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CEBOLINHA
CHEIRO-VERDE
COENTRO
SALSA
Coleção
Passo a Passo
CEBOLINHA
CHEIRO-VERDE
COENTRO
SALSA
 
Saiba como cultivar hortaliças para semear bons negócios
CHEIRO-VERDE
 Agricultura Familiar
 Série
Expediente
REALIZAÇÃO
SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO 
E PEQUENAS EMPRESAS
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
ROBERTO SIMÕES
Diretor-Presidente
LUIZ BARRETTO
Diretor Técnico
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS
Diretor de Administração e Finanças
JOSÉ CLAUDIO DOS SANTOS
Gerente da Unidade de Agronegócios
ENIO QUEIJADA 
Gerente da Unidade de Marketing e Comunicação
CÂNDIDA BITTENCOURT
Coordenadora da Carteira de Orgânicos, 
PAIS e Horticultura
NEWMAN COSTA
APOIO TéCNICO
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES ESTADUAIS 
DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL 
(ASBRAER)
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO 
RURAL DO DISTRITO FEDERAL 
(EMATER-DF)
SEBRAE 
SGAS 604/605 – Módulos 30 e 31 – Asa Sul 
Brasília – Distrito Federal
CEP: 70200-645 – Telefone: (61) 3348 7100
www.sebrae.com.br
www.sebrae.com.br/setor/horticultura
Central de Relacionamento Sebrae
0800 570 0800 
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 5
1º Passo – MODALIDADES DE CULTIVO ........................................................................ 6
2º Passo – ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO .................... 8
3º Passo – ESCOLHA DA CULTIVAR ............................................................................... 11
4º Passo – FORMAÇÃO DE MUDAS E SEMEADURA .................................................. 14
5º Passo – TRATOS CULTURAIS ...................................................................................... 16
6º Passo – CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ........................................................ 20
7º Passo – COLHEITA E PÓS-COLHEITA ....................................................................... 22
8º Passo – COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO DE VALOR .................................... 24
9º Passo – COMPORTAMENTO DE MERCADO............................................................ 25
10º Passo – LEVANTAMENTOS DE DADOS PARA FAZER ORÇAMENTO ................. 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 29
ANOTAÇÕES .......................................................................................................................30
Editorial
Série Agricultura Familiar 
Coleção Passo a Passo Cheiro-Verde
 
Produção Editorial
PLANO MÍDIA COMUNICAÇÃO
(planomidia@gmail.com)
(61) 3244 3066/67 e 9216 5879
Supervisão editorial
NEWMAN COSTA (SEBRAE)
Edição
ABNOR GONDIM (PLANO MÍDIA)
Responsável técnico
FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, 
Eng. Agr., MSc. Fitotecnia
 
Autores
FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, 
Eng. Agr., MSc. Fitotecnia 
 
DANIEL BARBOSA DA SILVA 
Engenheiro Agrônomo
EMATER-DF
LUCIANA DA SILVA
Economista Doméstico NS
EMATER-DF
LUCIANA UMBELINO TIEMANN BARRETO
Eng., Agr., MBA - Avaliação Impacto Ambiental
 
RENATO DE LIMA DIAS
Eng. Agr. MSc. Economia Rural
EMATER-DF
Projeto Gráfico e Diagramação
BRUNO EUSTÁQUIO
 
Revisão
ELIANA SILVA
Fotos
GABRIEL JABUR NETO, NAIANA ALVES e 
FELIPE BARRA
Agradecimento
Produtor: Agnaldo Alves da Silva 
Chácara 146 – P.Sul/P.Norte, Ceilândia, Brasília – Dis-
trito Federal. Ao consultor técnico SILVIO CALAZANS 
(siviocalazans@bol.com.br) pela sessão das fotos: 
túnel, gotejamento e mulching
© Copyright 2011, SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL MEDIANTE A CITAÇÃO DA FONTE.
Distribuição gratuita 
O arquivo dessa publicação está disponível em www.sebrae.com.br/setor/horticultura
Não são permitidas reproduções para fins comerciais
ISBN
CEBOLINHA
CHEIRO-VERDE
COENTRO
SALSA
Coleção
Passo a Passo
CEBOLINHA
CHEIRO-VERDE
COENTRO
SALSA
 
Saiba como cultivar hortaliças para semear bons negócios
CHEIRO-VERDE
 Agricultura Familiar
 Série
HORTALIÇAS: CHEIRO-VERDE 
 COENTRO + CEBOLINHA 
 SALSA + CEBOLINHA
Agricultura Familiar
Cultive Renda e Sustentabilidade
A produção de hortaliças é a atividade que mais se identifica como opção de agronegócio para os 
produtores rurais familiares. As informações aqui contidas destinam-se para produtores rurais que já 
cultivam ou estão interessados no plantio do cheiro-verde de forma lucrativa e sustentável. 
Nesta publicação, o Sebrae busca oferecer informações que possibilitem o aumento da renda e de 
competividade dos negócios produzidos na pequena propriedade rural. Traz orientações tecnológicas 
e de mercado baseadas nos princípios das Boas Práticas Agrícolas, ou seja, tornar a agricultura menos 
dependente de produtos químicos, menos agressiva ao meio ambiente, mais socialmente correto e, 
por conseguinte, mais sustentável.
A principal finalidade da Coleção Passo a Passo, da série Agricultura Familiar, é oferecer infor-
mações sobre o que, quando, quanto e como produzir hortaliças. Isso tudo por meio de ações que 
gerem renda sem comprometer o aproveitamento da natureza pelas futuras gerações.
Boa Leitura. Bom plantio. Bons lucros
Apresentação
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde6
1º PASSO
Produtor no momento de definir a modalidade de cultivo, considerar os fatores de produção 
e de mercado para o sucesso do seu negócio 
MODALIDADES DE CULTIVO
O cheiro-verde é cultivado em todo o território nacional, se caracteriza como uma das opções 
mais exercitada pelos produtores da base familiar, ou seja, constituindo como principal renda familiar 
e que exploram pequenas áreas agrícolas nos cinturões verdes nos arredores dos grandes centros 
urbanos. Em outras localidades, o coentro, cebolinha e salsa, embora comercializado sozinho, são 
denominados de cheiro-verde. 
Os fatores da decisão
A cultura do cheiro-verde pode ser plantada, por agricultores familiares, em diferentes modali-
dades de cultivo. Nesta publicação, estão as mais utilizadas no Brasil. No entanto, cabe ao produtor 
rural a tomada de decisão para determinar a que melhor se adapta a sua realidade.
 
