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1. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 1-A seguir, temos o início do Hino Nacional na versão original e na ordem direta: A versão no original... ... e na ordem direta Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico, e, nesse instante, o sol da Liberdade brilhou, em raios fúlgidos, no céu da Pátria. c. A ordem indireta é um recurso poético e causa dificuldade para o entendimento do texto. 2-A tirinha abaixo é de autoria do paulistano Salvador. Sobre ela, afirmamos: I. Trata-se de um texto claro, sem nenhum tipo de dupla interpretação. II. O texto é polissêmico, uma vez que a palavra “rede” assume dois significados no texto: lugar de descanso e ferramenta virtual. III. Não existe polissemia no texto devido ao emprego do termo específico “AOL” em relação ao termo rede. Resposta Selecionada: b. Apenas a II é correta. Correta: “b”. O termo “rede”, no texto, tem dois sentidos e, por isso, torna o texto polissêmico, ou seja, o leitor pode depreender que Ran entende de descanso ou entende que Ran conhece o mundo virtual. 3-Analise a figura abaixo e assinale a alternativa correta: b. Trata-se de um texto, porque é uma unidade de sentido com linguagem e permite, aos indivíduos, a comunicação. Correta: “b”. A cédula pode ser considerada um texto devido a sua relação com a sociedade, constituindo um instrumento de comunicação. As informações que constam na cédula são as específicas para o contexto do mundo econômico. Assinale a alternativa em que não ocorre polissemia: Correto: “e”. Trata-se de erro ortográfico, e não de duplo sentido. 5- Dentro do conhecimento da língua, há o conhecimento do léxico. Indique a expressão em que o numeral indica quantidade: c.Dois litros. Correta: “c”. O numeral é definido como a palavra que indica quantidade (ordem, fração), mas nós o empregamos em outros sentidos, como vemos nas outras alternativas. 6-Em uma situação formal de comunicação, o conhecimento linguístico é estabelecido pela padronização culta da língua. Assim, em qual das expressões abaixo o nível morfológico atende ao padrão culto da língua? d. Os relatórios estão complexos e completos. Correta: “d”. Em situações formais, o texto precisa atender à situação comunicacional e ser feito segundo a língua padrão culta. Por isso, a expressão adequada é aquela que atende à concordância entre as palavras. A expressão “é três horas” deveria ser: “são três horas”; “fabricação dos pipas” deveria ser: “fabricação das pipas”; “As minuta estão pronta” deveria ser: “As minutas estão prontas”; “abundamento” deveria ser: “abundância”. 7- Leia o poema: Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1980. Sobre a segunda estrofe do poema, consideramos correta a seguinte afirmação: b. A estrutura sintática é repetida três vezes (“Um homem vai devagar/Um cachorro vai devagar/Um burro vai devagar”), mostrando a mesmice da cidade. Correta: “b”. O poeta descreve uma cidade, deixando clara sua opinião sobre ela. Para o poeta, a cidade é monótona, sempre com os mesmos eventos. Para reforçar a repetição de eventos, o autor organiza as frases da segunda estrofe também com repetição. Assim, o assunto do texto e a sua organização sintática são reflexos um do outro no poema em questão. 8- Leia os poemas abaixo para indicar a resposta correta. Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1980. Quadrilha da sujeira João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o que na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. AZEVEDO, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007. I. Apesar do título e dos nomes semelhantes, não existe intertextualidade na relação entre os dois poemas, uma vez que o texto de Azevedo não recupera tematicamente o poema de Drummond. II. Azevedo trata de uma problemática da nossa sociedade: a falta de cuidado com o planeta ao criarmos muito lixo. III. Ambos os poemas têm a mesma estrutura na distribuição das frases. e. A II e a III estão corretas. Correta: “e”. A intertextualidade (relação entre textos) ocorre no poema de Azevedo que, de forma explícita, faz referência ao poema de Drummond por meio do título, dos nomes dos personagens, da estrutura poética. A