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Órgãos genitais masculinos

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Órgãos sexuais masculino. 					Romário Pereira – Medicina – UFMA
Resumo Fundamentos de Anatomia Clínica de Moore, 2017
Órgãos genitais masculinos internos (p. 446)				
Os órgãos genitais masculinos internos incluem testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios, próstata e glândulas bulbouretrais.
Testículos
Os testículos ovoides ficam suspensos no escroto por meio dos funículos espermáticos. Produzem espermatozoides e hormônios, principalmente testosterona. Os espermatozoides são formados nos túbulos seminíferos contorcidos que são unidos pelos túbulos seminíferos retos à rede do testículo. Os testículos têm uma face externa resistente, a túnica albugínea, que forma uma crista na face posterior interna como mediastino do testículo. A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que envolve o testículo.
A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, que está bem aderida ao testículo, ao epidídimo e à parte inferior do ducto deferente. 
A lâmina parietal da túnica vaginal é mais extensa do que a lâmina visceral e estende-se superiormente até a parte distal do funículo espermático. Um volume pequeno de líquido na cavidade da túnica vaginal separa as lâminas visceral e parietal, permitindo mobilidade dos testículos.  
As artérias testiculares originam-se da parte abdominal da aorta (nível vertebral L II), abaixo das artérias renais. As artérias testiculares, cruzam sobre os ureteres e as partes inferiores das artérias ilíacas externas. As artérias atravessam os canais inguinais, tornando-se parte dos funículos espermáticos para irrigar os testículos. 
As veias testiculares que emergem do testículo e epidídimo formam o plexo pampiniforme, que consiste em oito a 12 veias anastomosantes que se situam anteriormente ao ducto deferente e envolvem a artéria testicular no funículo espermático. O plexo pampiniforme é parte do sistema termorregulador do testículo. A veia testicular esquerda drena para a veia renal esquerda. A veia testicular direita drena para a veia cava inferior (VCI). 
A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testicular até os linfonodos lombares direitos e esquerdos (cavais/aórticos) e pré-aórticos. 
Os nervos autônomos do testículo originam-se como nervos do plexo testicular, na artéria testicular, que contém fibras parassimpáticas vagais e fibras simpáticas provenientes do segmento T7 da medula espinal. 
Epidídimo
O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo, formado por minúsculas alças do ducto do epidídimo, tão firmemente compactadas que parecem sólidas. Os dúctulos eferentes do testículo transportam os espermatozoides recém-formados da rede do testículo para o epidídimo, onde são armazenados até que amadureçam. A rede do testículo é uma rede de canais na terminação dos túbulos seminíferos.
O epidídimo consiste em:
Cabeça do epidídimo
Corpo do epidídimo
Cauda do epidídimo: contínua com o ducto deferente.
Ducto deferente
O ducto deferente é a continuação do ducto do epidídimo. O ducto deferente:
Começa na cauda do epidídimo.
Ascende no funículo espermático.
Passa pelo canal inguinal.
Segue ao longo da parede lateral da pelve, externamente ao peritônio parietal.
Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
O ducto cruza superiormente ao ureter, seguindo entre o ureter e o peritônio, para alcançar o fundo da bexiga urinária. Posteriormente à bexiga urinária, o ducto deferente inicialmente situa-se acima da glândula seminal, em seguida desce medialmente ao ureter e à glândula. Aqui, o ducto se alarga para formar a ampola do ducto deferente, antes de seu término. O ducto, então, se estreita e une-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
Vasculatura do ducto deferente: A pequena artéria do ducto deferente geralmente se origina de uma artéria vesical superior (algumas vezes de uma artéria vesical inferior) e acompanha o ducto deferente até o testículo. A artéria termina anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. Os vasos linfáticos do ducto deferente drenam para os linfonodos ilíacos externos 
Glândulas seminais
Cada glândula seminal é uma estrutura alongada que se situa entre o fundo da bexiga urinária e o reto. As glândulas seminais são estruturas situadas obliquamente acima da próstata e não armazenam espermatozoides. Elas secretam um líquido alcalino espesso, que se mistura com os espermatozoides quando eles entram nos ductos ejaculatórios e na uretra. 
Suas extremidades superiores situam-se posteriormente aos ureteres, onde são separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical. As extremidades inferiores das glândulas seminais são separadas do reto apenas pelo septo retovesical.
Vasculatura das glândulas seminais: As artérias para as glândulas seminais originam-se das artérias vesical inferior e retal média. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. Os linfonodos ilíacos recebem linfa das glândulas seminais: os linfonodos ilíacos externos, da parte superior, e os linfonodos ilíacos internos, da parte inferior.
Ductos ejaculatórios
Cada ducto ejaculatório é um tubo fino que se origina pela união do ducto de uma glândula seminal com o ducto deferente. Originam-se próximo do colo da bexiga urinária e seguem juntos à medida que passam anteroinferiormente pela parte posterior da próstata. Os ductos convergem para se abrirem através de aberturas semelhantes a fendas, próximas ou dentro da abertura do utrículo prostático. 