 Uma boa escolha deve levar em consideração os fatores de produção:
• clima
• solo
• água
• infraestrutura e outros
Deve-se também observar os fatores de mercado:
• proximidade do mercado consumidor
• tamanho da área
• canais de comercialização e outros
A definição da modalidade de cultivo é o passo mais importante para o sucesso do plantio.
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 7
1. Plantio a campo aberto 
Realizado durante o ano todo. Os canteiros geralmente são de 0,8 a 1,0 m de largura e comporta 4,0 
a 5,0 fileiras longitudinais de plantas, com espaçamento variando de 10 a 25 cm entre plantas, de acordo 
com as culturas e suas cultivares que compõem o cheiro-verde. O sistema de irrigação mais adotado é 
o de aspersão convencional, ou seja, pelo fácil manejo e adaptabilidade ao plantio de hortaliças (folhas). 
 
2. Plantio protegido – Túnel 
O túnel é construído com arcos de aço 
galvanizado de 1 polegada colocada sobre 
os canteiros, numa distância entre os arcos 
de 3,50 m e entre os pés dos arcos 3,20 m, 
com altura final 1,80 m. É colocado o filme 
plástico (longa vida de 75 micras, com 4,0 m 
de largura), que é esticado sobre os mesmos 
e fixado nas extremidades do túnel em peças de madeira enterradas no solo. Também são colocados sobre o filme 
plástico, nos intervalos dos arcos, cintas de filme plástico de 200 micras de espessura por 20 cm de largura parafixação do túnel. A dimensão do túnel padrão é de 3,20 m de largura por 50 m de comprimento, que comporta dois 
canteiros. O sistema de irrigação adotado é o de gotejamento, pela maior aplicabilidade para o uso da fertirrigação. 
Essa modalidade de cultivo recomenda-se somente para período de muitas chuvas ou de inverno extremamente 
rigoroso, que venha inviabilizar a produção do cheiro-verde. Embora seja um investimento a mais no sistema de 
produção, apresenta vantagens competitivas: possibilidade de plantio nas épocas de verão muito chuvoso ou inverno 
extremamente frio, colheita na entressafra, época de melhores preços; precocidade da colheita; ampliação no período 
de safra; melhora a qualidade do produto, principalmente na pós-colheita, há menores gastos com agrotóxicos, 
adubos e mão de obra e há o aumento da produtividade.
Lavoura de cebolinha e coentro irrigada com sistema de irrigação convencional
Produtor rural utilizar somente a modalidade de túnel na época muita chuvosa 
ou extremamente fria, permitindo produção na entressafra 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde8
2º PASSO
Levantamento de canteiros com rotoencanteirador acoplado ao trator
ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E
ADUBAÇÃO DO SOLO
Após a escolha da modalidade de cultivo, deve-se adotar as seguintes operações para o bom uso 
da terra:
Análise do Solo
Método usado para avaliar as propriedades químicas e físicas do solo. Com base nos seus resul-
tados, é possível conhecer a quantidade de nutrientes, de matéria orgânica e o nível de acidez do 
solo, bem como sua textura. Isto possibilita determinar as limitações, necessidades de corretivos e 
fertilizantes orgânicos e minerais do solo, a fim de proceder corretamente a calagem e a adubação 
organomineral de plantio. 
É importante considerar ainda (outros parâmetros da análise do solo) as informações de equilíbrio 
de bases da capacidade de trocas catiônicas (CTC), relação entre cálcio/magnésio, cálcio/potássio e 
magnésio/potássio e a condutividade elétrica do solo, que são componentes essenciais para o equilí-
brio solo/planta. 
Preparo e Correção do Solo 
Proceder à operação de limpeza da área, a aração, gradagem e levantamento dos canteiros e no 
plantio em túnel, poderá também usar mulching. Na operação do encanteiramento, deve-se evitar o 
uso excessivo do rotoencateirador, por causar a destruição da estrutura do solo e propiciar a compac-
tação do subsolo, que deformam e prejudicam o desenvolvimento e crescimento das raízes. Caso seja 
necessário realizar a descompactação do solo com equipamento escarificador ou subsolador. É impor-
tante também que todas as operações no solo sejam feitas no sentido do nível do terreno para diminuir 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 9
erosões, conservando o solo e a água. Em solos já trabalhados, principalmente em cultivo protegido é 
conveniente a subsolagem anual para prevenir a compactação do solo, bem como, permitir através das 
chuvas ou da irrigação, a lavagem do excesso de sais, que porventura existam no solo.
 A calagem consiste na aplicação de corretivo agrícola, preferencialmente o calcário, com a fina-
lidade de corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio e magnésio, às plantas. Com base na análise do 
solo, se recomenda a quantidade de calcário necessário, haja vista, que o excesso de calcário por elevar 
inadequadamente o pH, cálcio e magnésio, e causar desordens nutricionais (diminuir a disponibilidade 
de micronutrientes do solo para a planta), diminuindo a produtividade das culturas que compõem o 
cheiro-verde. A calagem deve ser feita, no mínimo, três meses antes do plantio, preferentemente, com 
o calcário dolomítico (cálcio e magnésio), distribuir e incorporá-lo a metade da dosagem pela ocasião 
da aração e a outra metade na gradagem.
Adubação Organomineral do Solo de Plantio
Consiste na aplicação de adubos orgânicos e minerais no solo, antes da semeadura ou transplantio, 
das culturas que compõem o cheiro-verde e deve ser baseada na análise de fertilidade do solo, em 
decorrência da exigência da cultura e nos sistemas de produção, tais como: campo aberto ou protegido.
A adubação organomineral de plantio deve seguir os parâmetros de cada região especifica do País. 
Como exemplo tem a recomendação para latossolos da região do Distrito Federal e adaptada para a 
região do Centro-Oeste.
Adubação orgânica
As culturas que compõem o cheio-verde, 
respondem à adubação orgânica, especialmente 
em solos de baixa fertilidade e/ou compactados. 
É fundamental que o adubo esteja bem curtido. 
Recomenda-se em geral o esterco de gado na do-
sagem de 30 toneladas por hectare ou um terço 
no caso de esterco de galinha. Acresce ainda que 
a adubação orgânica melhore a estrutura do solo 
e com isto libera e facilita a absorção de nutrientes 
pelas plantas e diminui o gasto com a adubação 
mineral.
Adubação mineral
A adubação mineral para fósforo e potássio 
dependerá do nível de fertilidade do solo: o fós-
foro pode variar de 0 até 350 kg/ha de P205 e o 
potássio de 0 até 100 kg/ha de K20. Com relação 
ao Nitrogênio, de modo geral recomenda 50 kg/ha 
de N. Os micronutrientes, principalmente o boro e 
o zinco, ficam na dependência do histórico da área 
e da exigência da planta. 
Adubação orgânica melhora a estrutura do solo e disponibiliza água 
e nutrientes para as plantas
Adubação mineral disponibiliza nutrientes essenciais para o 
desenvolvimento das plantas 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde10
Tabela 1. Recomendação de adubação mineral para as culturas coentro, salsinha e cebolinha para 
produção em latossolos no Distrito Federal e adaptada em latossolos da região Centro-Oeste (kg por 
hectare). 
Fósforo Potássio
P (ppm) P2O5 (kg/ ha ) K (ppm) K2O (kg/ ha )
menos de 10 250 – 35 menos de 10 75 – 100
de 10 a 60 150 – 2500 de 60 a 120 50 – 75
de 30 a 30 50 – 150 de 120 a 240 0 – 50
Mais de 60 0 – 50 Mais de 240 -x-
Fonte: EMATER-DF/EMBRAPA/CNPH
Para solos de baixa fertilidade, em geral, recomenda-se 250 kg/ha de sulfato de amônia, 1500 kg/
ha de superfosfato simples e 150 kg/ha de cloreto de potássio ou 2000 kg/ha do fertilizante mineral 
4-14-8. Nesta recomendação, utilizar 30 kg/ha de Bórax e 30 kg/ha de Sulfato de Zinco. 
Distribuição e incorporação da adubação organomineral 
 O sistema mais utilizado consiste em fazer a distribuição do adubo orgânico a lanço sobre os 
canteiros, seguida de incorporação, que é feita utilizando enxadão ou enxada rotativa do microtrator 
e posteriormente os fertilizantes minerais, são distribuídos e incorporados, nos canteiros da mesma 
maneira da adubação orgânica. Usando a encanteiradeira acoplada a tratores os processos de incorpo-
ração dos adubos e levantamento dos canteiros são realizados simultaneamente, possibilitando uma 
grande redução nos custos. No caso do mulching (uso do plástico para cobertura de canteiros), para 
cultivo protegido (túnel) devem ser maiores os cuidados para que o solo fique livre de torrões. 
A distribuição e a incorporação de fertilizantes orgânicos e minerais com microtrator com enxada rotativa é prática comum entre 
os produtores familiares 
Para interpretação da análise de solo e recomendação da adubação mineral, procurar o serviço 
de Extensão Rural ou um Profissional Especializado
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 11
3º PASSO
As culturas que compõem o cheiro-verde são: coentro, cebolinha e salsinha
ESCOLHA DA CULTIVAR
O cultivo do cheiro-verde no Brasil apresenta excelentes perspectivas de expansão, conside-
rando toda a cadeia produtiva, principalmente o elo mercado/consumidor, que é sem dúvida o 
determinante na aceitação do produto e na lucratividade do negócio.
Existediversas cultivares das culturas que compõem o cheiro-verde, com diferentes caracterís-
ticas para o mercado brasileiro. 
 