intertextualidade não é cópia; o texto posterior sempre apresenta algo novo. No caso do texto de Azevedo, este recorre ao texto anterior (de Drummond) para contextualizá-lo com um tema da atualidade: o lixo. 9- Para a semântica, quando alguém enuncia uma sentença, nós sabemos em que situações a sentença seria verdadeira. Essa relação da referência a situações externas à língua sugere que os significados estão, de alguma forma, ligados ao mundo. Diante dessa concepção, identifique a sentença falsa com base no mapa: e. Entre os nomes de ruas da Lapa, não existe referência à religiosidade do povo local. Correto: “e”. Trata-se de uma afirmativa negativa, porque um nome de rua como Ns. da Lapa é uma demonstração de religiosidade, recuperando um nome santo - Nossa Senhora. 10- Para ler e produzir um texto, são necessários alguns conhecimentos, tais como: I. Conhecimento linguístico, que é saber ouvir/falar, ler/escrever com base em uma língua; II. Conhecimento de mundo, que consiste em saber assuntos que nos rodeiam; III. Conhecimento interacional, que consiste em saber como e em que situação um texto pode ser veiculado. a. Todas as afirmações estão corretas. Correta: “a”. Para ler e escrever um texto, precisamos de conhecimentos básicos, como o da língua (seja portuguesa, espanhola etc.), de mundo e interacional. 1- Assinale a alternativa incorreta: a. A coesão deve encadear ideias no texto. b. Os anafóricos retomam os termos no texto. c. Os catafóricos anunciam um fato a ser apresentado. d. A generalização marca uma conclusão. e. Um argumento decisivo acrescenta informação com ênfase no argumento contrário. 2-Leia o texto a seguir. Que tipo de coerência ele apresenta? “Ele ligou à noite para acalmar o desespero dela. Sentou no sofá de couro já gasto, acendeu a luz do abajur na sala já escura. Chamou por querida, clamou por perdão. Relatou o dia e prometeu reduzir os hiatos que os separava. A conversa deu fome. Ele levantou e procurou os últimos vestígios do jantar. Ela ficou saciada com um copo de leite quente preparado enquanto ele lhe fazia juras que seriam quebradas na manhã seguinte.” Fonte: <https://www.todamateria.com.br/coerencia-textual/>. Acesso em: 17 jun. 2018. a. Narrativa. b. Figurativa. c. Argumentativa.d. Espacial. e. Temporal. 3-Leia o texto a seguir. Verbo ser “QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer” ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem: a. No conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. 4- Veja a figura e indique o fator de textualidade predominante: a. Situacionalidade. b. Intertextualidade. c. Informatividade. d. Intencionalidade. e. Aceitabilidade. A pressuposição faz parte dos fenômenos linguísticos a respeito da construção dos sentidos na linguagem. Marque a alternativa abaixo que traz um enunciado com pressuposição. Respostas: a. “Eu vos declaro marido e mulher.” b. “Pedro não parou de bater na mulher.” c. “Declaro aberta a sessão.” d. “Estou com uma enxaqueca!” e. “João quebrou um prato.” Resposta correta: alternativa B. Comentário: Pelo enunciado podemos deduzir que Pedro batia na mulher. Pergunta 2 O que não podemos pressupor com a frase “Julinha foi minha primeira filha.” Respostas: a. Eu tenho outras filhas. b. Julinha é a filha mais velha. c. Eu não tenho filhos. d. As outras filhas nasceram depois da Julinha. e. Eu tenho filhos. Feedback da resposta: Resposta correta: alternativa E. Comentário: O léxico “primeira” pressupõe: que tenho outras filhas; que elas nasceram depois da Julinha; que Julinha é a mais velha. Mas não se pode pressupor que tenho filhos (tenho filhas, não filhos). Pergunta 3 Para entender a fala do pinheiro na tira abaixo, é preciso que o leitor deduza que: Respostas: a. Pela expressão feliz do pinheiro, ele não gosta da época natalina. b.Pela distância entre os pinheiros que conversam e os outros no fundo da tira, os pinheiros que conversam são contrários aos outros pinheiros, que gostam do Natal. c. Pelos cortes dos pinheiros, o pinheiro que fala está aliviado por não ter sido cortado para se tornar árvore de Natal. d. Pela expressão feliz do pinheiro, ele gosta da época natalina, apesar de ser uma época cansativa com tantos preparativos. e. Pela imagem, há