As secreções prostáticas se unem ao líquido seminal na parte prostática da uretra após o término dos ductos ejaculatórios.
Vasculatura dos ductos ejaculatórios: As artérias do ducto deferente, normalmente ramos das artérias vesicais superiores (ou a. vesicais inferiores), irrigam os ductos ejaculatórios. As veias unem-se aos plexos venosos prostático e vesical. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos.
Próstata
A próstata, do tamanho de uma noz, envolve a parte prostática da uretra. A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata; o outro terço é fibromuscular. A próstata tem uma cápsula prostática fibrosa e densa que incorpora os plexos prostáticos de nervos e veias. A cápsula é envolvida pela fáscia visceral da pelve, formando uma bainha prostática fibrosa, que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente, contínua com o septo retovesical.
A próstata apresenta:
Uma base (na parte superior. Abaixo do colo da bexiga urinária).
Um ápice em contato com os músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo.
Uma face anterior muscular, formando um hemiesfíncter vertical semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), que é parte do músculo esfíncter da uretra.
Uma face posterior relacionada com a ampola do reto.
Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus.
Embora não sejam distintos anatomicamente, os seguintes lobos da próstata são tradicionalmente descritos:
O istmo da próstata (zona muscular anterior; historicamente, o lobo anterior) situa-se anteriormente à uretra. É basicamente muscular e representa a continuação superior do músculo esfíncter da uretra.
Lobos direito e esquerdo (zonas periféricas), cada um, por sua vez, dividido em quatro lóbulos indistintos (lóbulo inferoposterior, lóbulo inferolateral, lóbulo superomedial, lóbulo anteromedial)
Um lobo médio (mediano) (Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio (zona central).
Os dúctulos prostáticos (20 a 30) abrem-se principalmente nos seios prostáticos, que se localizam em ambos os lados do colículo seminal, na parede posterior da parte prostática da uretra. O líquido prostático constitui aproximadamente 20% do volume de sêmen. 
Vasculatura da próstata: Asartérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, mas também as artérias pudenda interna e retal média. As veias unem-se para formar um plexo venoso prostático, em torno dos lados e da base da próstata. Esse plexo drena para as veias ilíacas internas. Os vasos linfáticos drenam principalmente para os linfonodos ilíacos internos, mas alguns passam para os linfonodos sacrais.
Glândulas bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), do tamanho de uma ervilha, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, embutidas no músculo esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem por meio de pequenas aberturas, na parte proximal da parte esponjosa da uretra, no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual.
Inervação dos órgãos genitais internos da pelve masculina
Os ductos deferentes, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são ricamente inervados por fibras nervosas simpáticas que se originam na coluna intermédia da medula espinal. Atravessam os gânglios paravertebrais do tronco simpático para se tornarem componentes dos nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástrico e pélvico. Já as fibras parassimpáticas pré-ganglionares são provenientes dos segmentos S2-S4 da medula espinal. 
As sinapses com os neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no trajeto para as vísceras pélvicas ou próximo delas. Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula contrações do ducto deferente, e a contração e secreção combinada das glândulas seminais e da próstata fornecem o veículo (sêmen) e a força de expulsão para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. 
A função da inervação parassimpática não é clara. No entanto, as fibras parassimpáticas, no plexo nervoso prostático, formam os nervos cavernosos que seguem para os corpos eréteis do pênis, que são responsáveis pela ereção peniana. 
Órgãos genitais masculinos externos (p. 497)
São: pênis e escroto
Escroto 
O escroto é um saco fibromuscular cutâneo para os testículos e estruturas associadas. É um saco cutâneo que consiste em duas camadas: pele acentuadamente pigmentada e a túnica dartos, uma lâmina fascial sem gordura, incluindo fibras musculares lisas (M. dartos – ajuda na regulação da temperatura aumentando ou diminuindo a superfície de contato do escroto), responsáveis pela aparência rugosa (enrugada) do escroto. 
Vasculatura do escroto: A face anterior do escroto é irrigada pelos ramos escrotais anteriores, ramos terminais das artérias pudendas externas profundas, e a face posterior é suprida pelos ramos escrotais posteriores, ramos terminais das artérias pudendas internas. O escroto também recebe ramos das artérias cremastéricas, ramos das artérias epigástricas inferiores. As veias escrotais acompanham as artérias e drenam basicamente para as veias pudendas externas. Os vasos linfáticos do escroto drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação do escroto: A face anterior do escroto é inervada pelos nervos escrotais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e pelo ramo genital do nervo genitofemoral. A face posterior do escroto é irrigada pelos nervos escrotais posteriores, ramos dos nervos perineais superficiais do nervo pudendo, e pelo ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior.
Pênis
O pênis é o órgão masculino da cópula e a saída para urina e sêmen. O pênis consiste em raiz, corpo e glande. É composto por três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos cavernosos dorsalmente e um corpo esponjoso ventralmente. (Observe que, na posição anatômica, o pênis está ereto; quando o pênis está flácido, seu dorso está direcionado anteriormente.)