Cultivares apropriadas
Na escolha da cultivar o produtor deve levar em consideração:
 A seguir, enumeramos as características das principais cultivares disponíveis no mercado das 
culturas que compõem o cheiro-verde. 
 
Fatores de mercado:
• Proximidade do mercado consumidor;
• Tamanho de mercado;
• Canais de comercialização e outros.
Fatores de produção:
• Modalidade de cultivo a ser usada;
• Sistema de irrigação a ser usado;
• Resistência a doenças, pragas;
• Época de plantio e outros.
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde12
Tabela 3. Principais cultivares no mercado e suas características – Salsa
Nome
Características das folhas 
Início de Co-
lheita (dias)
Empresa 
Comercial
Cor Tipo Altura (cm)
Graúda Português Verde-escura Lisa 12 a 22 60 a 80
Isla, Feltrin, 
Horticeres
Salsa Lisa Verde-escura Lisa 10 a 22 55 a 75
Isla, Feltrin, 
Horticeres
Salsa Lisa HT Verde-escura Lisa 30 a 40 60 a 70 Hortec
Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar 
outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio.
Cebolinha: Conhecida como cebolinha verde ou 
comum, (Allium fistulosum L.) originária do Oriente, 
ou da Sibéria, possui folhas numerosas, fistulosas, 
que formam um touceira com comprimento variando 
de 25 a 35 cm , cor verde (clara ou escura) e com me-
lhor adaptabilidade em temperaturas amenas e frias.
Salsa: Conhecida como salsinha, (Petroselinum 
crispum (Mill.). Nym), originária da Europa, com fo-
lhas lisas, cor predominante verde-escura, com altu-
ra variando de 12 a 40 cm, e com melhor adaptabili-
dade em temperaturas amena, não muito frias, nem 
muito quentes (em torno de 20 ºC).
Tabela 2. Principais cultivares no mercado e suas características – Cebolinha
Nome Características das folhas Início de Colheita 
(dias)
Empresa Comer-
cial
Cor Perfilhamento
Verde Verde - 100 a 120 Isla
Todo Ano Verde-clara - 80 a 100 Horticeres
Todo Ano Verde-médio Bom 80 a 100 Feltrin
Kujo Futonequi Verde-escura Bom 80 a 100 Takii Seed
Natsul Hossonequi Verde-escura Bom 80 a 100 Takii Seed
Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar 
outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio. 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 13
 Coentro: Conhecida como salsinha chinesa, 
(Coriadrum Sativum L.), originária da Costa do Me-
diterrâneo (Sul da Europa, Oriente Médio e África do 
Norte), folhas com cor predominante verde-escura, 
com altura variando de 30 a 40 cm e com melhor 
adaptabilidade em temperaturas quentes.
Tabela 4. Principais cultivares no mercado e suas características – Coentro
Nome
Características das folhas 
Início de 
Colheita 
(dias)
Empresa 
Comercial
Cor Tipo Altura (cm)
Português 
Super
Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Isla
Verdão 
Super
Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Isla
Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Horticeres
Português Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Agrocinco
Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Agrocinco
Português 
HT
Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Hortec
Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Hortec
Americano 
HT
Verde-escura Lisa 25 a 35 50 a 60 Hortec
Português Verde-escura Lisa Grande 50 a 70 Agristar
Super Ver-
dão
Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Agristar
Verdão Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Feltrin
Português 
Pacífico Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Feltrin
Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar 
outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio. 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde14
4º PASSO
Formação de mudas em sistema protegido para pequeno produtor familiar 
FORMAÇÃO DE MUDAS E 
SEMEADURA
 