muitos pinheiros no local. Resposta correta: alternativa C. Comentário: Pela proximidade de árvores cortadas, podemos deduzir que o alívio do pinheiro não se deve ao fato de ele gostar ou não do Natal, mas por não ter sido cortado e transformado em árvore de Natal. Por não ter morrido, enfim. Pergunta 4 Qual é a informação implícita – o subentendido – no cartum abaixo? . a-No mundo dos negócios, o predomínio é masculino. Nesse universo dá-se à mulher um papel inferior, o de buscar um “cafezinho”. Pergunta 5 A ilustração é do site “Tsunami: des images pour le Japon” em solidariedade aos japoneses. Explica-se que no centro do peito da personagem o círculo está na cor vermelha. Após a leitura da imagem, assinale a alternativa falsa sobre a situação textual: c.Por causa dos elementos formadores da imagem, o texto não exige um leitor com conhecimento sócio-histórico sobre tsunami para a construção de sentido do discurso. Resposta correta: alternativa C. Comentário: O texto tem um contexto imediato e exige do leitor conhecimento social, histórico, sobre o assunto do texto. Somente com esse conhecimento o leitor terá de fato compreensão sobre o que lê. Pergunta 6 Abaixo temos uma charge do famoso Angeli. Observe-a e indique a alternativa incorreta. Folha de S. Paulo. 20 abr. 2001. A flora brasiliense Fraudulência (Vegetale corruptus) – Árvore da família das Maracutaias, suas sementes chegaram ao país com as caravelas, e hoje, mesmo com raízes espalhadas por todo o território nacional, seu caule espesso e sua copa frondosa estão fincados no Planalto Central, bem no coração do Brasil. a. O leitor reconhece nessa charge o contexto imediato, pois é fácil recuperar a notícia à qual a charge se vincula. Resposta correta: alternativa A. Comentário: Uma charge de jornal sempre se refere a fato noticiado no mesmo dia, assim, a charge em questão trata de uma notícia contemporânea veiculada na mídia. Por isso é difícil para o leitor, em uma época bem posterior a sua publicação, recuperar essa notícia. O contexto imediato da charge é sabido quando o leitor toma conhecimento da notícia e da charge na mesma época em que elas foram publicadas. Pergunta 7 Leia o texto abaixo: Aquecimento global pode acabar com o pão francês Débora Spitzcovsky, 16 de maio de 2011 Já pensou em ter que tirar, para sempre, da sua dieta o delicioso pão francês? Pois um estudo realizado pelos pesquisadores da Scienceconcluiu que, por culpa do aquecimento global, estamos cada dia mais perto dessa realidade. A pesquisa analisou o impacto das mudanças climáticas nas quatro principais culturas consumidas pela população mundial – trigo, arroz, milho e soja – e concluiu que a produção do trigo é a mais afetada pelo aumento da temperatura: atualmente, ela está 5,5% menor do que se os termômetros não tivessem subido e a tendência é essa porcentagem aumentar junto com a temperatura global. Sendo assim, a produção de todos os alimentos à base de trigo – como pães, massas e bolachas – sofrerá redução, mas a maior ameaça é à fabricação do pão francês. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, a iguaria – também conhecida como cacetinho, média e carioquinha, entre outros nomes, pelo Brasil afora – é uma das que possui maior teor de glúten: uma proteína encontrada na semente do trigo. Ainda segundo os cientistas, por enquanto os avanços nas tecnologias de produção estão dando conta de combater os efeitos da natureza e manter o ritmo de fabricação da iguaria, mas, quanto mais a temperatura subir, mais difícil será evitar o desaparecimento do pãozinho francês. Será que, com essa notícia, mais pessoas se animam a lutar contra o aquecimento global? Texto disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/aquecimento-global-pode-acabar-com-o-pao- frances/ O texto acima apresenta discurso de divulgação científica. Ele é constituído a partir de dois discursos, que são: Resposta Selecionada: e. O discurso da ciência e do jornalismo. Resposta correta: alternativa E. Comentário: Não podemos nos esquecer de que o autor desse tipo de texto é o jornalista. Assim, temos a mistura de linguagem da ciência, que faz as descobertas, e do jornalismo, que divulga tais descobertas. O jornalista torna mais