que sempre haja a tendência a uma situação para uma menor energia associada. Como consequência, os elétrons procuram distribuir-se nos subníveis de menor energia, desde que haja lugar disponível. Com isso, temos uma distribuição eletrônica dos elétrons nos níveis e subníveis conforme a indicação das flechas: Sendo assim, primeiramente, os elétrons ocupam o primeiro nível no subnível “s”, que possui uma lotação máxima de 2e-: 1s2. Depois, no segundo nível, o subnível “s”, que possui uma lotação máxima de 2e-: 2s2. Posteriormente, no segundo nível, o subnível “p”, que possui uma lotação máxima de 6e-: 2p2 Com isso, temos uma sequência: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, ... ORBITAIS Dentro de cada subnível, temos os orbitais, que são regiões onde os elétrons podem estar presentes dentro de cada subnível. Cada orbital comporta um número máximo de 2e-. os orbitais não representam a posição exata do elétron no espaço, que não pode ser determinada devido à sua natureza ondulatória; apenas delimitam uma região do espaço na qual a probabilidade de encontrar o elétron é elevada. Cada orbital (m) possui um formato que está relacionado com o respectivo subnível (n): NÚMEROS QUÂNTICOS A partir do estudo da distribuição eletrônica dos elétrons, podemos introduzir os números quânticos, que compõem uma sequência de números que descrevem a posição provável dos elétrons dentro da estrutura eletrônica. Número quântico principal (n): pode ter qualquer valor inteiro do 1 ao infinito. Está associado ao nível eletrônico e indica a distância entre o núcleo e o elétron. Número quântico de momento angular (l): indica o subnível correspondente. Subnível Nº quântico l Nº máximo elétrons s 0 2 P 1 6 d 2 10 F 3 14 Número quântico magnético (ml): está relacionado à orientação espacial dos orbitais em uma subcamada, uma vez que os orbitais em uma subcamada diferem apenas quanto à sua orientação no espaço. Número quântico de spin (ms): O número quântico de spin indica a orientação do elétron ao redor do seu próprio eixo. Como existem apenas dois sentidos possíveis, este número quântico assume apenas os valores -1/2 e +1/2, indicando a probabilidade de 50% de o elétron estar girando em um sentido ou no outro. EXERCÍCIOS – DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA 1. Smog designa-se, em termos genéricos, nevoeiro contaminado por fumaças. Smog fotoquímico é a poluição do ar, sobretudo em áreas urbanas, por ozônio troposférico e outros compostos originadospor reações fotoquímicas, reações químicas causadas pela luz solar. O efeito visível disto é uma camada roxa acinzentada na atmosfera. Descobriu-se esse tipo de smog pela primeira vez em Los Angeles, na década de 1940, e costuma-se acontecer em cidades com uma grande movimentação de veículos, que causam grande acumulação de poluentes, como o óxido nítrico (NO) e os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). A reação fotoquímica que inicia a produção do smog envolve a decomposição de NO, originado do escapamento de veiculas, e a energia necessária para quebrar a ligação N-O é de 1,04 x 10-18 J. a. Qual comprimento de onda da luz é necessário para iniciar o smog? (h = 6,62 x 10-34J.s) b. Que tipo de radiação eletromagnética inicia o smog? 2. A cor de muitas gemas (pedras preciosas) se deve a presença de íons na sua composição química. O rubi, por exemplo, é vermelho devido à presença de Cr3+. O belo violeta característico da ametista se deve a Fe3+ ou Mn3+. Observando a distribuição eletrônica de cada um destes íons, indique de qual nível energético, subnível e orbital cada um destes átomos perdeu elétrons do seu estado fundamental para a formação dos respectivos íons. 3. A partir da análise das distribuições eletrônicas a seguir, diga se as afirmações são verdadeiras ou falsas e justifique as respostas exclusivamente a partir da estrutura das distribuições eletrônicas. A: 1s22s22p63s2 B: 1s22s22p63s23p64s23d104p5 C: 1s22s22p63s23p64s23d10 D: 1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d105p6 a. O elemento A ganha 6e- para adquirir a estabilidade eletrônica. b. O elemento B possui o subnível “p” como o de maior energia associada. c. O elemento C é possui 3 níveis eletrônicos. d. O elemento D possui estabilidade eletrônica
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