Cebolinha 
Sementeira
As mudas devem ser formadas em sementeiras. Entretanto, devido ao baixo custo, praticidade 
e qualidade das mudas, tem se dado preferência à utilização de bandejas de isopor ou polietileno, 
com 288 ou 400 células (orifícios).
Sementes e semeadura
As sementes para formação de mudas são as nuas, em decorrência do baixo preço praticado 
no mercado. Semeadas manualmente ou com o auxílio de semeadores encontrados no mercado.
A semeadura deve ser feita no centro da célula, na profundidade de 0,5 cm, em seguida, deve-se 
cobrir as sementes com o próprio substrato com uma fina camada de vermiculita (mineral usado 
como substrato que atua como condicionador de solos, propiciando aeração e retenção de água) 
ou do próprio substrato. 
A irrigação deve ser feita de duas a três vezes ao dia, dependendo da condição climática, evi-
tando-se o excesso de água. 
 
 Bandejas e manejo
Após o semeio, as bandejas devem ser irrigadas e empilhadas na sombra até o início da germi-
nação, quando deverão ser levadas a uma casa de vegetação (estufa) coberta com plástico apro-
priado e com telado antiafídeo (contra a praga pulgão), de forma a evitar a entrada de insetos 
transmissores de viroses. As bandejas devem ser colocadas em suportes apropriados, que devem 
ser nivelados na altura de 0,8 a 1m do solo, facilitando desta forma o manejo, e evitando que não 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 15
comprometa a poda das raízes pela luz.
Existe a possibilidade de aquisição de mudas prontas, sob encomenda, de viveiristas comerciais 
idôneos. Também, é corriqueiro, a prática de troca de mudas entre os produtores, que geralmente 
apresentam baixo padrão fitossanitário. 
Coentro e Salsa 
Semeadura direta
O cultivo do coentro e da salsa dispensa a produção de mudas. A semeadura é realizada por 
sementes distribuídas diretamente nos canteiros, em linha contínua, nos sulcos de (1 – 2 cm) de 
profundidade e distanciados de 20 a 40 cm, um dos outros. A distribuição das sementes preferen-
cialmente é manual ou com o emprego de semeadeira manual. 
Qualquer que seja o método, atenção especial deve ser dada à profundidade do semeio, haja 
vista, se o semeio foi muito profundo (maior que 2,0 cm), as plântulas podem não emergir. Por 
outro lado, se o semeio foi muito superficial (menor que 1,0 cm), poderá ocorrer falhas na germi-
nação, devido ao secamento da camada superficial do solo ou por ocasião de chuvas pesadas ou 
irrigação em excesso.
Lavoura de coentro em semeadura direta
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde16
5º PASSO
Os tratos culturais como transplantio e desbaste deixa o espaçamento ideal para cada 
cultura, além de aumentar a produtividade, melhora o aspecto comercial do produto
FALTA FOTO
TRATOS CULTURAIS
Tratos Culturais: Conjunto de operações realizadas após a semeadura, visando à formação e 
o desenvolvimento da planta.
Irrigação
As culturas que compõem o cheiro-verde é extremamente exigente em água, em todo seu 
ciclo produtivo. O monitoramente da irrigação é importante, haja vista, que o excesso de água 
causa incidência de doenças e a falta de água, o difícil hídrico, causando a limitação da área foliar 
das plantas e em decorrência reduzindo seus índices de produtividade. 
Irrigação por aspersão
O sistema de irrigação por aspersão convencional, em geral é o mais utilizado, pela sua adap-
tabilidade as hortaliças do grupo folhas, além de responder adequadamente para o suplemente 
hídrica das culturas, apresenta maior facilidade no seu manejo. 
Após o levantamentodos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação por aspersão, 
em geral, é montado no espaçamento de 12 x 12 m entre aspersores. Deve-se fazer vistorias 
freqüentes, eliminando os vazamentos nas conexões, com isso, aumenta-se a eficiência e unifor-
midade da irrigação e reduz-se o consumo de água e energia elétrica. 
Irrigação por gotejamento
Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação por gotejamen-
to. Nesse sistema de irrigação são instalados dois tubos gotejadores por canteiro, com gotejado-
res voltados para cima e espaçamento máximo de 30 cm. Deve ser instalada uma válvula de final 
de linha para reduzir o risco de entupimento. 
Após a instalação, o sistema de irrigação por gotejamento, deve ser ligado para teste, para 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 17
eliminar possíveis vazamentos e avaliar a uniformidade de aplicação da água. 
Existem produtores de base familiar que vem adotando, o sistema de micro aspersão (modelo 
santeno), em área extremamente pequena e de baixa disponibilidade de água. 
 
