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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
 EXAME DA ORDEM 
 
2ª FASE DIREITO CIVIL 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara 
Cível da Comarca de Palmas/TO 
 
 
 
 
 JULIA, estado civil..., profissão..., inscrita no CPF sob o 
n..., com endereço eletrônico..., domiciliada em 
Palmas/TO, residente..., vem, por seu advogado 
(instrumento de mandato acostado – doc. 1 e endereço 
profissional em ...), propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO pelo 
PROCEDIMENTO COMUM, com fundamento nos artigos 
318 e 319 do Código de Processo Civil, com pedido de 
TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA, em face de 
ALESSANDRA..., casada, empresaria, inscrita no CPF sob o 
n. ..., endereço eletrônico..., domiciliada em Palmas/TO, 
residente em..., pelos motivos de fato e de Direito a 
seguir expostos. 
 
 
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 I DOS FATOS 
 
 Alessandra, Ré na ação, passou a ofender a Autora em 
grupos e redes sociais, supostamente, por achar que 
estava sendo traída. 
 Assim, a Autora documentou todas as ofensas, por 
meio de ata notarial (doc. 2). 
 Em razão das ofensas, a Autora teve sua imagem 
abalada, está sofrendo constrangimento, com dificuldade 
para sair de casa e realizar entrevistas de emprego. 
 Dessa forma, como se verá a seguir, a Autora tem 
direito de ser reparada por todos os danos 
experimentados. 
 
 
 
 
 
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 II DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
 A ação versa sobre responsabilidade civil decorrente 
de ato ilícito. 
 A esse respeito, o artigo 5º, inciso X, da Constituição 
da República determina que: 
 “Art. 5º ... 
X – são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua 
violação”. 
 Além disso, os artigos 186 e 927 do Código Civil 
estabelecem que, aquele que causar dano a outrem, por 
ação ou omissão, tem o dever de indenizar. 
Como se vê, estamos diante de situação de 
responsabilidade civil subjetiva, que representa 
verdadeiro direito fundamental assegurado ao ofendido 
 
 
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de receber indenização pelos prejuízos experimentados 
por ato decorrente de culpa de outrem. 
No mesmo sentido, os artigos 944 e 953, também do 
Código Civil, estabelecem que a reparação deve ser 
integral. 
No presente caso, a Autora foi gravemente ofendida 
pela Ré, por ato voluntário, havendo nexo de causalidade 
entre a conduta e os danos. 
Diante da gravidade, a Autora estima seu dano moral 
em R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
Infere-se, assim, que a Ré merece ser condenada ao 
pagamento de indenização capaz de reparar 
integralmente o dano sofrido. 
 
 
 
 
 
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III DO CABIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA 
ANTECIPADA 
 
 A situação narrada coloca a Autora em situação de 
grave risco de dano, cabendo a concessão de tutela de 
urgência, nos termos do artigo 294 do Código de Processo 
Civil. 
Por sua vez, o artigo 300, do mesmo Código, 
estabelece que a tutela antecipada poderá ser concedida 
quando presentes os requisitos da probabilidade do 
direito, equivalente ao “fumus boni iures”, e também o 
perigo de dano irreparável ou risco ao resultado útil do 
processo. 
Como restou amplamente demonstrado, a Ré está 
violando a imagem da Autora, de forma injusta, 
caracterizada a probabilidade do direito (“fumus boni 
iures”). 
 
 
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 Além disso, caso não seja concedida a liminar, o dano 
se prolongará no tempo, uma vez que fotos, imagens e 
ofensas continuam publicadas nas redes sociais. 
Portanto, tem cabimento a tutela provisória 
antecipada incidental, com a finalidade de determinar à 
Ré que, imediatamente, exclua as publicações. 
 
 IV DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
 Desde logo, requer a Vossa Excelência a concessão da 
tutela antecipada, no sentido de determinar à Ré que 
exclua as ofensas publicadas, bem como se abstenha de 
realizar novas ofensas, sob pena de multa diária, a ser 
arbitrada por esse Juízo, nos moldes do artigo 536, § 1º, 
do Código de Processo Civil. 
 Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência a 
procedência do pedido de CONDENAÇÃO da Ré à 
obrigação de fazer no sentido de excluir todas as ofensas, 
 
 
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bem como abstenha-se de novas publicações, sob pena 
de multa diária, nos termos anteriores. 
 Requer, também, a CONDENAÇÃO da Ré ao 
pagamento de indenização, por danos morais, no valor de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais), com juros e correção 
monetária. 
Requer, ainda, a condenação da Ré ao pagamento das 
custas e honorários advocatícios de sucumbência, nos 
termos dos artigos 82, § 2º e 85, do Código de Processo 
Civil. 
Requer que, ao final, seja prolatada sentença, com 
resolução de mérito, como prevê o artigo 487, I, do 
Código de Processo Civil, sendo confirmada a tutela 
antecipada. 
A Autora provará o alegado por todos os meios em 
Direito admitidos, especialmente, pela juntada da ata 
notarial (art. 384 do CPC), e testemunhas que serão 
arroladas oportunamente. 
 
 
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 A Autora informa, em cumprimento ao inciso VII, do 
artigo 319, que tem interesse na realização da audiência 
de conciliação e mediação, sendo a Ré citada, nos termos 
do artigo 334 do Código de Processo Civil. 
 Por oportuno, requer a concessão da gratuidade de 
justiça, como autoriza o artigo 98 do Código de Processo 
Civil, por se tratar de pessoa pobre, na acepção jurídica 
do termo, sem condições de arcar com as custas e 
despesas processuais sem prejuízo alimentar próprio ou 
de sua família (declaração de pobreza acostada – doc ...). 
[ou informação de juntada das custas] 
Dá à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado... 
OAB n...