acessíveis os acontecimentos científicos. Pergunta 8 Leia o texto abaixo: Aquecimento global pode acabar com o pão francês Débora Spitzcovsky, 16 de maio de 2011 Já pensou em ter que tirar, para sempre, da sua dieta o delicioso pão francês? Pois um estudo realizado pelos pesquisadores da Scienceconcluiu que, por culpa do aquecimento global, estamos cada dia mais perto dessa realidade. A pesquisa analisou o impacto das mudanças climáticas nas quatro principais culturas consumidas pela população mundial – trigo, arroz, milho e soja – e concluiu que a produçãodo trigo é a mais afetada pelo aumento da temperatura: atualmente, ela está 5,5% menor do que se os termômetros não tivessem subido e a tendência é essa porcentagem aumentar junto com a temperatura global. Sendo assim, a produção de todos os alimentos à base de trigo – como pães, massas e bolachas – sofrerá redução, mas a maior ameaça é à fabricação do pão francês. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, a iguaria – também conhecida como cacetinho, média e carioquinha, entre outros nomes, pelo Brasil afora – é uma das que possui maior teor de glúten: uma proteína encontrada na semente do trigo. Ainda segundo os cientistas, por enquanto os avanços nas tecnologias de produção estão dando conta de combater os efeitos da natureza e manter o ritmo de fabricação da iguaria, mas, quanto mais a temperatura subir, mais difícil será evitar o desaparecimento do pãozinho francês. Será que, com essa notícia, mais pessoas se animam a lutar contra o aquecimento global? Texto disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/aquecimento- global-pode-acabar-com-o-pao-frances/ O gênero textual divulgação científica utiliza-se de elementos didáticos. No final do terceiro parágrafo do texto, percebemos um desses elementos (“é uma das que possui maior teor de glúten: uma proteína encontrada na semente do trigo. ”). O elemento utilizado aqui seria a: a. Definição. Comentário: A jornalista emprega um termo (glúten) que, na concepção dela, não será facilmente entendido, assim, ela continua o texto dando a definição do termo. Pergunta 9 Na tirinha a seguir, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para: Resposta Selecionada: e. criticar a falta de perspectiva do pai. Feedback da resposta: Resposta correta: alternativa E. Comentário: A metáfora é uma figura importante presente na nossa fala cotidiana e em textos mais específicos como o literário. Na tirinha, a metáfora é a comparação entre a bicicleta e a vida do pai do garoto: ambas não saem do lugar. A metáfora, então, representa a estagnação da vida do pai do menino. Pergunta 10 O gênero textual divulgação científica: b. Tem função essencialmente socioeducativa. Feedback da resposta: Resposta correta: alternativa B. Comentário: A função da divulgação científica relaciona-se ao ensinamento. Continua vigorando em diversas revistas e jornais. Resposta correta: alternativa A. Comentário: A informação subentendida, aquela que não é dita explicitamente, é a desigualdade entre homem e mulher no mundo dos negócios. A mulher é inferiorizada nesse mundo. 1-A alternativa que apresenta uma incorreção é: Resposta Selecionada: e. A letra “h” sempre representa um fonema. Respostas: a. O fonema está diretamente ligado ao som da fala. b. As letras são representações gráficas dos fonemas. c. A palavra “tosse” possui quatro fonemas. d. Uma única letra pode representar fonemas diferentes. 2- Observe a tirinha e as afirmativas a seguir. João e Maria são o governo. As migalhas são a verba para saúde e educação. Os passarinhos que bicam as migalhas são aqueles políticos. Há metáforas em: e : I, II e III. Pergunta 3 Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer. QUEIROZ, R. O Estado de S. Paulo. 09 mai 1998 (fragmento adaptado). Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se: a. Na fonologia. b. No uso do léxico. c. No grau de formalidade. d. Na organização sintática. e. Na estruturação morfológica. 4*-Saber quais são os propósitos do texto diz respeito a que tipo de conhecimento interacional? Respostas: a. Comunicacional. b. Ilocucional. c. Metacomunicativo. d. Superestrutural. e. Linguístico.
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