Manejo de Irrigação
O manejo de irrigação tem como finalidade tornar a irrigação mais uniforme, prevenindo 
a falta ou excesso da água de irrigação, prejudicial ao desenvolvimento das plantas, afetando 
sobremaneira a produtividade da cultura. 
Irrigás É um equipamento simples, desenvolvido pela Embrapa/Hortaliças que pode ser de 
grande ajuda ao agricultor no manejo diário da irrigação. Sua função básica é indicar se o solo 
está ÚMIDO ou SECO. Na prática, o Irrigás vai ajudar o produtor a responder duas perguntas 
básicas que ocorrem antes de irrigar:
 
 Recomenda-se o serviço da extensão rural oficial ou um profissional habilitado para a ela-
boração do projeto do sistema de irrigação. Um projeto bem elaborado permitirá a redução de 
custos de implantação e manutenção durante toda a vida útil do sistema.
Mulching
A cobertura de plástico sobre o solo, conhecida como “mulching”, recomenda-se em geral, 
para as culturas que compõem o cheiro-verde na modalidade de sistema protegido (túnel), para 
 A irrigação por gotejamento além da economia de água, energia e fertilizantes minerais, propicia ganhos de produtividade
QUANDO IRRIGAR
• Já está na hora de irrigar?
• Devo irrigar a cada dois, três ou 
mais dias, todos os dias ou duas 
devo aplicar a cada irrigação? ve-
zes por dias?
• Como saber qual o momento cer-
to de irrigar?
QUANTO IRRIGAR
• Cada vez que ligo o sistema de 
irrigação, devo mantê-lo funcio-
nando durante quanto tempo? 
Por meia hora, uma hora, duas 
horas ou até encharcar o solo?
• Qual a quantidade de água que 
devo aplicar a cada irrigação?
Irrigás
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde18
épocas extremante chuvosas ou frias e que 
o produtor tenha canais de comercialização 
para a venda do produto que além de asse-
gurar as despesas dos investimentos, tenha 
lucratividade no seu empreendimento. A co-
locada do mulching deve ser após a instala-
ção e teste da irrigação. Esses plásticos são 
comercializados em rolos, com larguras de 
120, 140 e 160 cm. A escolha irá depender 
da largura do canteiro. Inicialmente, é feita 
uma pequena vala de 10 a 15 cm de pro-
fundidade ao longo das duas margens do 
canteiro. Desenrola-se o filme até o final do 
canteiro, esticando-o até, no máximo, 10% 
do seu comprimento, e, em seguida, cobre-
-se suas bordas com terra, com auxílio dos pés e de enxada. Geralmente utiliza-se o “mulching” na 
largura de 160 cm. Deve-se fazer a instalação do plástico nos canteiros nas horas mais quentes do 
dia, para que o mesmo fique bem esticado, tomando o cuidado de fixá-lo bem.
 
Cebolinha 
Transplantio e espaçamento 
Deve ser feito quando as mudas atingi-
rem entre quatro e cinco folhas definitivas, 
geralmente após 30 a 40 dias depois da se-
meadura, e no espaçamento entre fileiras 
variando de 20 a 30 cm e entre plantas va-
riando de 10 a 15 cm. O transplantio das mu-
das deve ser realizado nas horas mais frias 
do dia, de forma que a terra cubra apenas o 
torrão formado pelo substrato, evitando-se 
aterrar o colo da muda. 
Quando trata-se de transplantio na mo-
dalidade de túnel/mulching, cobrir total-
mente o furo do “mulching” para evitar a sa-
ída de ar quente, que pode queimar a muda.
Coentro e salsa
Desbaste e espaçamento
O desbaste tem a finalidade de reduzir 
a densidade de população de plantas, com 
o objetivo de diminuir a concorrência pela 
água, luz e nutrientes. Deve ser feito de uma só vez, aos 20 ou 30 dias após a semeadura, deixando 
um espaçamento de 15 a 25 cm entre plantas. Esta variação de espaçamento deve-se levar em 
consideração a cultivar, época de plantio e o clima.
Deve-se fazer a instalação do mulching nos canteiros nas horas mais 
quentes do dia, para que fique bem esticado e fixado.
O transplantio das mudas deve ser realizado nas horas mais frias do dia e 
no plantio de mulching/túnel ter o cuidado de cobrir totalmente o furo do 
“mulching” para evitar a saída de ar quente, que pode queimar a muda
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 19
Capina
Realizar sempre o controle de plantas invasoras quando as mesmas estiveram causando da-
nos econômicos às culturas que compõem o cheiro- verde, principalmente o coentro e a salsa, 
que são de semeaduras diretas com maior sensibilidade a concorrência do mato. 
Adubação Complementar/Fertirrigação
Adubação de cobertura 
No plantio convencional, utiliza-se a adubação complementar via solo, comumente denomi-
nada de adubação de cobertura, e visa fornecer nutrientes principalmente à base de nitrogênio 
nos estágios que a planta mais necessita, uma vez que este nutriente facilmente sai do alcance 
das raízes. Recomenda-se utilizar preferencialmente o sulfato de amônia, na dosagem de 20g/
m², aos 15 dias após o pegamento das mudas e repetir esta operação a cada 15 dias, vendo o 
estágio nutricional das plantas. 
Essas deficiências podem ainda ser supridas com a adubação foliar, utilizando uréia, na con-
centração de 1,0%. Intercalar com as adubações de cobertura. 
 
