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AÇÃO CAMBIAL E TÍTULOS DE CRÉDITOS

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AÇÃO CAMBIAL
CONCEITO: quando o devedor não cumprir a obrigação mencionada no título de crédito, surgirá o direito subjetivo em favor do credor de promover a cobrança o judicial do crédito. (Protesto, na teoria, não é meio de cobrança, é ato cambiário que comprova a recusa do aceite ou de pagamento e viabiliza a cobrança contra os coobrigados). A ação cambial está tanto no decreto que regula os títulos quanto no Código de processo civil.
ESPÉCIES: a) DIRETA: é a ação movida pelo portador legitimo. No caso o portador legitimo é o ultimo endossatário ou o beneficiário do titulo. Em geral ela é proposta sobre um algum ou todos os coobrigados; B) INDIRETA OU REGRESSIVA: o autor é um autor de pagamento, ele se tornou um titular do Direito de regresso. É alguém que não tem a máxima responsabilidade no titulo de credito e agora está procurando o reembolso dos valores. O réu vai figurar como um alguns ou todos coobrigados com mais responsabilidade do que o titular de direito de regresso.
MODALIDADES DE COBRANÇA: a) ação de execução – art. 784 NCPC (CAMBIAL); b) ação de enriquecimento sem causa ou locupletamento – hipóteses em que o título não perde o caráter cambial, mas deixa de ser título de ser titulo executivo extrajudicial (CAMBIAL); c) ação monitória de título prescrito – art. 700 NCPC – Admite a discussão da causa debendi; d) ação fundada na relação causal – originária do título, que serve com mero início de prova. Admite a discussão da causa debendi. 
DEFESA DO EXECUTADO: a fim de garantir os terceiros de boa-fé, dando à circulação dos títulos cambiários a segurança necessária para o crédito, de forma que sem temor e riscos possam eles ser negociada, a lei regula, de maneira estrita, as hipóteses em que o devedor, o réu na ação cambiária, pode opor exceções de defesa ao credor, negando-lhe legitimamente o pagamento. O princípio geral, na verdade, é o da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé, indicando a lei, de forma estrita, os casos em que a regra é derrogada, permitindo-se a oposição ao pagamento. 
Os embargos à execução são ação de conhecimento autônoma e incidental ao processo de execução, suspendendo-o, sendo movida pelo devedor e fundada em título executivo extrajudicial, na qual o executado impugna o crédito pretendido pelo exeqüente e a validade da relação processual executiva.
PRESCRIÇÃO CAMBIÁRIA: execução da letra de câmbio – contra o devedor principal e seu avalista – 3 anos a contar do vencimento; contra os co-devedores em 1 ano contado do protesto. Para exercício de regresso contra o co-devedor em 6 meses, a partir do pagamento ou do ajuizamento da execução. Prescrita a execução, o título de crédito poderá ser elemento de prova da obrigação, que ele representava em ação de conhecimento ou monitória.
ENRIQUECIMENTO INDEVIDO: através ação monitória, proposta nos cinco anos seguintes a prescrição do cheque ou nota promissória, como títulos de crédito. (ação de conhecimento portanto é lícito ao réu contestar, discutindo a relação jurídica originária do título). Prazo de acordo com o parágrafo 5º, inciso I, do art. 206 do CC, conforme jurisprudência do STJ.
LEGITIMIDADE: a) ATIVA: sendo a ação cambial uma espécie de ação executória, terá legitimidade passiva para propô-la aquelas pessoas descritas no art. 567 do Código de Processo Civil, o qual traz além do credor, portador do título executivo, as figuras do Ministério Público, do espólio, herdeiros ou sucessores, do cessionário e do sub-rogado; b) PASSIVA: por sua vez, figuram o devedor reconhecido no título executivo, o espólio, os herdeiros e sucessores do devedor, o novo devedor, o fiador judicial e o responsável tributário, conforme o disposto no art. 568, do CPC.
TÍTULOS DE CRÉDITOS
CONCEITO: documentos necessários para o exercício de um direito autônomo e literal nele contido, conforme dispõe o artigo 887, do Código Civil de 2002.
PRINCÍPIOS: a) CARTULARIDADE: necessidade de apresentar o documento; Os títulos de crédito materializam o próprio direito. EXCEÇÃO: Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. § 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento; b) LITERALIDADE: tudo o que estiver escrito no título de crédito representa o direito. Da mesma sorte, tudo que não estiver escrito, o não poderá ser cobrado/exigido; c) AUTONOMIA: cada transferência simboliza um negócio jurídico autônomo, independente.
CARACTERÍSTICAS: a) Força executiva: presunção de liquidez, certeza e exigibilidade; Satisfação de um direito inquestionável; b) Formalismo: requisitos formais devem ser atendidos para gozar de eficácia; c) Circulabilidade: fazer circular riqueza.
TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE: a) LETRA DE CÂMBIO: É um título à ordem, ou seja, é emitido em favor de uma pessoa determinada, mas que é transferível através de endosso. Trata-se de uma ORDEM de pagamento; b) NOTA PROMISSÓRIA: Trata-se de uma promessa de pagamento, que pode ser transferida por endosso e garantida por aval, porém não comporta aceite; c) CHEQUE: (Lei nº 7.357/85) Trata-se de uma ordem de pagamento em dinheiro e a vista. Transfere-se por endosso e pode ser garantido por aval, porém não comporta aceite.
PRAZOS: a) APRESENTAÇÃO: 30 dias: cheque apresentado na mesma praça da agência em que o cheque foi emitido; 60 dias: cheque apresentado em praça diferente da agência em que o cheque foi emitido; b) PRESCRICIONAL: 06 meses a partir da expiração do prazo de apresentação; c) AÇÃO DE REGRESSO: de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 06 meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado; d) AÇÃO DE IRREQUECIMENTO ILÍCITO: contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 02 anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59, da Lei do Cheque.
ACEITE: é a declaração produzida pela assinatura de quem o procede, se comprometendo ao pagamento do título ao seu beneficiário. O aceite pode ser parcial, podendo o tomador protestar o título pela fração que não foi aceita, consequentemente o vencimento antecipado e responsabilizando do sacador e dos coobrigados. O sacado não é obrigado aceitar.
AVAL: é a garantia cambial, constituída pela simples assinatura de quem o procede, a fim de garantir o pagamento de título de crédito. Pode ser firmado por terceiro estranho ao título ou por alguém que já seja obrigado. No aval surgem duas posições jurídicas: Avalista x Avalizado.
ENDOSSO: É o meio através do qual os títulos cumprem a sua função de circulação, não existindo uma limitação de quantidade de endossos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PIRES, Adriana C.. Ação cambial. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 20 nov. 2008. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.21673&seo=1>. Acesso em: 21 set. 2018.
ALBUQUERQUE, Lorena Barros. Noções introdutórias sobre títulos de crédito. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 30 mar. 2016. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.55521&seo=1>. Acesso em: 21 set. 2018.
HATJE, Luis Felipe. Breves noções da Teoria Geral dos Títulos de Crédito para análise da letra de câmbio. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 31 ago. 2015. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.54315&seo=1>. Acesso em: 21 set. 2018.
BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1a edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 21 set. 2018.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 março 2015. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 21 set. 2018.

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