Cada corpo cavernoso tem um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica albugínea. Superficialmente ao revestimento externo está a fáscia do pênis, a continuação da fáscia profunda do períneo, que forma um revestimento membranáceo para os corpos, mantendo-os juntos. O corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra. Os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano, exceto posteriormente, onde se separam para formar os ramos do pênis.
A raiz do pênis consiste em ramos, bulbo e músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. A raiz do pênis está localizada no espaço superficial do períneo. Os ramos e o bulbo do pênis contêm massas de tecido erétil. Cada ramo está fixado à parte inferior da face interna do ramo isquiático correspondente, anterior ao túber isquiático. O bulbo do pênis é perfurado pela uretra, continuando a partir de sua parte membranácea.
O corpo do pênis (geralmente pendular) é a parte livre suspensa pela sínfise púbica. Exceto por umas poucas fibras do músculo bulboesponjoso próximas da raiz do pênis e do músculo isquiocavernoso que circundam os ramos, o corpo do pênis não tem músculos. 
Distalmente, o corpo esponjoso expande-se para formar a glande do pênis (Figura 3.49). A margem da glande projeta-se além das extremidades dos corpos cavernosos para formar a coroa da glande, que se projeta sobre o colo da glande. O colo da glande separa a glande do corpo do pênis. A abertura em forma de fenda da parte esponjosa da uretra, o óstio externo da uretra, está localizada próximo da extremidade da glande. A pele fina e a fáscia do pênis são prolongadas como uma dupla camada de pele, o prepúcio do pênis, que cobre a glande de forma variável. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que segue do prepúcio do pênis para a face uretral da glande do pênis.
O ligamento suspensor do pênis é uma condensação da fáscia profunda que se origina da face anterior da sínfise púbica e se divide para formar uma alça que está fixada à fáscia do pênis, na junção da raiz com o corpo. As fibras do ligamento suspensor são curtas e tensas. O ligamento fundiforme do pênis é uma faixa de tela subcutânea que desce na linha mediana, a partir da linha alba, superior à sínfise púbica. O ligamento passa inferiormente e se divide para circundar o pênis; em seguida, une-se e se funde com a túnica dartos, formando o septo do escroto.
Os músculos superficiais do períneo são o transverso superficial do períneo, o bulboesponjoso e o isquiocavernoso. Esses músculos estão no espaço superficial do períneo e são inervados pelos nervos perineais. Em virtude de sua função durante a ereção e da atividade do músculo bulboesponjoso subsequente à micção e à ejaculação para expelir as últimas gotas de urina e sêmen, os músculos perineais são quase sempre mais desenvolvidos nos homens do que nas mulheres.
Vasculatura do pênis: O pênis é irrigado principalmente pelos ramos das artérias pudendas internas. As artérias dorsais do pênis seguem no espaço entre os corpos cavernosos de cada lado da veia dorsal profunda do pênis, irrigando o tecido fibroso em torno dos corpos cavernosos, corpo esponjoso e a pele do pênis.
As artérias profundas do pênis irrigam o tecido erétil nessas estruturas.
As artérias do bulbo do pênis irrigam a parte posterior (bulbar) do corpo esponjoso e a glândula bulbouretral. Emitem vários ramos (artérias helicinas do pênis) que se abrem diretamente nos espaços cavernosos. Quando o pênis está flácido, essas artérias encontram-se espiraladas, restringindo o fluxo de sangue.
Os ramos superficial e profundo das artérias pudendas externas irrigam a pele do pênis.
O sangue dos espaços cavernosos dos corpos é drenado por um plexo venoso, que se torna a veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda que drena para a(s) veia(s) dorsal(is) superficial(is), que drenam para a veia pudenda externa superficial. Um pouco de sangue também segue para a veia pudenda interna. 
A linfa proveniente da pele do pênis drena, inicialmente, para os linfonodos inguinais superficiais, e a linfa proveniente da glande e porção distal da parte esponjosa da uretra drena para os linfonodos inguinais profundose ilíacos externos. Os corpos cavernosos e a porção proximal da parte esponjosa da uretra drenam para os linfonodos ilíacos internos.
Inervação do pênis: Os nervos derivam dos segmentos S2-S4 da medula espinal. A inervação sensitiva e simpática é basicamente oriunda do nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do nervo pudendo (Figura 3.52), que se origina no canal do pudendo e segue anteriormente até o espaço profundo do períneo. Depois, segue ao longo do dorso do pênis, lateralmente à artéria dorsal, e inerva a pele da glande. O pênis é suprido por várias terminações nervosas sensitivas, especialmente a glande do pênis. Os ramos do nervo ilioinguinal inervam a pele na raiz do pênis. Os nervos cavernosos, que conduzem fibras parassimpáticas separadas do plexo nervoso prostático, inervam as artérias helicinas.

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