Fertirrigação
No plantio com túnel/
mulching, com irrigação por 
gotejamento, utiliza-se a adu-
bação complementar via água, 
denominada fertirrigação, que 
é uma técnica de aplicação 
simultânea de fertilizantes e 
água. É uma das maneiras mais 
eficientes e econômicas de 
aplicar fertilizantes às plantas, 
devido principalmente a econo-
mia de mão de obra.
A recomendação é a mesma 
para adubação complementar 
via solo. No entanto, a escolha 
do fertilizante a ser utilizado, 
deve-se levar em conta a solu-
bilidade, o custo e a compati-
bilidade entre os sais a serem 
misturados na solução, tendo 
em vista a possibilidade de for-
mação de compostos insolúveis 
com riscos de entupimentos 
dos gotejadores.
Fertirrigação complementa a adubação de solo de plantio, assegurando a produtividade e a 
qualidade do produto final para a comercialização 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde20
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
Nas culturas que compõem o cheiro-verde, a cebolinha é a mais afetada por pragas e doenças. Por 
outro lado, o coentro e a salsa embora menos afetados pelas pragas e doenças necessitam também de 
controle fitossanitário para garantir as suas produções. Várias são as medidas utilizadas para o manejo 
integrado de pragas e doenças, tais como: cultivares resistentes, manejo cultural, químico e outros. 
Assim, haverá menor uso de agrotóxicos, evitando-se o seu uso indiscriminado.
A seguir as principais doenças das culturas que compõem o cheiro-verde:
6º PASSO
As técnicas de controle integrado como (usarcultivares resistentes, evitar solos contaminados, 
fazer manejo correto da irrigação, adubação equilibrada, controle químico ( quando 
estiver ocorrendo danos econômicos na cultura) e outras, o uso de agrotóxicos podem ser 
minimizados ou até mesmo eliminados
Doença – MílDio
CEBOLINHA: Míldio - fungo: Perenospora destructor (Berk.), Queima das Pontas – fungo: Bo-
trytis spp., Raiz Rosada – fungo: Pyrenocheta terrestris (Hansen), Ferrugem – fungo: Puccinia allii 
(D.C.) Rud. Tombamento – fungo: (Rhizoctonia solani e por outros fungos) e outras doenças. Man-
cha púrpura – fungo: Alternaria porri e outras doenças.
COENTRO: Míldio - fungo: Perenospora destructor (Berk.), Cercosporiose – fungo: Cercospora 
sp , Antracnose – fungo: Colletotrichum gloeosporioides, – Mancha da Alternária - fungo: Al-
ternaria sp., Nematóides -, das galhas - (Meloidogyne javanica, M. incognita e outros) e outras 
doenças.
SALSA: Cercosporiose – fungo: Cercospora sp, Mancha da Alternária – fungo: Alternaria sp, 
Septoriose - fungo: Septoria petroselini, Tombamento – fungo: (Rhizoctonia solani e por outros 
fungos), Mofo Cinzento – fungo: Botrytis cinerea Pers, Antracnose – fungo: Colletotrichum gloe-
osporioides e outras doenças. 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 21
Medidas Gerais de controle de doenças e pragas para as culturas que compõem o cheiro-verde: 
• Evitar o plantio em solos contaminados por cultivos anteriores;
• Fazer rotação de culturas, evitando plantio da mesma família; 
• Fazer o monitoramento da irrigação, pois o excesso de água é o fator que mais propicia o desen-
volvimento de doenças do solo;
• Adquirir sementes ou mudas de boa qualidade, de empresas idôneas, com vistas a prevenção de 
doenças;
• Fazer adubação equilibrada, baseada na análise de solo, além de prevenir doenças nutricionais, 
as plantas resistirão mais às doenças;
• Escolher cultivares adaptadas ao clima, época de plantio e ao mercado que apresente resistência 
às doenças; 
• Usar agrotóxicos, de preferência preventiva, quando as condições forem favoráveis à incidências 
de doenças e pragas. 
As culturas que compõem o cheiro-verde são pouco afetadas por pragas, que venham comprome-
ter a sua produção. Como insetos-pragas, enumeramos como importância econômica a lagarta rosca, 
vaquinha e os pulgões.
Lagarta rosca (Agrotis ssp.): recomen-
da-se o controle cultural (incorporação 
dos restos culturais e eliminação das plan-
tas invasoras, especialmente gramíneas) e 
químico (as pulverizações devem ser feitas 
preferencialmente no período da tarde, e 
dirigidas à base das plantas porque as lar-
vas se escondem no solo durante o dia e 
saem a noite para se alimentar). 
Pulgões: Raramente chegam a causar 
danos econômicos as culturas que com-
põem o cheiro-verde, porque não ocor-
rem em grandes populações. O controle 
indicado é o químico. Por outro lado, somente recomendamos o uso de inseticidas, quando a praga 
está nitidamente causando danos econômicos, que por sua vez, poderá comprometer sobremaneira a 
produção da cultura, causando sérios prejuízos ao produtor rural.
Vaquinha: (Diabrotica epeciosa) e para minimizar seus danos econômicos, recomendamos as se-
guintes medidas de controle: evitar plantio próximo de plantas susceptíveis tais como: soja, milho, 
feijão, cucurbitáceas (abóbora, melancia, pepino, etc.) de outras hortaliças hospedeiras; evitar plantios 
consecutivos (muda tardia), pois a sucessão de safras permite a migração de pragas, aumentando a 
infestação; realizar o monitoramento das pragas, pelo caminhamento no campo, em zigue zague, para 
verificação da presença de pragas ou de sintomas de sua presença; eliminar restos de cultura imediata-
mente após a colheita e o controle químico (escolher criteriosamente os inseticidas, utilizando sempre 
produtos que apresentem eficiência no controle da praga, menos tóxicos e mais seletivos aos inimigos 
naturais; e usar, alternadamente, produtos de diferentes grupos químicos, levando-se em consideração 
o modo de ação do produto, para evitar a ocorrência de resistência de pragas aos inseticidas.
Controle cultural (incorporação dos restos culturais e eliminação das plantas 
invasoras) minimiza a incidência da lagarta rosca 
Lagarta Rosca (foto – Eliane Dias - Embrapa)
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde22
7º PASSO
Colheita do cheiro-verde juntamente com a pré-seleção para ser levado para o galpão de 
pós-colheita 
COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Agora é hora de colher uma boa produção do cheiro-verde, como resultado das boas práticas 
agrícolas adotadas.
Colheita da Cebolinha
 A colheita da cebolinha inicia-se a partir de 80 a 100 dias após a semeadura, podendo variar 
de acordo com a cultivar, época e sistema de plantio. As plantas são colhidas quando as folhas mais 
velhas ainda estão verdes, arrancando-se a planta ou cortando-se as folhas. Optando-se pelo corte 
é possível fazer novas colheitas a cada 50 dias. O corte é feito entre 10 a 15 cm do solo (acima da 
gema apical) e após transportar os produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de 
mão higienizados.
Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação 
antes da colheita.
Colheita do Coentro
A colheita do coentro inicia-se a partir de 50 a 70 dias após a semeadura, podendo variar de 
acordo com a cultivar, época e sistema de plantio. A colheita das folhas é feita a partir do momento 
em que a planta possui folhas suficientes que possam ser colhidas. Após a colheita, transportar os 
produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de mão higienizados. 
Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação 
antes da colheita.
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 23
Colheita da Salsa
A colheita da salsa inicia-se a partir de 60 a 80 dias após a semeadura, podendo variar de acordo com 
a cultivar, época e sistema de plantio. Corta-se a planta pela base ou, o que é mais aconselhável, apenas as 
folhas mais desenvolvidas, assim, a produção será maior. O corte é feito quando as plantas atingem cerca de 
10 cm de talo. Após a colheita transportar os produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de 
mão higienizados.
Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação antes da 
colheita. A salsa pode ser colhida várias vezes, a cada 30 dias, dependendo da cultivar. 
 
Pós-colheita
As folhas das culturas que compõem o cheiro-verde, após a operação de colheita, passam por uma pré- 
-seleção eliminando as com defeito e em seguida elas são acondicionadas em caixas de madeira ou engra-
dados de plástico e transportadas para o galpão. No galpão de higienização, na fase de pós-colheita, realizar 
uma lavagem por aspersão para retirada da sujeira grossa. Em seguida, selecionar e classificar o cheiro- verde, 
descartando-se as folhas com injúrias, e sempre evitando o amarrio de maços no campo. Em seguida, pro-
ceder a operação de desinfecção ou sanitização (imersão em uma solução de hipoclorito de sódio - Tabela 
5), com os produtos individualizados ou acondicionados em caixas plásticas, após levá-los para uma bancada 
para escorrimento, antes de transportá-los para a comercialização.
O produto cheiro-verde é comercializado em maço com diferentes pesos, conforme os canais de comer-
cialização e transportado preferencialmente em veículos de carroceria fechada, a qual deve ser higienizada. 
Tabela 5. Dosagens de solução Clorada (Hipoclorito de cloro ativo 12,5% – solução comercial líquida 
Volume de Água 
Clonada
20 l 50 l 100 l 500 l 1000 l
5 ppm. (tratamento 
de água)
0,8 ml. 2 ml. 4 ml. 20 ml. 40 ml.
100 ppm. (sanitiza-
ção de hortaliças)
16 ml. 40 ml. 80 ml. 400 ml. 800 ml.200ppm. (desin-
fecção de pisos e 
bancadas
32 ml. 80 ml. 160 ml. 800 ml. 1600 ml.
Fonte: EMATER-DF
Para informações mais detalhadas sobre a higienização e sanitização do cheiro-verde, deve-se procu-
rar o serviço de extensão rural (a Emater, por exemplo) ou um profissional especializado
Produto colhido e lavado Produto sanitizado e selecionado para ser 
embalado
Produto embalado em maço pronto para o 
acondicionamento 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde24
8º PASSO
O produtor obterá maior margem de renumeração do seu produto, quando comercializar em 
diferentes canais de venda
COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO 
DE VALOR
A comercialização do cheiro-
-verde é realizada em diferentes ca-
nais, podendo vender seu produto 
na porteira a intermediários, feiras 
livres, nas associações ou cooperati-
vas de produtores, na Ceasa, no ata-
cado e varejo, em sacolões e super-
mercados. É importante alertar que 
o produtor obterá maior margem de 
remuneração do seu produto quan-
do diminuir a intermediação na sua 
comercialização. 
O cheiro-verde, como outras 
hortaliças do grupo folhas, por ser 
extremamente um produto perecí-
vel e exigir uma constante maior de mercado, a sua exploração é tipicamente de produtores familiares 
nos cinturões verdes dos centros urbanos. Também, é importante ressaltar que o tamanho do mercado 
é pequeno, exigindo do produtor uma programação semanal no calendário de plantio, assim, evitando 
desperdícios na sua produção. 
O cheiro-verde apresenta baixo valor agregado, embora já existam produtores rurais que comercia-
lizam seus produtos em mercados mais exigentes e vem agregando valor com embalagem de plástico, 
sanitizados e etiquetados com sua marca. 
As culturas que compõem o cheiro-verde comercializado em maço e acondicionado 
em saco plástico 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 25
9º PASSO
Produtor as informações de mercado como variação estacional de preços e calendário de co-
mercialização facilita a sua tomada de decisão na hora de plantar
COMPORTAMENTO DO MERCADO
O cenário atual exige de técnicos e produtores cada vez mais informações para a tomada de decisão. 
Já não é suficiente a informação sobre como produzir. Muitas são as variáveis que devemos dominar para 
reduzir os riscos inerentes às atividades agropecuárias. É preciso reciclar conhecimentos, agregando infor-
mações importantes e que contribuam para melhorar a rentabilidade das atividades agrícolas. 
No Brasil, não existe quase nenhum estudo de variação estacional de preços, que mostra o compor-
tamento de preços no período, que por sua vez, é um instrumento valioso na tomada de decisão pelo 
produtor na hora de plantar. Estudo elaborado pela EMATER-DF, com curva estacional de preços – gráficos 
1 e 2, demonstraram que o cheiro-verde (coentro e cebolinha) ou (salsa e cebolinha), embora com peque-
nas oscilações de preços ao logo do ano, mostraram tendências de preços mais remunerativos nos meses 
muito chuvosos em comparação aos meses secos e com temperatura amena. 
Os estudos de calendários de comercialização elaborados pelas Ceasas existentes no Brasil, tem como 
objetivo apontar as flutuações da oferta e dos preços ao longo do ano, se constituindo em um importante 
instrumento de orientação às decisões dos produtores rurais, dos profissionais da agricultura, dos pesqui-
sadores, dos compradores e dos consumidores finais. 
 
Estas informações de mercado permitirão:
1. Aos produtores, planejar mais eficientemente a sua atividade produtiva quanto ao aspecto de sua 
lucratividade;
2. Aos consumidores, compor melhor as despesas com alimentação;
3. Ao governo, orientar a política para o setor. 
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde26
Cultura: CHEIRO-VERDE – (Salsinha e Cebolinha) 
Salsinha 140.000 a 160.000 maços (0,10kg.) por hectare/ano - (14 a 16 t/ha/ano).
Cebolinha 180.000 a 240.000 maços (0,10) por hectare/ano - (18 a 24 t/ha/ano).
1) Unidade para comercialização: maço ( 0,10 a 0,20 kg)
2) Período médio para início de Colheita:
Salsinha 50 a 70 dias
Cebolinha 80 a 100 dias
3) Período de colheita: Ano Todo
Gráfico 1. Preços Médios (R$/maço) X Época Recomendada de Plantio
Fonte: EMATER-DF
 CEASA-DF
Cultura: CHEIRO-VERDE – (Coentro e Cebolinha) 
Coentro 70.000 a 100.000 maços (0,1 kg.) por hectare/ano - (07 a 10 t/ha/ano).
Cebolinha 180.000 a 240.000 maços (0,1kg.) por hectare/ano - (18 a 24 t/ha/ano).
1) Unidade para comercialização: maço (0,10 a 0,20 kg)
2) Período médio para início de Colheita:
Coentro de 35 a 50 dias
Cebolinha de 80 a 100 dias
3) Período de colheita: Ano Todo
Gráfico 2. Preços Médios (R$/maço) X Época Recomendada de Plantio
Fonte: EMATER-DF
 CEASA-DF
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde 27
10º PASSO
Produtor para vender seu produto com melhor margem de lucratividade é essencial saber 
quanto vai gastar em insumos e serviços
LEVANTAMENTO DE DADOS PARA 
FAZER ORÇAMEMTO
Depois de obter as informações de modalidades de cultivo e sobre o quê, como, quando e onde plantar, 
o produtor rural deve colocar na ponta do lápis para discriminar todas as etapas e quantidade dos insumos 
e serviços com o intuito de saber quanto vai gastar no hectare de cheiro-verde. 
Tabela 6. 
Cultura Cheiro-Verde - Campo Aberto (Coentro e Cebolinha)
Solos de baixa fertilidade
Área (ha): 1,00 (0,5 ha de coentro e 0,5 ha de cebolinha)
(Produtividade: (18 t/ha/ano) ou (180.000 maços (0,1 kg.)/ ha/ano)
INSUMOS
Descrição Unidade Quantidade
Adubo Mineral (04 – 14 –08) t 2,00
Adubo Mineral (Bórax) Kg 30,00
Adubo Mineral (Sulfato de Zinco) Kg 30,00
Adubo Mineral (Uréia) t 0,20
Adubo Orgânico (Esterco de Galinha) t 6,00
Agrotóxico (Imidacloprido 700G) Kg 0,09
Agrotóxico (Iprodiona 500G/L) l 1,00
Agrotóxico (Parationa - metílica 600G) l 1,00
Energia Elétrica para irrigação kwh 642,00
Sementes (Cebolinha) Kg 1,00
Sementes (Coentro) Kg 1, 75
Subtrato para mudas (Cebolinha) Sc 8,00
Série Agricultura Familiar - Coleção Passo a Passo - Cheiro-Verde28
SERVIÇOS
Descrição Unidade Quantidade
Adubação (Foliar) d/h 2,00
Adubação (Adubação de cobertura) d/h 3,00
Adubos (Distribuição manual) d/h 6,00
Adubos (Incorporação mecânica) h/mtr 10,00
Agrotóxico (Aplicação) d/h 4,00
Capina (Manual) d/h 50,00
Colheita/Lavagem/Classificação Acondiciomamento d/h 60,00
Irrigação (Aspersão) d/h 10,00
Mudas (Formação em bandejas) (Cebolinha) d/h 2,00
Semeadura (Coentro) d/h 3,0
Preparo de solo (Levantamento de canteiro com rotoencantei-
rador)
h/t 4,00
Preparo do solo (Gradagem) h/t 2,00
Transporte d/h 15,00
Fonte: EMATER-DF
Observações: 
(1) d/h: dia/homem; h/mt : hora/microtrator; h/m: hora/máquina.
(2) Cálculo de insumos e serviços pode variar conforme a região, o clima e o sistema de 
 produção a ser adotado pelo produtor rural.
(3) Cálculo final do custo de produção precisará levantar o preços correntes da época de 
 plantio. 
Pronaf
Para financiar suas plantações, o produtor rural pode 
solicitar nas agências do Banco do Brasil crédito do Pro-
grama Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, 
conhecido como PRONAF. Trata-se da principal política pú-
blica do Governo Federal para apoiar os agricultores familia-
res. Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário 
(MDA), tem como objetivo o fortalecimento das atividades 
produtivas geradoras de renda das unidades familiares de 
produção, com linhas de financiamento rural adequadas a 
sua realidade. Mais informações sobre o Pronaf podem ser 
obtidas em cartilha sobre Pronaf produzida pelo SEBRAE 
em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA). O material está disponível na Biblioteca On Line do 
Sebrae. O endereço completo é: http://www.biblioteca.se-
brae.com.br/bds/BDS.nsf/F8D5FB4FAB4789938325771C006
8DA07/$File/NT00044052.pdf
CEBOLINHA: Wikipédia, a enciclopédia livre
COENTRO: Wikipédia, a enciclopédia livre
SALSA: Wikipédia, a enciclopédia livre
ZIMBOLIM, LAÉRCIO; VALE Francisco Xavier Ribeiro do. Costa, Hélcio (Ed.). Cebo-
linha, Coentro, Salsa In: ____. Controle de doenças de plantas hortaliças: Vol. 1 e 
2.Viçosa, MG, 2000, p.880
Referências Bibliográficas

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